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Os desafios da amamentação no primeiro mês

A maior preocupação que surgiu no fim da gravidez foi em relação à amamentação. Afinal, quando dá certo, amamentar é basicamente o que a gente mais faz depois que o bebê nasce… E ao longo dos anos, lendo sobre maternidade para o blog, aprendi que a amamentação está bem longe de ser um mar de rosas! Pelo menos no início.

Não são raros os relatos de fissuras, dores que fazem as mães “ver estrelas” ao amamentar, empedramentos, mastites, entre outras coisas. Por tudo isso, queria me preparar e, se possível, evitar os contratempos.

Li e assisti muita coisa… mas mesmo achando que estava “teoricamente” preparada, encontrei alguns desafios. O primeiro mês é importante para que a amamentação dê certo, só que esse começo pode ser bem difícil. Claro que para cada mulher é diferente, cada uma encontra suas dificuldades (apesar de haver umas sortudas que tiram de letra desde o início). Aqui, vou contar como foi comigo e espero assim ajudar de alguma maneira as lactantes.

ANTES DO PARTO

Antes do parto, não tem muito o que fazer a não ser se informar e “preparar o peito”.

Destaco dois vídeos que considero bons para preparar as futuras mães:

Neste, dá para ver bem como posicionar o bebê de duas maneiras, como o bebê deve fazer a pega (“chin first” grudou na minha cabeça!rs) e, super importante (!!!), como tirar o bebê do peito: 

Já neste vídeo da Juliana Goes, a consultora de amamentação, Sandra Abreu, dá boas dicas, como: fazer o “shake“, usar a rosquinha, ordenhar o peito antes de oferecê-lo ao bebê, entre outras coisas…

Sobre “preparar o peito”, a primeira recomendação que recebi foi de passar bucha nos mamilos durante o banho (há quem diga que não é necessário) e tomar sol neles. Passei bucha (vegetal) religiosamente, mas não consegui tomar sol…

NA MATERNIDADE

Já ouviram falar da golden hour ou hora de ouro? É o termo usado para a primeira hora de vida do bebê, em que há a oportunidade – de ouro – de ficar com o bebê pele a pele, o que é muito bom tanto para ele quanto para a mãe. Vou deixar aqui o link de uma matéria que explica tudo direitinho. Mas falando especificamente do tema do post, a golden hour traz benefícios para a amamentação, porque quando o bebê mama nesse momento (vale até se ele não conseguir sugar), libera-se na mãe a prolactina, o hormônio responsável pela produção de leite. Depois do parto, os níveis desse hormônio caem bastante e, após a hora de ouro, o bebê fica muito sonolento para mamar. Por isso, esse primeiro contato com o peito contribui para o sucesso da amamentação mais tarde. Sabendo disso, fazia questão de ter a golden hour – mesmo para quem faz cesárea é possível. E na sala de parto mesmo, o Luis Felipe já mamou um pouquinho.

Depois, no quarto, é uma outra história. Uma amiga tinha me contado que a experiência dela em relação à amamentação na maternidade havia sido confusa, pois cada enfermeira dava orientações diferentes. E comigo foi exatamente assim!

Brincando de expectativa x realidade, como eu pensei que fosse ser na maternidade: a enfermeira viria, me ajudaria a colocar o bebê no peito, ficaria ao meu lado vendo se eu estava fazendo direitinho, se o bebê estava mamando, me mostraria como devo fazer para ele arrotar… e na mamada seguinte, a mesma coisa. Ou seja, pensei que houvesse um acompanhamento, nem que fosse só no primeiro dia. A realidade: uma enfermeira veio, me ajudou a colocar ele no peito e saiu do quarto. Depois de um tempinho, o bebê largava o peito, eu não sabia colocar ele corretamente no peito outra vez porque ele era molinho e ficava se mexendo muito, eu não conseguia “manejar” ele direito… logo, o bebê fazia a pega errada, eu não sabia por quanto tempo deveria deixá-lo mamando, ele dormia no peito, “chupetava” ao invés de mamar (o que machuca o mamilo). Depois vinha outra enfermeira, falava para eu colocar ele no peito de uma maneira diferente… mas também saia do quarto e os desdobramentos eram iguais. Isso se repetiu algumas vezes, até que resolvi reassistir ao primeiro vídeo que coloquei aqui no post. Pensei, “vou seguir esse tutorial!”. E quando fui tentar reproduzir um posicionamento do bebê, veio uma enfermeira e disse que aquela posição estava errada… meu Deus!

