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Pais em Ação | Daniela Nogueira dá 5 dicas para lidar com a manha

Na coluna Pais em Ação de hoje, Daniela Nogueira traz mais informações sobre um desafio constantes dos pais: a manha. Por muito tempo, os episódios de birra infantil eram vistos como desrespeito aos pais, falta de educação ou rebeldia dos pequenos. No entanto, ao longo do tempo e com muitos estudos na área, essa visão mudou. Nesse post vamos entender o que causa a manha e como lidar com ela! Confira:

Créditos: Marcos Paulo Prado

O que é manha?

Chamamos de manha as explosões emocionais que as crianças têm – o que é normal! A manha nada mais é do uma comunicação não verbal que os pequenos utilizam para passar informações para seus pais e/ou responsáveis.

O jeito que cada um expressa frustrações e emoções fora de controle vêm do temperamento individual. Cada criança é única e, por isso, alguns pequenos podem ter mais ou menos explosões do que seus irmãos ou coleguinhas. Algumas são por natureza mais fáceis de lidar enquanto outras são mais trabalhosas para acalmar, dormir, comer, etc. Assim, evite comparações e cobranças baseadas no comportamento de outra criança.

O que causam as explosões emocionais?

Os motivos podem mudar dependendo da idade da criança. Isso porque, conforme a criança cresce e desenvolve ferramentas internas para lidar com seus sentimentos e para se comunicar melhor, as manhas tendem a diminuir.

Até os três anos de idade, os motivos mais comuns da manha costumam ser:

  • Necessidade de expressar uma demanda urgente que não foi atendida;
  • Cansaço;
  • Fome;
  • Sono;
  • Tédio, entre outros.

Depois dos três anos, os motivos para as explosões mudam. Elas podem ser:

  • A criança sabe que basta chorar/gritar alto o suficiente por um tempo para conseguir o que quer ou precisa;
  • Expectativas irreais em relação aos pais;
  • Disciplina punitiva ou permissiva demais;
  • Cansaço;
  • Nível de stress elevado.

Existem outros motivos que podem levar à manha ou aumentar a intensidade e frequência desses episódios. São eles:

  • Disciplina inapropriada: as regras e limites não são claros e consistentes: uma hora pode e outra não pode;
  • Expectativas irreais de ambas as partes;
  • Divórcio;
  • Depressão;
  • Perda de entes queridos.

5 dicas para lidar com a manha

Não há fórmula mágica para lidar com a manha! Existem técnicas que podem ser usadas, mas não existem garantias de que vão funcionar com toda criança – nem todos os dias. Alguns episódios serão mais fáceis de lidar, outros mais difíceis. Um dia, uma técnica vai funcionar muito bem e no outro, nem tanto. O importante é você ter ferramentas na sua mão e testar, até encontrar os caminhos que funcionam melhor na sua família.

Lembre-se: as explosões emocionais do seu filho são o melhor momento para você oferecer a ele a oportunidade de aprender a se auto regular. Por isso, respire fundo e não leve para o lado pessoal! Você ajudará a criança a adquirir inteligência emocional enquanto cria um relacionamento com ela. Sendo assim, não devemos ignorar a manha, pelo contrário: nosso papel é guiar as crianças durante esses episódios para que elas encontrem uma saída apropriada para aquilo que está incomodando.

1. Seja a calma em meio ao caos

A sua postura influencia na postura do seu filho. Gritar, ficar brava, ou ameaçar não vai acalmar a criança ou ensiná-la a lidar com aquela situação! O ideal é ficar na altura da criança, olhando-a nos olhos e falar com voz em tom baixo e tranquilo.

2. Ajude a criança a entender o que está acontecendo

Na hora da manha, a criança está perdida nas próprias emoções. Muitas vezes, ela nem sabe nomear o que está sentindo. Por isso o papel do adulto aqui é tão importante!

