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Como começar a introdução alimentar do seu bebê

A introdução alimentar é uma fase muito esperada pelas mães! Além da emoção de ver o bebê começar a experimentar as cores e os sabores dos alimentos, queremos garantir que eles se alimentem bem, recebam todos os nutrientes necessários, e mais do que tudo, gostem de comer.

Introdução alimentar

Mas a introdução alimentar também pode gerar inseguranças nas mães de primeira viagem. Por isso, reunimos algumas informações importantes para que você viva essa fase da forma mais confortável para você, e também com a alegria e a leveza que esse momento merece.

POR ONDE EU COMEÇO?

Antes de tudo, é importante conversar com o pediatra do seu filho, alinhar suas expectativas e entender o que ele pensa sobre a introdução alimentar e qual método que ele aconselha.

Como assim qual método?Existem diferentes formas de começar a introdução alimentar do bebê, é importante que você pesquise antes de decidir qual seguir, e por isso vale conversar com o seu pediatra, para entender a opinião dele e te ajudar a tomar uma decisão mais consciente. Pode ser que você queira fazer diferente do recomendado por ele e tudo bem, mas é importante que ele esteja a par da sua escolha.

COMO DEVO OFERECER OS ALIMENTOS?

PAPINHA

A mais clássica e ancestral forma de iniciar a introdução alimentar dos bebês é com as famosas papinhas. Nesse caso, os alimentos são idealmente amassados juntos, na ponta do garfo, até chegarem a uma consistência mais parecida com um purê, sem ser totalmente líquido. Ao longo do tempo, é importante ir deixando a consistência mais encorpada, com mais pedaços, principalmente depois dos nove meses.

BLW (Baby-Led Weaning)

Uma forma que vem ganhando força desde o início dos anos 90 é a chamada BLW (Baby-Led Weaning), que significa “desmame guiado pelo bebê” (apesar do nome, é importante lembrar que o bebê não deixa de mamar – no peito ou na mamadeira durante a introdução alimentar). Nesse método, o bebê come sozinho, com as próprias mãos, e os alimentos são oferecidos em sua forma natural, com cortes específicos e seguros, para evitar possíveis engasgos.

A principal diferença do BLW para o método de tradicional da papinha, segundo as criadoras do método, as inglesas Gill Rapley e Tracey Murkett, é a possibilidade do bebê aprender a mastigar antes de engolir (com a papinha é o contrário). Os outros pilares dessa filosofia se baseiam na autonomia do bebê para experimentar e descobrir os alimentos, e a auto-regulação da saciedade. 

BLISS (Baby-Led Introduction to SolidS)

Outro método é o BLISS (Baby-Led Introduction to Solids), que significa “introdução aos sólidos guiada pelo bebê”. É uma variação do BLW, criada por neozelandeses, a partir do estudo de três pontos: o engasgo, a anemia e as falhas de crescimento. No BLISS, há um protocolo diferente de corte dos alimentos com o intuito de reduzir os possíveis riscos de engasgo. E indica-se que sejam oferecidos ao bebê alimentos calóricos e ricos em ferro.

PARTICIPATIVA

Uma via possível é misturar o método tradicional com algum método guiado pelo bebê, fazendo-se uma introdução alimentar participativa, em que a mãe oferece tanto a papinha na colher, quanto alguns alimentos com os cortes do BLW ou do BLISS para o bebê experimentar e comer um pouco sozinho se quiser.

COMO ESCOLHER?

Depois de estudar os diferentes métodos e formas possíveis para oferecer os alimentos ao bebê, é normal surgir a dúvida, mas como eu vou escolher? Para a Sociedade Brasileira de Pediatra, não há evidências científicas que comprovem que os métodos guiados pelo bebê sejam mais benéficos que o método tradicional. Sendo assim, é importante seguir o seu coração, junto com as orientações do seu pediatra, e escolher o método que vai te deixar mais segura. 

A introdução é alimentar é um momento tão especial e importante, porque, além das descobertas, pode influenciar a forma com o seu filho vai se relacionar com a comida no futuro. Isso sem contar que ela marca uma nova fase na vida do seu bebê, em que ele está desenvolvendo novas habilidades motoras e sensoriais.

