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Conheça os diferentes tipos de parto normal

Como já comentamos por aqui, uma boa assistência pré-natal é fundamental para uma gestação mais tranquila, e também para tirar todas as dúvidas do casal antes do nascimento do bebê. Entre tantos questionamentos, um dos mais importantes é entender quais são as possíveis vias de parto. Hoje, na coluna Gestar, vamos falar sobre os diferentes tipos de parto normal.

Parto normal

Decidir a maneira que o bebê virá ao mundo é uma escolha importante, e nem sempre vai depender apenas do desejo da mãe. Uma frase comum entre a maioria dos obstetras é: “quando tudo caminha bem, o parto ideal ou mais adequado é o que a mulher/casal escolher, por se sentir mais confortável”. Porém, em caso de complicações ou imprevistos, a opção correta é a que for mais segura para mãe e bebê. Conheça todos os tipos de parto normal, e os prós e contras de cada um deles:

PARTO NORMAL/VAGINAL 

O parto normal é aquele em que o bebê nasce via vaginal e que não necessita de intervenção cirúrgica. Este parto traz inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a mãe, podemos destacar as seguintes vantagens:

  • Melhor recuperação em menor tempo;
  • Menor sangramento;
  • Menor risco de infeções e histerectomia (retirada do útero);
  • Facilita o contato pele a pele com o bebê e a amamentação.

Pensando no bebê, inúmeras são as vantagens, mas podemos destacar:

  • Melhor adaptação ao meio externo;
  • Os pulmões sofrem uma compressão no canal do parto que elimina líquido de dentro dos pulmões;
  • Adaptação do sistema imunológico pelo contato com germes/bactérias no canal vaginal.

No entanto, complicações também podem acontecer, como: lacerações (cortes) na vagina e na vulva; maior risco de traumatismo do bebê (tocotraumatismos); risco aumentado de incontinência urinária no futuro e dores locais.

Apesar da via do parto normal ser sempre a vagina, existem diversos tipos de assistência que podem ser oferecidas. É importante escolher com atenção o método que mais combina com as necessidades e desejos de cada família. Veja mais sobre cada um deles:

PARTO NORMAL NATURAL

É o parto normal que transcorre espontaneamente e sem intervenções médicas. Ou seja, não se faz a episiotomia (corte no períneo para facilitar o desprendimento ou a saída do bebê), não se utiliza o fórceps e não há utilização de medicações, como anestésicos e ocitocina (hormônio sintético para coordenar e estimular as contrações). São usados apenas métodos não farmacológicos para alívio da dor, como: massagens, compressas mornas, respiração adequada e muita atenção e carinho ao ficar do lado da paciente.

PARTO NORMAL HUMANIZADO 

A principio, todo parto deveria ser humanizado, seja vaginal ou cesárea. No entanto, ele ainda não é regra. No parto humanizado, o desejo da mãe juntamente com seu plano de parto são seguidos com muito respeito e profissionalismo. Aqui, tudo tudo é feito para deixar a parturiente bem e confortável.

Ações que podem ser feitas em um parto humanizado: anestesia, foto e cromoterapia, playlist escolhida pelo casal, manter luzes confortáveis, banhos terapêuticos, andar e se movimentar livremente, alimentação à vontade e até medidas cirúrgicas, desde que com a ciência da mãe/casal. Outro ponto é que no parto humanizado a missão é dar a melhor recepção possível ao bebê. Por isso, algumas dinâmicas são seguidas: o cordão umbilical só é cortado após parar de pulsar, o bebê vai direto para os braços da mãe e passa (no mínimo) uma hora em contato direto com a pele dela, a amamentação é incentivada, dentre outras.

Importante lembrar que é fundamental uma equipe que siga os princípios da humanização. Falamos mais sobre este tema no post sobre plano de parto, neste link!

PARTO NORMAL INSTRUMENTALIZADO 

Parto que acontece com a ajuda de instrumentos cirúrgicos, como fórcipes.  O intuito é de abreviar o período de expulsão (quando o bebê está, de fato, saindo), ajudando o bebê a passar pelo canal vaginal através de uma tração. O uso de instrumentos não é a primeira opção da equipe médica – vale lembrar aqui a obrigatoriedade da realização prévia de anestesia e episiotomia (corte no períneo que pode ajudar na saída do bebê).