Me senti 1) “desamparada” e 2) confusa com orientações diferentes. E o resultado disso foi que voltei para casa já com feridas no peito – coisa que eu imaginava que só aconteceria alguns dias depois. Afinal, foram apenas 48 horas na maternidade!

A pior das feridas, que levou pouco mais de um mês para cicatrizar, poderia ter sido facilmente evitada. Como falei acima, o primeiro vídeo mostra como tirar o bebê do peito, o que é super importante! Como isso pode ser feito? Colocando o nosso dedo mindinho no canto da boquinha deles para “desplugar” o bico. Eu sabia disso, tinha visto no vídeo! Acontece que fui para a maternidade com as unhas lindamente feitas… e longas! Não pensei nisso na véspera, não lixei a unha… e, na hora H, não quis colocar o dedinho na boca dele por medo de machucar a gengiva. O que eu não imaginava era o tamanho do estrago que isso faria no meu peito! Se eu soubesse que puxar o peito da boca dele enquanto ele estava “mordendo” fosse causar a ferida que tive, teria arranjado uma lixa lá mesmo! E por que essa ferida foi tão chata? Porque foi na junção entre o mamilo e a aréola e, nessa localização, temos menos “recursos” para ajudar na cicatrização. As demais feridas, bem na ponta do mamilo, foram mais tranquilas.

Por conta do Coronavírus, a maternidade proibiu visitas. Ficamos apenas meu marido e eu no quarto todo o tempo. Por um lado, senti falta da minha mãe e de uma ou duas amigas-mães que poderiam ter me ajudado… mas, por outro, fiquei pensando em todo o sufoco de tentar amamentar + o cansaço + a indisposição por conta da dor da cesárea e concluí que foi melhor assim, sem ter que “fazer sala” para um monte de gente. Foi um momento de descoberta recíproca, entre meu filho e eu, e tive tranquilidade e privacidade para isso.

EM CASA

A primeira semana foi bem difícil. Porque o recém-nascido dorme muito e o Luis Felipe dormia enquanto mamava, o que prolongava demais o processo de amamentar. Vocês sabem que quando dizem que temos que amamentar de 2 em 2 horas ou de 3 em 3 horas (dependendo do bebê), isso é contado a partir do início da mamada? Então, aqui era assim: até ele mamar nos dois seios dava quase 1h30, daí para arrotar era mais de meia hora porque ele dormia no meu ombro, depois ia trocar a fralda, e aí já era hora de mamar de novo!! E aquela história da mãe descansar enquanto o bebê tira uma soneca?? Na primeira semana, foi praticamente impossível! Fiquei exausta, chorosa, minha imunidade caiu… e ainda estava com bastante dor (ou sensibilidade aguda) da cesárea, pernas inchadas… Coloquei como meta aguentar até o fim desses primeiros 7 dias, depois os próximos 7, até que as coisas foram melhorando, semana a semana. Na quarta semana, eu diria que a amamentação já estava acontecendo sem grandes problemas.

Pensei em contar sobre as experiências por tópicos:

CONSULTORA DE AMAMENTAÇÃO

Há quem não precise, mas, para mim, ter a ajuda de uma consultora de amamentação foi fun-da-men-tal! Minha amiga Thais Senna (que vocês devem conhecer, do @vamosreceber) me indicou a Natália, da Maternamente Consultoria, que foi um anjo na minha vida! rs

