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Conheça os diferentes tipos de parto normal

Como já comentamos por aqui, uma boa assistência pré-natal é fundamental para uma gestação mais tranquila, e também para tirar todas as dúvidas do casal antes do nascimento do bebê. Entre tantos questionamentos, um dos mais importantes é entender quais são as possíveis vias de parto. Hoje, na coluna Gestar, vamos falar sobre os diferentes tipos de parto normal.

Parto normal

Decidir a maneira que o bebê virá ao mundo é uma escolha importante, e nem sempre vai depender apenas do desejo da mãe. Uma frase comum entre a maioria dos obstetras é: “quando tudo caminha bem, o parto ideal ou mais adequado é o que a mulher/casal escolher, por se sentir mais confortável”. Porém, em caso de complicações ou imprevistos, a opção correta é a que for mais segura para mãe e bebê. Conheça todos os tipos de parto normal, e os prós e contras de cada um deles:

PARTO NORMAL/VAGINAL 

O parto normal é aquele em que o bebê nasce via vaginal e que não necessita de intervenção cirúrgica. Este parto traz inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a mãe, podemos destacar as seguintes vantagens:

  • Melhor recuperação em menor tempo;
  • Menor sangramento;
  • Menor risco de infeções e histerectomia (retirada do útero);
  • Facilita o contato pele a pele com o bebê e a amamentação.

Pensando no bebê, inúmeras são as vantagens, mas podemos destacar:

  • Melhor adaptação ao meio externo;
  • Os pulmões sofrem uma compressão no canal do parto que elimina líquido de dentro dos pulmões;
  • Adaptação do sistema imunológico pelo contato com germes/bactérias no canal vaginal.

No entanto, complicações também podem acontecer, como: lacerações (cortes) na vagina e na vulva; maior risco de traumatismo do bebê (tocotraumatismos); risco aumentado de incontinência urinária no futuro e dores locais.

Apesar da via do parto normal ser sempre a vagina, existem diversos tipos de assistência que podem ser oferecidas. É importante escolher com atenção o método que mais combina com as necessidades e desejos de cada família. Veja mais sobre cada um deles:

PARTO NORMAL NATURAL

É o parto normal que transcorre espontaneamente e sem intervenções médicas. Ou seja, não se faz a episiotomia (corte no períneo para facilitar o desprendimento ou a saída do bebê), não se utiliza o fórceps e não há utilização de medicações, como anestésicos e ocitocina (hormônio sintético para coordenar e estimular as contrações). São usados apenas métodos não farmacológicos para alívio da dor, como: massagens, compressas mornas, respiração adequada e muita atenção e carinho ao ficar do lado da paciente.

PARTO NORMAL HUMANIZADO 

A principio, todo parto deveria ser humanizado, seja vaginal ou cesárea. No entanto, ele ainda não é regra. No parto humanizado, o desejo da mãe juntamente com seu plano de parto são seguidos com muito respeito e profissionalismo. Aqui, tudo tudo é feito para deixar a parturiente bem e confortável.

Ações que podem ser feitas em um parto humanizado: anestesia, foto e cromoterapia, playlist escolhida pelo casal, manter luzes confortáveis, banhos terapêuticos, andar e se movimentar livremente, alimentação à vontade e até medidas cirúrgicas, desde que com a ciência da mãe/casal. Outro ponto é que no parto humanizado a missão é dar a melhor recepção possível ao bebê. Por isso, algumas dinâmicas são seguidas: o cordão umbilical só é cortado após parar de pulsar, o bebê vai direto para os braços da mãe e passa (no mínimo) uma hora em contato direto com a pele dela, a amamentação é incentivada, dentre outras.

Importante lembrar que é fundamental uma equipe que siga os princípios da humanização. Falamos mais sobre este tema no post sobre plano de parto, neste link!

PARTO NORMAL INSTRUMENTALIZADO 

Parto que acontece com a ajuda de instrumentos cirúrgicos, como fórcipes.  O intuito é de abreviar o período de expulsão (quando o bebê está, de fato, saindo), ajudando o bebê a passar pelo canal vaginal através de uma tração. O uso de instrumentos não é a primeira opção da equipe médica – vale lembrar aqui a obrigatoriedade da realização prévia de anestesia e episiotomia (corte no períneo que pode ajudar na saída do bebê).

