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Vitamina D: a vitamina do sol

A vitamina do sol. É assim que a maioria das pessoas se referem a vitamina mais iluminada de todas, a D. Mas você conhece os benefícios de tal vitamina para a saúde do seu filho?

Não cansamos de ouvir e ler que o segredo para uma vida longa e cheia de saúde deve incluir uma alimentação equilibrada, a prática de atividade física e um bom sono. Atualmente, muitos pesquisadores, acrescentariam a essa lista banhos de sol diários. Nem muito longos e nem muito curtos: bastam 15 minutos diários para que os raios solares ativem no organismo a produção de uma substância capaz de fortalecer os ossos, aumentar a imunidade e garantir que o coração bata forte por anos a fio.

Estamos falando da vitamina D, essencial para a formação e manutenção da saúde dos ossos, sua produção é estimulada, sim, pela exposição ao sol, mas também pela ingestão de alimentos, como salmão e atum, e por meio da suplementação. Em doses suficientes no corpo humano, garante a absorção eficiente de cálcio e fósforo. Sem a sua presença, apenas 10-15% do cálcio e 60% do fósforo da alimentação são absorvidos. Além dessa função, boas doses de vitamina D, fortalecem o sistema imunológico em geral, aumentando a proteção natural do organismo contra doenças. Melhora ainda o fluxo sanguíneo e a dilatação das veias, o que reduz o risco de desenvolvimento de hipertensão e doenças cardíacas. E, por fim, a suplementação da vitamina também reduziu drasticamente o raquitismo.

Os últimos dados epidemiológicos sobre a deficiência da vitamina são alarmantes, principalmente nas crianças. Sem dúvida, a maior causa de deficiência de vitamina D é a exposição insuficiente aos raios solares. Antigamente, as crianças, por exemplo, brincavam nas ruas, ficavam fora de casa. Hoje, elas ficam muito mais tempo dentro de casa brincando com vídeo games e computadores e assistindo televisão e, simplesmente, não tomam sol.

A falta da vitamina D no corpo resultará em anormalidades do metabolismo do cálcio, do fósforo e, consequentemente, dos ossos, levando à osteopenia e osteoporose. Nas crianças, as modificações estruturais dos ossos em desenvolvimento provocam uma variedade de deformidades esqueléticas, conhecidas como raquitismo.

A principal fonte de vitamina D é o sol. Por isso, as pessoas devem ficar expostas de 10 a 15 minutos diariamente para estimular a produção. Isso vale tanto para adultos quanto para gestantes, recém-nascidos, bebês e crianças. Mas o ideal é agregar as três fontes: exposição ao sol, suplementação vitamínica (sempre orientada pelo pediatra ou médico) e a ingestão de alimentos ricos em vitamina D, como salmão, sardinha, atum e gema de ovo.

Então, queridos pais, fica minha dica. Estimular que seus filhos brinquem fora de casa e fiquem expostos aos raios solares nos horários recomendados (luz solar direta, sem protetor solar), além da ingestão de alimentos ricos em vitamina D, é a forma mais barata e eficiente de se evitar a deficiência de tal vitamina nos pequenos.

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família

Chia: muito além da perda de peso

Não faz muito tempo que ouvimos falar da Chia. De uns tempos para cá, ela começou a ganhar espaço na mesa dos brasileiros, principalmente nos interessados em perder peso. O tamanho interesse é justificável. Só que os benefícios dessa pequenina semente não ficam restritos ao emagrecimento. Você sabe o que é chia? Já a ofereceu para seu filho?

Originária do México, a chia é uma semente que foi muito consumida por civilizações pré-colombianas (astecas e maias), principalmente por quem precisava de força e resistência física. De sabor parecido com ao das nozes, ganhou os holofotes nos laboratórios por ser fonte de ácido graxo ômega-3, proteínas, fibras, substâncias antioxidantes e minerais como fósforo, cálcio, ferro e magnésio.