Combinei com ela de fazer uma consulta assim que viesse a apojadura (= quando o leite de verdade desce, antes é só colostro). O que eu não sabia é que a apojadura viria tão rápido. Dei à luz na quinta-feira, vim para casa no sábado. Pelo que li por aí, imaginei que a apojadura fosse demorar alguns dias ainda por ter feito cesárea. Mas no sábado à noite, meus seios já estavam e-nor-mes e muuuito rígidos, fiquei até assustada!  Domingo de manhã, a consultora de amamentação veio em casa para me salvar! rs Porque além de explicar tudo, ela me acompanhou enquanto eu amamentava e corrigiu quando necessário, falou sobre os cuidados com as mamas e o que não se deve fazer (por exemplo, ela desaconselha o uso de concha, absorventes para os seios, entre outras coisas – mas ainda farei um post a respeito), sobre reações do bebê… enfim, foi uma orientação bem completa. Depois, tive mais duas consultas presenciais para fazer sessões de laser nas feridas, mas ela aproveitou os encontros para checar a maneira como eu estava amamentando e corrigiu algumas coisinhas.

A PEGA

A pega é o X da questão na amamentação. Se não acertamos a pega, o bebê não suga direito (e não se alimenta), logo a mãe não produz leite e ainda machuca o peito. Ou seja, tem que acertar! E para que isso aconteça, é preciso que o bebê abra bem a boca para abocanhar o bico + aréola, e depois fazer a famosa boca de peixinho. O “sanduíche” (amassar o peito como mostrado no segundo vídeo acima) ajuda. Quando a mama está muito inchada, o bico fica duro e é mais difícil para o bebê pegar, e para facilitar, é bom fazer o “shake” (também no segundo vídeo) e ordenhar manualmente – o bico logo amolece.

Para mim, o mais difícil era colocar ele no peito – a cabecinha ficava se mexendo, ele colocava as mãos na frente, não abria a boca… Nas primeiras semanas, precisei de ajuda – uma pessoa segurava os bracinhos dele, enquanto eu pegava na cabecinha para posicionar corretamente. Às vezes, parecia que ele estava com um bocão bem aberto, mas quando pegava mesmo o peito via que estava médio. Aí, tinha que tirar ele do peito e colocar novamente. Assim que ele abocanhava, sentia dor, mas melhorava quando ele começava a mamar de fato.

FERIDAS & CUIDADOS COM A MAMA

Como disse antes, já cheguei em casa com feridas nos dois peitos. Nas consultas com a consultora de amamentação, fizemos sessões de laser. Mas também tive que ter alguns cuidados para ajudar na cicatrização, como tomar 15 minutos de sol nos peitos todos dos dias, passar o próprio leite nas feridas e também um gel para as casquinhas.

Um dia, tive a (não tão) brilhante ideia de passar a pomada de lanolina e foi uma catástrofe! Não sabia que ela devia ser passada apenas em cima da ferida e numa quantidade mínima… pensei “vou passar logo no bico todo para sarar as feridas e prevenir futuras”. O resultado? O bico ficou escorregadio, o Luis Felipe teve mais dificuldade de sugar e machucou ainda mais.

Em alguns momentos, por conta da dor, tentei usar apetrechos. Primeiro, foi o bico de silicone. Não funcionou para mim (ao contrário do que aconteceu com amigas), pois a fricção das feridas no silicone também foi dolorosa… e dor por dor, preferi a de amamentar sem nada. Depois, tentei tirar o leite com a bomba para dar um descanso aos mamilos machucados. Fiquei com medo de dar o leite no copinho e o Luis Felipe engasgar, então a consultora de indicou a colher dosadora (que parece uma mamadeira com uma colher na ponta). Mas também achei aflitivo porque parecia que ele ia engasgar… e desisti.

Um susto que tomei na segunda semana foi ao entrar no quarto do Luis Felipe e ver a fraldinha de boca, a blusa da enfermeira, a roupinha dele, tudo ensanguentado. A quantidade de sangue era bem assustadora, parecia que ele tinha tido uma hemorragia! Mandei fotos para a pediatra, ao que ela respondeu: “Ele deve ter engolido sangue do seu peito. Você reparou se sangrou quando amamentou?”. De fato, era meu sangue misturado no regurgito. Não tinha visto sangue no meu peito, mas reparei em mamadas seguintes que, de vez em quanto saía, sim. Por essa eu não esperava! rs

Na terceira semana, as feridas da ponta do bico estavam cicatrizadas. Só faltou aquela grande, entre bico e aréola, que demorou pouco mais de um mês. Na quarta semana, comecei a passar nela a pomada alemã Garmastan e experimentei colocar o Luis Felipe para mamar na posição cavalinho (para que a gengiva dele não pegasse bem no local da ferida). Aliás, variar a posição da mamada a cada vez ajuda a não machucar tanto… por isso, deixo aqui o link para um post que mostra 6 posições de amamentação.

