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Como dar banho de toalha em recém-nascidos

Hoje, vou falar de um tema que talvez seja um pouco polêmico: o banho de toalha em recém-nascidos. Não sei vocês, mas eu fiquei muito insegura nos primeiros banhos do Luis Felipe. Eu ainda não tanta segurança para “manejar” um bebê tão pequeninho, tinha medo que ele escorregasse das minhas mãos, tinha medo que entrasse água no ouvido…  e mesmo com a enfermeira (experiente) dando o banho, ele chorou muito nas duas primeiras vezes. Ele ficava com aqueles bracinhos estendidos tremendo, como se estivesse com uma sensação de estar caindo, me deu muita aflição por ele.

Se eu fiquei aflita com o banho de banheira do Luis Felipe, o que dizer da minha mãe? Vovó ficou horrorizada! Para ela, aquilo foi uma sessão de tortura com um ser totalmente indefeso! No dia seguinte, no segundo banho em casa, ela começou a esbravejar: “Mas para que fazer ele passar por essa agressão de novo? Você não está vendo que ele está sofrendo? Ele não se sujou de ontem para hoje, vai lavar o cabelo de novo?”

Bom, daí perguntei para a pediatra “Você acha imprescindível que o bebê tome banho todos os dias ou pode tomar um dia sim, um dia não?”. Ela foi categórica, na opinião dela, tinha que tomar banho todo dia. Já a Associação Americana de Pediatra recomenda que se dê banho no bebê três vezes por semana – mas higienizando muito bem as partes íntimas diariamente – para não ressecar a pele do bebê. Sei que a questão do banho difere muito no Brasil x EUA/Europa… por isso disse que o tema do post poderia ser polêmico aqui.

Independentemente da quantidade de banhos por semana, queria encontrar uma maneira gentil de banhá-lo para que o Luis Felipe apreciasse esse momento (ou, pelo menos, não sofresse). Fui então para o YouTube procurar por mais vídeos de banhos em recém-nascidos. E foi em meio a essa pesquisa que descobri a opção da qual nunca tinha ouvido falar antes: o banho de toalha em recém nascidos!

banho de toalha

Crédito: FreePik

Em inglês, eles chamam de “sponge bath“, mas como nos vídeos o banho era dado com uma toalhinha, traduzi como “banho de toalha”. Testei em casa e fiquei maravilhada! Dava o banho de toalha no trocador, com o quarto bem quentinho e uma música relaxante. O Luis Felipe ficava super calminho, eu conseguia interagir melhor com ele, conversava, podia passar a toalhinha nele com toda a delicadeza… tudo na maior paz! Fiquei tão aliviada com essa solução que não sei nem explicar!

Pesquisei mais um pouco a respeito e vi que a Associação Americana de Pediatria recomenda o banho de toalha até que caia o coto umbilical. Nem consultei a pediatra, porque imaginei que ela fosse ser contra… me senti segura de seguir a recomendação da Academia Americana de Pediatria – e assim fiz. Dei banho de toalha nele diariamente por 10 dias (até cair o coto umbilical) e ele está vivo e saudável, então diria que correu tudo bem! rs

Quando o coto umbilical caiu, ele voltou a tomar banho de banheira. Mas aí eu já estava mais preparada. Seguindo a recomendação de uma amiga, comprei uma almofada de banho, à qual ele se adaptou muito bem. Não ficou mais com aqueles bracinhos estendidos tremendo, porque a almofada passou segurança a ele. Não é todo bebê que gosta da almofada, mas, por sorte, funcionou aqui em casa. A partir de então, ele começou a gostar do banho… e hoje, AMA!

COMO DAR BANHO DE TOALHA EM RECÉM-NASCIDOS

Vou deixar aqui o vídeo que me inspirou, mas se quiserem procurar por outros no YouTube, tem aos montes:

Você vai precisar de:

  • uma superfície segura para colocar o bebê
  • uma toalha grande para cobrí-lo enquanto dá o banho
  • duas toalhinhas para dar o banho
  • algodão para limpar os olhinhos
  • uma bacia com água morna
  • shampoo/sabonete líquido é opcional (eu usava)
  • cotonete e álcool para a higienização do coto umbilical após o banho
  • fralda e pomada para a troca

O banho:

Deixe tudo à mão. Tire a roupinha do bebê, mantendo a fralda. Cubra o bebê com a toalha, para ele se sentir protegidinho. Comece pelo rosto. No vídeo, ela limpa os olhinhos com a toalhinha umedecida, eu limpava com algodão umedecido, como haviam ensinado na maternidade… Depois, limpe as perninhas e braços. Vá cobrindo cada parte novamente em seguida. Vire-o de costas e limpe as costas. Como eu usava sabonete, passava primeiro a toalhinha umedecida com bem pouquinho de sabonete e, depois, uma só com água. Por fim, tire a fralda e higienize a parte íntima. Depois, coloca-se a fralda e faz-se a higienização do coto umbilical com álcool. No vídeo, a moça lava o cabelo ao fim. Não me lembro mais, mas acho que eu lavava no começo (com ele ainda empacotadinho), mas não todos os dias.

Toalhas:

As minhas toalhas preferidas são as da Carter’s, super macias e, na minha opinião, dispensam o uso de fraldinha de pano mesmo para recém-nascidos. A toalha de pintinho vem acompanhada de 3 washcloths, as toalhinhas que usei para dar banho. Já a toalha de ursinho vem acompanhada de uma outra toalha, macia também, sem capuz.

banho de toalha em recém-nascidos

Toalhas de bebê da Carter’s

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Veja também: 5 mães contam quais os itens que elas mais usaram no enxoval

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Saúde

Como ensinar o bebê a dormir

Nos posts anteriores, compartilhei dicas de seguidoras para fazer o bebê dormir, depois expliquei como funciona o sono do bebê e listei 15 motivos comuns de noites mal dormidas. Agora, chegou o momento de falar como ensinar o bebê a dormir. Embora saiba que esse post foi muito aguardado, gostaria de reiterar que não sou especialista em sono! Tudo o que posso oferecer aqui é a minha experiência pessoal e um resumo do que aprendi em livros, consultoria e cursos. Se essa série de posts lhe ajudar, ficarei muito feliz! Se não, não desanime e procure ajuda profissional.