POSIÇÕES

Diferente do que é retratado em filmes e novelas, a mulher pode ter um parto normal em diversas posições. O ideal é que ela escolha a posição mais confortável e que se sinta mais segura. Algumas posições possíveis são:

  • Decúbito lateral direito ou esquerdo: de lado com as pernas flexionadas;
  • Posição de litotomia: deitada com a barriga pra cima e as pernas apoiadas nas perneiras. É a menos favorável ao nascimento, apesar de ser a mais comum no dia a dia, por um costume hospitalar. Essa posição não é obrigatória!
  • Cócoras: agachada, facilitando a abertura da bacia, pélvis e a descida do bebê pela própria gravidade. Porém é uma posição que pode cansar a mãe se o expulsivo (momento da saída do bebê) for mais longo;
  • Sentada nas banquetas: as banquetas de parto possuem uma abertura central por onde o bebê irá passar;
  • De quatro apoios: com os joelhos e as mãos apoiadas na cama ou chão;
  • De pé: facilitado também pela gravidade e com mais liberdade para a parturiente, no entanto bem menos comum.

TIPOS DE AMBIENTE PARA REALIZAR O PARTO 

Existem várias opções de locais para parto normal. Temos os partos hospitalares, domiciliares, casas de parto e na água (banheiras em geral), que traz mais conforto para mãe, além de propiciar uma transição mais natural e parecida com o meio intrauterino para o bebê, entre outros.

No entanto, vale lembrar que essas opções deverão ser discutidas e individualizadas junto a equipe assistencial da paciente. O melhor tipo de parto depende de múltiplos fatores e existem, como posições que facilitam o nascimento e podem inclusive definir o sucesso da via de parto.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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O que faz uma doula no parto?

A figura da doula ainda não é conhecida por todas as gestantes, mas ela tem um papel de peso no parto humanizado. Para explicar melhor o que faz uma doula no parto, e também no pré-natal e no pós-parto, conversamos com a doula Ana Karoline Silano.

O que faz uma doula no parto?

Imagem: Shutterstock

Quem é a doula?

A doula é uma profissional do parto que tem todo seu foco no bem-estar da mãe durante o desenvolvimento do parto. Diferente dos outros profissionais, que têm sua atenção dividida entre o bebê e a mãe, a doula foca exclusivamente na gestante e em como deixar o trabalho mais confortável e eficiente. No entanto, para que isso aconteça, não existe um roteiro ou ações padrão. 

Gosto de pensar que a doula é a profissional atenta aos detalhes que a maioria ignora: como está a iluminação do ambiente? A mãe está com sede? Quem está segurando a mão da mãe? Quem a estimula a respirar, a caminhar e a realizar exercícios? Quem dá palavras de apoio, massageia suas costas durante as contrações e a escuta? Quem nota o medo nos olhos da mãe, a mudança de postura e comportamento?

Preciso ter uma doula no pré-natal? 

Antes do parto, há um acompanhamento próximo à gestante e ao acompanhante. A doula ajuda a mãe a entender qual tipo de parto ela quer, a preparar o plano de parto e a se preparar para o trabalho de parto. O papel da doula não é ditar regras ou fazer escolhas pelos pais. Pelo contrário, ela deve dar informacoes para que os pais tomem a melhor decisão dentro de seus desejos e necessidades.

Nos encontros pré-parto, a doula também ensina à mãe e ao acompanhante alguns exercícios, massagens e como reconhecer sinais do trabalho de parto. Essas consultas são essenciais para que a profissional e a gestante criem um laço, o que facilita a interação durante o trabalho de parto. É importante que as mulheres busquem doulas com quem se identifiquem.

Uma boa dica é procurar profissionais que tenham ideias e perfil parecidos com o seu. Se você gosta de aromaterapia e terapias alternativas, por exemplo, pode procurar uma doula que tenha esses serviços no pacote. 

O que faz uma doula no parto?

A doula acompanha a mãe desde o início até algumas horas após o parto. Em partos longos, a doula pode revezar com outra doula, mas isso é acordado com os pais antes. O acompanhamento pode ser feito em todos os tipos de parto, incluindo as cesarianas. 