E agora, passado o primeiro mês, os cuidados no dia-a-dia são basicamente: tomar sol, evitar banho super quente (porque os vasos dilatam e aumenta a produção de leite, o que pode levar ao empedramento), e deixá-los ao ar livre sempre que possível (para não dar fungos).

BEBÊ DORMINHOCO x MAMADA EFETIVA 

Minha pediatra orientou a amamentar de 2 em 2 horas ou de 3 em 3 horas, dependendo da fome do Luis Felipe. Na primeira semana, tive que despertá-lo (com uma dor no coração gigante!) algumas vezes porque, se deixasse, ele dormiria mais que 4 horas seguidas e corria o risco de ficar com hipoglicemia. Na maternidade, ele teve hipoglicemia uma vez e teve que tomar fórmula (graças a Deus foi só uma vez), não queria que isso se repetisse. Depois, com o bom ganho de peso, a pediatra liberou alguns intervalos mais longos, caso ele quisesse dormir mais.

Nosso objetivo deve ser uma mamada efetiva – ou seja, bebê sugando e engolindo, e não apenas “chupetando”. Já ouviu falar que não existe leite materno fraco? É verdade, não existe leite fraco, o que existe é bebê que não está mamando direito (por n motivos). E para se certificar de que ele está mamando de fato, repare se o maxilar está se mexendo (dá para ver o movimento abaixo da orelha) ou se ele está fazendo barulhinho de engolir (que é diferente de estalo – estalinho é quando está entrando ar na sucção). Para garantir uma mamada efetiva do meu bebê dorminhoco, tinha que despir um pouco ele (aquecidinhos, eles dormem mais), apertar a mãozinha, a perninha, as bochechas… a consultora também me orientou a espremer bem o peito para que saísse mais leite. Além disso,  passei a colocar para arrotar e trocar a fralda entre um peito e outro (ao fim dos dois, colocava para arrotar uma segunda vez). Mesmo assim, era difícil acordá-lo. Nas semanas seguintes, ele começou a ficar mais tempo acordado ao longo do dia… mas raras vezes não dormia uma vez que começava a mamar. O leite deve ter sonífero! rs

Ficava na dúvida em relação ao tempo de mamada, e a consultora me orientou que 10 a 15 minutos de mamada efetiva em cada peito era o suficiente. Para cronometrar o tempo, baixei um aplicativo chamado “Diário da Amamentação”. Simples e ótimo, a gente marca o tempo de amamentação em cada mama e as trocas de fralda (de nr. 1 e nr. 2).

Quando os intervalos das mamada à noite se estenderam, o leite começou a empedrar um pouco. Parecia que estava na apojadura de novo, com peitos inchados e bem rígidos. Para amaciá-los, além do shake, espremia as mamas com as duas mãos, bem forte mesmo (brinco que parecia uma mamografia de tão espremidas) ou fazia uma “massagem” mais forte na pedra, em direção ao bico. Apenas uma vez, fiz compressa quente – por pouquíssimos minutos – antes da massagem. Fiquei com medo de fazer a compressa quente, porque ela pode ter efeito rebote (causar mais empedramento), mas, no meio da madrugada, com dor e com medo de dar mastite, fiz. Depois, conversando com a consultora de amamentação, ela disse que fiz direitinho (pouco tempo + massagem + logo colocar para mamar, tudo bem).

PASSADO O PRIMEIRO MÊS

Como disse antes, as feridas cicatrizaram e, consequentemente, a dor mesmo passou. Ainda sinto uma certa sensibilidade em alguns momentos, mas bem tolerável. Uma amiga me perguntou esses dias “Você está amando amamentar?“, porque ela ainda está com dores e queria saber quando esse momento de amar a amamentação chegaria… Considero muito cansativo e isso pesa para mim. Além disso, estou enfrentando agora uma candidíase mamária (que passou para o Luis Felipe na forma de sapinho na boca e depois na região do períneo). Mas gosto muito de ficar com ele no colo, pegando na mãozinha dele, admirando esse serzinho mamar (seja quase dormindo ou bem acordado, olhando de volta pra mim). Penso que essa fase vai passar tão rápido que tento curtir cada minuto, apesar dos pesares.