Se comentei antes que não há consenso entre os especialistas de sono em torno de vários pontos, é justamente em relação à maneira de ensinar o bebê a dormir que percebi as maiores discordâncias! Um livro assegura que não há mal algum em deixar o bebê chorar; o outro, que não pode deixar chorar porque causa danos psicológicos no bebê. Uma especialista diz para não pegar o bebê no colo de jeito nenhum; a outra, que pode pegar, se colocar de volta no berço logo em seguida. Alguns dizem para intervir primeiro só com a mão e, apenas se necessário, falar algo; outros afirmam que é melhor tentar acalmar o bebê primeiro com algum som (como shhhh ou uma frase curta) e se não funcionar, aí, sim, encostar no bebê. Poderia continuar apontando as divergências por horas. Fato é: se até os especialistas parecem não saber de fato o que é para fazer, imagine a gente! rs

Brincadeiras à parte, concluí que há pontos principais em relação aos quais a maioria concorda. Então, vamos a eles?

ensinar o bebê a dormir

DO QUE É PRECISO PARA CONSEGUIR ENSINAR O BEBÊ A DORMIR?

Antes de tudo, consistência e paciência. Essas são palavras mágicas no processo de ensinar o bebê a dormir!

Consistência significa manter-se firme no método que você escolher, para passar uma mensagem clara ao bebê. Se um dia você decide fazer um ritual do sono X e, no outro, faz Y; se um dia leva para dormir na cama, mas, no outro, não; se um dia amamenta quando chora e, no outro, não; enfim, se muda muito “as regras do jogo”, o bebê fica sem entender quais são as regras. Isso não quer dizer que você não tenha nenhuma flexibilidade, mas tome cuidado com a inconsistência.

Paciência é do que precisamos sempre, na maternidade, mas ainda mais ao ensinar o bebê a dormir. Os resultados não surgem do dia para a noite, por isso é importante persistir. Em todos os cursos, livros, etc, dizem que é possível alcançar bons resultados em 10, 15 dias. Para quem está exausto, há meses sem dormir, parece muito tempo. Mas ter esse prazo como meta ao fim do túnel pode motivar a enfrentar os momentos mais difíceis.

Dá para para fazer isso sozinha? Por tudo o que vi, dá. Mas se a mãe tiver alguém para ajudá-la, é bem melhor. O desmame noturno do Luis Felipe, por exemplo, só foi possível porque a babá me ajudou – em duas noites seguidas, ela não me chamou para amamentar (lembrando que sabíamos que não era fome, porque ele se alimenta muito bem de dia). Ela conseguiu acalmá-lo de outra forma, ninando-o novamente até que dormisse. Sozinha, eu teria cedido e amamentado, com certeza!

Dois bons conselhos que podem ajudar no processo de ensinar o bebê a dormir: 1) revezar o turno noturno com o marido a cada 2 noites, assim, cada um tem 2 noites completas de sono e 2) começar numa sexta-feira, já que as primeiras noites são as mais difíceis e os pais podem se revezar para descansar de dia no dim de semana.

AMBIENTE DO SONO

Como é o ambiente do sono do bebê? Acho que essa pode ser a primeira coisa a se verificar (até porque é a mais simples de ajustar!rs). O ambiente ideal tem:

  • Temperatura: 22-23ºC (se você não tem ar-condicionado, indicam ventilador não direcionado ao bebê e se for de teto, no modo exaustor)
  • Luminária com luz amena para o ritual do sono ou para atender o bebê nos despertares (falarei mais disso no tópico Rotina do Sono)
  • Black-out nas janelas (para o bebê não despertar com os primeiros raios de sol)
  • Aparelho (ou iPhone/iPad) de ruído branco (para acalmar o bebê e amenizar sons externos)
  • Difusor com aromas relaxantes (não é fundamental, mas ajuda)

*Sobre a escuridão do quarto, na hora de dormir, no curso da Little Z’s a especialista diz que se você colocar a mão na frente do rosto e enxergá-la, é porque está claro. Ela indica não apenas o black-out, como também rolo para cobrir a fresta da porta. É escuridão total!

**Aqui em casa, desisti do ruído branco. Sempre coloquei uma música relaxante (Meditation, do app The Wonder Weeks) para ninar o Luis Felipe e, depois, colocava um som de chuva durante a noite (do app Sound Sleeper). Como não percebi nenhuma influência positiva no sono dele (continuava despertando no meio da noite e continuava acordando cedo pela manhã), com o tempo, acabei tirando. Maaaas todos os especialistas super recomendam o ruído branco! Então, na dúvida, coloque. A música de ninar eu continuo usando e acho que ajuda.

ROTINA

Não vi nenhum especialista que não acredite na importância da rotina para o bebê. Porque ela traz previsibilidade, segurança e atende as necessidades dele. A questão é: como criar uma rotina adequada para o seu bebê?

Lembram que falei no post 3 que a rotina pode estar desalinhada com o relógio biológico do seu filho? E que uma rotina desalinhada pode resultar nas batalhas na hora de dormir (seja no momento das sonecas ou à noite), porque os horários não batem com o momento em que o bebê sente sono? Pois bem, é por isso que se deve tomar cuidado com rotinas prontas (de livros ou da internet). Passei meses tentando seguir rotinas pré-fabricadas e não foi legal.