Então, transformar a hora da alimentação em um momento de conexão, em que o bebê pode explorar essa novidade que é a comida pode ser maravilhoso. Tente oferecer a ele um ambiente calmo e tranquilo, sem distrações (principalmente, de eletrônicos). E lembre-se que esse é um momento de experimentação – para ele e para você.

QUAIS ALIMENTOS EU OFEREÇO?

Também existem diferentes filosofias na hora de escolher os alimentos você vai oferecer ao bebê durante a introdução alimentar. Mas, independentemente da linha seguida, há alimentos que não devem ser oferecidos ao bebê até os dois anos, como: açúcar, mel e industrializados. O sal deve ser ou evitado ou usado em porções mínimas.

TRADICIONAL

Ao seguir uma dieta tradicional, são oferecidos alimentos de todos os grupos alimentares desde o início: frutas, hortaliças, cereais, tubérculos, carnes, ovos e grãos.  

ANTROPOSÓFICA

Na antroposofia, filosofia fundada por Rudolf Steiner, a introdução alimentar do bebê deve ser lacto-vegetariana, ou seja, sem alimentos de origem animal como carne, peixe, frango e ovo. E só a partir dos três anos devem ser oferecidos alimentos de origem animal, seguindo as características e necessidades de cada criança.

A antroposofia leva em consideração a forma como os alimentos atuam e estruturam o corpo da criança através do amadurecimento do sistema metabólico. Como consideram que o leite materno é o melhor alimento para a primeira fase do bebê, e o leite materno tem um baixo teor protéico, a Antroposofia defende que a criança siga um modelo nutricional mais parecido com o leite materno até os três anos. Por isso, o ideal seria oferecer as proteínas de outros alimentos como cereais integrais e leguminosas.

Normalmente, as mães que seguem a alimentação antroposófica são aquelas cujos filhos são pacientes de pediatras antroposóficos, já que se trata de uma dieta muito individualizada.

VEGETARIANA

A introdução alimentar do bebê também pode ser vegetariana, caso você queira ou seja. Segundo a ADA (American Dietetic Association), a alimentação vegetariana é compatível com todas as fases da vida, e pode ser escolhida pelos pais com tranquilidade.

No Novo Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, recomenda-se que os pais incluam tanto no almoço, quanto no jantar dos bebês pelo menos um alimento do grupo dos cereais (como arroz, milho ou aveia) ou do grupo de tubérculos e raízes (como batata e mandioca), além de um alimento do grupo das leguminosas (como feijão e lentilha) ou mais de um alimento do grupo dos legumes e verduras, sendo pelo menos um deles verde-escuro (como couve e espinafre), e um legume colorido (como abóbora). Ovos também fazem parte da dieta vegetariana.

Após as refeições, é importante oferecer alguma fruta rica em vitamina C para aumentar a absorção do ferro do almoço e jantar.  

VEGANA

O mesmo vale para uma introdução alimentar vegana. Nesse caso, é importante assegurar que o bebê esteja recebendo uma quantidade de proteína satisfatória. Para isso, pode-se enriquecer as suas refeições com porções maiores de leguminosas (como feijões, lentilha e grão de bico) e também de cereais (como arroz, milho e aveia). Sempre balanceando com legumes, verduras, raízes e grãos.

SERÁ QUE MEU BEBÊ ESTÁ PASSANDO FOME?

Desde o nascimento do bebê, muitas mães passam pela angústia de pensar que o seu bebê pode estar com fome, ou não estar recebendo a quantidade de leite que ele precisa. A mesma coisa pode acontecer durante o início da introdução alimentar, e pode ter certeza que se você passar por isso você estará sozinha.

Antes de qualquer coisa, tenha em mente que: pode ser que o seu filho não coma tudo o que você oferecer a ele nas primeiras vezes. Pode ser, inclusive, que ele não coma nada nas primeiras vezes. É normal. Dos seis aos 12 meses, o leite ainda é uma fonte importante de vitaminas e nutrientes para o bebê. Então, fique tranquila, porque ele não vai passar fome.

Claro, é importante estar em contato com o pediatra, para que ele tenha uma ideia da quantidade de comida que o bebê come. E, como de costume, o médico vai verificar a curva de crescimento do bebê.

DICAS DE SUCESSO

Os bebês aprendem a partir dos exemplos, e ter alguém para se espelhar na hora das refeições pode ajudar nesse processo. Se for possível, seja qual for o método que você escolher, tente comer junto com ele.

