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A importância da consulta pediátrica pré-natal

Hoje tem estreia aqui no site! A médica pediatra Gabriela Ochoa ( CRM 162.456 | RQE 63480 ), que já participou de muitas matérias com a gente, agora comanda a coluna “Saúde dos Pequenos”. A dra. Gabi vai compartilhar tudo o que você precisa saber sobre os bebês e as crianças. Portanto, não deixe de acompanhar os posts e mandar suas dúvidas nos comentários aqui do site, ou no Instagram (@babies_cz). E ela escolheu um tema sério para começar: a importância da consulta pediátrica pré-natal.

Olá pessoal, venho na minha reestreia por aqui orientar sobre a importância da consulta pré-natal com um pediatra, ainda na gravidez. Embora seja uma consulta superimportante e a procura tenha aumentado, ainda não tem o devido reconhecimento, pois muitos pais não têm conhecimento da existência ou entendem a necessidade.

Muita gente se pergunta: “por que visitar um pediatra antes mesmo do meu bebê nascer? Se o meu bebê não estará lá para ser examinado, o que será feito nessa consulta?“. Confesso que quando escutei sobre essa consulta pela primeira vez tive o mesmo pensamento, e até receio de ter pouco a oferecer a uma gestante, já treinei para lidar com bebês e crianças.

Mas, depois de mergulhar no mundo do consultório e vivenciar quantos problemas podemos prevenir, quantas dúvidas podemos antecipar, estudar muito sobre esse acompanhamento e até chegar a realizar a minha primeira consulta pré-natal vi que tinha muito mais a oferecer para os futuros papais do que eu imaginava e eles, um universo a se aprender. E hoje, quando me perguntam se vale a pena fazer o acompanhamento pré-natal com o pediatra, digo mais, é uma consulta que deveria se tornar obrigatória.

Primeiro contato

Nesse primeiro contato o pediatra irá abordar assuntos ligados à maternidade e tirar todas as dúvidas – até algumas que nem sabiam que existiam, visando a preparação dos futuros papais e a prevenção de alguns problemas que podem aparecer.

Os assuntos da consulta pediátrica pré-natal:

Antecipar a identificação de situações de risco por meio da coleta de dados sobre a saúde dos pais, hábitos de vida da família e intercorrências na gestação, por exemplo, a fim de estabelecer estratégias para contorná-las precocemente.

Tirar dúvidas sobre os tipos de parto e frisar a importância da presença do pediatra no momento do nascimento.

Discutir as rotinas que serão executadas ainda na sala de parto, recepção do bebê, procedimentos, testes e vacinas que devem ser realizadas ainda na maternidade. E ensinar os primeiros cuidados que devem ser feitos com o bebê recém-nascido.

Auxiliar na amamentação e antecipar possíveis problemas que podem acontecer, contribuindo para o incentivo ao aleitamento materno desde os primeiros minutos e evitando a oferta desnecessária de complemento. Portanto, o médico avalia as mamas, dá a orientação do preparo adequado, explicação da pega correta, apetrechos que você pode utilizar, e até outros que podem atrapalhar.

– Discorrer sobre cuidados gerais com o bebê: banho, troca de fralda, limpeza do coto umbilical, enxoval (itens indispensáveis e desnecessários), mala da maternidade, farmacinha do bebê, banho de sol, entre outros.

Tranquilidade para mães e pais na hora do parto

Sim, tem uma infinidade de assuntos para se discutir, e, às vezes, o tempo de consulta se torna insuficiente. Imagine que vocês estão lá, no dia do nascimento do seu bebê e não tiveram contato com o pediatra na gestação… A emoção não cabe dentro de nós, um amor que literalmente explode no momento que você coloca os olhos naquele pequeno ser. É uma avalanche de sentimentos, tudo acontecendo rapidamente e ao mesmo tempo…

E aí você escuta sobre Apgar, sobre injeção de vitamina K, sobre um colírio diferente, que você nunca ouviu falar… para o quarto e as enfermeiras te falam sobre testes que serão ou já foram realizados e você não sabe nem do que se trata… Teste do olhinho, do coraçãozinho, do ouvidinho. Seu bebê fica amarelinho, te falam que vão colher bilirrubina e você não sabe se isso é comum ou não, perigoso ou realmente necessário. Enfim, um mundo totalmente novo e que desperta tantas dúvidas e medo.