É muito comum a gente ver tabelas que dizem assim: para bebê de X meses, o intervalo entre cada soneca é de Y horas. Foi no curso da Little Z’s que descobri que os intervalos em que o bebê fica acordado não são necessariamente os mesmos ao longo do dia! Essa informação me libertou para redesenhar a rotina do Luis Felipe de uma maneira completamente diferente. Me baseei na rotina sugerida pelo pediatra + na rotina de uma nutricionista infantil + na rotina sugerida no curso da Little Z’s + na observação dos sinais de sono do Luis Felipe. Comecei a partir do horário em que ele acorda e do horário em que vai dormir, e aí desenhei a rotina dele entre esses dois horários principais. No fim, cheguei a uma rotina em que o primeiro intervalo acordado é mais curto, o segundo é médio e o terceiro é longo.

Quais são os horários ideais? Cada bebê é único e, claro, depende da fase em que está. Para os bebês que já estão com o ritmo circadiano estabelecido, os especialistas dizem que o horário de dormir à noite deve ser entre 12h-13h depois do despertar matinal. O Luis Felipe, por exemplo, acorda às 6h e dorme por volta das 19h (às vezes, um pouquinho antes; às vezes, um pouquinho depois). Existe um horário limite para o bebê dormir? Dizem que, idealmente, o bebê deve dormir até às 20h. Em relação às refeições, para aqueles que já comem, os horários indicados giram em torno de 7h-8h para o café da manhã, 11h-12h para o almoço e 17h-18h para o jantar. Estou colando esses horários aqui só para dar uma noção… afinal, cada casa tem uma dinâmica.

Os pontos principais na rotina, a meu ver, são: hora de acordar, de se alimentar, das sonecas e de dormir. Na minha experiência, não muda muito se as atividades entre uma coisa e outra variam. Por exemplo, se o passeio de carrinho na praça um dia é pela manhã e no outro é à tarde, não interfere no sono do Luis Felipe (talvez possa interferir para outros bebês…). Em relação aos horários de se alimentar, amamentei o Luis Felipe seguindo uma rotina de mamadas até começar a Introdução Alimentar. E quando começam a comer, os bebês costumam ter horário para as refeições. Portanto, não sei como se desenha a rotina do bebê quando a mãe amamenta em livre demanda (antes da Introdução Alimentar). Não estou dizendo que seja impossível, nem que a mãe não deva amamentar em livre demanda, apenas que eu não sei como se faz porque não foi o meu caso. Mas uma coisa é certa: para dormir bem, à noite ou nas sonecas, o bebê precisa estar bem alimentado. Bebê com fome acorda. E o inverso é verdadeiro: para se alimentar bem, o bebê precisa estar descansado. Bebê com sono, normalmente, não come direito. Por isso é importante casar bem os horários.

A Dra Angélica Rabelo (pediatra especialista em sono, que adoro) sempre fala da importância de se perceber os sinais do sono do bebê para colocá-lo para dormir na hora certa. Além do bocejo, alguns exemplos de sinais de sono são: coçar os olhos, esfregar a orelha, puxar o nariz, olhar parado para o infinito, perda de interesse nos brinquedos, ficar molinho, não se sustentar mais sentado ou em pé… O choro também é um sinal de sono, mas um sinal tardio – ou seja, precisamos estar atentas aos primeiros sinais, antes de chegar ao ponto do choro! A pegadinha é quando você tem um bebê elétrico, como o meu, que nem sempre dá sinais de sono. Tem vezes que o Luis Felipe está brincando normalmente quando dá a hora da soneca (segundo a minha rotina) e eu fico observando se ele demonstra cansaço e nada… espero mais um pouco e nada… aí, para não passar demais da hora da soneca, pego ele no colo. É só encostar a cabecinha no meu braço que o sapeca fecha os olhos! rs Falarei mais das sonecas no próximo tópico.

Por fim, por que dizem que a rotina deve ser flexível? Porque bebês não são robôs. Então, a gente precisa prestar atenção nos acontecimentos do dia para ir ajustando a sequência. Por exemplo, quando o Luis Felipe faz sonecas muito curtas, dorme à noite um pouquinho mais cedo (para não entrar em efeito vulcânico). Quando ele ainda está com muita energia na hora do ritual do sono noturno, fico mais tempo com ele antes de colocá-lo no berço, para evitar batalha no berço, o que acaba atrasando um pouquinho a hora de dormir… e assim, vamos adaptando.

JANELAS DE SONO

Se você já leu alguma coisa sobre ensinar a dormir, já deve ter visto esse termo. Só gostaria de dizer que, apesar de amplamente usado, detesto as “janelas de sono”! Primeiro, porque sua definição diverge. Segundo, porque é muito irritante quando a pessoa fala “a janela do sono está se fechando”! Nem sei explicar muito bem o porquê, mas esse conceito me exaspera e só me atrapalhou! Quando parei de pensar em janela de sono, e pensei nos intervalos acordados (sem a rigidez do relógio), é que as coisas fluíram para mim.

Se você já conhece, gosta e faz uso do conceito das janelas de sono, maravilha. Siga assim.

SONECAS

Como falei nos posts 2 e 3, o sono noturno é reflexo do dia. E não há especialista no assunto que não diga e repita: bebês precisam fazer sonecas revigorantes! 

Muita gente estranha essa ideia (principalmente pais e avós que não estão atualizados no assunto…rs) e acredita que é justamente o contrário: que o melhor é deixar o bebê bem cansado para que ele “capote” à noite. Seguindo essa estratégia, é bem mais provável que se tenha um bebê chorando, em estado vulcânico pelo acúmulo de cansaço (como falei no post 3), do que um bebê dormindo como um anjinho.