POSIÇÕES

Diferente do que é retratado em filmes e novelas, a mulher pode ter um parto normal em diversas posições. O ideal é que ela escolha a posição mais confortável e que se sinta mais segura. Algumas posições possíveis são:

  • Decúbito lateral direito ou esquerdo: de lado com as pernas flexionadas;
  • Posição de litotomia: deitada com a barriga pra cima e as pernas apoiadas nas perneiras. É a menos favorável ao nascimento, apesar de ser a mais comum no dia a dia, por um costume hospitalar. Essa posição não é obrigatória!
  • Cócoras: agachada, facilitando a abertura da bacia, pélvis e a descida do bebê pela própria gravidade. Porém é uma posição que pode cansar a mãe se o expulsivo (momento da saída do bebê) for mais longo;
  • Sentada nas banquetas: as banquetas de parto possuem uma abertura central por onde o bebê irá passar;
  • De quatro apoios: com os joelhos e as mãos apoiadas na cama ou chão;
  • De pé: facilitado também pela gravidade e com mais liberdade para a parturiente, no entanto bem menos comum.

TIPOS DE AMBIENTE PARA REALIZAR O PARTO 

Existem várias opções de locais para parto normal. Temos os partos hospitalares, domiciliares, casas de parto e na água (banheiras em geral), que traz mais conforto para mãe, além de propiciar uma transição mais natural e parecida com o meio intrauterino para o bebê, entre outros.

No entanto, vale lembrar que essas opções deverão ser discutidas e individualizadas junto a equipe assistencial da paciente. O melhor tipo de parto depende de múltiplos fatores e existem, como posições que facilitam o nascimento e podem inclusive definir o sucesso da via de parto.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Dores fortes no mamilo: conheça o Fenômeno de Raynaud

Durante o Agosto Dourado, mês de incentivo à amamentação, a coluna Gestar traz temas importantes para auxiliar as mães nesse processo! Hoje, vamos falar sobre o Fenômeno de Raynaud de mamilos, motivo de muita dor e desgaste para algumas lactantes. Muitas mães nos contaram para a gente nos Stories que essa foi a causa do desmame precoce. Por isso, pedi ao ginecologista e obstetra Dr Jorge Farah Neto (CRM 126.525) nos explicar tudo o que precisamos saber sobre o assunto:

Método contraceptivo

O que é Fenômeno de Raynaud de mamilos?

No geral, o Fenômeno de Raynaud é um problema que acontece em mãos, pés e orelhas, mas existe também o Fenômeno de Raynaud mamilar, que atinge 20% das mulheres em idade fértil.. É um quadro onde a mãe apresenta fortes dores no mamilo, sensibilidade extrema e, por vezes, mudanças de cor nessa região.

O que acontece é um problema na circulação do sangue na região, geralmente desencadeado pelo frio e/ou estresse vascular. A dor causada pela má circulação do sangue pode surgir durante a mamada e também se estender por mais tempo, mesmo após a sucção. O fenômeno pode aparecer em qualquer fase da amamentação.

Quais são as causas para o Fenômeno de Raynaud de mamilos?

Esse fenômeno pode ser primário ou secundário. Se for primário, não tem relações com outras doenças e é mais fácil de tratar. A causa pode ser o aumento do nível do hormônio estrogênio no corpo, somado ao estresse e ao frio.

Já o Fenômeno de Raynaud secundário tem relação com outras doenças e seu tratamento pode ser mais complexo. As causas mais comuns aqui são as doenças autoimunes, reumatológicas, endócrinas, vasculares e neurológicas.

A sucção não causa Fenômeno de Raynaud mamilar. Mas a dor decorrente do fenômeno leva muitas mães a desistirem da amamentação – por isso, é essencial um diagnóstico precoce e tratamento eficaz. O tratamento pode ser feito sem que haja o desmame.

Fenômeno de Raynaud mamilar

Como identificar esse quadro?

Não existe um exame específico para detectar o Fenômeno de Raynaud de mamilos. Por isso, o médico faz uma avaliação de sintomas e de respostas a tratamentos. O sintoma mais comum é a dor mamilar (moderada a intensa) com duração igual ou superior a quatro semanas.