Você pode falar para a criança o que você está vendo (sem julgamentos): “Seu rosto está todo vermelho, você até se jogou no chão, seus olhos estão cheios de lágrimas, você está gritando”. Então, você pode nomear o sentimento que está observando nela – isso ajuda a criança a dar nome as sensações e a se acalmar. Por exemplo: “Percebi que você está muito frustrado”.

3. Saiba reconhecer a necessidade da criança

Em alguns momentos, abraçar ou dar colo são boas opções para acalmar seu filho. No entanto, nem sempre esse é o caminho ideal – às vezes, ele vai precisar de espaço e tempo antes de ser tocado de novo.

Por isso, fique atenta ao sinais. Se você tentou abraçar e isso deixou a criança ainda mais nervosa, afaste-se um pouco e continue ali, na altura dela, oferecendo apoio sem o toque. Com o tempo, você vai aprender a hora certa de interferir com o contato físico.

4. Converse com a criança e não abra mão das regras

Manter o diálogo ajuda a criança a entender a situação, se acalmar e a aprender a colocar em palavras o que acontece dentro dela. É importante que você demonstre que entende e respeita o sentimento dela, mas isso não muda as regras.

Por exemplo: “Eu entendo, você queria ficar vendo TV mais tempo, mas a regra é apenas uma hora de TV por dia. Eu estou aqui para te ajudar”.

5. Ofereça caminhos

Depois de acolher e acalmar a criança, você pode oferecer caminhos para que ela escolha um caminho melhor do que a birra. Se a criança é mais velha, você pode convidá-la a pensar em outras alternativas junto, estimulando esse tipo de pensamento.

Alguns exemplos de como oferecer novos jeitos de lidar com os sentimentos:

  • “Já que você não pode bater no seu irmão quando ele pega seu brinquedo, o que você pode fazer então, vamos pensar?”;
  • “Ahhh, você pode pedir ajuda! Pode vir pedir ajuda da mamãe/papai/professora/baba/vovó ou vovô.”;
  • “Já que você não pode sair sem casaco porque está frio, qual destes aqui você prefere colocar: o azul ou o verde?”;
  • “Já que você não pode usar o tablet o dia todo, que outras brincadeiras podemos fazer? Podemos brincar de…”

O ideal é oferecer duas ou três opções, para facilitar a conversa. Caso você ofereça opções e a criança se negue a escolher, deixe claro que com isso você entende que será você a responsável por escolher. Escolha e siga em frente! Talvez, quando você escolher, a criança pode ceder e escolher a que ela prefere. Respeite a escolha dela.

Em nenhum momento devemos ceder às pressões da manha da criança! Ela deverá sair de casaco no frio, não usar o tablet nos horários proibidos e respeitar as regras. A diferença está em como ajudamos estes pequenos aprendizes a chegar até aqui e como essas habilidades que estamos ensinando ficarão internalizadas com eles para que possam fazer uso delas por toda vida!

Até a próxima coluna,

Daniela Nogueira.

Daniela Nogueira é psicóloga de formação e educadora de coração. Aprofundou seus estudos sobre a primeira infância na abordagem Pikler pela Associação Pikler-Lóczy França (APL) em Paris e nos fundamentos do RIE, em Los Angeles, EUA. Idealizadora do Pais em Ação, projeto que apoia pais e mães na educação dos filhos oferecendo aconselhamento personalizado, domiciliar ou online, com um olhar de profundo respeito pela criança e sua infância. Daniela está envolvida no universo infantil há mais de 18 anos com experiências em co-educação nos EUA, trabalho terapêutico em instituições para crianças desabrigadas de suas famílias e atuação como professora na educação infantil em escolas particulares de São Paulo e Rio de Janeiro. Além do aconselhamento parental, ministra palestras e workshops ao vivo e online para escolas, empresas e grupos maternos. É mãe orgulhosa de casal de gêmeos de 5 anos.
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APLV: como lidar com a alergia ao leite de vaca?