Me and you, just us two.

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Agosto Dourado: Será que meu leite é fraco?

Depois de reunir as 20 vantagens da amamentação para bebês e mães, muitas nos escreveram questionando sobre a possibilidade do leite ser fraco para o filho. Por isso, a médica pediatra dra. Gabriela Ochoa volta ao site para esclarecer esta dúvida comum entre as mães:

NÃO EXISTE LEITE FRACO

Isso mesmo, NÃO existe leite fraco!!! Todo leite materno é bom e tem propriedades suficientes para alimentar e proteger o bebê.

INTERVALOS CURTOS ENTRE MAMADAS SÃO NORMAIS

O intervalo entre as mamadas, mais curto no início, faz com que muitas mães interpretem como “leite fraco” e que o bebê está “passando fome”. Por insegurança, acabam introduzindo outros tipos de leite. O fato é que os intervalos curtos são totalmente normais já que o estômago do bebê é bem pequeno, impossibilitando que ele fique saciado por um período longo, fazendo-se necessárias as várias mamadas por dia.

CONFIE EM VOCÊ

A mãe precisa acreditar na sua capacidade de amamentar e no seu leite. Deve-se manter tranquila e deixar que o bebê mame livremente, pois com o passar do tempo esses intervalos vão se alongando.

EM CASO DE DÚVIDA, PROCURE AJUDA PROFISSIONAL

As comparações e os palpites de que o leite não está sustentando só atrapalham e deixam as mamães mais ansiosas. Converse com um profissional para ter ajuda e apoio.

A PRODUÇÃO DE LEITE É ESTIMULADA PELA SUCÇÃO

Lembrando que quanto mais o bebê sugar, mais as glândulas mamárias irão produzir leite. É o ato da sucção que estimula e mantém a produção de leite.

A MAMA NÃO É “ESTOQUE” E, SIM, “FÁBRICA” DE LEITE

O leite vai sendo produzido à medida que o bebê está mamando. Logo que o bebê nasce, as mamas podem ficar bem cheias, pois o organismo ainda está se adequando à produção necessária e, alguns dias depois, vem a apojadura, em que os seios ficam bem inchados. Então, não se desespere se no início suas mamas ficavam inchadas e com o passar do tempo não ficarem mais. O corpo apresente a dosar a produção de leite de acordo com a demanda do bebê. Observe se o ganho de peso está adequado e quantas fraldas de xixi são trocadas por dia, são os parâmetros mais importantes e que devem ser levados em consideração.

(Foto: Reprodução)

Veja também: Amamentação em público: lei prevê multa de r$ 500 para quem proibir

E mais: Translactação: uma alternativa para as mães com dificuldades para amamentar

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No Ninho: Fernanda + Thábata e Vitor

Todo mundo conhece alguém que “nasceu para ser mãe”, que sonhou como plano de vida casar e construir uma família. E a mãe do No Ninho de hoje é uma delas. A artista plástica Fernanda Tamanaha, mãe da Thábata, 11 anos, e Vítor, 6 anos, é daquelas mãezonas DIY que faz para os filhos: brinquedos, fantasias, jogos, oficinas… E foi na casa dela que passamos um dia ao lado da fotógrafa Mel Albuquerque, que registrou todos os detalhes, inclusive um passo a passo que fez com os pequenos (que está neste link). Em um longo bate-papo, Fernanda nos contou suas impressões sobre a maternidade, as dificuldade do dia a dia e as surpresas do caminho, que mesmo para ela, que “nasceu para ser mãe”, não foram fáceis. Vem ver:

COMO FOI O COMEÇO? COMO É TER UM BEBÊ EM CASA?

