Casamentos Casa & Decor 15 anos
Topo

Tags

Posts encontrados com a tag heloisa tavares
Exibindo página 3 de 5

Navegue como ou

Suco, néctar ou refresco?

Eba, o verão chegou! Nada melhor, com todo esse calor, do que nos refrescarmos com um bom suco de frutas. Mas você ainda tem dúvidas sobre qual suco é a melhor opção para oferecer para os nossos pequenos? Qual a diferença, afinal, entre suco, refresco, néctar e suco de caixinha? Você acha que é tudo igual? Foi pensando nisso que resolvi desmistificar a diferença entre eles.

Na maioria das vezes, a palavra “suco” é utilizada popularmente para se referir a toda bebida que é feita de frutas. Mas, na verdade, o que poucos sabem é que há muitas diferenças entre essas bebidas. Como podemos perceber logo abaixo:

– Suco Natural

É o líquido resultante do esmagamento da fruta. De acordo com a legislação brasileira, os sucos são aqueles que possuem apenas fruta em sua composição, sem adição de água, açúcar, corantes ou conservantes. Por esses motivos, além de ser ricos em vitaminas, do ponto de vista nutricional o suco é sempre o campeão e a melhor opção. Mas devemos ter cuidado ao oferecer em quantidades muito grandes, pois por serem concentrados podem ter o valor calórico maior e algumas frutas, tais como uva, melancia e laranja, têm índice glicêmico alto, o que dificulta o controle da glicemia em crianças diabéticas.

– Néctar

Já ouviu a expressão “néctar dos deuses”? Ela tem um sentido muito positivo e acaba confundindo os consumidores na hora da compra. Por esse motivo, o governo já estuda outra nomenclatura para classificar este tipo de bebida, já que o nome sugere que o néctar é superior ao suco, o que não é verdade. Néctar significa doce. É uma bebida que já vem adoçada e diluída em água, pronta para o consumo. Nesse tipo de bebida coloca-se de 20% a 30% de suco e o resto é água e açúcar. Dica: se for optar por  um néctar, sempre escolha frutas que sejam menos ácidas e que precisem de menor quatidade de açúcar.

– Bebida de fruta (em caixinha)

Bebida de fruta ou também encontrada no mercado com o nome de refresco de fruta. É a bebida com a menor concentração de fruta da categoria. Nesse tipo de bebida coloca-se apenas 8% de suco de frutas.  Nesta versão está liberado o uso de corantes artificiais – substâncias proibidas tanto no suco como no néctar. Alguns são especialmente nocivos para as crianças, pois podem provocar alergias alimentares.

Polpa congelada

Nada mais é do que o suco ou néctar de fruta congeladas, vendida em porções individuais em saquinhos. Em geral, é batida com água no liquidificador. “Se não tiver açúcar acaba sendo uma boa opção para quem está em dietas para perda de peso. Apenas temos que nos preocupar com a qualidade de água adicionada na hora do preparo.

Desidratado

Conhecido como suco de pozinho para diluição em água, embora não devesse ser chamado de suco. É bastante artificial. Para cada 100g de produto seco (pó) há só 1g de polpa de fruta. Além disso, muito deles vêm com uma quantidade muito grande de açúcar.

Orgânico

São bebidas feitas a partir de frutas cultivadas sem agrotóxicos. Para crianças, mais sensíveis aos agrotóxicos, são os mais recomendados. Como não levam conservantes, tendem a durar menos que itens tradicionais e costumam ser mais caros

Portanto, queridos leitores, para saber qual produto é o mais indicado para seus filhos, o mais importante é ler os rótulos. Na parte frontal das embalagens das bebidas, os fabricantes são obrigados, por legislação, a trazer a referência e informações sobre esta classificação que menciono acima. Os sucos têm a indicação de “100% fruta” ou “integrais”, enquanto para as bebidas com menor porcentagem de fruta são denominadas nos rótulos como néctar ou refresco, seguido pelo sabor da fruta.

Outro ponto importante para salientar é a lista de ingredientes dos rótulos. Eles aparecem em ordem decrescente, ou seja, os primeiros são aqueles presentes em maior quantidade no produto. Por isso, fique atento aos produtos que o açúcar aparece entre os primeiros ingredientes. É recomendado dar prioridade para aqueles em que a fruta ou o suco de fruta aparecem logo no começo da lista.