Depois desse sintoma, serão avaliados outros quatro pontos:

  • Modificação da coloração do mamilo, principalmente por exposição ao frio;
  • Sensibilidade ou modificação de cor das mãos e/ou pés por exposição ao frio;
  • Resposta negativa ao tratamento com medicamentos antifúngicos por via oral;
  • Resposta positiva ao tratamento específico para o Fenômeno de Raynaud.

Importante lembrar que outros problemas também causam dores mamilares, como as fissuras, candidíase e mastite. O Fenômeno de Raynaud não causa feridas.

Quando o diagnóstico de Fenômeno de Raynaud mamilar é feito precocemente, evitamos o tratamento equivocado de mastite, por exemplo, o que permite o sucesso do aleitamento materno, sem dor. Dessa forma, tanto a mãe quanto o bebê podem usufruir dos benefícios imunológicos, psicológicos, nutricionais e sociais da amamentação.

Qual o tratamento quando confirmado o problema?

A recomendação principal é que as mulheres mantenham as mamas e mamilos aquecidos, evitem temperaturas frias e substâncias vasoconstritoras, como nicotina e cafeína. O uso de bombas mamárias também pode ser recomendado. Há um medicamento autorizado para uso, com ação vasodilatadora, mas que apresenta alguns efeitos colaterais, como náusea e taquicardia. O melhor tratamento deve ser acordado entre a lactante e seu médico.

A pega correta, claro, é sempre o ideal, para que o bebê não comprima a ponta do bico do peito. No entanto, ajeitar a pega não é um tratamento para o fenômeno, apenas uma forma de evitar problemas na mama.

Tenho Fenômeno de Raynaud. Devo interromper a amamentação?

Não é necessário interromper a amamentação. A sucção não causa nem piora o Fenômeno de Raynaud. No entanto, algumas pacientes têm dores muito fortes, que tornam a amamentação inviável até o fim do tratamento.

Caso exista vontade de continuar com aleitamento materno, é possível tentar a coleta do leite por bombas. É uma forma de manter a produção ativa e o bebê consumindo leite materno. Se for oferecido em métodos seguros, as chances são altas de o bebê voltar a mamar no peito após o fim do tratamento. Tudo depende do nível de dor da mãe e quão sensível estão os mamilos para essa extração.

Por fim, é essencial que as pacientes sejam informadas de que o Fenômeno de Raynaud mamilar pode ocorrer novamente em outras gestações. Dessa forma, ela manterá os cuidados e um diagnóstico futuro pode ser mais rápido.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Mastite: o que é, sintomas, prevenção e tratamento

Nesse Agosto Dourado, vamos continuar falando sobre a amamentação na coluna Gestar! O tema de hoje é a mastite, que atrapalha a qualidade de vida de muitas mães. O ginecologista e obstetra Dr Jorge Farah Neto (CRM 126.525) explica tudo o que precisamos saber sobre o tema:

Método contraceptivo

O que é mastite?

A mastite durante a amamentação também pode ser chamada de mastite puerperal, da amamentação ou lactacional. É, inicialmente, uma inflamação aguda dos tecidos mamários que evolui com a estagnação do leite.

Essa estagnação ocorre por conta do bloqueio da saída de leite pelos ductos mamários, o que leva ao ingurgitamento das mamas (o que é comumente chamado de “pedras” nos seios). É um cenário que vai se agravando passo a passo. Essa situação facilita a multiplicação bacteriana e pode levar à infecção nas mamas, além de dificuldades para amamentar e fissuras nos mamilos. Em casos mais graves, pode ocorrer pus e sepse.

Acomete de 2 a 10% das lactantes. Os patógenos mais relacionados são o Staphylococcus aureus e o Streptococcus

Quais são os sintomas da mastite?

Os sintomas comuns são dor, desconforto, inchaço e vermelhidão da mama (nota-se placas vermelhas na pele). Além disso, há aumento desproporcional em relação à mama sadia, mal estar geral, calafrios, febre e fadiga

O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames. Nos casos mais graves, com suspeita de abscesso de mama, há necessidade de complementação com a realização de exames de sangue e ultrassonográficos.

mastite

Quais são os fatores de risco?