Ofereça ao bebê os alimentos que fazem parte da alimentação da família (seguindo as restrições de açúcar, mel e industrializados, claro). E, se possível, tente oferecer para ele o que você vai comer no café, almoço ou jantar – isso pode fazer ele se sentir parte e ter mais curiosidade de experimentar, porque você está comendo também.

Quanto mais alimentos o seu bebê conhecer e experimentar durante a introdução alimentar, melhor. A abundância de opções nessa época pode ajudar muito na fase da seletividade.

Caso ele não goste de alguma coisa que você ofereceu, não desista. Tente oferecer de uma forma de diferente algum outro dia, e assim por diante, sem forçar.

Bebê com muita fome não come! Principalmente durante a introdução alimentar, se o seu bebê estiver com muita fome e, consequentemente, nervoso, ele não vai conseguir querer comer nada que você oferecer. Pode amamentá-lo antes sem problemas. Caso o bebê esteja tomando fórmula, a rotina das mamadas deve ser de acordo com a orientação do seu pediatra.

Bebê com sono também não come! A mesma coisa acontece em relação ao sono. Se estiver na hora da soneca ou se ele tiver dormido mal, qualquer coisa que o faça estar realmente cansado na hora da refeição pode atrapalhar e muito. É importante que ele esteja descansado.

Se estiver tudo certo e mesmo assim ele não quis comer, tudo bem, espere meia hora e ofereça mais uma vez, e assim sucessivamente. O mais importante é não deixar de oferecer porque isso vai ajudar a criar uma rotina de alimentação.

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Veja também: Saiba como a janela imunológica pode ajudar a evitar possíveis alergias alimentares

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Alimentação

O bebê pode dormir na cama no chão?

Já falamos por aqui o quanto os quartos montessorianos são uma tendência forte dos últimos anos. E parece que a maior inspiração da filosofia Montessori na decoração tem sido a cama no chão. O já clássico modelo de caminha baixa, que vem com uma estrutura de madeira em forma de casinha parece ser um dos itens mais vendidos das lojas de decoração de quartinhos.

Mas será que é seguro para os bebês dormirem em uma cama no chão? Se sim, a partir de qual idade eu posso deixar o meu bebê dormir em uma cama no chão?

Algumas leitoras que investiram nesta ideia nos contaram que começaram a deixar o bebê dormir na caminha no chão a partir dos seis meses. Decidimos então, conversar com a nossa colunista e pediatra Gabriela Ochoa sobre essa possibilidade e ela nos explicou quais são as medidas de segurança mais importantes nesse caso.

Cama no chão

O BEBÊ PODE DORMIR NA CAMA NO CHÃO DESDE O NASCIMENTO, MAS SÃO NECESSÁRIAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

“Não existe restrição de idade, a cama no chão pode sim ser usada desde o nascimento, desde que tenha grade em toda a caminha“, explica Gabriela. “No caso das crianças ela pode ter uma grade até a metade da cama só, mas para os bebezinhos tem que ter na caminha toda, é uma questão de segurança muito importante“.

E QUANDO ELES COMEÇAM A ENGATINHAR?

Pessoalmente eu não recomendo usar a cama no chão quando o bebê é muito pequenininho porque quando eles começam a se pendurar e engatinhar eles podem sair da caminha sozinhos. No caso do berço você tem certeza que ele não vai conseguir sair”, comenta Gabriela.

Então se você deixar o bebê na cama no chão desde cedo, é importante se preparar para essa fase e até proteger a casa inteira porque pode ser que ele saia da caminha no meio da noite e se você não estiver por perto é importante que o ambiente esteja preparado e seja seguro“, alerta. “É possível, mas é fundamental pensar em todas as possibilidades e tomar todos os cuidados necessários”.

ESTIMULA A AUTONOMIA DAS CRIANÇAS MAIORES

Não vejo problema nenhum as crianças maiores dormirem na cama no chão, e acho que pode ser muito bom para eles pois isso vai estimular a sua independência e autonomia”, completa Gabriela. “No caso dos bebezinhos eu acho um pouco mais complicado, mas é possível desde que se siga todas as orientações de segurança”.

