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Como evitar que o bebê fique com a cabecinha amassada?

Muitos de vocês já devem ter ouvido falar ou conhecem um bebê com a cabecinha amassada não é mesmo? Ou então já viram um bebê usando um capacetinho, e certamente se perguntaram para que ele serve ou qual o problema de saúde que o bebê deve ter para precisar dele.

Cabeça torta

Hoje, na coluna Saúde dos Pequenos, vamos falar um pouquinho sobre as assimetrias cranianas, que é o nome técnico para condição mais popularmente conhecida como “cabecinha amassada” ou “torta”.  

A assimetria craniana pode ser posicional, ou seja, como o próprio nome diz, quando há um vício de posição que leva a um apoio excessivo de uma parte específica da cabeça ainda na fase de desenvolvimento craniano. Ou por problemas mais sérios como alterações ligadas às suturas cranianas, que podem estar presentes desde o nascimento, como, por exemplo, a cranioestenose.

As assimetrias cranianas posicionais mais frequentes e mais comuns são:

  • Plagiocefalia posicional – é quando um lado específico da cabeça está sendo constantemente pressionado. De modo geral, a região mais apoiada tem seu crescimento estagnado, enquanto as demais partes do crânio aumentam, desencadeando uma progressiva assimetria na cabeça, resultando em um “achatamento” de um dos lados da parte de trás da cabeça. O torcicolo congênito pode ser uma das causas, pois nesta patologia o pescoço do bebê nasce virado para um dos lados, limitando a sua mobilidade. 
  • Braquicefalia posicional – é quando há o achatamento de toda a parte de trás da cabeça do bebê, que pode ser simétrica, igual dos dois lados, ou assimétrica, onde há uma mistura das características da plagio e da braquicefalia. 

Para correção das assimetrias posicionais, como a plagiocefalia ou a braquicefalia, pode ser recomendado desde fisioterapia até a colocação de órteses (os conhecidos “capacetinhos”), mas elas podem ser evitadas mudando frequentemente a posição do bebê no berço para aliviar a pressão sobre uma única área da cabeça.

Outras dicas:

  1. Alterne sua posição no momento de trocar a fralda. Coloque-se ligeiramente de lado para estimular o bebê a mover a cabeça para o lado que você desejar e converse com ele de lados alternados;
  2. Alterne o braço que você usa para amamentar a criança e a posição que a segura no colo;
  3. Mude a posição do berço, do carrinho, da banheira e do assento de automóvel, fazendo com que os estímulos que interessem ao bebê cheguem igualmente de ambos os lados.
  4. Posicione os brinquedos e outros estímulos visuais no lado do berço para o qual a criança tem dificuldade ou vira menos a cabeça. Isso vai favorecer a rotação do pescoço;
  5. Evite deixar o bebê por tempo exagerado em berços e cadeirinhas de automóveis, varie o local e os estímulos oferecidos ao bebê.
  6. Pratique o Tummy Time, ou seja, deixe o bebê com a barriguinha para baixo em alguns momentos durante o dia, sempre sob supervisão dos pais ou cuidadores. Esta prática pode ser realizada idealmente a partir do segundo mês de vida quando o mesmo começa a desenvolver a musculatura da nuca, até o momento no qual o bebê passa a permanecer sentado sem apoio, ou seja, quando não passa mais longos períodos de tempo deitado sob o mesmo lado do crânio.

É importante que sempre que os pais suspeitem de qualquer assimetria craniana, que conversem com o seu pediatra e que se necessário passem em consulta com um neurologista ou neurocirurgião pediátrico. 

Até a próxima coluna,

Dra. Gabi Ochoa

Pós-graduada em Emergências Pediátricas pelo Hospital Albert Einsten; Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine e Nutrição Materno Infantil pela FAPES; e consultora de amamentação e sono; a médica pediatra Gabriela Ochoa tira todas as dúvidas das mães sobre o bem estar dos bebês e das crianças na coluna “Saúde dos Pequenos”.
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