E o que é uma soneca revigorante? É uma soneca de, pelo menos, 1 hora, da qual o bebê acorda felizinho, com carinha de descansado. “Ah, mas meu bebê acorda super descansado depois de 40min de sono!” Que bom! É fácil alcançar essa meta de sonecas longas? Aqui em casa, não. Continua sendo um desafio, para falar a verdade. O Luis Felipe não gosta de fazer sonecas, fica irritado quando se inicia o ritual de sono da soneca (falarei disso no próximo tópico) e chora. Apesar de tudo isso, quando apago as luzes e ele encosta a cabeça no meu braço, dorme rápido! rs Ou seja, a resistência dele não é por falta de sono, é porque quer brincar mesmo. E não sei por que, tem vezes que dorme 30 minutos e tem vezes que dorme 2 horas… E tem vezes que ele dorme 30 minutos, não consigo ajudá-lo a dormir mais, e ele acorda bem. Vá entender… Outra curiosidade: consigo fazer ele dormir sozinho no berço, mas nas sonecas ainda não consegui.

Qual é o ambiente ideal para sonecas? Tem gente que acha que só pode ser no berço, para o bebê entender que ali é o lugar de dormir. Há quem diga que o ideal é no carrinho, de modo que quando os pais estiverem fora (ou em uma viagem), não tenham grandes problemas no horário da soneca. Alguns dizem que o bebê precisa se acostumar a dormir com barulho, para não ficar “fresco”. Há quem diga que as sonecas não devam ser no escuro, para o bebê não confundir soneca com sono noturno…. Já li/escutei muita coisa a respeito das sonecas. E a minha conclusão é: o bebê pode dormir em qualquer lugar, de qualquer jeito, contato que seja confortável para ele.

Quando era pequenininho, o Luis Felipe fazia soneca em qualquer lugar, no carrinho, de dia, com barulho… hoje, não mais. Quando a Little Z’ disse que as sonecas poderiam (ou deveriam, em alguns casos) ser em ambiente totalmente escuro, como no sono noturno, o processo de colocá-lo para fazer soneca melhorou muito! O Luis Felipe fica muito ativo com qualquer estímulo – e qualquer coisa é um estímulo, até o toque do lençol! rs Portanto, é praticamente impossível que ele relaxe durante o dia se estiver vendo o que está ao redor. Mesmo se fizer um ritual antes, mesmo se tomar um banho antes, não importa, ele não relaxa antes da soneca.

RITUAL DO SONO

Outro ponto em comum entre os especialistas, independentemente do método ou da linha seguida: deve-se fazer um ritual antes de colocar o bebê para dormir, para o bebê entender que está chegando a hora de dormir.

Entendo a lógica por trás e quem sou eu para discutir a importância do ritual?! Mas confesso que essa ideia me assustava, principalmente, porque ela muitas vezes vem seguida da palavra “relaxante”! E isso eu nunca consegui fazer aqui em casa!

Uma frustração que tive foi não ter conseguido fazer shantala no Luis Felipe, porque ele não aceitava. Dizem que o banho relaxa, mas ele fica super agitado no banho porque ama água e sai chorando da banheira (mesmo avisando tempos antes que vai terminar o banho). Se pego um livrinho para ler, ela fica batendo no livro, morde, tenta arrancar as páginas, joga no chão… Até mamando, um momento em que ele deveria ficar relaxado, ele arranja um jeito de agitar – e muitas vezes dá até gargalhada com o peito na boca. E quando ele vê as cachorras no quarto, então? (Não, não dá para deixá-las do lado de fora, porque daí elas arranham a porta para entrar, latem…)

Portanto, segui a orientação: temos um ritual simples, ou seja, uma ordem dos acontecimentos (banho -> pijama -> colo -> mamar -> berço), mas “relaxante” não posso dizer que seja… De todo modo, a essa altura, imagino que ele já deva ter captado a mensagem do que está por vir quando o coloco o pijama.

Não duvido que o ritual ajude, mas considero ainda mais importante que o bebê esteja de fato com sono na hora de dormir.

E um ponto interessante que a Dra Angélica Rabelo falou um dia: para diminuirmos a luminosidade do quarto aos poucos. A luz atrapalha a produção de melanina (o hormônio do sono), mas não quer dizer que você deva apagar a luz de supetão. Primeiro, fique um tempo com a luz do abajur por um tempo, isso já vai ajudar a baixar a energia do bebê também. E na hora de dormir, apague tudo.

Ah, vale lembrar que também é indicado fazer um ritual, por menor que seja, nas sonecas também. Que seja entrar com o bebê no quarto no colo, ligar uma musiquinha relaxante e fechar as cortinas – uma simples e repetida sequência de acontecimentos já é suficiente.

ELETRÔNICOS SÃO PROIBIDOS. BRINQUEDOS ALUCINANTES NÃO SÃO RECOMENDADOS.

Segundo a OMS, bebês não devem ser expostos a telas (celular, iPad, televisão e afins) até os 2 anos – em nenhum horário. Há vários estudos científicos dos prejuízos neurológicos para os bebês, basta jogar no Google para achar inúmeros artigos. Mas se o seu bebê faz uso de telas durante o dia, evite-as perto dos horários de dormir (=sonecas e à noite). Brinquedos alucinantes (o apelido que dei para aqueles que fazem barulho, piscam, tocam música, tudo ao mesmo tempo), assim como brincadeiras muito estimulantes, também devem ser evitados antes de dormir. Lembre-se, o objetivo é relaxar o bebê.

ENSINAR O BEBÊ A DORMIR SOZINHO

No post 3, falei bastante de como a incapacidade de adormecer sozinho atrapalha o sono noturno, pois o bebê não consegue voltar a dormir sem ajuda de seus despertares normais. Porque não é que o bebê não acorde durante a noite, é que ele deve ser capaz de adormecer novamente sozinho. Isso é que significa “dormir a noite inteira”.

