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No Ninho: Lucianna de Lorenzo + Maria

O No Ninho de hoje veio de longe, ou melhor, veio daqui de perto, mas com histórias da Big Apple. Lucianna de Lorenzo, administradora de empresas e mãe de uma menina linda, a Maria, abriu as portas de seu apartamento em São Paulo e conversou com a gente sobre a decisão de ter filho no exterior, os medos de uma gestação longe da família, a carreira x maternidade e onde o “bicho pega” quando o assunto é a rotina da pequena de um ano e oito meses. Os cliques são da fotógrafa e amiga da família (e nossa também!) Aline Inagaki.

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A CARREIRA ASCENDENTE EM NOVA YORK E O SONHO DE SER MÃE: “Sempre tive vontade de ser mãe, era um dos meus maiores sonhos. Só que no meio do percurso, após meu casamento, eu e meu marido fomos morar nos Estados Unidos e daí parei de pensar um pouco. Na verdade, estávamos muito focados em carreira, curtir Nova York recém-casados… Depois de um tempo, acabei engravidando e foi uma alegria só.”

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GRAVIDEZ LONGE DE CASA: “No começo fiquei um pouco nervosa de ter filho lá fora, mas conheci uma médica brasileira – meio brasileira, meio chinesa na verdade – com quem vários brasileiros que moram em Nova York se consultam. Ela foi perfeita comigo, acabou que me apaixonei por completo pelo trabalho dela.”

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“Claro que ter filho longe da família é difícil, ainda mais nos Estados Unidos, onde não há tantos serviços como aqui. Mas, acho que só tive segurança nas escolhas que fiz, porque o João comprou, desde o início, a ideia de ter um filho. Ele sempre foi meu parceiro. Aqui em casa é assim, cada dia um levanta a noite, todo mundo troca fralda, todo mundo brinca…”

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DICA DE BELEZA NA GESTAÇÃO: “A maior surpresa pra mim foi o creme de estrias da Palmers. Achei maravilhoso, com cheirinho suave, bem sequinho e da muito resultado! Fora que tem em todas as farmácias dos Estados Unidos e custa só US$ 10.”

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A HORA DE FAZER AS MALAS E VOLTAR PARA CASA: “Fiquei a licença-maternidade toda em Nova York, e após quatro meses que estava trabalhando novamente, surgiu o convite profissional para voltarmos para o Brasil. Queríamos ficar mais tempo, mas como também tínhamos a vontade de criar ela perto das nossas famílias, decidimos aproveitar a oportunidade e fazer as malas. Nosso medo era de não aceitar, ficar com vontade depois de alguns meses e não ter mais a vaga de emprego para o João.”

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CARREIRA X MATERNIDADE: “Brinco que tenho um ‘full time job’ e um ‘full time mom’. Ou seja, quando estou trabalhando, estou 100% trabalhando. Mas quando estou com a Maria, estou totalmente com ela. Neste momento não tem celular, não tem trabalho, só tem ela. Acho que essa divisão, que é dura de conseguir, me ajudou muito naquela culpa que bate de vez em quando com relação a não participar de tudo da vida dela.”

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“De manhã, acordo, dou o leite, arrumo, levo para a escola e vou trabalhar. De noite, quando chego em casa, ela está terminando de jantar, daí a gente brinca até o horário do banho, que é um ritual meu e do João. Virou até uma coisa engraçada entre nós, porque um fica aflito pelo outro se acontece alguma coisa que impossibilita um dos dois de participar. É nesse momento que a gente brinca, conversa e tem uma coisa bem família.

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“Acho que faz muito bem ter uma vida pessoal e profissional independente da família. Se não trabalhasse, seria uma daquelas mães grudadas com o filho. E percebi ainda mais isso quando ela entrou na escola. Hoje, a Maria vai para a escola, tem os “compromissos” dela, os amiguinhos dela… É claro que no dia a dia não é assim tão bonito como parece. Toda mãe sente essa culpa, esse peso de não estar com o filho em todos os momentos, mas é tudo uma questão de entender. O que acontece comigo é que não levo as coisas para o negativo. Por exemplo, não perdi a primeira vez que ela andou, que ela falou, que ela caiu… para mim, ela tem a vida dela, eu tenho a minha e a gente vive intensamente os momentos de mãe e filha que nos cabem. Não sinto que perdi nada, só que ganhei nos momentos certos.