Como suas sementes são mucilaginosas (ricas em fibras), ao entrarem em contato com a água formam um gel no estômago. Diante dessa reação, a digestão torna-se mais lenta e o indivíduo fica satisfeito mais rapidamente e, então, passa a consumir menor quantidade de comida. Consumindo menos alimentos por estar saciado, o indivíduo acaba perdendo peso.  Além disso, as fibras da chia ajudam a formar e eliminar o bolo fecal, auxiliando, dessa forma, pessoas que têm intestino constipado.

A chia abriga outra preciosidade — muito mais ômega-3 do que a linhaça. Essa gordura nos protege contra ameaças ao coração. Além de ser um bom anti-inflamatório, ela tem ação direta no controle da pressão arterial e na redução do colesterol e dos triglicérides.

E os benefícios não param por aí, essa pequenina semente ainda ajuda no controle da glicemia, na formação óssea, previne o envelhecimento precoce e melhora a imunidade do organismo.

Diante de tantos benefícios, fica difícil não incluir a chia na dieta. Qualquer pessoa pode ingerir a semente, principalmente nossos pequenos. Porém, devido ao alto teor calórico, o excesso pode levar ao ganho de peso. Logo, se seu objetivo for emagrecer, o indicado é ingerir no máximo duas colheres (sopa) de chia.

A chia é encontrada nos mercados na forma de grão, farinha e óleo. Pode ser consumida em iogurtes, saladas, arroz e sucos.

Uma maneira bem gostosa e divertida de trazer a chia para a alimentação dos pequenos é de prepará-la como um sagu. Hoje, preparei uma receitinha bem fácil. Espero que gostem e desfrutem de tantos benefícios!

Sagu de Chia com Uva

Rendimento: 1 porção                                                                                   

Tempo de preparo: 45 minutos

Ingredientes

1/2 copo de suco de uva 100% integral e sem açúcar

2 colheres (sopa) de chia

1 colher (sopa) de açúcar  (ou de sucralose)

Modo de fazer

1. Em uma tigela pequena coloque a chia e 1/4 xícara (chá) de água mineral (60 ml). Cubra a tigela com filme plástico e deixe a fibra hidratar por 40 minutos na geladeira.

2. Em seguida, adicione o suco de uva e o açúcar (ou a sucralose). Misture bem e sirva em seguida.

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família

Alimentos orgânicos são mais saudáveis?

Uma dúvida muito comum quando estamos fazendo compras é se realmente vale a pena investir em alimentos orgânicos. Mas antes de fazermos a escolha, precisamos entender melhor o assunto, certo? Afinal, o que são os alimentos orgânicos?

Uma das minhas recordações de infância era de ouvir minha mãe falando que algumas frutas eram sazonais e que não tinha como comprá-las em determinada época do ano. Por isso, eu esperava pelo fim do inverno para poder me deliciar com morangos ou uvas, por exemplo.

Atualmente, temos acesso a quase que todas as frutas durante o ano todo. Mágica? Não. Isso faz parte de uma cadeia não muito saudável, onde o homem, para atender à necessidade alimentar da população mundial, passou a processar alimentos excessivamente, acelerando a produção de frutas, verduras e carnes por meios não muito adequados.

Na contramão desses alimentos cultivados de forma convencional estão os alimentos orgânicos, que não só representam mais sabor e saúde, mas também uma completa revolução sustentável.

São considerados alimentos orgânicos todos aqueles que utilizam, em todos os seus processos de produção, técnicas que respeitam o meio ambiente e visam a qualidade do alimento. Desta forma, não são usados agrotóxicos, adubos químicos sintéticos, sementes transgênicas e drogas veterinárias. Já os itens processados não recebem aditivos químicos nem irradiação.

Do ponto de vista nutricional, estudos recentes revelam que não há diferenças significativas na concentração de vitaminas e afins entre os alimentos orgânicos e não orgânicos. No entanto, a qualidade do alimento vai além da quantidade de substâncias presentes nele.