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Veja também: Dicas para fazer o bebê dormir

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EnxovalSaúde

Volta às aulas na pandemia: que cuidados tomar

Estamos entrando no segundo ano da pandemia do novo Coronavírus e depois de um longo ano de confinamento e aulas online, as escolas particulares estão começando a retomar as suas aulas presenciais. O assunto da volta às aulas é delicado e pode deixar os pais aliviados e aflitos ao mesmo tempo. Conversamos com o pediatra Jairo Len, da @clinicalen, sobre os cuidados e protocolos importantes de serem seguidos nesse momento de volta às aulas.

Volta às aulas

Por um lado é maravilhoso ver o brilho nos olhos das crianças quando descobrem que vão poder voltar para a escola, do outro bate um frio na barriga com o possível risco que elas podem estar correndo de serem infectadas com a Covid-19 e trazerem o vírus para dentro de casa. Mas como fazer para que a volta às aulas seja um pouco mais tranquila nesse momento tão complicado?

Como alertou no instagram da Clínica Len de Pediatria, uma das coisas mais importantes na volta às aulas das crianças é relação de confiança e sinceridade que os pais precisam ter com a escola e vice-versa. “Seu filho não amanheceu bem, está febril? Avise a escola. Alguém está com suspeita de Covid-19 em casa? Não mande seu filho e avise a escola”. Veja a entrevista completa:

Qual a melhor forma de preparar as crianças para a volta às aulas?

As crianças já estão, de uma forma geral, muito bem habituadas em relação aos protocolos de segurança contra a Covid-19, principalmente as mais velhos, entre cinco e seis anos. Os mais novos, de dois a três anos, apesar de não precisarem usar máscara, são ainda mais adaptáveis. Então, acredito que não seja necessário explicar nada especificamente para eles antes da volta às aulas. No caso dos mais velhos, você pode pedir para manter o que eles têm feito quando vocês vão para o shopping ou para um restaurante.

Quais são os protocolos que as crianças devem seguir quando estiverem na escola?

Quanto aos protocolos que as crianças devem seguir, são os protocolos que a escola já propõe. É importante que os pais providenciem uma quantidade boa de máscaras por dia, entre três e quatro, preferencialmente descartáveis, para que eles possam trocar algumas vezes durante o dia, e também caso molhe ou aconteça alguma outra coisa. As escolas já estão com protocolos bastante rigorosos, principalmente as particulares. Inclusive, estão contando com grandes hospitais e empresas para criar esses protocolos, então acho que essa não é uma preocupação que os pais precisam ter, é só seguir o que a escola está propondo.

Qual a melhor forma de receber as crianças quando elas chegam em casa? Qual o protocolo ideal?

Na minha opinião, não é necessário tomar um banho enorme ou tirar as roupas na ante-sala, nada disso. Aconselho seguir com os cuidados gerais, exatamente como você tem feito até agora, quando sai de casa e vai para o shopping ou para cada de amigos. Tirar a roupinha, lavar a mão, lavar o rosto, escovar os dentes, até tomar um banho, se você achar que é o caso. Não acho que seja necessário ter mais cuidados do que isso.

É preciso higienizar a mochila e os materiais escolares quando eles chegam em casa?

Em relação à mochila e aos materiais escolares, as escolas também estão bastante rigorosas para que isso não se compartilhe. Como um excesso de zêlo, você pode passar um álcool em spray nas coisas, dar uma limpada geral embaixo da mochila, que acaba ficando no chão, mas também nada de especial. Penso que se existir o risco de contágio da Covid-19 nas crianças, o vírus será transmitido de uma para outra, uma contaminação pelas vias respiratórias, e não por conta dos objetos.

O que você diria para os pais que estão aflitos com a volta às aulas?

Quanto à tranquilização dos pais, penso o seguinte, e tenho falado isso há meses: a Covid-19 não é uma doença de grande importância para as crianças mais novas. As evoluções habitualmente são boas, e a taxa de mortalidade entre elas chega a ser quatro ou cinco vezes menor pelo mundo do que a da Influenza, por exemplo, que é uma doença pela qual  ninguém nunca se preocupou tanto.

A Covid-19, claro, pode ser levada para casa. Então, acho que, em um primeiro momento, as casas com idosos ou com pessoas em grupo de risco ou com quaisquer comorbidades vão precisar tomar uma precaução maior. Neste período inicial de volta às aulas, é importante que as crianças não tenham contato com os parentes idosos ou grupo de risco. Um cuidado mais nesse primeiro momento, até entendermos como tudo vai funcionar. A não ser que os avós já estejam indo viajar ou tendo contato com outras pessoas, que é uma coisa que tenho visto acontecer bastante. Nesse caso, não tem sentido deixar de ver os netos, porque as escolas não são um dos lugares de maior contágio – isso ficou bem claro durante a abertura das escolas na maior parte do mundo.