O papel da doula é insubstituível: ninguém consegue focar e cuidar da gestante como ela durante o trabalho de parto, nem mesmo o acompanhante. E é preciso ter sensibilidade para entender quando interferir, respeitando o ritmo da mãe.

Durante minha experiência como doula voluntária, vi na prática a importância da doula. Muitas gestantes chegavam sem saber o que esperar, com uma imagem do parto normal visto em novelas: a mãe na cama, com muita dor e parindo em uma posição padrão.  A equipe médica não tinha tempo para um atendimento humanizado.

O que mais encontrei naquelas salas de parto era uma mulher sozinha, mesmo que cercada por pessoas. Eu tentei ser o que cada mulher precisava naquele momento para que o parto delas fosse mais humano, respeitoso e feliz. Esse é o verdadeiro papel da doula em um parto.

Ter doula é garantia de um parto humanizado?

Não, ter uma doula não garante um parto humanizado. Para que ocorra um parto humanizado, é preciso que toda a equipe envolvida se proponha a realizar esse atendimento. É importante escolher bem a equipe médica, procurar referências de outras mães e pesquisar o histórico dos profissionais. Até uma cesariana pode ser realizada de forma humanizada se a equipe médica e o hospital optarem por esse tipo de atendimento.

É papel do acompanhante garantir que os desejos da mãe sejam atendidos pela equipe médica e hospital. A mulher em trabalho de parto nem sempre consegue se defender. O acompanhante deve estar ciente do plano de parto, dos direitos da gestante e, claro, da sua responsabilidade. A doula não tem autoridade para esse tipo de ação.

Para as mulheres que optaram por parir com plantonistas, a escolha do hospital ou casa de parto é essencial. Pesquise sobre taxas de cesárea, depoimentos de outras mães e visite o local antes. Você também pode conversar com sua doula para ter saber quais experiências que ela viveu nesses locais.  

O que faz uma doula no pós-parto?

Existem doulas especialistas em pós-parto, mas, no geral, sua doula já vai incluir uma ou duas visitas após o parto no pacote. Nessas visitas, a profissional vai conversar com você sobre o que for do seu interesse, dar dicas e indicações para facilitar esse processo e, se for necessário, te recomendar outros profissionais. 

As doulas especialistas em pós-parto têm trabalho focado em ajudar na adaptação da mãe na nova rotina, na amamentação e outras questões do puerpério. 

GestantesParto

A importância da consulta pediátrica pré-natal

Hoje tem estreia aqui no site! A médica pediatra Gabriela Ochoa ( CRM 162.456 | RQE 63480 ), que já participou de muitas matérias com a gente, agora comanda a coluna “Saúde dos Pequenos”. A dra. Gabi vai compartilhar tudo o que você precisa saber sobre os bebês e as crianças. Portanto, não deixe de acompanhar os posts e mandar suas dúvidas nos comentários aqui do site, ou no Instagram (@babies_cz). E ela escolheu um tema sério para começar: a importância da consulta pediátrica pré-natal.

Olá pessoal, venho na minha reestreia por aqui orientar sobre a importância da consulta pré-natal com um pediatra, ainda na gravidez. Embora seja uma consulta superimportante e a procura tenha aumentado, ainda não tem o devido reconhecimento, pois muitos pais não têm conhecimento da existência ou entendem a necessidade.

Muita gente se pergunta: “por que visitar um pediatra antes mesmo do meu bebê nascer? Se o meu bebê não estará lá para ser examinado, o que será feito nessa consulta?“. Confesso que quando escutei sobre essa consulta pela primeira vez tive o mesmo pensamento, e até receio de ter pouco a oferecer a uma gestante, já treinei para lidar com bebês e crianças.

Mas, depois de mergulhar no mundo do consultório e vivenciar quantos problemas podemos prevenir, quantas dúvidas podemos antecipar, estudar muito sobre esse acompanhamento e até chegar a realizar a minha primeira consulta pré-natal vi que tinha muito mais a oferecer para os futuros papais do que eu imaginava e eles, um universo a se aprender. E hoje, quando me perguntam se vale a pena fazer o acompanhamento pré-natal com o pediatra, digo mais, é uma consulta que deveria se tornar obrigatória.