Pois bem, e como alcançar essa graça? Identificando as associações negativas (alguns exemplos no post 3) e livrando-se delas. É fácil? Com certeza, não! Tive sorte de a associação negativa do Luis Felipe ser branda… Infelizmente, não sei como agir em casos mais graves. Nesses, acho que realmente é preciso procurar ajuda profissional.

Como contei no post 3, o Luis Felipe só dormia no colo. Na primeira tentativa de ensiná-lo a dormir (aos 6 meses), tentei fazer a transição colo-berço de maneira suave. Fui colocando ele no berço cada vez mais sonolento (mantinha a minha mão nele, dentro do berço), até que cheguei ao ponto de conseguir colocá-lo quase acordado. Estava funcionando… mas por conta do trabalho, tive que delegar essa tarefa por uma semana e ele voltou para o colo.

A segunda tentativa, já aos 9 meses, foi diferente. Fiz um aconselhamento com a Daniela Nogueira (do Pais em Ação), e ela sugeriu que, antes de tudo, eu conversasse com o Luis Felipe, explicasse como seria a nova dinâmica (que ele ia dormir sozinho no berço, que era melhor para ele, para ele descansar bem, etc), mostrasse bem o berço para ele ainda acordado, mostrasse a poltrona onde eu ia ficar, ao lado do berço… Enfim, eu deveria explicar o que eu esperava dele. Pode parecer estranha ideia de que bebês tão novinhos entendam o que estamos falando, mas a psicanalista e pediatra Françoise Dolto, que é um ícone na França, defende que devemos falar com os bebês e explicar-lhes as coisas desde que nascem.

Fiz tudo isso e, nesse dia, coloquei o Luis Felipe no berço totalmente acordado. Ele ficou quase uma hora brincando dentro do berço – batia na parede (nos bichinhos do papel de parede), ficava em pé, sentava, ia para um lado e para o outro… Quando vi que ele começou a ficar molinho, comecei a dar boa noite para os bichinhos de pelúcia e apaguei a luz. Então, disse que ia ajudá-lo a dormir, e com uma mão na bochecha dele e a outra no corpinho, conduzi ele para que se deitasse. Ele tentou levantar mais algumas vezes, ajudei-o a se deitar repetidamente (de uma maneira muito gentil, sem forçar), até que não se levantou mais e ficou se mexendo um pouco, passando a unha no lençol… e adormeceu. Como de costume, fiquei sentada na poltrona ao lado do berço, pois ele sempre acordava aproximadamente 1 hora depois de dormir. Mas, como mágica, ele foi direto!

No dia seguinte, contei para a Daniela como foi a noite e ela me falou uma coisa que mudou a minha visão do processo. Em resposta à minha observação de que ele havia demorado 1 hora (o que achei muito tempo) para dormir, ela me aconselhou a mudar a minha expectativa. Por que eu esperava que ele dormisse tão rápido quando ele era colocado no berço? Nós conversamos por mais de 2 horas ao telefone durante o aconselhamento. Eu, adulta, com toda a minha capacidade cognitiva e repertório, precisei de mais de 2 horas para compreender o conceito que ela queria me passar… como eu poderia esperar do Luis Felipe, um bebê, que estava recebendo novas orientações, que ele fosse adormecer rapidamente?! Verdade, não era justo. Nas noites seguintes, já fui com a cabeça de que ia durar 1 hora mesmo, que ficaríamos brincando no berço até ele ficar molinho… e a minha ansiedade se dissipou. A ansiedade não era porque eu tinha algum compromisso depois que me impedisse de ficar uma hora ali com ele. Mas é que à medida que o tempo ia passando, eu interpretava como “isso não está dando certo, isso não está dando certo”. Estava dando certo, sim. Deu certo. Só que no tempo dele. Hoje, percebo que estar mais calma nesse momento, sem ansiedade, ajuda muito!

Para os bebês que acordam à noite porque a chupeta caiu da boca, dei a dica no post 1, mas relembro aqui: espalhar várias chupetas pelo berço pode ajudar.

O BEBÊ NÃO VAI CHORAR?

Outra coisa que a Daniela me falou, que foi muito importante: é natural que os bebês protestem (=chorem) diante de mudanças. Os pais estarão lá para dar suporte, não para desistir da mudança. A abordagem acolhedora – tanto na educação como ao ensinar o bebê a dormir – não tem como objetivo evitar o choro, mas estar presente, ao lado do filho, ouvindo o seu protesto, apoiando como possível, enquanto se mantém firma em relação às regras estipuladas. Digo isso, porque muitas vezes o choro nos desestabiliza e faz com que cedamos, com que voltemos atrás, com que sejamos inconsistentes no processo.

E embora a recomendação geral seja de intervenção mínima quando o bebê chora e de, preferencialmente, não pegar no colo nessas horas, não diria que as minhas intervenções tenham sido tão mínimas assim. Sempre espero um pouco antes de qualquer coisa, porque, muitas vezes, o Luis Felipe faz barulhinhos e até dá um chorinho dormindo, de olhos fechados. Mas quando achei necessário, coloquei a mão no peitinho dele e peguei no colo também. Às vezes, colocava-o de volta no berço logo que pára de chorar, às vezes esperava mais um pouquinho… Não tem muita regra, acho que devemos seguir também o nosso instinto nesse ponto…

POR ONDE COMEÇAR?

Você chegou até aqui e pode estar se perguntando “Ok, mas por onde começar?“. Não sei se existe uma resposta padrão… Vou sugerir o que li de recomendação e funcionou para mim:

Comece com o desenho de uma rotina. Depois de alguns dias observando os hábitos e sinais de sono do seu bebê, você vai desenhar a rotina dele e vai tentar colocá-la em prática. Ao mesmo tempo, vai estabelecer o ritual de sono dele. Já vi muitos casos em que só essas mudanças já deram um resultado enorme! Nesse primeiro momento, mantenha as associações negativas (post 3) na hora de dormir.

