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10 dúvidas sobre o parto na pandemia do coronavírus

A pandemia do novo coronavírus trouxe inúmeros fatores de estresse como ansiedade, incertezas, medo e muita expectativa principalmente para as gestantes. Diante de todos esses fatores, surgem inúmeras dúvidas sobre o parto na pandemia e sobre o novo coronavírus em bebês e gestantes. Daí a grande importância em ter confiança em seu médico ginecologista e obstetra durante todo o pré-natal.

Pensando nisso, separei as dúvidas mais frequentes sobre o tema:

( Foto: Unsplash )

Descobri que estou grávida em plena pandemia e agora?

Em primeiro lugar, você deve manter a calma. Em segundo lugar, avisar seu ginecologista-obstetra, seguir suas recomendações, condutas e iniciar o pré-natal, seja presencial ou de alguma maneira online.

Consulta pré natal: Devo agendar? Qual melhor momento? Qual frequência? É possível fazer online?

Individualizar cada caso na minha opinião é o mais seguro. Gestantes sem sintomas deverão manter o pré-natal normalmente e conforme as orientações do seu médico. Já as sintomáticas (com tosse, febre, mal estar, dor de cabeça, coriza, entre outros) devem adiar 14 dias as consultas presenciais. No caso das urgências: (sangramentos vaginais, febre, tosse persistente, falta de ar, contrações uterinas efetivas, perda de líquido via vaginal, diminuição dos movimentos fetais, hipertensão ou sinais e sintomas que elevam o risco desta gestante), procurar sempre o pronto atendimento pré-definido junto à equipe médica assistente ou o hospital mais próximo.

Há riscos maiores para grávidas?

As gestantes são grupo de risco para a COVID-19, porém, não há medidas preventivas diferentes das sugeridas pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Por exemplo, lavar bem as mãos, utilizar máscaras e álcool gel, evitar contatos, aglomerações, entre outros. Em relação ao que deve ser estimulado, são: trabalho home office e consultas online, quando indicadas pelo seu médico. Já aquelas pessoas que não podem ou conseguem seguir todas essas orientações, pelo menos, diminuir a frequência das saídas é muito válido, o que pode reduzir os riscos de contaminação.

O que pode acontecer se eu contrair o vírus durante a gestação?

Foi identificado que ter coronavírus na fase final da gestação (terceiro trimestre) pode ter complicações associadas, como na pneumonia, levando a um índice maior de parto prematuro. Porém, isso aconteceria se a gestante tivesse qualquer infecção grave. Mas as pesquisas ainda não são conclusivas, portanto não podemos afirmar com certeza. Também não há dados sobre contaminação nos trimestres iniciais.

Se eu pegar coronavírus durante a gravidez vou transmitir para meu bebê?

A transmissão vertical (quando a mãe transmite a Covid-19 inclusive dentro do útero para o bebê) ainda não tem evidências e, além disso, sabemos que o vírus não foi encontrado no leite materno nem no líquido amniótico. Nos Estados Unidos, por exemplo, já foi afirmado que não foram encontrados recém-nascidos de mães contaminadas com a doença.

Quem poderá acompanhar e assistir meu parto na pandemia?

Apesar de alguns países estarem proibindo o acompanhamento do nascimento, no Brasil, a maioria dos hospitais está permitindo um acompanhante. Este pode ser o parceiro, a parceira, um familiar próximo, uma pessoa qualquer a ser escolhida pela parturiente. E é Lei Federal no Brasil, alterada em 6/2/2020, por exemplo, que qualquer pessoa entre 18 e 59 anos, sem doenças crônicas, sem sintomas e sem contato prévio com infectados poderá estar presente. E para a maior segurança de todos, algumas maternidades estão solicitando, previamente ao parto, testes para o coronavírus da equipe médica, além da paciente e acompanhante.

O plano de parto, do qual já conversamos aqui na coluna, neste momento é de extrema importância! Porque ele contribuindo na redução da ansiedade, esclarecendo as dúvidas do casal, para que, no dia do parto, estejam mais tranquilo.

Quais os riscos para o meu bebê?