É importante lembrar e pensar que as crianças não estão indo para uma festa infantil ou para uma festa na praia, como aconteceu no réveillon. As crianças estão indo para um lugar com protocolos rígidos, totalmente controlado. E se começar a acontecer um excesso de casos nas escolas será uma surpresa para todos, porque ainda não vimos isso acontecer em nenhum outro país.

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Veja também: Gestantes e lactantes vão poder tomar a vacina contra a Covid-19?

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Saúde

Tudo o que você precisa saber antes de furar a orelha do bebê

Furar a orelha do bebê ou deixar que a criança decida se quer usar brinco mais tarde? Essa é uma pergunta que muitas mães se fazem hoje em dia. Apesar de, na cultura brasileira, ser comum que as meninas tenham suas orelhas furadas ainda bebês, essa não é a decisão de todas.

Não estamos aqui para julgar as escolhas de cada família, mas achamos válido trazer informações importantes de saber antes de decidir como e quando fazer o procedimento. Por isso, entrevistamos a enfermeira neonatal e consultora de amamentação, Natália Rodrigues (da @maternamenteconsultoria), que tem larga experiência em perfuração de lóbulo para esclarecer os principais pontos:

Furar a orelha do bebê

Quem pode furar a orelha de bebês/crianças?

Profissionais da saúde: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos e acupunturistas.

Qual a idade mínima para furar a orelha do bebê?

Não há um consenso de qual a idade ideal para a realização do furo, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que seja realizado a partir do 15º dia de vida, mas na prática, cada pediatra segue uma linha diferente. Alguns preferem esperar o bebê tomar todas as vacinas até os 6 meses; outros indicam o furo só depois de 1 ano; e tem aqueles que não vêem problema em furar a orelha do bebê no primeiro mês de vida. Por isso, o ideal é sempre confirmar com o pediatra do bebê.

Agora, um fator muito importante que o pediatra precisa avaliar é o nível de icterícia do bebê. Às vezes, acontece de o bebê precisar de re-internação para realização de fototerapia e, nesse caso, o bebê perde o furo, pois é necessário realizar a retirada desse brinco para não causar queimaduras.

Por que não se fura mais a orelha na maternidade?

O furo na maternidade não é proibido, ele é inclusive recomendado pela ANVISA. Na região norte/nordeste do país, esse procedimento ainda é realizado na maternidade. Porém, hoje, a maioria das maternidades brasileiras aboliram a perfuração do lóbulo, pois é um procedimento invasivo, de cunho estético, que se torna uma porta de entrada para infecções. E o ambiente hospitalar é um ambiente contaminado e ainda temos a questão da icterícia neonatal mencionada acima.

Que cuidados a mãe tem que tomar com o bebê antes e depois?

Cuidados antes: escolher um profissional capacitado e confirmar qual a conduta que seu pediatra segue.

Cuidados depois: higiene diária com água e sabão no lóbulo da orelha durante o banho, girar o brinco uma vez por dia, por duas semanas, para evitar que o furo cicatrize prendendo o brinco. 

Que tipo de brinco deve ser usado para furar a orelha do bebê?

Hoje, no Brasil, o único sistema aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o sistema que utiliza o próprio brinco para a perfuração, que vem esterilizado de fábrica, em um dispositivo que impede o contato desse brinco com o profissional e que seja de material antialérgico. Esse brinco é importante para evitar tanto infecção, como alergia. E isso independe da idade – vale para bebês e crianças.

Não é recomendada a perfuração com o brinco de ouro, por conta do níquel presente, que é altamente alergênico.

Quando pode fazer a troca para um brinco de ouro?

O fabricante do brinco hoje regulamentado pela ANVISA recomenda a troca do brinco entre 4 a 6 semanas. Eu, por segurança, peço sempre que aguardem 8 semanas (2 meses) para ter a garantia de um furo bem cicatrizado. O brinco a ser utilizado na troca pode ser de qualquer material, como ouro ou prata.

O que é “furo humanizado”?