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
AlimentaçãoNutrição em família

Crianças x fast food

Para começar nossa conversa de hoje, precisamos entender o que é realmente fast food.

Fast food, em inglês, significa comida rápida. É um tipo de comida geralmente servida na forma de lanches, para pessoas que não dispõem de tempo para fazer suas refeições e acabam optando por alimentos que fiquem prontos rapidamente. Normalmente, esses alimentos possuem um alto valor calórico.

A alimentação infantil é sempre uma preocupação para pais e responsáveis. Conforme a criança vai crescendo, ela começa a descobrir novos cheiros, cores, texturas e sabores. E, em algum momento, será despertada pelo “mundo encantado” do fast food. Assim, é inevitável que ela sinta vontade de experimentar refrigerante, hambúrguer, batata frita etc. É nessa hora que surge na cabeça dos pais o grande dilema: deixar a criança comer fast food ou proibir?

Costumo dizer que proibir não vai adiantar em nada. Mesmo que vocês pais não queiram levá-la aos locais que vendam fast food, a criança vai insistir até vencer pelo cansaço. Mas, por outro lado, o fast food não pode se tornar um hábito frequente. Então, a melhor solução é chegar a um equilíbrio, como levar a criança para comer em fast food a cada quinze dias ou uma vez por mês.

Outra maneira bastante eficiente para contornar tal situação é oferecer à criança alternativas de alimentos mais saudáveis. Por exemplo, na luta dos refrigerantes contra os sucos naturais, comece a preparar sucos variados e naturais no lar. Peça a ajuda da criança no preparo, assim ela interage em todo o processo; depois tome o suco junto com ela e, se possível, coloque o suco em um copo atraente e com canudo. Dessa forma, ela começa a valorizar o alimento natural e, talvez na próxima saída, escolha o suco em vez do refrigerante. Se não conseguir convencê-la da troca, pelo menos, compre o menor volume possível de refrigerante.

Quanto à batata frita, outra vedete do fast food, procure prepará-la em casa de outras formas (assada, purê, sauté) para que a criança veja que há outras maneiras de comer batata, e não só a frita!

Junto com o refrigerante e a batata frita, vem o sanduíche, geralmente hambúrguer, que também faz muito sucesso. Assim como sugerido para o suco, procure preparar os sanduíches em casa, contando com a ajuda da criança. Escolha alimentos saudáveis, como alface, tomate, cenoura ralada, beterraba ralada, queijo branco, pão integral, junto com o hambúrguer caseiro grelhado (que pode ser de carne bovina, frango ou peixe), e monte com ela o sanduíche. Dessa forma, ela entenderá que dá para fazer sanduíches gostosos também em casa.

Com uma boa alimentação em casa, percebemos que, esporadicamente, o consumo de fast food não fará mal, desde que não seja constantamente subtituído por refeições. Oferecer novas alternativas de lanches saudáveis e fazer educação alimentar em nossos lares é uma maneira efetiva para que a criança possa ser mais saudável, sem que a mesma seja privada do prazer de um bom fast food.

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família

A importância da quinoa na alimentação infantil

Tenho certeza que muitas mães já ouviram falar da quinoa. Mas você sabe realmente o que é e como incluí-la na alimentação dos pequenos?

Considerada um alimento sagrado pelos Incas, há mais de 5000 anos este vegetal da família do espinafre é produzido nas regiões andinas da Bolívia e do Peru, onde a temperatura gira em torno dos 10°C. Graças ao seu alto poder nutritivo, a quinoa foi considerada pela Academia de Ciências dos Estados Unidos o melhor alimento de origem vegetal para consumo humano, fazendo parte inclusive da dieta dos astronautas da NASA que saem em viagens muito longas.