Não vou te falar que você sairá expert da consulta pré-natal, mas você terá a chance de ao menos se familiarizar com todos esses termos e saberá o que esperar, e cuidados que você nem imaginou com o seu pequeno. E, em minha opinião, o mais importante é que irão criar um vinculo com a pediatra. Assim, vocês terão com quem contar ou quem procurar caso surjam dúvidas ou caso as coisas não saiam como esperado. Afinal, caso fiquem inseguros ou precisem de ajuda em algo, terão desde antes do nascimento uma peça fundamental na sua rede de apoio.

Enfim, espero que tenham gostado deste primeiro post! E se ficaram com alguma dúvida, só deixar aqui nos comentários do post, ou no Instagram!

Até a próxima semana,

dra. Gabi Ochoa

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Leia mais: 20 vantagens da amamentação para bebês e mães

Veja também: Como prevenir seu filho da febre amarela

Pós-graduada em Emergências Pediátricas pelo Hospital Albert Einsten; Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine e Nutrição Materno Infantil pela FAPES; e consultora de amamentação e sono; a médica pediatra Gabriela Ochoa tira todas as dúvidas das mães sobre o bem estar dos bebês e das crianças na coluna “Saúde dos Pequenos”.
Saúde dos pequenos

Como elaborar um plano de parto?

Você já ouviu falar em plano de parto? Este é o tema da nossa coluna GESTAR de hoje, assunto que eu, ginecologista e obstetra Jorge Farah Neto (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), considero muito importante. E que recomendo que todas as gestantes façam. Tenho certeza que ele trará muito mais confiança, tranquilidade e segurança para a grande hora.

O QUE É O PLANO DE PARTO?

É um plano desenvolvido pela gestante e seu médico, que fica documentado e assinado por ambos antes do parto. Nele, consta tudo aquilo que ela deseja da assistência médica e local de nascimento em relação ao seu trabalho de parto (sendo vaginal ou cesariana). Também é nele que estão as informações sobre a assistência ao recém-nascido logo após o parto. Em conclusão, é um documento importante para que a tão esperada hora seja perfeita.

QUANDO DEVE-SE FAZER?

Ao longo do pré-natal, por exemplo, é o momento ideal do conhecimento e preenchimento do plano de parto junto ao médico obstetra e/ou equipe assistente. Pro fim, na data da internação, este plano deverá ficar anexado ao prontuário da paciente.

O QUE DEVE CONTER NO PLANO DE PARTO?

Existe uma lista de “requerimentos” ou desejos, por exemplo, por parte da gestante e/ou o casal para acontecerem durante o trabalho de parto, parto e pós-parto. Essas medidas obviamente serão respeitados até o binômio mãe-bebê não estiver correndo riscos.

Medidas para a hora

No documento estão incluídos, primeiro, qual pessoa escolhida no momento do parto (qualquer maior de idade); em segundo lugar, a posição e local em que deseja ter o bebê; em terceiro lugar os procedimentos médicos aceitos (por exemplo, fazer anestesia, analgesia de parto ou não, uso de ocitocina endovenoso – hormônio para controlar e estimular as contrações); o corte do cordão umbilical (melhor momento para ser realizado e o acompanhante realizar o ato);

Medidas farmacológicas e golden hour

Também podemos colocar, medidas não farmacológicas para alívio da dor, como massagens, bola, banhos, banquinho; em sexto lugar, a episiotomia que é o corte no períneo para ampliar o canal de parto e tão discriminado hoje em dia e que tem suas indicações claras; pingar o colírio de nitrato de prata nos olhos do recém-nascido; fazer ou não todas vacinas e vitaminas hepatite B/ Vitamina k; por fim, se deseja que seja colocado de imediato pele a pele, a chamada Golden Hour que já conversamos aqui na coluna, entre outros.