Os principais fatores de risco para ter mastite são:

  • Dificuldade em amamentar adequadamente levando ao acúmulo do leite;
  • Pega inadequada do recém nascido;
  • Tabagismo;
  • Piercing nos mamilos;
  • Diabetes;
  • Higiene inadequada; 
  • Utilização dos bicos e conchas de silicone.

E qual a prevenção da mastite?

Além de evitar os fatores de risco, outras atitudes podem ser tomadas para evitar a mastite. São elas:

  • Não deixar acumular leite nas mamas, esvaziando totalmente após as mamadas;
  • Amamentação em livre demanda;
  • Variar posições para evitar que glândulas de determinadas regiões acumulem mais leite que de outras; 
  • Massagear as mamas e fazer ordenha antes da mamada, caso perceba inchaço;
  • Higiene adequada das mãos, que devem ser lavadas antes e após cada mamada;
  • Usar sutiãs apropriados, que não façam pressão em determinadas partes, o que pode levar à obstrução de ductos.

Qual o tratamento?

A ordenha mamária é fundamental para o tratamento da mastite. As mamas devem ser esvaziadas manual ou mecanicamente, evitando-se assim o acúmulo do leite. Faça compressas frias durante 30 minutos após as amamentações ou ordenha mamária. 

Como podemos ver, a amamentação deve ser estimulada ainda mais. O uso de analgésicos e antiinflamatório para alívio da dor e diminuição do processo inflamatório são indicados. 

Já o uso de antibióticos deve ser avaliado pelo médico. Lembrando que a falta de tratamento adequado pode levar à formação de abscesso de mama. Isso gera a necessidade, muitas vezes, de internação e drenagem cirúrgica, além do quadro grave de sepse (infecção generalizada).

Em casos associados a fissuras mamilares, a utilização das conchas de prata da Silverette ajudam bastante na prevenção e tratamento. Além delas, a utilização da laserterapia no local também é recomendada, desde que feita com profissional habilitado.

Em alguns casos específicos, o médico pode indicar o bloqueio da amamentação por período de tempo.

Importante lembrar: nunca façam a automedicação! Apresentando qualquer sinal de inflamação ou infecção, seu médico deverá ser consultado imediatamente.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Candidíase mamária: prevenção, sintomas e tratamento

Agosto é o mês do incentivo ao aleitamento materno. Por isso, durante todo o Agosto Dourado, vamos abordar assuntos importantes para a amamentação! A candidíase mamária é um dos problemas comuns para as mães nessa fase. Então, na nossa coluna Gestar, o Dr Jorge Farah Neto, ginecologista e obstetra (CRM: 126.525), nos conta tudo sobre a infecção: como evitar, quais os sintomas e qual o melhor tratamento!

Método contraceptivo

O que é candidíase mamária? 

A candidíase mamária é a infecção causada por fungos nos seios, mamilos e aréola. Uma das causas mais comuns é a queda de imunidade. É mais frequente durante o período da amamentação e acaba afetando diretamente a qualidade de vida das lactantes e dos bebês.

Quais são os sintomas?

Na mãe, os principais sinais e sintomas são:

  • Mastalgia (dores nas mamas) ao amamentar;
  • Irritação dos mamilos;
  • Sensação de pontadas e fisgadas nas mamas;
  • Áreas esbranquiçadas nos mamilos;
  • Vermelhidão dos mamilos;
  • Sensação das mamas estarem com a pele pouco mais brilhante;
  • Podem aparecer áreas de descamação, prurido e até lesões que podem sangrar. 

Alguns sintomas acabam aparecendo também nos bebês. Neles, a infecção costuma ser chamada de “sapinho” e apresenta lesões nos lábios, boca e orofaringe, típicas de candidíase, ou placas brancas na língua e mucosa bucal.

Lactantes e bebês que venham a apresentar qualquer destes sintomas devem procurar atendimento médico de imediato. O diagnóstico, tanto da mãe quanto do bebê, é clínico e sem a necessidade de realização de exames.

O que causa candidíase mamária?

Alguns fatores podem levar à candidíase mamária. São eles:

  • Queda da imunidade materna;
  • Abafar e deixar úmida a região das mamas, o que torna o ambiente propício para a proliferação do fungo;
  • Dieta inadequada rica em açúcares;
  • Efeitos hormonais da gravidez.

Como prevenir a infecção?