Furo humanizado, que hoje é muito falado, é o respeito ao tempo do bebê e a oferta de medidas que tornem esse procedimento o mais tranquilo possível para o bebê e para a mãe. Um furo humanizado demora em média 1h para ser realizado – o furo em si é muito rápido, mas criar um ambiente propício leva algum tempo. 

Algumas medidas que fazem parte desse processo é deixar o ambiente calmo. Podemos colocar alguma música ou ruído branco, a utilização de pomada anestésica (importante aguardar essa pomada fazer efeito, o que leva em torno de 30 a 40 minutos) e, no momento do furo, colocar o bebê para mamar, pois ajuda expressivamente na redução da dor. Tanto que muitas bebês nem percebem que colocamos o brinco.

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Veja também: Colar âmbar para ajuda na erupção dos dentes dos bebês?

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Saúde

Janela imunológica: o que é preciso saber para reduzir a chance de alergia alimentar

Você sabe o que é a janela imunológica? Este é um conceito que nem toda mãe conhece, mas que pode ser um aliado poderoso durante a introdução alimentar, já que é uma das principais formas de diminuir as chances do seu bebê desenvolver algum tipo de alergia alimentar. Conversamos com a nossa colunista e pediatra, Gabriela Ochoa (@dragabiochoa) (CRM 162.456 | RQE 63480), para entender melhor do tema:

O QUE É E QUANDO ACONTECE A JANELA IMUNOLÓGICA?

“A janela imunológica acontece dos seis aos nove meses e é o melhor momento para oferecer ao seu bebê alimentos com um alto potencial alergênico. Estudos comprovam que essa é a melhor forma de diminuir as chances de uma alergia alimentar futura”, explica Gabriela Ochoa. “Quando a criança é exposta a esses alimentos nessa fase, o corpo gera uma resposta imune protetora e, consequentemente, menores são as chances de ela desenvolver uma reação alérgica futura. Porque uma exposição tardia pode aumentar o risco da alergia alimentar.”

QUE ALIMENTOS DEVEM SER OFERECIDOS À CRIANÇA NA JANELA IMUNOLÓGICA?

Os alimentos de alto potencial alergênico são: ovo (clara e gema), peixe, frutos do mar, trigo e derivados (com glúten) e oleaginosas. 

Janela Imunológica

PONTOS IMPORTANTES

Sempre que for oferecer algum desses alimentos ao seu bebê pela primeira vez, é importante observar como ele vai se comportar. “Fique atento a possíveis sinais alérgicos, como manchas ou erupções na pele, coceira, inchaço em qualquer parte do corpo, alterações gastrointestinais como vômitos ou diarreia, alterações respiratórias como tosse, dificuldade de respirar ou chiado“, alerta a pediatra. “Se o bebê não apresentar nenhum sintoma os alimentos podem continuar sendo oferecidos normalmente”.

LEITE E DERIVADOS SÓ DEPOIS DOS 12 MESES

O leite também faz parte da lista de alimentos com alto índice de possíveis alergias, entretanto, não é introduzido na janela imunológica. “Apesar de o leite de vaca fazer parte da lista de alimentos com alto potencial de alergia, tanto ele quanto seus derivados só podem ser oferecidos depois dos 12 meses, principalmente por conta da proteína e da carga de eletrólitos do leite de vaca. O mesmo vale para o leite de ovelha e o leite de cabra”, explica Gabriela Ochoa

PREDISPOSIÇÃO

Antes de iniciar a introdução alimentar e aproveitar os benefícios da janela imunológica, também é importante identificar possíveis predisposições que o bebê possa ter às alergias alimentares. “Geralmente os bebês ou os pais que já apresentam algum tipo de alergia ou alguma doença alérgica, como, por exemplo, dermatite atópica, eczema ou asma. Nesses casos, eles podem ter uma chance maior de desenvolver alergia alimentar, mas não é uma regra. Outros fatores que podem propiciar quadros alérgicos são a predisposição genética, não ter sido amamentado ou ter tido um tempo reduzido de aleitamento materno“, conclui a pediatra.

CASOS GRAVES

Segundo Gabriela, “a família sempre deve ter um pediatra em quem confia para fazer acompanhamento adequado e contatá-lo em qualquer suspeita de alergia. Os critérios de gravidade para procurar atendimento de emergência são: falta de ar, inchaço e manchas acometendo grande parte do corpo“.

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Veja também: 3 opções de café da manhã infantil por idade

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Saúde