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DIFICULDADES DO DIA A DIA: Delegar é muito difícil. Para mim, passar os cuidados, e aqui não acho que é criar, do dia a dia para alguém é muito difícil e o que mais me faz falta. Já na criação dela, como sempre fui muito regrada com horários e com o meu sono, minha dificuldade são as noites. Não posso reclamar, porque ela dorme super bem, mas quando não dorme é muito complicado. Agora que ela começou na escola, é mais complicado ainda, porque fica doente, daí acorda à noite, fica mais frágil… Então não sei se é uma dificuldade na criação, mas é uma dificuldade minha, porque preciso dormir bem para não cair doente na cama.”

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O QUE DEU CERTO NA PELE DA MARIA: “Para a Maria, os produtos da Mustela são meus preferidos. Uso o sabonete líquido, o shampoo e o creme pra fazer massagem depois do banho. Todos suaves e deliciosos. O perfuminho da marca também é muito gostoso. Já pomada de assaduras, minha preferida é a Desitin.”

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LOJINHAS FAVORITAS: “Acabo comprando muita coisa para ela na Ralph Lauren e na Gap. Mãe de menina não resiste em comprar milhões de vestidos, um mais lindo que o outro, mas o que a Maria gosta mesmo de usar é legging, camiseta e tênis. Ela pede: ‘tênis, mamãe!’ Uma loja que descobri há pouco tempo que é muito boa pra comprar roupinhas pro dia a dia é a Old Navy, dos mesmos donos da Gap, só que ainda mais em conta. Além disso, sou a maluca dos laços, ela tem uma coleção.”

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O MOMENTO EM QUE A FICHA CAIU DA RESPONSABILIDADE DE CRIAR: “É engraçado, mas só comecei a sentir essa preocupação depois que a Maria nasceu. E, na verdade, sinto que ela acontece no dia a dia, porque só me bate alguma insegurança quando olho para ela e penso: ‘eu sou responsável por uma pessoa’. Por exemplo, nunca entendia a preocupação exagerada dos pais sobre qual escola colocar os filhos. Hoje, como tenho que escolher a da Maria, faz todo sentido. O que quero dizer é que só faz sentido pra mim a preocupação na hora que ela for pertinente na minha vida.

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A DIFÍCIL ESCOLHA DA ESCOLA DA MARIA, FILHA DE MÃE COM ESTUDO TRADICIONAL E PAI BILÍNGUE: “Os dois adoram as duas opções, mas não batemos o martelo de qual é a melhor opção. Pelo fato dela ser americana, até o momento a escola bilíngue é a melhor opção, porque pode ajudá-la mais para frente, caso ela queira fazer uma faculdade lá.”

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UM VALOR QUE APRENDEU COM A MÃE QUE PASSA PARA A FILHA: “Além da importância da família e dos amigos, acho que é você ser autêntica em todos os momentos. Essa simplicidade e transparência da honestidade foi o que aprendi com meus pais, e que faço questão que ela tenha. Hoje, espero que ela cresça levando a vida com essa inocência do espirito infantil. Acho a Maria tão pura no dia a dia, que quero muito que ela entenda que esta é a melhor forma para resolver quase tudo.”

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(Fotos: Aline Inagaki)

MãesNo ninho

1 comentário

  1. Luciana 30 de julho de 2015

    Me identifiquei muito com o depoimento. À noite temos o ritual de banho, pijama e ler uma história juntos, nós 3, eu, meu marido e nossa pequena. Também me chamo Luciana e meu marido João!…rs Temos uma linda menininha, Alice, de 1 ano e meio e estou grávida de outra menina que chegará em fevereiro. Tudo de bom pra família de vocês!

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