A higienização correta é um dos principais pontos para prevenir a candidíase mamária. Os seios devem ser limpos apenas durante o banho, com água. Não utilize cremes, óleos ou sabonete na região dos mamilos e aréolas.

Durante o dia, lembre-se de trocar sempre o sutiã. Não deixe a região ficar úmida ou abafada. Passar algumas horas por dia com os seios nus é recomendado. Além disso, tomar sol nos seios todos os dias também é uma forma de prevenção. O ideal é que seja de quinze a vinte minutos, até às dez da manhã ou após as quatro da tarde. 

Atenção redobrada aos cuidados com as mamadeiras, bicos e chupetas, que são fontes ricas para a proliferação de fungos. Por isso, mantenha-os sempre limpos e secos, inclusive utilizando a fervura ao menos uma vez ao dia, por vinte a trinta minutos. 

Não utilize bicos ou conchas de silicone e evite ao máximo o uso de absorventes. Esses itens abafam a região e a deixam úmida, o cenário perfeito para a proliferação de fungos.

E como é feito o tratamento da candidíase mamária? 

O tratamento começa seguindo as orientações de prevenção: higienização correta dos seios e tomar sol todos os dias. Além disso, é indicada a redução de açúcares da dieta da mãe.

Mãe e bebê devem seguir um protocolo para que não haja reinfecção. Na maioria dos casos, é necessário entrar com tratamento via oral para mãe. Lembrando que o medicamento deve ser prescrito pelo seu médico e o do bebê, pelo pediatra.  

Outros itens que auxiliam a cicatrização das feridas causadas pela candidíase são a laserterapia e o uso das conchas de prata da Silverette. Ambos são complementos e não substituem o tratamento principal passado pelo seu médico.

É muito importante lembrar que a amamentação pode e deve ser mantida durante o tratamento da candidíase

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah Neto (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Pílula ou DIU: qual o melhor método contraceptivo no pós-parto?

Método contraceptivo

Hoje, na coluna Gestar, vamos falar sobre como escolher um método contraceptivo no pós-parto é fundamental, e deve ser um assunto discutido pela mulher com o seu obstetra logo depois do parto. 

A pílula anticoncepcional e o DIU são alguns dos métodos contraceptivos mais usados pelas puérperas. Entenda como cada um funciona:

PÍLULA

Método contraceptivo

As pílulas anticoncepcionais agem no muco do colo uterino, dificultando a ascensão dos espermatozóides, alterando os movimentos das trompas e a função do corpo lúteo.

O índice de falha da pílula é bem baixo, entre 1 e 4%, porém é importante seguir à risca o horário das tomadas, o ideal é não passar de 3 horas. Quando esquecido, deve-se tomar o quanto antes ou no máximo até 12 horas depois do último comprimido.

Quando a mulher está utilizando esse método ela pode ficar sem menstruar, o que chamamos de amenorréia, pode vir a ter ciclos menstruais irregulares, ou o que denominamos de “spotting“, que são pequenos escapes de sangue a qualquer hora.

DIU

Método contraceptivo

Os dispositivos intra-uterinos, popularmente conhecidos como DIUs, são opções muito seguras e podem ser utilizados por mulheres de todas a idades. E sua eficácia é muito elevada, com um índice de falha de 0,2% ao anos.

Durante muito tempo acreditou-se que o DIU não deveria ser usado por mulheres jovens porque ele poderia atrapalhar uma gestação futura. No entanto, diversos estudos já comprovaram que os dispositivos intra-uterinos são totalmente seguros e não atrapalham o desenvolvimento da gravidez. Inclusive, atualmente, são recomendados pela Organização Mundial da Saúde como método contraceptivo de mulheres jovens e adolescentes.

Existem dois tipos de DIU: o de cobre, e os hormonais.

DIU DE COBRE

O DIU de cobre é um método prático, muito eficaz, e pode ser uma ótima alternativa para quem não quer um contraceptivo à base de hormônios. Além de poder ser usado por até dez anos. 

Mas como ele impede a gravidez se não solta hormônios? O DIU de cobre funciona liberando íons de cobre que impedem a movimentação dos espermatozóides e geram alterações no endométrio, no muco cervical e nas trompas e, assim, impedem a fertilização do óvulo.