Para deixar a hora mais aconchegante

Consta também, por exemplo, se a mãe deseja se alimentar durante o trabalho de parto; playlist favorita para o nascimento… O casal conhecendo ou sabendo que existe o plano de parto, aumentam, por exemplo, as chances da composição do seu próprio plano. Tudo isso, a fim de assegurar que não terão surpresas desagradáveis ou não esperadas durante o procedimento.

O plano de parto bem feito tira grande parte das dúvidas. O que favorece no decorrer uma assistência mais clara e segura ao binômio materno-fetal.

Se ainda ficou com alguma dúvida, por favor, deixe aqui nos comentários que responderei o quanto antes.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Meus cuidados de beleza e saúde durante a gravidez

Desconfiei que estava grávida em menos de quinze dias. Meu corpo, super regrado, deu a dica: seios inchados “fora de época”. A confirmação, claro, veio só mais tarde. Primeiro, fiz uma ultrassonografia que mostrou o saco gestacional, depois fiz o exame de farmácia (alguns dias antes do recomendado, por ansiedade) que deu positivo e, por fim, o exame de sangue para confirmar. Felizmente, tive uma gestação tranquila, pude trabalhar normalmente e, ao contrário do que imaginava, me senti muito bem! Foi uma fase em que cuidei muito de mim (coisa que não faço normalmente), curti a barriga e até fiquei com saudades dela depois!

Aproveitando que hoje é o Dia da Gestante, divido aqui com vocês os meus cuidados de beleza e saúde durante a gravidez:

ALIMENTAÇÃO

Outro dia, assistindo a uma Live da Rita Lobo sobre sua trajetória, ela contou que, no início, o que a encantava na cozinha era o poder de transformar os alimentos, de realizar muito bem as receitas, etc, e que só foi enxergar a alimentação pelo prisma da saúde quando ficou grávida pela primeira vez. Me identifiquei (com a segunda parte!).rs A primeira coisa que fiz ao desconfiar que estava grávida foi ter mais cuidado com a minha dieta. Mais no sentido da qualidade do que ingeria do que da quantidade, porque fiquei com fome de leão!

Antes, tinha o hábito de pedir delivery no escritório para o almoço – o que parei de fazer de imediato. Passei a almoçar em casa e, quando não era possível, levava comida de casa para o escritório. Ficava mais tranquila sabendo como foi preparada a comida, escolhendo bons ingredientes… ao que me levou à outra mudança: passei a consumir muito mais produtos orgânicos. Comprava (e ainda compro) vegetais e ovos pelo site da Raízs (que entrega em casa) ou buscava os orgânicos no supermercado.

Dos alimentos industrializados/multi-processados nunca fui muito fã, mas fiquei ainda mais rigorosa. Um aplicativo que adoro me ajudou (e ainda ajuda) na escolha dos produtos no supermercado: o Desrotulando. Ele classifica os produtos pela qualidade nutricional. Se o produto tiver muitos aditivos, açúcar e sódio, entre outras coisas, perde pontos. E aí, você consegue comparar opções do mesmo item de diferentes marcas. Por exemplo, você pensa que todo queijo minas é igual? Alguns têm nota 95 (a nota máxima é 100); outros, nota inferior a 30. Você pode fazer a pesquisa prévia pelo App e já ir para o supermercado com as marcas que quer comprar listadas, assim como pode tirar a dúvida na hora, escaneando o código de barras com o App. (Se você se interessa pelo assunto, além de baixar o aplicativo, também vale a pena seguir o Desrotulando no Instagram! Tem ótimas dicas!)

E por fim, parei de postergar o plano de aprender a cozinhar, pela alimentação do meu filho, dentro e fora da barriga. Nunca tive muito talento para a cozinha, mas comprei vários livros da Rita Lobo e coloquei a mão na massa, simples assim. Comecei com receitas de uma panela só e fui evoluindo. O lema do site dela, o Panelinha, sempre foi “receitas que funcionam”, e é a mais pura verdade! Para quem não entende nada de cozinha, é só seguir à risca o que ela fala que dá certo. Virei fã nr.1 da Rita!