Alergias são uma preocupação comum entre mães, já que afetam não só o bem-estar dos bebês, como também sua alimentação e bom desenvolvimento. Por isso, a Dra Gabriela Ochoa (CRM 162.456) traz o APLV, a alergia à proteína do leite de vaca, como tema da coluna de hoje. Entenda como funciona essa alergia, como identificar, quais caminhos possíveis depois do diagnóstico e como manter a qualidade de vida.

O que é APLV?

A APLV é uma reação alérgica as proteínas presentes no leite de vaca e derivados. É a alergia alimentar mais comum na infância e costuma aparecer logo no primeiro ano de vida, onde se concentram o maior número de casos.

É importante ressaltar que APLV não é intolerância a lactose! Esses dois quadros são diferentes: na alergia, há uma reação anormal do sistema imune à proteína do leite, enquanto na intolerância há uma não digestão da lactose. O acompanhamento e tratamento para as duas situações não é igual, por isso a importância do diagnóstico correto.

Outro ponto relevante é que existem dois tipos de APLV: uma com manifestação de sintomas imediata (mediada por IgE) e outra tardia (não mediada por IgE). O IgE é a imunoglobulina E, uma proteína presente no sangue, ligada a várias tipos de alergia, não só a proteína do leite.

A APLV tardia é a mais comum nos primeiros meses de vida, já que acontece pela imaturidade intestinal – e também costuma desaparecer, na maior parte dos casos, no primeiro ano de vida. Já a APLV imediata costuma ser mais intensa, com os sintomas aparecendo logo após a ingestão da proteína do leite – para esse tipo de alergia, o desaparecimento dos sintomas podem demorar mais do que um ano.

APLV

Créditos: Jaye Haych // Unsplash

Como a alergia é identificada?

O diagnóstico não é simples, porque não há exames exatos para apontar a APLV. Por isso, a alergia costuma ser identificada pelo pediatra após uma análise do histórico do paciente e sintomas.

A alergia a proteína do leite de vaca tem diversos sintomas. Podemos destacar:

  • Refluxo e regurgitação frequentes;
  • Cólica;
  • Diarréia;
  • Sangue nas fezes;
  • Constipação;
  • Assadura perianal que não melhora;
  • Dificuldades para engolir;
  • Urticária;
  • Edemas (inchaço) na boca e nos olhos;
  • Chiado no peito;
  • Falta de ar;
  • Baixo ganho ou perda de peso.

Para confirmar a APLV, a criança deve ficar sem consumir leite e derivados, assim como qualquer produto com proteína do leite. No caso de bebês que mamam exclusivamente no peito, a dieta restritiva é feita pela mãe. Durante as semanas de exclusão, os sintomas são acompanhados de perto para checar se há melhora. Caso os sintomas desapareçam, é feito um teste de provocação: a criança volta a consumir proteína do leite. Se os sintomas voltarem, o diagnóstico de APLV é confirmado.

A APLV tem cura?

A APLV, imediata ou tardia, pode desaparecer ainda na primeira infância. No caso da tardia (ou IGE não mediada), a alergia pode sumir dentro do primeiro ano de vida do bebê. Já a tardia (IGE mediada), pode continuar apresentando sintomas ao longo da primeira infância.

Não há tratamento para “cura” – tudo depende de como o corpo da criança se desenvolve e adapta. A única forma de cortar os sintomas é com a dieta restritiva, que não tem impacto no desaparecimento da alergia.

A APLV pode ser evitada?

Não existe formas de prevenção! Não existem estudos que comprovem que qualquer restrição alimentar da mãe durante a gestação impeça o desenvolvimento de alergias nos bebês. Por isso, é importante ficar atenta aos sinais para que o diagnóstico seja feito o quanto antes e o impacto da alergia na criança seja mínimo.

APLV

Créditos: Sarah Chai // Pexels

Quais os impactos da APLV na amamentação?