Se você perguntar a qualquer especialista sobre quinoa, ele provavelmente irá salientar a qualidade da proteína dessa semente, comparável a de alimentos de origem animal. O segredo não está na quantidade, mas na combinação de aminoácidos (componentes da proteína) semelhantes a do arroz e feijão juntos. Cada grão contém 20 aminoácidos diferentes, entre eles podemos citar a metionina e a lisina, responsáveis pela formação de uma proteína completa e de boa absorção – quase uma exclusividade dos alimentos de origem animal – e o triptofano, que é capaz de liberar no cérebro a serotonina, substância que dá uma sensação de alegria e bem-estar.

quinoa é uma excelente fonte de carboidrato de baixo índice glicêmico, e ainda tem vitaminas (B1, B2, B3, B6 e A.), ferro, cálcio, fósforo e ômega 3. Com tudo isso, podemos dizer que além de combater a depressão, o vegetal também auxilia na manutenção do sistema imunológico e no tratamento de problemas urinários, osteoporose, anemia e diabetes. Por suas fontes proteicas serem de origem vegetal, está completamente livre de gorduras saturadas e colesterol, grandes vilões das doenças cardiovasculares. Outra grande vantagem da quinoa é ser livre de glúten. Sendo assim, é indicada para celíacos (pessoas com alergia à glúten).

Se depois de ler tudo isso você está se questionando sobre qual é a melhor forma de adicionar a quinoa na alimentação dos pequenos e aproveitar tantos atributos, saiba que não existe consenso. Mas aqui deixo a dica de que o ideal seria assa-la ou cozinhá-la — sem exagerar na quantidade de água.

Para ajudar os pais de primeira viagem, preparei uma receitinha especial com quinoa. Espero que gostem.

Escondidinho de frango com quinoa

Rendimento: 4 porções

Recheio

Ingredientes

– 500 g de peito de frango cozido e desfiado
– 2 colheres (sopa) de azeite
– 1/2 cebola picada
– 2 dentes de alho picados
– 2 colheres (sopa) de extrato de tomate
– 1 xícara (chá) do caldo de cozimento do frango
– 1 colher (chá) de raspas de laranja
– 1 colher (chá) de tomilho seco
– 1 colher (chá) de sal
– 1 pitada de pimenta-do-reino moída na hora

Modo de Preparo

1. Pré-aqueça o forno a 180°C (temperatura média).

2. Leve uma frigideira grande com o azeite ao fogo médio. Quando esquentar, junte a cebola e refogue até ficar transparente. Acrescente o alho e mexa por mais 1 minuto. Aumente o fogo, adicione o frango desfiado e mexa até dourar.

3. Abaixe o fogo e junte o extrato de tomate, o sal, a pimenta e mexa bem. Acrescente o caldo de frango e tampe. Deixe cozinhar por 6 minutos e desligue o fogo. Junte as raspas de laranja e o tomilho. Retire e reserve.

Para a quinoa

Ingredientes

1 xícara (chá) de quinoa-real em grão
1 xícara (chá) de cogumelos-de-paris
1 colher (sopa) de alcaparras
2 colheres (sopa) de salsinha
2 colheres (sopa) de manteiga

Modo de Preparo

1. Numa panela, coloque a quinoa e 2 xícaras (chá) de água. Deixe cozinhar por 20 minutos ou até secar.

2. Corte os cogumelos em fatias. Lave as alcaparras e pique bem. Faça o mesmo com a salsinha.

3. Numa panela média, derreta a manteiga em fogo médio e junte as alcaparras e os cogumelos. Refogue, mexendo bem, por 4 minutos ou até a água dos cogumelos secar. Desligue o fogo e misture a quinoa e a salsinha.

Montagem

Num recipiente refratário, coloque 2/3 da quinoa preparada e espalhe bem com a colher. Cubra com o recheio de frango. Por último, faça uma camada com a quinoa restante. Aperte bem e leve ao forno por 20 minutos para esquentar. Sirva quente.

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
AlimentaçãoNutrição em família

Afaste-se da gripe com bons aliados!

Entramos no inverno há pouco tempo! E é quando a temperatura baixa que diversas doenças, tais como a gripe, passam a atormentar o organismo, especialmente o das crianças.

Doença de natureza viral, infectocontagiosa, a gripe provoca muito desconforto, podendo evoluir de um simples mal estar e febre a dor de cabeça, obstrução nasal, dor de garganta, secreção pulmonar e tosse. E o que torna a gripe ainda pior são as dores musculares e a febre. As suas complicações – especialmente a pneumonia – podem ser muito sérias.