 Os alimentos orgânicos, além de serem mais saudáveis e saborosos, como eu disse anterioremente, respeitam o meio ambiente. Sua produção respeita princípios como proteção da biodiversidade, condições de trabalho adequadas e o manejo correto da água e do solo. Ou seja, há uma carga de responsabilidade social incluída aí, um valor importante para passarmos para nossos filhos!

A única desvantagem na opção por produtos orgânicos é na hora da compra.  Eles costumam ser mais caros do que os convencionais, pois são produzidos em menor escala e os custos de produção também são maiores. Além disso, não são encontrados em todos os supermercados.

Mas nada de dúvidas e de economia! Devemos encarar a compra de orgânicos como um investimento à saúde do organismo e do meio ambiente.

Para finalizar, gostaria de dar algumas dicas de higienização de frutas e hortaliças. Não é porque o produto é orgânico que ele está livre do contato de fungos, insetos e bactérias. Todo esse processo é válido para orgânicos e não orgânicos:

1° passo: se seu alimento for uma hortaliça folhosa, livre-se das folhas mais externas. Como elas ficam em contato direto com o solo, estão mais suscetíveis ao contato com impurezas e, no caso das não orgânicas, com uma quantidade maior de agrotóxicos.

2° passo: lave frutas e hortaliças muito bem em água corrente. Se a fruta tiver casca dura (laranja, melancia, melão), esfregue-as com uma esponja própria e macia.

3° passo: deixe-as de molho em soluções cloradas. Siga as recomendações do fabricante. Depois do tempo recomendado, suas frutas ou hortaliças estão prontas para serem utilizadas.

 

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família

Como resistir a tanto chocolate?

Existe coisa mais tentadora e mais deliciosa que chocolate, principalmente na Páscoa? Há duas semanas, ouço queixas dos meus pacientes de quão grande será o desafio de se controlarem com tanta oferta de chocolate nessa época do ano.

Para as mães, não há como resistir àquelas carinhas morrendo de vontade de comer ovo de Páscoa. Mas tenha bom senso, o chocolate é um alimento bem calórico (100 g de chocolate ao leite fornece em média 517 calorias) e pode ainda prejudicar o apetite do seu filho – ainda mais na fase inicial da introdução de alimentos sólidos, entre 6 meses e 1 ano.

O ideal é que uma criança só experimente chocolate a partir de 2 anos e, ainda assim, em pequenas quantidades. Rico em gordura e, em geral, com leite e açúcar na sua composição, o chocolate poderá provocar diarreia e até obesidade se for consumido em excesso.

É preciso ficar de olho ainda em possíveis reações, já que algumas crianças podem ser alérgicas a algum dos ingredientes da fórmula como leite, amendoim ou castanha. Na dúvida, dê um pedacinho inicial junto com alimentos que já fazem parte da dieta do seu filho.

Além disso, o chocolate contém substâncias estimulantes e com poder viciante, tais como a cafeína e teobromina. Ou seja, se o seu bebê provou um dia chocolate, nunca mais deixará de pedir.

O lado bom e bem conhecido de todos nós é que o chocolate, depois de ser metabolizado, causa uma sensação gostosa de bem- estar, devido à liberação de neurotransmissores, como a endorfina e a serotonina.  Contém, ainda, substâncias antioxidantes (que combatem os radicais livres e, assim, diminuem o risco de certas doenças), vitaminas e minerais como magnésio, cobre, zinco, potássio e manganês. Chocolates amargos são os mais saudáveis e recomendados por terem uma menor quantidade de açúcar e leite e serem ricos em substâncias antioxidantes.

Como na Páscoa o consumo de chocolate aumenta muito, a pergunta que vem à tona é: O que fazer quando a criança ganha muitos chocolates e ovos de Páscoa, principalmente se ela estiver com excesso de peso?