O bebê com APLV pode continuar mamando normalmente e exclusivamente no peito, desde que a mãe não consuma alimentos com proteína do leite de vaca. A dieta é bem restritiva, já que a proteína do leite pode estar nos mais diversos alimentos, como molho de tomate. Por isso, é importante ler os rótulos e, se houver dúvidas, checar com as marcas se há chances de ter rastros de leite nos alimentos antes de consumir.

No caso da mãe optar por parar com a amamentação, a fórmula que o bebê com APLV deve tomar não é a tradicional! Existe um tipo de fórmula exclusiva para os pequenos com essa alergia. Converse com o pediatra para encontrar a que se encaixa melhor com as necessidades do seu filho.

Dicas para mães que tem bebês com APLV:

A principal dica é ficar atenta aos rótulos! Além do leite e derivados, outros produtos podem ter proteína do leite ou rastros dela em sua composição. Um exemplo é o molho de tomate industrializado – aparentemente, seria um alimento seguro, mas há rastros de leite em sua composição.

Veja alguns ingredientes que podem aparecer nos rótulos e não podem ser consumidos por pessoas com APLV (ou mães que amamentam crianças alérgicas):

  • Caseína;
  • Lactoglobulina;
  • Lactoalbumina;
  • Lactoferrina;
  • Caseinato (de todos os tipos);
  • Diacetil;
  • Soro do leite;
  • Whey protein;
  • Lactato;
  • Corantes, aroma ou sabor natural de leite, derivados e caramelo.

Se você está em dúvida sobre um alimento ou houve reação alérgica apesar de não ter nenhuma indicação no rótulo, vale a pena ligar no SAC da empresa. Eles são obrigados a fornecer esse tipo de informação.

Outro ponto é separar os utensílios de cozinha, já que pode acontecer contaminação cruzada. Se a alergia for forte, esse tipo de cuidado é essencial. Nem mesmo as panelas que são usadas para cozinhar a comida da criança podem ter contato com leite ou derivados.

Existem diversas receitas e até comidas prontas sem qualquer rastro de leite em sua composição. É possível fazer a mudança de dieta e ter variedade de cardápio!

Até a próxima coluna,

Dra. Gabi Ochoa

Pós-graduada em Emergências Pediátricas pelo Hospital Albert Einsten; Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine e Nutrição Materno Infantil pela FAPES; e consultora de amamentação e sono; a médica pediatra Gabriela Ochoa tira todas as dúvidas das mães sobre o bem estar dos bebês e das crianças na coluna “Saúde dos Pequenos”.

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Leia mais: A importância do vérnix par a recém-nascido

Veja também: Como evitar que o bebê fique com a cabecinha amassada?

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Dores fortes no mamilo: conheça o Fenômeno de Raynaud

Durante o Agosto Dourado, mês de incentivo à amamentação, a coluna Gestar traz temas importantes para auxiliar as mães nesse processo! Hoje, vamos falar sobre o Fenômeno de Raynaud de mamilos, motivo de muita dor e desgaste para algumas lactantes. Muitas mães nos contaram para a gente nos Stories que essa foi a causa do desmame precoce. Por isso, pedi ao ginecologista e obstetra Dr Jorge Farah Neto (CRM 126.525) nos explicar tudo o que precisamos saber sobre o assunto:

Método contraceptivo

O que é Fenômeno de Raynaud de mamilos?

No geral, o Fenômeno de Raynaud é um problema que acontece em mãos, pés e orelhas, mas existe também o Fenômeno de Raynaud mamilar, que atinge 20% das mulheres em idade fértil.. É um quadro onde a mãe apresenta fortes dores no mamilo, sensibilidade extrema e, por vezes, mudanças de cor nessa região.

O que acontece é um problema na circulação do sangue na região, geralmente desencadeado pelo frio e/ou estresse vascular. A dor causada pela má circulação do sangue pode surgir durante a mamada e também se estender por mais tempo, mesmo após a sucção. O fenômeno pode aparecer em qualquer fase da amamentação.