Primeiro contato

Nesse primeiro contato o pediatra irá abordar assuntos ligados à maternidade e tirar todas as dúvidas – até algumas que nem sabiam que existiam, visando a preparação dos futuros papais e a prevenção de alguns problemas que podem aparecer.

Os assuntos da consulta pediátrica pré-natal:

Antecipar a identificação de situações de risco por meio da coleta de dados sobre a saúde dos pais, hábitos de vida da família e intercorrências na gestação, por exemplo, a fim de estabelecer estratégias para contorná-las precocemente.

Tirar dúvidas sobre os tipos de parto e frisar a importância da presença do pediatra no momento do nascimento.

Discutir as rotinas que serão executadas ainda na sala de parto, recepção do bebê, procedimentos, testes e vacinas que devem ser realizadas ainda na maternidade. E ensinar os primeiros cuidados que devem ser feitos com o bebê recém-nascido.

Auxiliar na amamentação e antecipar possíveis problemas que podem acontecer, contribuindo para o incentivo ao aleitamento materno desde os primeiros minutos e evitando a oferta desnecessária de complemento. Portanto, o médico avalia as mamas, dá a orientação do preparo adequado, explicação da pega correta, apetrechos que você pode utilizar, e até outros que podem atrapalhar.

– Discorrer sobre cuidados gerais com o bebê: banho, troca de fralda, limpeza do coto umbilical, enxoval (itens indispensáveis e desnecessários), mala da maternidade, farmacinha do bebê, banho de sol, entre outros.

Tranquilidade para mães e pais na hora do parto

Sim, tem uma infinidade de assuntos para se discutir, e, às vezes, o tempo de consulta se torna insuficiente. Imagine que vocês estão lá, no dia do nascimento do seu bebê e não tiveram contato com o pediatra na gestação… A emoção não cabe dentro de nós, um amor que literalmente explode no momento que você coloca os olhos naquele pequeno ser. É uma avalanche de sentimentos, tudo acontecendo rapidamente e ao mesmo tempo…

E aí você escuta sobre Apgar, sobre injeção de vitamina K, sobre um colírio diferente, que você nunca ouviu falar… para o quarto e as enfermeiras te falam sobre testes que serão ou já foram realizados e você não sabe nem do que se trata… Teste do olhinho, do coraçãozinho, do ouvidinho. Seu bebê fica amarelinho, te falam que vão colher bilirrubina e você não sabe se isso é comum ou não, perigoso ou realmente necessário. Enfim, um mundo totalmente novo e que desperta tantas dúvidas e medo.

Não vou te falar que você sairá expert da consulta pré-natal, mas você terá a chance de ao menos se familiarizar com todos esses termos e saberá o que esperar, e cuidados que você nem imaginou com o seu pequeno. E, em minha opinião, o mais importante é que irão criar um vinculo com a pediatra. Assim, vocês terão com quem contar ou quem procurar caso surjam dúvidas ou caso as coisas não saiam como esperado. Afinal, caso fiquem inseguros ou precisem de ajuda em algo, terão desde antes do nascimento uma peça fundamental na sua rede de apoio.

Enfim, espero que tenham gostado deste primeiro post! E se ficaram com alguma dúvida, só deixar aqui nos comentários do post, ou no Instagram!

Até a próxima semana,

dra. Gabi Ochoa

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Leia mais: 20 vantagens da amamentação para bebês e mães

Veja também: Como prevenir seu filho da febre amarela

Pós-graduada em Emergências Pediátricas pelo Hospital Albert Einsten; Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine e Nutrição Materno Infantil pela FAPES; e consultora de amamentação e sono; a médica pediatra Gabriela Ochoa tira todas as dúvidas das mães sobre o bem estar dos bebês e das crianças na coluna “Saúde dos Pequenos”.
Saúde dos pequenos

A importância do pré-natal e os exames obrigatórios

A gestação é um momento de muitas mudanças para a mamãe. Sejam físicas ou emocionais, as transformações precisam de um acompanhamento médico. E é ai que começa o pré-natal. A rotina de visitas ao médico e realizações de exames não é apenas para verificar a saúde do bebê, mas também para contribuir para que a gestante possa dar à luz uma criança saudável preservando sua saúde do começo ao fim da gravidez. Para entender melhor a importância do pré-natal, conversamos com o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez, que explicou cada etapa e os exames obrigatórios. Vem ver:

BABIES-A-IMPORTANCIA-DO-PRE-NATAL-DESTAQUE

QUANDO DEVE COMEÇAR O PRÉ-NATAL? 