Em ambas as vezes, meu marido foi muito importante. E acho que o processo foi “tranquilo” em ambas as situações, justamente porque ele estava comigo. Na primeira vez, ele conseguiu me ajudar mais, então dividíamos as tarefas, revezávamos em levantar de madrugada… Quando o Vitor chegou, ele conseguiu me ajudar um pouco menos. Mas eu já estava mais segura também.

AMBAS AS GESTAÇÕES FORAM PLANEJADAS. VOCÊS SEMPRE QUISERAM DOIS FILHOS?

No começo o André, meu marido, não queria um segundo filho. Por ele, ficaríamos só com Tháta. Por mais que entendesse o lado de ele, das dificuldades práticas e financeiras, eu queria. Para mim, que cresci com irmãs e perdi minha mãe, acredito que deva ser muito difícil “ficar sozinho”. Conversamos muito antes de partir para o segundo. E até acho que no começo, quando o Vitor chegou em casa, a não participação completa do meu marido, ou pelo menos igual a da primeira gravidez, tem relação com isso. Foi um processo (acredito eu difícil) para ele também. Hoje ele é um pai excelente, e ainda mais por ser menino, que ele fica babando.

A casinha de papelão com fechadura, telhado, luz, cortina…. Tudo feito por Fernanda

A THÁTA PEDIA UM IRMÃO? COMO VOCÊ A PREPAROU PARA A CHEGADA DO IRMÃO?

Nunca me pediu, mas quando fiquei grávida, conversamos muito com ela. Não fizemos nada espalhafatoso, nem demos presentes ou coisas do gênero. O que fizemos foi sentar e conversar, várias vezes, para ela entender, assimilar e tirar as dúvidas que surgiam conforme minha barriga ia crescendo.

HOUVE ALGUM INCOMODO/CIÚMES QUANDO ELE NASCEU?

Perto de nós não, mas no começo teve alguns momentos mais delicados na escola. Recebia, às vezes, bilhetes da professora dizendo que ela estava triste, ou calada demais. E sempre que isso acontecia, sentávamos novamente e conversávamos.

ELA TE AJUDAVA COM ELE?

Sim, sempre! Na verdade, aqui em casa todo mundo se ajuda. Uma das coisas que aprendi com minha família e que faço questão que eles entendam é que somos um time. Se um perder, todos perdem. E isso também é uma questão de respeito um com o outro. Não adianta a cama dela estar arrumada e a dele não, porque no final a casa como um todo não está arrumada. Essa questão de responsabilidade sempre foi muito importante para nós. As coisinhas deles, como guardar roupa, arrumar a cama, tomar banho, escovar os dentes, arrumar a mochila… são tarefas deles. Supervisiono, mas não faço, e nem preciso pedir.

VOCÊ DESENVOLVE MUITO O LADO CRIATIVO DELES TAMBÉM. ISSO SEMPRE FOI UMA VONTADE SUA OU ELES QUE PEDEM?

Isso vem da minha infância. Me lembro da minha mãe fazendo as coisas para mim e minhas irmãs. Foi muito natural, e um processo de mão dupla. No começo, cantava e lia para eles. Conforme foram crescendo e querendo coisas diferentes, comecei a sentir necessidade de fazer eu mesma, e ensinar eles a fazerem os próprios brinquedos e atividades, assim como minha mãe fazia. Como sou artista plástica, sei o quanto é legal você fazer seu próprio carrinho/boneca. O processo é até mais divertido que o final. E foi também a forma que encontrei de entretê-los sem precisar sair de casa a toda hora.

TEM UMA REGRA PARA AS BRINCADEIRAS?

Sim. Terça-feira, quinta-feira e fim de semana são dias livres, que eles podem usar, por exemplo, para jogar videogame e mexer no iPad. No restante, eles precisam arrumar outra coisa, que não eletrônicas, para fazer e brincar. Pode ser oficina, desenhar, jogar bola… Coloco essas regras, porque se deixar livre, eles só querem os eletrônicos.

O QUE VOCÊS COSTUMAM FAZER NO FIM DE SEMANA?

Eles gostam muito de jogos de tabuleiro, principalmente porque dá para jogar toda a família. Além disso, como eu e meu marido conhecemos muita gente que participa de oficinas culturais (ele é ilustrador), sempre que podemos levamos eles para participar. Tudo sempre ligado à arte.