Até o momento, existem poucas conclusões se haverá impacto no futuro destes bebês. Por enquanto, não há certeza absoluta de nada.

Como proteger meu bebê em caso de parto na pandemia?

Dentre algumas dicas quando há parto na pandemia, as mais importantes, por exemplo, são manter apenas um familiar do início ao fim da internação. Por fim, também é válido adotar o sistema sem visitas extra-hospitalares, e medidas de cuidados como lavar bem as mãos, uso de máscaras, utilizar álcool gel.

Posso amamentar meu filho?

Sim, é seguro! Até o momento não foi identificado o vírus no leite materno. O uso de máscara é indicado nos casos de sintomatologia da mãe quando amamentar.

Devo continuar a fazer meus exercícios?

O ideal é que façam seus exercícios em casa, por exemplo, através de treinos e aulas online. Caso optem em fazê-los na academia, fiquem atentas aos agendamentos e cuidados obrigatórios de higiene. Em segundo lugar, fique o menor tempo possível no espaço. Por fim, a grande maioria dos clubes estão seguindo as regras de segurança, mas todo cuidado é bem-vindo.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

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Leia mais: Como montar um plano de parto eficiente?

Veja também: Tudo o que você precisa saber sobre golden hour

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Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Como elaborar um plano de parto?

Você já ouviu falar em plano de parto? Este é o tema da nossa coluna GESTAR de hoje, assunto que eu, ginecologista e obstetra Jorge Farah Neto (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), considero muito importante. E que recomendo que todas as gestantes façam. Tenho certeza que ele trará muito mais confiança, tranquilidade e segurança para a grande hora.

O QUE É O PLANO DE PARTO?

É um plano desenvolvido pela gestante e seu médico, que fica documentado e assinado por ambos antes do parto. Nele, consta tudo aquilo que ela deseja da assistência médica e local de nascimento em relação ao seu trabalho de parto (sendo vaginal ou cesariana). Também é nele que estão as informações sobre a assistência ao recém-nascido logo após o parto. Em conclusão, é um documento importante para que a tão esperada hora seja perfeita.

QUANDO DEVE-SE FAZER?

Ao longo do pré-natal, por exemplo, é o momento ideal do conhecimento e preenchimento do plano de parto junto ao médico obstetra e/ou equipe assistente. Pro fim, na data da internação, este plano deverá ficar anexado ao prontuário da paciente.

O QUE DEVE CONTER NO PLANO DE PARTO?

Existe uma lista de “requerimentos” ou desejos, por exemplo, por parte da gestante e/ou o casal para acontecerem durante o trabalho de parto, parto e pós-parto. Essas medidas obviamente serão respeitados até o binômio mãe-bebê não estiver correndo riscos.

Medidas para a hora

No documento estão incluídos, primeiro, qual pessoa escolhida no momento do parto (qualquer maior de idade); em segundo lugar, a posição e local em que deseja ter o bebê; em terceiro lugar os procedimentos médicos aceitos (por exemplo, fazer anestesia, analgesia de parto ou não, uso de ocitocina endovenoso – hormônio para controlar e estimular as contrações); o corte do cordão umbilical (melhor momento para ser realizado e o acompanhante realizar o ato);

Medidas farmacológicas e golden hour

Também podemos colocar, medidas não farmacológicas para alívio da dor, como massagens, bola, banhos, banquinho; em sexto lugar, a episiotomia que é o corte no períneo para ampliar o canal de parto e tão discriminado hoje em dia e que tem suas indicações claras; pingar o colírio de nitrato de prata nos olhos do recém-nascido; fazer ou não todas vacinas e vitaminas hepatite B/ Vitamina k; por fim, se deseja que seja colocado de imediato pele a pele, a chamada Golden Hour que já conversamos aqui na coluna, entre outros.

Para deixar a hora mais aconchegante

Consta também, por exemplo, se a mãe deseja se alimentar durante o trabalho de parto; playlist favorita para o nascimento… O casal conhecendo ou sabendo que existe o plano de parto, aumentam, por exemplo, as chances da composição do seu próprio plano. Tudo isso, a fim de assegurar que não terão surpresas desagradáveis ou não esperadas durante o procedimento.