Idealmente deveria começar com uma consulta pré-concepcional, na qual o obstetra procura identificar problemas e fatores de risco que possam ser corrigidos antes mesmo da gravidez acontecer. Infelizmente, nem todas as mulheres tem acesso a este tipo de consulta e neste caso o pré-natal deve ser iniciado tão cedo ela perceba que está gestante.

QUANTAS CONSULTAS SÃO RECOMENDADAS? 

O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde preconizam pelo menos 6 consultas de pré-natal para considerar que uma mulher tenha tido uma assistência adequada. Geralmente, indicamos que a mulher tenha uma consulta por mês até o sétimo ou oitavo mês. A partir daí, uma consulta quinzenal até o nono mês, quando as consultas passam a ser semanais. Desta maneira, se considerarmos uma mulher que iniciou seu pré-natal com 6 semanas de gravidez ela deveria ter em média de 10 a 12 consultas.

QUAIS OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS/AÇÕES DO PRIMEIRO TRIMESTRE DA GRAVIDEZ? 

No início da gestação devemos tentar ajudar a gestante a reduzir os sintomas clássicos de gravidez como: os enjoos, vômitos e sono; mas o maior receio de toda a gestante neste período costuma ser o medo de ocorrer um abortamento.

E NO SEGUNDO?

O segundo trimestre costuma ser um momento de calmaria. Os sintomas do começo da gravidez já costumam ter passado, a barriga aparece e a mulher já consegue sentir os movimentos do bebê.

TERCEIRO? 

Com a barriga maior, alguns desconfortos podem aparecer. Cuidados com alterações do final da gravidez devem ser tomados como maior chance de pressão alta, diabetes e cuidado com o crescimento do bebê. Com a proximidade do parto, a ansiedade e os medos do que tem por vir começam a aparecer e devem ser abordados no pré-natal para tranquilizar a gestante.

QUAIS OS EXAMES OBRIGATÓRIOS DURANTE O PRÉ-NATAL?

No começo da gravidez temos os seguintes exames que são fundamentais:

  • Hemograma: feito para identificar principalmente a presença de anemia, condição frequente na gravidez por aumento da diluição do sangue. Este exame avalia ainda as células de defesa do corpo (glóbulos brancos) e as de coagulação do sangue (plaquetas).
  • Tipagem sanguínea e fator Rh: determina o tipo de sangue da mulher e nos casos da gestante que tem o fator Rh negativo, cuidados específicos devem ser tomados durante o pré-natal.
  • Glicemia de jejum: Visa identificar principalmente mulheres com diabetes no início da gestação.
  • Testes para identificar alguma infecções que podem comprometer de alguma maneira a mãe e o bebê e podem ter alguma maneira de evitar seu contágio, transmissão ou de tratar como: a sífilis, HIV, toxoplasmose, hepatite B e hepatite C.
  • Exame de urina e urocultura: Busca mesmo que sem sintomas a identificação de bactérias na urina que se presentes e não tratadas podem evoluir para uma infecção urinária.
  • Durante o pré-natal alguns exames precisam ser repetidos como a sorologia de toxoplasmose, para garantir que a mulher não tenha tido a infecção durante a gravidez.

Exames de ultrassom também fazem parte da rotina do pré-natal. Os mais importantes costumam ser os morfológicos. O primeiro que é realizado de 11 a 14 semanas, que tem como objetivo identificar bebês com maior risco de ter a síndrome de Down e o segundo entre 20 e 24 semanas que estuda se o desenvolvimento do bebê está perfeito.

Entre 24 e 28 semanas toda gestante deve fazer uma curva glicêmica (dosagem do açúcar no sangue após tomar uma dose alta de glicose) para diagnosticar diabetes gestacional.