Uma coisa que me ajudou a manter uma dieta mais saudável é que nos primeiros 4 meses tive bastante indigestão. Não cheguei a ter enjôos a ponto de passar mal, mas tive que cortar doces porque me caíam super mal (na verdade, só consegui comer doce sem me sentir mal no último mês de gravidez e, ainda assim, não podia ser nada muuuito doce).

Se eu não “pequei” nenhuma vez? Pequei, claro, não sou de ferro!rs Ainda mais no fim da gravidez, que coincidiu com o início da quarentena… Comi coisas calóricas, gordurosas, frituras algumas vezes… mas a única coisa que que deu remorso mesmo foi beber Coca-Cola. Devem ter sido umas 4 vezes em 9 meses (pouco para os meus padrões), mas bebi sentindo o gosto da culpa.

Na balança, fiquei dentro do peso aconselhado pelos médicos. No meu balanço (de alimentos saudáveis), me daria uma nota 8, acho. rs

COMPLEMENTOS VITAMÍNICOS

Apesar de tentar ter uma dieta balanceada, tomei religiosamente complementos vitamínicos, como toda gestante deve tomar. Como foram receitados pela minha médica, prefiro não falar nomes/marcas, porque não sei se é correto. Mas tomei complementos com mil e uma vitaminas, Omega 3, Vitamina D e, mais para o fim, Ferro (porque meu bebê sugou praticamente todo o meu ferro).

PELE E CORPO

Minha dermatologista (Dra Luli Palermo) sempre foi a médica que mais vejo ao longo do ano. E logo que confirmei a gravidez, já marquei uma consulta para saber o que deveria mudar nos cuidados com a pele. A minha maior preocupação era o surgimento de melasma e estrias. Além disso, sabia que teria que trocar alguns produtos que usava no rosto (o ácido retinóico, por exemplo, é contra-indicado para gestantes).

Tive três consultas com a dermato, no início de cada trimestre. No primeiro, ela focou na prevenção de manchas (com vitamina C + protetor solar FPS 80 + outros produtinhos). No segundo e terceiro, focou no controle de oleosidade do rosto + hidratação pesada da barriga, sem deixar lado a prevenção de manchas (cuidado esse que, na verdade, deve seguir até os primeiros meses depois do parto).

Segui à risca as recomendações da minha dermato e, felizmente, deu tudo certo: minha pele ficou muito boa durante toda a gestação, não tive melasma (além de passar protetor, evitei ao máximo a exposição do rosto ao sol!), nem estrias.

Sou super disciplinada no que se refere aos cuidados com a pele do rosto (depois dos 30 não dá pra brincar com isso!rs), mas nem tanto com a do corpo. Com a gravidez, não pude mais descuidar do corpo… e acabei gostando muito do ritual de hidratação. Passando creme e óleo na barriga diariamente, diante do espelho, vendo ela crescer, conversando com ela… eram momentos muito gostosos, de que tenho saudades!

Em relação aos produtos que usei, alguns são manipulados e outros comprados em farmácia. Dos de farmácia, destaco alguns de que gostei bastante:

1. SkinCeuticals UV Oil Defense FPS 80 (protetor solar com efeito super seco)
2. Vichy Minéral 89 (hidratante facial que deixa a pele zero oleosa. Hoje, uso ele misturado à base, na maquiagem, é maravilhoso!)
3. Óleo de banho Atoderm da Bioderma (usei a partir do 2 trimestre na barriga)
4. Huile Tonic Clarins (o óleo indicado pela dermato para a barriga, passava várias vezes ao dia! Excelente e perfume delicioso)
5. Creme anti-estrias da Mustela (esse é um clássico das gestantes. Minha demarto tinha prescrito um creme manipulado, mas o da Mustela é mais “viscoso”, me passa uma impressão de ser mais “potente”! rs)
6. Óleo anti-estrias da Weleda (como já falei nos meus Stories, adoro a marca e quando descobri que tinha esse óleo, comprei. Aí, quando o óleo da Clarins acabou, passei a usar o da Weleda. Perfume delicioso também.)