Quando você achar que a rotina está funcionando direitinho, que as coisas entraram num ritmo bom, é a hora de ensinar o bebê a dormir sozinho à noite. O que significa tentar tirar as associações negativas. Se você vai tentar fazer isso paulatinamente ou de uma vez, é uma escolha sua. E as sonecas? Bom, não sou a melhor pessoa para falar delas. Mas tem gente que diz para fazer “correções” nas sonecas só depois que o sono noturno estiver OK, tem gente que diz que pode fazer as mudanças concomitantemente.

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Se você tem uma história de sono de sucesso em casa, por favor, divida conosco nos comentários!

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OS POSTS ANTERIORES DESSA SÉRIE:

Post 1: Dicas de seguidoras-mães de como fazer o bebê dormir

Post 2: O que você precisa saber sobre sono para o bebê dormir a noite inteira

Post 3: 15 motivos comuns pelos quais os bebês não dormem a noite inteira

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Mais uma vez, lembro que não sou especialista em sono, se alguém quiser fazer alguma correção ou adendo, por favor, sinta-se à vontade para deixar nos comentários!

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Acho importante deixar aqui as fontes do meu aprendizado: curso online da Stephanie Sapin (voltado para recém-nascidos), livros “A Encantador de Bebês” (abordagem acolhedora) e “12 Horas de Sono com 12 Semanas de Vida” (método do choro controlado), consultoria da Madu Drummond (abordagem acolhedora), curso online da Little Z’s (método do choro controlado), aconselhamento da Daniela Nogueira do @pais.em.acao (abordagem acolhedora). Das várias contas especializadas em sono que sigo no Instagram, destaco a @takingcarababies(método do choro controlado), @bebedorminhoco (abordagem acolhedora), @dra_angelicarabelo (abordagem acolhedora) e o @queirozodilo (abordagem acolhedora). Dos tantos posts que achei internet via Google não vou me lembrar…

Babies & KidsSono do bebê

Por que é importante evitar o açúcar até os dois anos?

A Páscoa está chegando e mal podemos esperar para saborear todas as gostosuras desta celebração que a gente ama tanto! Mas é muito importante lembrar que, segundo a Organização Mundial de Saúde, bebês menores de dois anos não devem consumir açúcar.

Mas você sabe por que é importante evitar o açúcar na alimentação dos pequenos?

evitar o açúcar

ATRAPALHA O DESENVOLVIMENTO DO PALADAR

O leite materno é levemente adocicado e os bebês nascem com uma predisposição a aceitar melhor o doce do que o salgado. E um dos primeiros efeitos que a oferta de açúcar pode atrapalhar no desenvolvimento do bebê é em relação ao paladar.

O açúcar é uma bomba de sabor. E como o bebê está acostumado ao sabor leve do leite materno ou da fórmula e com os alimentos in natura com muito pouco tempero, se eles são apresentados aos açúcares muito cedo, podem começar a rejeitar outros sabores (mais suaves).

Quanto mais desenvolvido o paladar, mais o bebê consegue diferenciar os sabores e a tendência de só aceitar o doce é muito menor.

VICIA

Se o açúcar pode ser extremamente viciante para os adultos, imagine para as crianças! Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Queensland na Austrália, os efeitos do açúcar no cérebro são equivalentes ao uso de drogas.

E esse também é um dos grandes motivos da Organização Mundial de Saúde não aconselhar o consumo de nenhum tipo de açúcar, seja ele refinado, cristal, mascavo, mel, melado, rapadura, etc, nos primeiros anos de vida da criança.

DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO

Pesquisas indicam que a dependência do açúcar pode se manifestar nas crianças através de distúrbios comportamentais como hiperatividade, dificuldade de concentração, irritabilidade e outros problemas psicológicos que podem afetar o seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

NÃO TEM VALOR NUTRICIONAL

Outro ponto muito importante de se observar é que os açúcares não têm valor nutricional. Isso quer dizer que, se consumidos em grande quantidade, podem deixar os pequenos muito agitadas e com excesso de energia, porém eles não recebem os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento.

DISTÚRBIOS METABÓLICOS

Os açúcares chamados de adicionados, que usamos para adoçar alimentos ou bebidas, têm um efeito prejudicial comprovado para os bebês e crianças.

Dados indicam que o consumo de açúcar na infância está diretamente relacionado a patologias e distúrbios metabólicos como obesidade, aumento da pressão arterial, diabetes, e até alguns tipos de câncer, sem contar os possíveis distúrbios cognitivos e cáries.

SUCO SÓ DEPOIS DE UM ANO

As frutas são bem vindas, ricas em vitaminas e fibras, uma ótima opção para trazer os sabores doces para alimentação do bebê. Porém muitos pediatras indicam que os sucos naturais só devem ser oferecidos depois de um ano. (Os industrializados, de preferência, nunca.)

O motivo é simples: para se fazer um copo de uso, usa-se mais de uma unidade da fruta (ou um pedaço muito grande, no caso de uma melância). Isso faz com que, ao tomar o suco, o bebê acabe ingerindo uma quantidade de açúcar muito maior do que se comesse a fruta.

MEL É PROIBIDO PARA MENORES DE UM ANO

O mel é estritamente proibido antes de o bebê completar um ano (e indicado apenas para maiores de dois anos), pois pode causar botulismo intestinal. A doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.

DEPOIS DOS DOIS ANOS PODE CONSUMIR AÇÚCAR, MAS É IMPORTANTE CONTROLAR

Mesmo depois que o seu bebê fizer dois anos, é fundamental que o consumo de açúcares seja controlado. Segundo a recomendação oficial da OMS, o ideal é que uma criança não consuma mais do que 25 gramas de açúcar por dia, o que equivale a aproximadamente seis colheres de chá.