QUE CUIDADOS OU EXIGÊNCIAS VOCÊ TEVE NA HORA DE ESCOLHER A LINHA EDUCACIONAL DELES?

Foi muito importante escolher uma instituição que tivesse liberdade de adotar o material didático de acordo com a evolução da turma. Não gosto de escolas com apostila. Nada contra, mas sempre quis que eles ficassem mais livre do cronograma, respeitando seus estágios e limites, e também podendo ir além do material caso fosse possível.

VOCÊ PENSA EM MAIS UM FILHO?

Nãooo rs! Sempre quis casar, ter filhos, uma família, mas não é fácil. Brinco que não vou ficar para titia porque minhas irmãs não querem bebês. Mas hoje vejo que se não querem, não têm que ter mesmo. Para ser mãe, ou pai, você precisa se desprender muito das coisas, das suas vontades, dos seus planos, mesmo que por hora. E não é fácil.

VOCÊ ACHOU QUE IA SER MAIS FÁCIL? ABRIU MÃO DAS COISAS MAIS DO QUE JÁ PLANEJAVA?

A gente sempre acha que vai ser mais fácil. Quando chega o bebê, você descobre que seus planos eram 10% da realidade. Ao mesmo tempo, como eu queria muito, meu mantra de vida sempre foi: “eu quis, eu quero e eu vou dar meu máximo para fazer direito.” E todo dia é dia de ajuste. Não existe uma formula. A cada novo desafio ou fase da vida deles, uma nova demanda aparece. Quando disse que você abre mão de muitas coisas, não quis dizer que é para sempre. Coisas que abri mão lá atrás, hoje já se encaixam novamente. Outras que não precisei deixar, hoje preciso repensar. O difícil é você entender, naquele momento da sua vida, que passa e não vai ser sempre assim.

QUAL A MAIOR DIFICULDADE DE EDUCAR UM FILHO?

A divergência de ideias e criações entre os pais. Tem coisas que penso muito diferente do meu marido. No começo cada um fazia do seu jeito e depois falava com o outro, o que dava problema. A grande questão é que ambos estão certos – porque querem fazer o melhor – mas um meio termo precisa existir. Hoje conversamos antes de qualquer decisão.

E O QUE VOCÊ ACHA QUE FEZ/FAZ DIFERENTE DOS SEUS PAIS?

É difícil não repetir, mas me policio porque sempre lembro de algumas coisas que eles faziam e eu não gostava. Minha mãe, por exemplo, escolhia as minhas roupas, e não adiantava não gostar, tinha que usar. Cresci achando que detestava algumas coisas, que hoje descobri que gosto e ficam bem em mim. Adoro saia e vestido, e tento sempre sugerir para a Tháta. Adoraria que ela usasse, mas ela não gosta, não adianta. Me policio para respeitá-la.

VOCÊ MUDOU MUITO COM A MATERNIDADE?

Completamente. Sempre fui “boba” e medrosa. Quando a Tháta nasceu, minha mãe estava no hospital e eu não podia contar com ela. Era literalmente só eu e meu marido. Passei por situações delicadas, nas quais ou eu me posicionava, ou já era. Então mudei nisso, hoje não tenho mais medo, nem sou boba. Aprendi a me virar, a não ter vergonha de fazer qualquer pergunta, por mais idiota que ela seja. Quando você se torna mãe, é você por eles, e não dá para falhar. Pedir ajuda às vezes, não vejo problema, mas não acho certo deixar os filhos sempre com alguém. Não é justo com quem fica, porque não são os pais, e nem com os filhos, que não terão a companhia e os ensinamentos dos pais.

(Fotos: Mel Albuquerque)

Veja também: O passo a passo de porta-caneta que fizemos com Fernanda, Thabata e Vitor

MãesNo ninho

Os cosméticos permitidos e proibidos durante a gravidez

Os cuidados com higiene e hidratação da pele podem (- devem) continuar normalmente durante a gravidez. As ressalvas para o período ficam por conta dos cosméticos escolhidos. Para tirar as dúvidas e entender quais as opções liberadas para serem utilizadas na gestação, conversamos com o dermatologista da maternidade Pro Matre Paulista, Jayme Oliveira Filho. Vem ver as dicas do médico.