Quais são as causas para o Fenômeno de Raynaud de mamilos?

Esse fenômeno pode ser primário ou secundário. Se for primário, não tem relações com outras doenças e é mais fácil de tratar. A causa pode ser o aumento do nível do hormônio estrogênio no corpo, somado ao estresse e ao frio.

Já o Fenômeno de Raynaud secundário tem relação com outras doenças e seu tratamento pode ser mais complexo. As causas mais comuns aqui são as doenças autoimunes, reumatológicas, endócrinas, vasculares e neurológicas.

A sucção não causa Fenômeno de Raynaud mamilar. Mas a dor decorrente do fenômeno leva muitas mães a desistirem da amamentação – por isso, é essencial um diagnóstico precoce e tratamento eficaz. O tratamento pode ser feito sem que haja o desmame.

Fenômeno de Raynaud mamilar

Como identificar esse quadro?

Não existe um exame específico para detectar o Fenômeno de Raynaud de mamilos. Por isso, o médico faz uma avaliação de sintomas e de respostas a tratamentos. O sintoma mais comum é a dor mamilar (moderada a intensa) com duração igual ou superior a quatro semanas.

Depois desse sintoma, serão avaliados outros quatro pontos:

  • Modificação da coloração do mamilo, principalmente por exposição ao frio;
  • Sensibilidade ou modificação de cor das mãos e/ou pés por exposição ao frio;
  • Resposta negativa ao tratamento com medicamentos antifúngicos por via oral;
  • Resposta positiva ao tratamento específico para o Fenômeno de Raynaud.

Importante lembrar que outros problemas também causam dores mamilares, como as fissuras, candidíase e mastite. O Fenômeno de Raynaud não causa feridas.

Quando o diagnóstico de Fenômeno de Raynaud mamilar é feito precocemente, evitamos o tratamento equivocado de mastite, por exemplo, o que permite o sucesso do aleitamento materno, sem dor. Dessa forma, tanto a mãe quanto o bebê podem usufruir dos benefícios imunológicos, psicológicos, nutricionais e sociais da amamentação.

Qual o tratamento quando confirmado o problema?

A recomendação principal é que as mulheres mantenham as mamas e mamilos aquecidos, evitem temperaturas frias e substâncias vasoconstritoras, como nicotina e cafeína. O uso de bombas mamárias também pode ser recomendado. Há um medicamento autorizado para uso, com ação vasodilatadora, mas que apresenta alguns efeitos colaterais, como náusea e taquicardia. O melhor tratamento deve ser acordado entre a lactante e seu médico.

A pega correta, claro, é sempre o ideal, para que o bebê não comprima a ponta do bico do peito. No entanto, ajeitar a pega não é um tratamento para o fenômeno, apenas uma forma de evitar problemas na mama.

Tenho Fenômeno de Raynaud. Devo interromper a amamentação?

Não é necessário interromper a amamentação. A sucção não causa nem piora o Fenômeno de Raynaud. No entanto, algumas pacientes têm dores muito fortes, que tornam a amamentação inviável até o fim do tratamento.

Caso exista vontade de continuar com aleitamento materno, é possível tentar a coleta do leite por bombas. É uma forma de manter a produção ativa e o bebê consumindo leite materno. Se for oferecido em métodos seguros, as chances são altas de o bebê voltar a mamar no peito após o fim do tratamento. Tudo depende do nível de dor da mãe e quão sensível estão os mamilos para essa extração.