Além da quantidade, a frequência também pode ser equilibrada. Mesmo depois dos dois anos, os doces podem ser consumidos apenas em ocasiões especiais, como Festinhas ou outras comemorações. Na rotina alimentar, oferecer mais alimentos naturais e frutas.

Outra dica é a adição de fibras na alimentação, pois elas diminuem a absorção do açúcar e regulam os níveis de glicose no sangue. Cascas de frutas, grãos integrais, brócolis, aveia e chia são ótimas pedidas.

PREFIRA AS VERSÕES MAIS NUTRITIVAS

Quando for oferecer algum alimento adoçado ao seu pequeno depois dos dois anos, prefira as versões mais nutritivas como mel, açúcar mascavo, de coco, demerara, orgânico ou melado.

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Veja também: O que é importante antes de escolher o pediatra do seu filho

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O que precisamos saber do teste de Covid-19 nas crianças

A pandemia segue em 2021 e com a volta às aulas as crianças estão mais expostas do que no ano passado. Conversamos com o infectopediatra Dr. Daniel Jarovscky, do Fleury Medicina e Saúde, sobre o que é importante saber antes de fazer um teste de Covid-19 no seu filho.

teste de Covid-19

O PCR PODE SER FEITO QUANTAS VEZES FOREM NECESSÁRIAS

Segundo o infectopediatra Daniel Jarovscky, o PCR não é considerado um exame invasivo e, por isso, não existe um número máximo de vezes que o exame pode ser feito. “Do ponto de vista técnico, o PCR não é considerado um exame invasivo, e por isso pode ser colhido quantas vezes forem necessárias. Porém, na prática, não existe a necessidade de se repetir o exame muitas vezes em um único mês“, alerta.

“Os exames que são considerados invasivos são aqueles que precisam furar para colher uma amostra de sangue, por exemplo, ou eventualmente passar uma sonda. O PCR é um teste de Covid-19 no qual a coleta é feita com um cotonete fino, o que o classifica como um exame muito pouco invasivo”, explica Daniel.

Isso não quer dizer que as crianças não vão sentir incômodo e ficar relutantes se precisarem fazer muitas vezes. “Já faz bastante tempo que não se preconiza mais ter um teste negativo de Covid-19 para voltar ao trabalho ou às aulas. É claro que as instituições estão criando os seus próprios protocolos, mas o consenso atual da comunidade médica não inclui a necessidade de testar as crianças toda semana, ou com regularidade para poderem voltar às aulas, principalmente se elas estiverem assintomáticas”.

“A princípio, a única indicação para se fazer um PCR nas crianças é se elas apresentarem sintomas, para fazer o diagnóstico da doença. E mesmo se ela for diagnosticada com a infecção, ela não precisa necessariamente ser submetida a um novo teste de Covid-19, basta esperar a melhora do quadro, e esperar 14 dias antes de voltas às aulas”, conclui Daniel.

BEBÊS RECÉM-NASCIDOS TAMBÉM PODEM FAZER O PCR

O PCR também é um exame seguro para bebê, incluindo recém-nascidos. “Não existe restrição de faixa-etária para coleta do PCR. É um exame que pode ser feito em recém-nascido e, inclusive, o protocolo de algumas maternidades inclui testar os recém-nascidos de mães que estão com Covid-19“, comenta Daniel.

O PCR É O MELHOR EXAME DE DIAGNÓSTICO DA COVID-19

Apesar de existirem outros tipos de exames, o PCR é considerado o padrão ouro para o diagnóstico da Covid-19. “O PCR é considerado o melhor exame possível para diagnosticar a doença pelo vírus Sars-COV-2, que é a Covid-19. Existem outras alternativas como o teste de antígenos e um outro teste molecular, que tem uma tecnologia um pouco diferente do PCR, que é o Lamp”, explica Daniel. “Porém, dentro das opções de exame de diagnóstico, o PCR realmente é o mais indicado porque ele tem uma melhor sensibilidade e uma melhor especificidade combinada, e é indicado para todas as faixas etárias”.

LAMP TAMBÉM PODE SER UMA BOA OPÇÃO PARA CRIANÇAS MAIS VELHAS

Segundo Daniel, o exame chamado PCR-Lamp pode ser uma ótima opção para crianças mais velhas. “O Lamp é um teste molecular, assim como o PCR, porém ele é mais indicado para crianças um pouco mais velhas, porque você precisa de uma quantidade considerável de saliva, em torno de 5ml. Por isso, ele não é um bom método para bebês e crianças muito pequenas”.

O EXAME DE SOROLOGIA É INDICADO PARA SABER SE VOCÊ JÁ TEVE CONTATO COM O VÍRUS

Caso queira saber se já teve algum contato com o vírus, você pode fazer um exame de sorologia, que é feito através de uma amostra de sangue. “A sorologia também pode ser colhida por qualquer pessoa, de qualquer idade, porém esse não é um exame que tem como propósito fazer o diagnóstico da doença aguda em atividade, mas sim demonstrar se você já teve um contato prévio com o vírus”.

NÃO EXISTE NECESSIDADE DE FAZER UM EXAME NAS CRIANÇAS ANTES DA VOLTA ÀS AULAS

“A rotina de retorno às aulas varia muito de acordo com cada escola e com as instituições que construíram os protocolos de cada escola. Porém, a grande maioria das escolas não tem solicitado o exame para validar o retorno dos alunos às aulas”, comenta Daniel. “Por outro lado, algumas instituições de ensino estão instituindo uma rotina de coleta de exames de PCR, principalmente nas crianças maiores. Nesse caso, o Lamp é uma ótima opção porque como é feito através da saliva, ele é absolutamente não invasivo, e tem um custo mais baixo que o PCR“.