Como os vírus sofrem mutações constantes, desenvolver imunidade para um tipo não significa proteção em relação aos demais. Consequentemente, cada temporada de gripe é diferente. Enquanto não houver cura para gripes ou resfriados, uma boa alimentação poderá ajudar a preveni-los, encurtar sua duração ou tratar os sintomas.  A pergunta que se faz é: que alimentos contribuem mais para prevenir a gripe?

Primeiro: muita água! A água evita a desidratação, ajuda o corpo a reagir caso apareça a febre e serve de matéria-prima em algumas reações de produção de anticorpos. Além disso, a água é um dos meios de eliminação das toxinas que diminuem a capacidade de defesa do corpo.

Use e abuse de hortaliças: esses vegetais são riquíssimos em vitaminas e minerais chamados antioxidantes, “varrem” as toxinas e protegem o corpo contra os microorganismos invasores. O ideal seria consumir verduras e legumes todos os dias no almoço e jantar. De preferência, coma cru, pois o cozimento destrói algumas vitaminas.

E as frutas? Pelo menos 4 frutas por dia: no café da manhã, de sobremesa do almoço e jantar e nos lanches! As frutas cítricas (laranja, limão, acerola, morango, kiwi) são ótimas para evitar gripes e resfriados, pois são ricas em vitamina C. Pode tomar sucos também, mas sempre natural e preparado na hora. É bom lembrar que não adianta acumular todas as frutas no café da manhã ou fazer um “copão” de suco de laranja. Não fazemos reserva de vitamina C e todo o excesso é eliminado pelo corpo. Após 8 horas, a vitamina C perde sua função e temos que tomar mais uma dose para repor. Então, o melhor mesmo é dividir as frutas ao longo do dia! Importante salientar, que, de acordo com novos estudos, a vitamina C não é uma medida profilática contra a gripe, mas reduz em média o tempo dos seus efeitos em 14% nas crianças e 8% em adultos.

E tem mais. No caso das gripes, o reforço do sistema imunológico deve partir de nutrientes que protegem as membranas mucosas que revestem olhos, nariz, pulmões e estômago. A vitamina A é a principal fonte deles e precisa da ajuda de alguns compostos para ser metabolizada. Nesse caso, é indicado consumir especialmente alimentos de cor amarela, vermelha e verde escuro, como, por exemplo, o mamão papaya, espinafre, cenoura e abóbora.

Dá- lhe proteína!! O grupo das proteínas é responsável pelo fortalecimento do sistema imunológico, daí a importância de consumir especialmente carne, frango ou peixe, além de feijão e o leite.

Para garantir a presença dos mineirais magnésio, ferro, selênio e, principalmente, o zinco, assim como a das vitaminas B6, tiamina e roboflavina no organismo, vale apostar em alimentos como peixe, lentilhas, grãos inteiros, alho, verduras de folhas verdes e sementes.

Alguns cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos e os alimentos, não podem ser esquecidos. E vale lembrar que as ervas, raízes e especiarias ajudam muito. Alecrim, hortelã, menta, anis estrelado, canela e gengibre contribuem para o combate a gripes e resfriados.

Como vocês podem ver, é muito fácil incrementar o cardápio com mais alimentos ricos em aminoácidos, vitaminas e minerais, no intuito de aumentar a resistência imunológica, deixando nossas crianças menos susceptíveis a essas ocorrências.

Desejo a todos um ótimo inverno e, é claro, sem gripes!

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família

Socorro!! Meu filho não come vegetais!

A cena se repete diariamente no meu consultório. Mãe e pais desesperados, porque já não sabem mais o que fazer para que seus filhos incluam na dieta vegetais e frutas.

Todos reclamam que todo santo dia, na hora do almoço e no jantar, inicia-se uma grande batalha. De um lado, a criança que não quer comer, e do outro, os pais insistindo com todas as suas forças ou até mesmo obrigando (o que não é uma atitude correta para que ela coma). Claro que a preocupação é compreensível, afinal uma boa alimentação resulta numa criança saudável.

A pergunta que não quer calar é: O que fazer nesses casos?

A resposta é simples: o segredo para fazer seu filho comer vegetais e frutas está na persistência e em um pouco de criatividade.

Até por volta dos dois anos de idade, as crianças não costumam oferecer muita resistência aos alimentos. Muitas estão até habituadas ao consumo de chuchu, cará, abobrinha, brócolis e espinafre, mas em forma de sopa.  Mas, quando é hora de apresentar estes alimentos em sua forma natural, a criança estranha – e rejeita.