O DIU de cobre não impede que os ovários liberem um óvulo por mês, e por isso, costuma aumentar o aumentar o fluxo menstrual mensal da mulher, o que pode causar um pouco mais de cólica, principalmente nos três primeiros meses.

DIU HORMONAL

No Brasil, temos duas opções de DIUs hormonais. O primeiro e mais tradicional é o Mirena. O mais novo e moderno chama-se Kyleena. Ambos atuam da mesma maneira, liberando os hormônios que impedem a ascensão dos espermatozoides pelo canal cervical e promovem um ambiente desfavorável para a fecundação.

A principal diferença entre eles é o tamanho de cada um e a sua dose hormonal total e diária. O diâmetro e comprimento do Kyleena é um pouco menor, o que pode facilitar a inserção do dispositivo, principalmente em mulheres que tem o útero um pouco menor ou que nunca engravidaram.

Em relação à dose hormonal diária, é importante ressaltar que, no caso do DIU, a dose de hormônio absorvida pelo corpo é muito inferior a qualquer outro anticoncepcional hormonal como, pílulas, anel vaginal, adesivo, injetáveis, implante, etc. Por isso, ele é o método de contracepção hormonal mais seguro em relação ao risco de trombose. O DIU hormonal normalmente faz com que a mulher deixe de menstruar.

COMO É O PROCEDIMENTO PARA COLOCAR O DIU?

A inserção do DIU, tanto o de cobre como o hormonal, pode ser feita no próprio consultório do ginecologista, com anestesia local.

PÍLULA X DIU

Tanto a pílula como o DIU são métodos contraceptivos muito seguros e com uma eficiência muito parecida. O que deve ser levado em consideração na hora de escolher é o perfil de cada paciente e possíveis indicações específicas de cada caso.

Se você tem dificuldade de seguir uma rotina e vive esquecendo a hora dos remédios, pode ser mais interessante optar pelo DIU. Caso você queira engravidar de novo em breve, a pílula pode ser uma boa alternativa, pensando que a durabilidade do DIU é de cinco anos.

Seja qual for a sua sua escolha e o seu perfil, é fundamental que a sua decisão por qualquer método contraceptivo seja orientada por um médico ginecologista capaz de alinhar as expectativas e as possibilidades reais para cada mulher.

PRECISO USAR UM MÉTODO CONTRACEPTIVO MESMO SE ESTIVER AMAMENTANDO?

Ainda há muita gente que acredita que a amamentação seja um método contraceptivo natural, porque quando a mulher está em aleitamento exclusivo ela pode deixar de menstruar por muitos meses, porém isso não é verdade.

É importante ressaltar que o fato de a mulher não menstruar durante a amamentação não significa que ela não possa engravidar. Apesar de os hormônios FSH e LH estarem mais baixos por conta do aumento da prolactina durante a amamentação, o retorno da fertilidade é muito variável e pode mudar de mulher para mulher.

Por isso, é tão necessário que a mulher converse com o seu médico logo depois do parto para entender qual método contraceptivo é melhor, mais eficaz e seguro para ela. A indicação pode variar de acordo com o tempo do pós-parto e também com a amamentação.

POSSO USAR PÍLULA OU DIU ENQUANTO AMAMENTO?

PÍLULA

As pílulas que podem ser usadas durante a amamentação são as que contém apenas progestagênios (Desogestrel ou Levonorgestrel), pois o estrogênio, que faz parte da maior parte das pílulas anticoncepcionais tradicionais pode passar pelo leite e apresentar riscos para o bebê.

A pílula anticoncepcional administrada por via oral de maneira contínua pode ser iniciada após 40 dias de parto, é uma boa opção tanto para as mulheres que estão amamentando, como as que não.

Vale ressaltar que a pílula pode ser utilizada por quase todas as puérperas, e nesse caso não altera o risco cardiovascular, nem aumenta o risco de trombose.

DIU

O DIU (dispositivo intrauterino) pode ser colocado imediatamente após o parto, seja ele normal ou cesária, ou após 40 dias do nascimento do bebê, como a mulher preferir. Os dois tipos de DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, que pode ser o Mirena ou Kyleena, podem ser usados com tranquilidade durante a amamentação, sem prejuízos ou riscos para o bebê.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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