Por definição, os produtos cosméticos e de higiene corporal são substâncias que se destinam a limpar, perfumar, proteger, manter em bom estado, corrigir os odores corporais e modificar o aspecto exterior. Jayme explica que em primeiro lugar, a gestante deve seguir a orientação dermatológica de seu médico para manter-se protegida e hidratada e para minimizar os efeitos fisiológicos oriundos da gestação. “É importante que a grávida tenha cuidado com o uso tópico de ácido retinóico, ácido salicílico, ureia acima de 3%, formol e outros que não são cosméticos”, conta Jayme. O mau uso destes produtos pode acarretar problemas para a gestante e para o feto. Em casos extremos, pode ocorrer má formação fetal e indução de alguns tumores até malignos. “Embora bem raros, é preciso ficar atenta”, ressalta.

Sobre o cabelo, o ideal é evitar tinturas e descolorações. “Elas até podem ser realizadas desde que o obstetra não contra indique por algum motivo. Caso a gestante opte por realizar químicas nos cabelos, o ideal é aguardar os três primeiros meses e aplicar o produto longe da raiz”. O médico afirma que as tinturas mais seguras são os tonalizantes e os cosméticos de uso geral. “Se forem classificados como cosméticos e/ou dermocosméticos não há com que se preocupar”, conta.

As maquiagens e esmalte podem ser utilizados desde que a gestante não possua nenhum tipo de alergia ou sensibilidade a algum componente da fórmula, como fragrâncias e pigmentos. “Deve-se evitar linhas que contenham chumbo na formulação, que são exceção”. Já os fotoprotetores não têm contraindicação e os repelentes devem ser utilizados após a aplicação dos cosméticos e do filtro solar. “A Anvisa libera para uso em gestantes o IR 3535, a DEET e a Icaridina. A sequência correta de uso é: cosmético, filtro solar e repelente”, conta Jayme.

Cremes e hidratantes são seguros, com exceção de cremes contendo uréia, que não devem ser usados nas gestantes. “Substâncias como glicerina, lactato de amônia, aloe vera, dexpantenol, óleo de semente de uva, óleo de amêndoas estão liberados para uso”, conta.

Já o tratamento para acne deve ser seguido de perto pelo dermatologista, pois o ácido retinóico e seus derivados, como o ácido salicílico, presentes comumente em cremes, sabonetes e loções para pele acnéica, não devem ser usados. “Alguns antibióticos tópicos, como o ácido azeláico, o ácido glicólico, peróxido de benzoíla e a nicotinamida, podem ser usados para essa finalidade. A gestante sempre deve consultar seu dermatologista, caso tenha qualquer dúvida sobre o uso dos produtos em geral”, finaliza Jayme.

Veja também: Tudo o que você precisa saber sobre o teste de gravidez

E mais: Descubra o que pode cortar o efeito do anticoncepcional 

GestantesSaúde gestanteAntena de mãe

Blog com looks para mães e filhas estilosas

Ano passado, a sempre antenada Ale Garattoni indicou um blog que comecei a acompanhar e me apaixonei! É o Scout The City, que mostra o lifestyle de Sai de Silva e da pequena London Scout.

Mãe e filha esbanjam estilo pelas ruas de Nova York! Elas estão sempre combinando de alguma maneira, o que acho uma graça! Não sei se a London já escolhe as próprias roupas ou se Sai que pensa nos looks, mas seja como for, a impressão que dá é de que a pequena se diverte com a moda, sem nunca perder o ar infantil. Eu simplesmente AMO os lookinhos dela!

Ah, e os penteadinhos tanbém merecem toda atenção! Em seu canal no Youtube, Sai de Silva fez alguns tutoriais de penteados para meninas de cabelos cacheados que são super legais!

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*Como Sai está grávida do segundo filho, agora também tem uma série de posts com ideias de looks com barrigão! 😉

Veja também: Mães criam aplicativo com emojis sobre maternidade

E mais: Uber de babás promete facilitar a vida dos pais

MãesAntena de mãe