O plano de parto bem feito tira grande parte das dúvidas. O que favorece no decorrer uma assistência mais clara e segura ao binômio materno-fetal.

Se ainda ficou com alguma dúvida, por favor, deixe aqui nos comentários que responderei o quanto antes.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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O que é Golden Hour, a "hora dourado" do parto, e quais os benefícios?

Hoje é dia de estreia aqui no site! Sob o comando do ginecologista e obstetra Jorge Elias Farah Neto (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), a coluna GESTAR irá responder todas as dúvidas que recebemos com frequência sobre o assunto. E é por isso que sua participação é super importante nos comentários aqui do site ou no nosso Instagram (@babies_cz). Para o debut, o dr. Jorge falará sobre a Golden Hour, tema que também fez parte do primeiro episódio do nosso Especial Amamentação no IGTV, com a consultora em amamentação Natália Rodrigues (quem não assistiu ao vídeo, clica neste link).

Vamos à coluna!

Olá pessoal!
Hoje a conversa é sobre o grande e esperado momento, a Golden Hour.
Vocês já ouviram falar ou conhecem?

( Foto: reprodução / Shutterstock )

O QUE É A GOLDEN HOUR?

Golden Hour (hora dourada) ou Magic Hour (hora mágica), momento de extrema importância para o bebê, é o período que vai desde o nascimento até completar os primeiros 60 minutos de vida do recém-nascido junto da mãe. Ele merece toda atenção sob aspectos familiar, emocional, psicológico e físico. Nesta fase é fundamental oferecer uma transição mais humanizada e leve para o bebê. Afinal, um momento muito esperado, lindo e aguardado durante os nove meses para finalmente conhecer o filho (a) merece todo cuidado e humanização da equipe assistente.

O que se faz nesta primeira hora?

O recém-nascido, em condições adequadas de saúde, deverá ser colocado de imediato, ou o quanto antes possível, em contato íntimo com a pele da mãe (tórax ou abdômen), a fim de reforçar o vínculo materno-fetal iniciado na gestação e que traz inúmeros benefícios.

Ela dura exatamente uma hora?

Não necessariamente. A Golden Hour é “dentro da primeira hora”. O mais importante é respeitar a primeira hora, tempo em que o bebê está mais desperto, mas não necessariamente o tem que ficar com a mãe durante 60 minutos. No entanto, quanto maior for esse tempo, maior estímulo ao vínculo materno-fetal.

OS BENEFÍCIOS DA GOLDEN HOUR PARA AS MÃES

Os benefícios vão da esfera física à emocional. Primeiro, a liberação do hormônio ocitocina (hormônio do amor), que ocasiona entre outras coisas a contração do útero, diminuindo o sangramento, facilitando a descida do leite, reduzindo o estresse e provocando a liberação da prolactina (hormônio responsável pela produção do leite). Em segundo lugar, mas não menos importante, dentre os benefícios emocionais está a redução do risco de depressão pós-parto e abandono do recém-nascido.

OS BENEFÍCIOS DA GOLDEN HOUR PARA OS BEBÊS

Entre eles, a melhora no desenvolvimento e crescimento da criança; facilitação da amamentação exclusiva nos seis primeiros meses; diminuição das infecções; melhora na adaptação ao meio extra-uterino; além da redução da mortalidade no primeiro ano de vida.

Incentivar o início da amamentação dentro da primeira hora de vida oferece maior tranquilidade a esse bebê. O colostro – aquela primeira secreção mais líquida e amarelada em sua maioria, rica em vitaminas, proteínas, carboidratos, anti-microbianos e anti-nflamatório – proporciona defesa em geral ao bebê (considerada a primeira vacina), além de facilitar o funcionamento do intestino.

Outro benefício deste contato entre mãe e filho é o favorecimento de uma melhor transição do comportamento do bebê ao sair do ambiente intrauterino (mais aquecido) quando colocado pele a pele, oferecendo assim um melhor ajuste dos batimentos cardíacos, uma manutenção da temperatura corporal e uma melhora da estabilização da glicemia fetal, reduzindo hipoglicemia entre outras complicações. Sentir o cheiro da mãe e estar em contato acalma esse bebê, reduzindo inclusive o choro.