Outro fator que agrava ainda mais a situação é o contato dos pequenos com alimentos industrializados.  Principalmente com a introdução de açúcar e frituras, que têm um sabor bem mais acentuado que as verduras, e bem mais doce que as frutas.

Aí é que entra a responsabilidade de nós adultos. Em primeiro lugar, o papel dos pais é controlar o que entra na casa. Se pães integrais e produtos de hortifruti frescos estão sempre à mesa, as crianças terão menos chances de consumir balas e salgadinhos.

Além disso, existe o puro e simples bom exemplo. Os pais são o grande exemplo dos filhos. Quando a criança senta-se à mesa e vê seus pais se alimentando de forma adequada, com frutas, verduras e legumes, isso a encoraja a consumir estes alimentos.

Nem sempre, no entanto, controlar o que entra na sua casa e alimentar-se de forma saudável bastam para fazer com que os pequenos comam todo o prato de vegetais. Existem abordagens práticas que ajudam os pais a educarem suas crianças para uma alimentação saudável.

 Pensando em tudo isso, preparei hoje 7 dicas de ouro que poderão ajudar o seu filho a ficar mais interessado em legumes e outras opções saudáveis.

1) Ofereça lanches saudáveis ??ao longo do dia para a criança, em vez de esperar até as refeições principais. Fatiar frutas e legumes e deixá-los atraentes ao nível dos olhos de uma criança na geladeira ou em tigelinhas coloridas perto de áreas de lazer pode ajudar a aumentar o consumo. Experimente também fazer um saboroso molho de iogurte para que a criança mergulhe os palitos de vegetais, assim, você ainda transforma o alimento em uma atividade lúdica.

2) Envolva as crianças na seleção e preparação de alimentos. Isso pode ajudá-los a se sentir mais interessados ??em  vegetais e outros alimentos nutritivos e torná-los menos resistentes às opiniões dos adultos sobre alimentação saudável. Por exemplo, quando as crianças acompanham seus pais a um supermercado, muitas vezes sugiro que a criança escolha uma ou duas coisas que eles gostariam de experimentar. Se a criança já fez a escolha por cenouras, brócolis ou espinafre, ajudou limpar ou cozinhar os legumes com certeza a chance da mesma experimentar o alimento será muito maior.

3) Tenha uma atitude despreocupada em relação à comida.  Alguns pais que conheço criaram um “play restaurante” , onde os pais são os clientes e os filhos servem e prepararam um menu saudável. As crianças muitas vezes se orgulham de seus preparativos e podem desenvolver uma relação positiva com alimentos de boa qualidade.

4) Troque as repreensões e preocupação para o humor e atividade centrada na criança. Deixe a criança brincar com os alimentos. Conte piadas etárias apropriadas, jogue jogos de palavras, invente histórias etc. Usar o bom humor enquanto a criança come normalmente faz uma grande diferença na aceitação dos alimentos. Uma sopa de legumes com letrinhas, fazer barquinhos de chuchu, espetinhos de frutas das princesas, floresta de brócolis, por exemplo, podem virar um bom divertimento.

5) Variações nos cortes, na preparação e na apresentação também pode ajudar. Se a criança não come espinafre refogado, tente fazer bolinho de espinafre ou colocar a verdura em um omelete. Muitas crianças podem rejeitar cenoura cortada em rodelas, mas gostar de comê-las em palitinhos. E um prato com uma carinha desenhada com os alimentos é bem mais atraente do que a disposição simples da comida

6) Não proiba doces, balas e chocolate. A proibição de determinado alimento, mesmo que não seja muito saúdavel, pode torná-lo ainda mais atrativo para a criança. Portanto, use sempre o dicernimento.

7) Nunca castigue seu filho caso ele rejeite determinado alimento. Adotar atitudes como essa fará com que a criança tenha uma experiência negativa por determinado alimento, associando-o a uma coisa ruim. Dessa forma, ele jamais o experimentará de novo.

Tenho certeza que se vocês seguirem essas dicas e tornarem a alimentação de seus filhos um ato prazeroso as batalhas diárias estarão com seus dias contados. Bom divertimento!

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família