Minha resposta nessas ocasiões é sempre usar o bom senso e a criatividade. Acredito que o que faz valer a pena não são só as guloseimas, mas o espírito verdadeiro de tal festividade.

Quantidades pequenas de chocolate não causam nenhum mal. Portanto, aqui vão algumas dicas:

– Negocie com seu filho a troca de alguns ovos de Páscoa por outros presentes (brinquedos, coelhinhos de pelúcia ou qualquer outra coisa que seja do interesse).

– Peça para os familiares, principalmente, avós, tios e tias, darem ovinhos menores.

Faça atividades lúdicas, como pintar casquinhas de ovos e desenhos e decorar uma linda mesa de páscoa com cenourinhas.

Dessa maneira, tenho certeza que mesmo com pouco chocolate a Páscoa de seu filho será mais saudável e a alegria não irá faltar.

Feliz Páscoa a todos!

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família

Ovo: de vilão a super-herói

Ao escrever esse artigo, lembrei-me da minha infância, na qual o ovo quente estava presente todos os dias no meu café da manhã. Como num passe de mágica e para a minha tristeza, de um dia para o outro, minha iguaria matutina sumiu da minha alimentação. Da sua também? Excluído da dieta e tido como vilão nas últimas décadas, o ovo não apenas foi finalmente absolvido, como hoje é tido como um super alimento.

 A má fama do nosso super herói parecia ter um bom motivo. Afinal, a gema de ovo era encarada como uma “bomba de colesterol” e, dessa forma, era capaz de elevar os níveis de colesterol sanguíneo humano. Mas, graças a novos estudos científicos realizados nos últimos anos, esse mal entendido foi esclarecido.

A absolvição aconteceu quando cientistas descobriram na gema do ovo uma substância chamada lecitina (um fosfolipídeo). Trata-se de um emulsificante natural de gordura, que interfere na absorção do colesterol e impede a captação do mesmo pelo intestino. É como se ovo, sabendo ser rico em colesterol, proporcionasse um antídoto natural para que não houvesse um aumento em seus níveis.

Famoso por ser uma excelente fonte proteíca, o ovo ainda é rico em vitamina B12, selênio, colina, vitamina D e antioxidantes.

Outro ponto positivo é que a proteína contida na clara do ovo oferece mais ajuda no aumento da massa muscular do que as proteínas contidas em outros alimentos, devido às altas concentrações de um aminoácido chamado leucina. Além disso, constatou-se também que a proteína do ovo é capaz de manter a saciedade por um longo período de tempo. Ou seja: a fome só aparece muito tempo depois de tê-lo comido, fazendo dele um grande aliado das dietas de emagrecimento.

Pelo que acabamos de ler, percebemos que motivos não faltam para adotarmos o ovo em nossas alimentação e na dos nossos filhos. Mas a dúvida que paira no ar é a de quantas unidades de ovos podemos ingerir. De acordo com uma pesquisa realizada na Escola de Saúde Pública de Harvard, o consumo de até 7 ovos por semana altera muito pouco as taxas de colesterol. Mas, por motivo de prevenção, recomendo para adultos o consumo moderado de até 3 ovos na semana em substituição a outras proteínas (como carne bovina, frango, peixe, leite e derivados). Para crianças acima de 2 anos o ideal que o ovo esteja presente na alimentação duas vezes na semana.

Vale a pena ressaltar que existe um esquema alimentar para a introdução do ovo – e principalmente da clara – na alimentação dos pequenos. A clara do ovo é rica em albumina e, em raríssimos casos, pode causar alergia em crianças. Esse tipo de problema é minimizado em crianças que receberam vacinas preservadas em albumina. Quando o assunto é a introdução da clara do ovo a regra é simples: assim como a introdução da gema deve ser feita em pequenas quantidades no oitavo mês, a clara também deve ser oferecida aos poucos a partir do décimo segundo mês.

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Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família