CASO A CRIANÇA APRESENTE SINTOMAS, É IMPORTANTE FAZER O PCR

“De forma geral, não existe a recomendação formal e oficial de se colher exames moleculares para detectar a presença do vírus, especialmente em crianças assintomáticas”, explica Daniel. “Se a criança não apresentar sintoma nenhum, ela deve ir para a escola normalmente. Agora, se acontecer algum surto eventual de Covid-19 na sala da criança ou se ela começar a apresentar algum sintoma, as indicações mudam e, muitas vezes, é necessário fazer um PCR para diagnóstico da doença. A partir do momento que você faz o diagnóstico, conta-se 10 ou, no máximo, 14 dias de isolamento. E se a criança estiver sem sintomas ou com melhora dos sintomas, a ela já pode retornar às atividades escolares, independente de uma nova coleta do exame”.

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Veja também: Gestantes, lactantes e crianças podem tomar a vacina da Covid-19?

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Saúde

O que é importante na hora de escolher o pediatra do seu filho

Já falamos por aqui sobre a importância da consulta pediátrica ainda no pré-natal. O ideal é escolher o pediatra ainda na gestação, já que a primeira consulta acontece pouco depois do nascimento. Mas como escolher o pediatra do seu filho? Reunimos alguns pontos importantes para te ajudar.

Pediatra

QUANDO DEVO COMEÇAR A PROCURAR UM PEDIATRA?

Um bom momento para começar a pedir indicações para os amigos, para a sua família, ou até em grupos de maternidade na internet com que você se identifique é entre 28 e 34 semanas da gestação.

Um ótimo caminho também pode ser conversar com o seu obstetra, já que ele também pode ter bons profissionais para te indicar. Outra possibilidade pode ser procurar saber quem são os pediatras que atendem pelo seu plano de saúde.

Assim, você terá tempo de avaliar as indicações sem pressa e também de marcar uma consulta para tirar todas as suas dúvidas antes do seu bebê chegar, ou até duas, três, quantas você sentir necessidade.

A IMPORTÂCIA DO VÍNCULO 

O pediatra será um porto seguro muito importante nos primeiros meses e anos de vida do seu filho, por isso é essencial que vocês consigam estabelecer uma relação de confiança desde o início.

Confiar no médico do seu bebê é fundamental para que você se sinta acolhida quando surgirem as primeiras dúvidas, inseguranças ou o primeiro resfriado. Tudo pode ser um pouco mais fácil e tranquilo.

O QUE É IMPORTANTE CONSIDERAR AO ESCOLHER O PEDIATRA?

Pode ser que o pediatra dos filhos da sua melhor amiga ou da sua irmã não funcione bem para você, simplesmente porque essa é uma escolha muito pessoal, e que precisa estar totalmente alinhada com o que você acredita, e com o caminho que você está escolhendo para a sua maternidade.

Por exemplo, se você quer tentar amamentar o seu filho, é importante escolher um profissional que vai te incentivar e te apoiar quando possíveis dificuldades surgirem.

Você também pode seguir um profissional nas redes, e achar que ele tem tudo a ver com o que você procura para o pediatra do seu filho, mas na hora da consulta sentir que “o santo não bateu”. Isso também é normal, e por isso é importante conhecer o médico ao vivo antes do nascimento. 

Pode ser interessante conversar com outras mães que se consultam com o pediatra que você escolheu, na sala de espera do consultório ou até pela internet, porque ouvir a experiência delas também pode ser reconfortante.

O PEDIATRA PODE PARTICIPAR DO PARTO 

Outra coisa boa de escolher o seu pediatra durante a gestação é que ele pode ser o médico que vai participar do seu parto, receber o seu bebê, e fazer os primeiros exames e procedimentos.

E esse é um ponto que merece atenção. Nem todos os procedimentos que são feitos assim que o bebê nasce são completamente necessários, e ter o seu pediatra com você nesse momento pode ser fundamental para que você possa escolher como ele vai receber o seu bebê, de acordo com o parto que você teve.

QUAIS SÃO AS PERGUNTAS QUE VOCÊ DEVE FAZER NA PRIMEIRA CONSULTA?

Quando chegar o momento do primeiro encontro, algumas perguntas são essenciais. Se você preferir, anote todas as suas dúvidas e tudo o que você gostaria de saber antes e leve com você no dia.

Nesta entrevista que fizemos com a pediatra Paula Woo, ela deu alguns ótimos exemplos de perguntas que são super importantes de serem feitas durante a primeira consulta com o pediatra. Aqui listamos mais algumas:

– Ele está disponível para participar do seu parto, no hospital que você escolher?
– Qual a melhor forma de comunicação? Caso você precise falar com ele de madrugada, como deve fazer?
– Como funciona a sua agenda, quais são os dias que ele atende no consultório?
– Em caso de férias ou alguma outra ocorrência, quem poderá substituí-lo?
– O que ele pensa sobre amamentação, imunização (ou qualquer outra questão que você tenha), alimentação?
– Ele faz plantão em algum hospital?

Esse é um bom começo, mas fique à vontade para adicionar qualquer outra questão que você possa vir a ter, não tenha medo de tirar todas as suas dúvidas porque elas são muito importantes.

POSSO MUDAR DE PEDIATRA?

Você pode mudar de pediatra quando quiser, é claro. E é super normal uma mãe sentir que não fez a melhor escolha ou então conheceu alguém com mais sintonia depois que o bebê nasceu. Não se preocupe.

O mais importante é você já ter um novo pediatra antes de “terminar” o seu relacionamento com o primeiro. Não ter um médico a quem recorrer não pode ser uma opção.

Outra questão fundamental é que você tenha acesso ao histórico do seu bebê, sua curva de crescimento, e qualquer outro dado importante, para levar para o novo pediatra. 

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Veja também: 10 dúvidas sobre parto na pandemia do Coronavírus

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