Por que alguns bebês vão para o colo ainda com o cordão umbilical  ligado à mãe e outros não?

O ato de clampear e seccionar o cordão umbilical só deve ser feito após o término dos batimentos do mesmo, que normalmente ocorre entre 1 e 5 minutos após o nascimento. Isso oferece menor risco de anemia e carência de ferro na infância. E como estamos “correndo contra o tempo” para garantir uma Golden Hour completa, o bebê pode. sim, ir ao encontro do mãe com o cordão ainda intacto.

COMO GARANTIR QUE A GOLDEN HOUR ACONTEÇA NO SEU PARTO

Diante de todos os benefícios, a Golden Hour deveria ser uma rotina de toda equipe, porém não é. Algumas equipes e maternidades fazem, outras não. Com certeza o parto sendo realizado pela mesma equipe/médico do pré-natal, todos os passos são orientados durante as consultas, fazendo parte da continuidade da assistência.

Os pais precisam combinar com a maternidade? E em casos em que o parto é feito pelo plantonista do hospital?

Não depende de alinhamento com a maternidade, e sim com o médico. O único fator determinante é o bebê nascer bem e saudável, porque todos os hospitais hoje têm estrutura para realizar o procedimento, independente do tipo de parto, vaginal ou cesariana. Caso o parto seja feito pelo “plantão” (equipe médica do hospital) e não pela equipe de pré-natal, esse período talvez não seja tão “mágico” assim pela falta ou pouco vínculo junto da equipe de plantão!

Os exames de praxe podem ser feitos após a “hora dourada”?

Tudo isso depende de como o bebê nascer. Nascendo bem, respirando sem dificuldades e estando corado, ele deverá, sim, ser colocado diretamente no colo materno, e só depois a neonatologista o examinará. Quem define esse passo é sempre a neonatologista, porém todos esses sinais (respirando bem, estar corado, com bom tônus, frequência cardíaca adequada) já são avaliados de imediato pela equipe obstétrica no nascimento e pela neonatologista (são sinais clínicos que observamos, e que não precisam de nenhum aparelho).

Este fluxo, no entanto, não ocorre em todas as maternidades. Nos hospitais “amigos” da criança são onde mais ocorre. Por isso, muitas famílias acabam não tendo a Golden Hour adequada ou da forma que esperavam. Hospitais com grandes volumes de partos, carência de funcionários, pouca estrutura, equipes não bem treinadas terão menores índices de sucesso da tão esperada Golden Hour, deixando de oferecer todos os benefícios inerentes a este período.

E é importante salientar também que tudo o que foi falado se refere a partos em condições normais. Bebês prematuros, partos de urgência, entre outras variáveis, sempre deverão ser avaliadas primeiramente pela neonatologista por motivo de segurança. Isso não é uma escolha, mas sim excelente conduta.

O que pode tornar a Golden Hour ainda mais mágica?

Muitas maternidades dispõe de Wi-Fi e bluetooth nas salas de parto. O paciente, junto da equipe médica, pode escolher sua playlist. Sou a favor também da redução das luzes, pelo menos no momento do nascimento, permitindo uma transição mais amenizada da saída do ventre materno. E quem define esse passo é o médico obstetra.

É POSSÍVEL TER GOLDEN HOUR EM CESÁREA?

Tanto parto vaginal (normal ou fórceps) quanto parto cesárea ou cesáreo podem proporcionar a Golden Hour. Talvez, a grande diferença esteja naqueles partos vaginais naturais (espontâneo e sem anestesia) onde a mãe tem toda mobilidade preservada já que não foi anestesiada, facilitando ainda mais esse momento.

Assim e diante de todas essas afirmações positivas baseadas em evidências e recomendado tanto pela OMS (Organização Mundial de Saúde) quanto pela AAP (Associação Americana de Pediatria), não há dúvidas de que toda equipe multidisciplinar de assistência ao parto deverá oferecer à parturiente e família o atendimento mais humanizado possível.

Se ainda ficou com alguma dúvida, deixe aqui nos comentários que responderei o quanto antes.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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