Entre 35 e 37 semanas toda gestante deve fazer a pesquisa de uma bactéria chamada Estreptococos do grupo B através da coleta de material com um cotonete na entrada da vagina e do ânus. Esta bactéria, se não tratada, na minoria dos casos pode causar uma infecção respiratória grave no recém-nascido e por isso precisa ser identificada e tratada no momento do parto.

Vale lembrar que alguns exames e períodos em que eles são realizados podem variar de acordo com a instituição de saúde e da gestante.

(Foto: Reprodução)

Veja também: Mitos e verdades sobre a gravidez de gêmeos

E mais: Descubra se você e seu bebê sofrem de incompatibilidade sanguínea

SaúdeMãesAntena de mãeSaúde da mãe

Incompatibilidade sanguínea: descubra se você e seu bebê correm este risco

Existem dois tipos de incompatibilidade sanguínea. A ABO, quando a mãe tem o tipo sanguíneo A e o bebê B; mãe B e o bebê A; mãe O e o bebê A; ou mãe B e o bebê AB. Já a outra incompatibilidade está ligada ou fator Rh, e é a mais grave. Ela ocorre quando a mãe tem o Rh negativo e o bebê Rh positivo. Neste caso, o organismo da mulher começa a produzir anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado um “intruso”. Para entender como isto ocorre, as precauções e riscos para a gestante e bebê, conversamos com o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez.

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POR QUE OCORRE INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA? 

Durante a gravidez e parto, existe contato do sangue fetal e materno. Este contato quando ocorre entre mães e bebês que tem tipos de sangue diferentes, podem deflagrar uma reação imunológica (como em uma pessoa que recebe um transplante de órgão e o rejeita). Felizmente este problema só ocorre em mulheres que tem o tipo de sangue negativo e o pai do bebê sangue positivo, o que permite que o feto tenha o sangue positivo também. Nesta situação, grávidas com o sangue negativo podem reconhecer as hemácias (células do sangue responsáveis por carregar o oxigênio para os órgãos) positivas do seu bebê como um “intruso” e neste momento o sistema imunológico pode aprender a fazer células para destruir este invasor.

QUAIS OS RISCOS PARA A GESTANTE? 

Para a gestante, não há riscos. Os riscos são exclusivamente para o bebê.

E QUAIS SÃO ESTES RISCOS PARA O BEBÊ? 

Para o bebê, a possível destruição das suas hemácias pode causar anemia gravíssima ainda dentro do útero, o que chamamos de aloimunização ou também conhecida como eritroblastose fetal. Nos casos mais graves podem ser necessárias transfusões de sangue dentro do útero para salvar estes bebês. Por se tratar de uma doença gravíssima, a melhor estratégia é não deixar que ela ocorra.

COMO NÃO DEIXAR QUE ISTO ACONTEÇA? QUAIS CUIDADOS PRECISAM SER TOMADOS DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO E PÓS-PARTO? 

A prevenção para mulheres com fator Rh negativo é não permitir que aconteça esta sensibilização. Neste intuito, devemos administrar uma “vacina” para que em um eventual contato do sangue fetal positivo ela faça a captura dessas células antes que o sistema imunológico consiga identificar estas hemácias e criar os anticorpos. Esta “vacina” é chamada de imunoglobulina anti D. Usamos durante a gravidez nos períodos onde existe a maior chance de contato entre o sangue materno e fetal, que são: sangramentos vaginais, procedimentos invasivos como punções no feto, grandes traumas e durante o terceiro trimestre. O parto é o momento de maior contato entre o sangue materno e fetal, e de acordo com a tipagem sanguínea do bebê pode ser necessária nova dose.

O EVENTO PODE OCORRER EM UMA SEGUNDA GRAVIDEZ?

Essa “sensibilização” não costuma ser um problema para a gravidez atual, mas sim para as futuras. Após um primeiro contato, o sistema imune aprende a preparar um exército de células imunológicas se acontecer uma nova “invasão”, no caso, uma nova gravidez com um feto Rh positivo.

Veja também: Mitos e verdades sobre a gravidez de gêmeos

E mais: As principais diferenças entre os partos normal e humanizado

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