Por fim, é essencial que as pacientes sejam informadas de que o Fenômeno de Raynaud mamilar pode ocorrer novamente em outras gestações. Dessa forma, ela manterá os cuidados e um diagnóstico futuro pode ser mais rápido.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Mastite: o que é, sintomas, prevenção e tratamento

Nesse Agosto Dourado, vamos continuar falando sobre a amamentação na coluna Gestar! O tema de hoje é a mastite, que atrapalha a qualidade de vida de muitas mães. O ginecologista e obstetra Dr Jorge Farah Neto (CRM 126.525) explica tudo o que precisamos saber sobre o tema:

Método contraceptivo

O que é mastite?

A mastite durante a amamentação também pode ser chamada de mastite puerperal, da amamentação ou lactacional. É, inicialmente, uma inflamação aguda dos tecidos mamários que evolui com a estagnação do leite.

Essa estagnação ocorre por conta do bloqueio da saída de leite pelos ductos mamários, o que leva ao ingurgitamento das mamas (o que é comumente chamado de “pedras” nos seios). É um cenário que vai se agravando passo a passo. Essa situação facilita a multiplicação bacteriana e pode levar à infecção nas mamas, além de dificuldades para amamentar e fissuras nos mamilos. Em casos mais graves, pode ocorrer pus e sepse.

Acomete de 2 a 10% das lactantes. Os patógenos mais relacionados são o Staphylococcus aureus e o Streptococcus

Quais são os sintomas da mastite?

Os sintomas comuns são dor, desconforto, inchaço e vermelhidão da mama (nota-se placas vermelhas na pele). Além disso, há aumento desproporcional em relação à mama sadia, mal estar geral, calafrios, febre e fadiga

O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames. Nos casos mais graves, com suspeita de abscesso de mama, há necessidade de complementação com a realização de exames de sangue e ultrassonográficos.

mastite

Quais são os fatores de risco?

Os principais fatores de risco para ter mastite são:

  • Dificuldade em amamentar adequadamente levando ao acúmulo do leite;
  • Pega inadequada do recém nascido;
  • Tabagismo;
  • Piercing nos mamilos;
  • Diabetes;
  • Higiene inadequada; 
  • Utilização dos bicos e conchas de silicone.

E qual a prevenção da mastite?

Além de evitar os fatores de risco, outras atitudes podem ser tomadas para evitar a mastite. São elas:

  • Não deixar acumular leite nas mamas, esvaziando totalmente após as mamadas;
  • Amamentação em livre demanda;
  • Variar posições para evitar que glândulas de determinadas regiões acumulem mais leite que de outras; 
  • Massagear as mamas e fazer ordenha antes da mamada, caso perceba inchaço;
  • Higiene adequada das mãos, que devem ser lavadas antes e após cada mamada;
  • Usar sutiãs apropriados, que não façam pressão em determinadas partes, o que pode levar à obstrução de ductos.

Qual o tratamento?

A ordenha mamária é fundamental para o tratamento da mastite. As mamas devem ser esvaziadas manual ou mecanicamente, evitando-se assim o acúmulo do leite. Faça compressas frias durante 30 minutos após as amamentações ou ordenha mamária. 

Como podemos ver, a amamentação deve ser estimulada ainda mais. O uso de analgésicos e antiinflamatório para alívio da dor e diminuição do processo inflamatório são indicados. 

Já o uso de antibióticos deve ser avaliado pelo médico. Lembrando que a falta de tratamento adequado pode levar à formação de abscesso de mama. Isso gera a necessidade, muitas vezes, de internação e drenagem cirúrgica, além do quadro grave de sepse (infecção generalizada).

Em casos associados a fissuras mamilares, a utilização das conchas de prata da Silverette ajudam bastante na prevenção e tratamento. Além delas, a utilização da laserterapia no local também é recomendada, desde que feita com profissional habilitado.

Em alguns casos específicos, o médico pode indicar o bloqueio da amamentação por período de tempo.

Importante lembrar: nunca façam a automedicação! Apresentando qualquer sinal de inflamação ou infecção, seu médico deverá ser consultado imediatamente.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Candidíase mamária: prevenção, sintomas e tratamento

Agosto é o mês do incentivo ao aleitamento materno. Por isso, durante todo o Agosto Dourado, vamos abordar assuntos importantes para a amamentação! A candidíase mamária é um dos problemas comuns para as mães nessa fase. Então, na nossa coluna Gestar, o Dr Jorge Farah Neto, ginecologista e obstetra (CRM: 126.525), nos conta tudo sobre a infecção: como evitar, quais os sintomas e qual o melhor tratamento!

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O que é candidíase mamária? 

A candidíase mamária é a infecção causada por fungos nos seios, mamilos e aréola. Uma das causas mais comuns é a queda de imunidade. É mais frequente durante o período da amamentação e acaba afetando diretamente a qualidade de vida das lactantes e dos bebês.

Quais são os sintomas?

Na mãe, os principais sinais e sintomas são:

  • Mastalgia (dores nas mamas) ao amamentar;
  • Irritação dos mamilos;
  • Sensação de pontadas e fisgadas nas mamas;
  • Áreas esbranquiçadas nos mamilos;
  • Vermelhidão dos mamilos;
  • Sensação das mamas estarem com a pele pouco mais brilhante;
  • Podem aparecer áreas de descamação, prurido e até lesões que podem sangrar. 

Alguns sintomas acabam aparecendo também nos bebês. Neles, a infecção costuma ser chamada de “sapinho” e apresenta lesões nos lábios, boca e orofaringe, típicas de candidíase, ou placas brancas na língua e mucosa bucal.

Lactantes e bebês que venham a apresentar qualquer destes sintomas devem procurar atendimento médico de imediato. O diagnóstico, tanto da mãe quanto do bebê, é clínico e sem a necessidade de realização de exames.

O que causa candidíase mamária?

Alguns fatores podem levar à candidíase mamária. São eles:

  • Queda da imunidade materna;
  • Abafar e deixar úmida a região das mamas, o que torna o ambiente propício para a proliferação do fungo;
  • Dieta inadequada rica em açúcares;
  • Efeitos hormonais da gravidez.

Como prevenir a infecção?

A higienização correta é um dos principais pontos para prevenir a candidíase mamária. Os seios devem ser limpos apenas durante o banho, com água. Não utilize cremes, óleos ou sabonete na região dos mamilos e aréolas.

Durante o dia, lembre-se de trocar sempre o sutiã. Não deixe a região ficar úmida ou abafada. Passar algumas horas por dia com os seios nus é recomendado. Além disso, tomar sol nos seios todos os dias também é uma forma de prevenção. O ideal é que seja de quinze a vinte minutos, até às dez da manhã ou após as quatro da tarde. 

Atenção redobrada aos cuidados com as mamadeiras, bicos e chupetas, que são fontes ricas para a proliferação de fungos. Por isso, mantenha-os sempre limpos e secos, inclusive utilizando a fervura ao menos uma vez ao dia, por vinte a trinta minutos. 

Não utilize bicos ou conchas de silicone e evite ao máximo o uso de absorventes. Esses itens abafam a região e a deixam úmida, o cenário perfeito para a proliferação de fungos.

E como é feito o tratamento da candidíase mamária? 

O tratamento começa seguindo as orientações de prevenção: higienização correta dos seios e tomar sol todos os dias. Além disso, é indicada a redução de açúcares da dieta da mãe.

Mãe e bebê devem seguir um protocolo para que não haja reinfecção. Na maioria dos casos, é necessário entrar com tratamento via oral para mãe. Lembrando que o medicamento deve ser prescrito pelo seu médico e o do bebê, pelo pediatra.  

Outros itens que auxiliam a cicatrização das feridas causadas pela candidíase são a laserterapia e o uso das conchas de prata da Silverette. Ambos são complementos e não substituem o tratamento principal passado pelo seu médico.

É muito importante lembrar que a amamentação pode e deve ser mantida durante o tratamento da candidíase

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah Neto (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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