Sobre o botox, que faço uso regularmente, precisei parar durante a gestação e só posso voltar a aplicar após o fim da amamentação. Brinco que não sinto falta de beber álcool, mas do botox estou morrendo de saudades! rs

CABELO

Faço luzes 2 vezes ao ano e cubro os brancos regularmente. Consultei minha ginecologista e minha dermato e, com o aval delas, fiz um único retoque das luzes, tomando o cuidado de não chegar perto da raiz e nem de usar produtos com amônia. E para cobrir os brancos, troquei a tinta pela henna. Sempre achei que henna deixasse o cabelo avermelhado, mas a Terezinha Vigolo, que cuida dos meus cabelos há anos, sabe usá-la para cobrir os brancos com efeito loiro. Gostei tanto do resultado que pretendo não voltar mais para a tinta.

Outro “cuidado” que tive durante a gestação foi na verdade um mimo que me dei. Faço escova no cabelo com frequência e à medida que a barriga foi crescendo, fui perdendo a disposição de ficar um tempão secando o cabelo eu mesma. Então, a partir do 6º mês mais ou menos, fiz escova no salão todas as vezes. Sou super “DIY”, faço a minha unha, minha maquiagem, escova e babyliss… mas quis me dar esse luxo nessa época. Além do conforto, também foi bom para a auto-estima, porque fiquei mais arrumada todos os dias.

EXERCÍCIOS

Fazia pilates há uns 2 anos e continuei até aprox. 23 semanas, quando descobri que estava com diástase (esse é um tema que merece todo um post exclusivo!).

Queria ter feito hidroginástica, mas não consegui encaixar na minha rotina – o trabalho foi ficando mais intenso da metade para o fim da gestação… e acabei fazendo apenas caminhadas aos fins de semana. Para driblar um pouco o sedentarismo, passei a ir e voltar do trabalho a pé. Não é um longo caminho, mas pelo menos tem uma boa subida na ida… rs

DRENAGEM LINFÁTICA

Como fiz fisioterapia por conta da diástase, aproveitei as idas semanais à Clínica Athali para fazer sessões de drenagem linfática também. Me senti mais segura fazendo com as fisioterapeutas da clínica, porque já ouvi dizer que drenagem na gestação, se não for feita corretamente, pode até dar problema…

Mas mesmo com a drenagem, o inchaço das pernas e pés foi bem considerável no fim da gravidez. Como passava muito tempo sentada no trabalho, à noite os pés pareciam dois pães. Colocava sempre as pernas para cima quando chegava em casa. E nas últimas semanas, com o inchaço + respiração curta, já não aguentava mais ficar muito tempo em pé, nem caminhar, então deitei o máximo que pude.

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Leia também: Os cosméticos permitidos e proibidos durante a gestação

E mais: A importância da vitamina D na gestação

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O que é Golden Hour, a "hora dourado" do parto, e quais os benefícios?

Hoje é dia de estreia aqui no site! Sob o comando do ginecologista e obstetra Jorge Elias Farah Neto (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), a coluna GESTAR irá responder todas as dúvidas que recebemos com frequência sobre o assunto. E é por isso que sua participação é super importante nos comentários aqui do site ou no nosso Instagram (@babies_cz). Para o debut, o dr. Jorge falará sobre a Golden Hour, tema que também fez parte do primeiro episódio do nosso Especial Amamentação no IGTV, com a consultora em amamentação Natália Rodrigues (quem não assistiu ao vídeo, clica neste link).

Vamos à coluna!

Olá pessoal!
Hoje a conversa é sobre o grande e esperado momento, a Golden Hour.
Vocês já ouviram falar ou conhecem?

( Foto: reprodução / Shutterstock )

O QUE É A GOLDEN HOUR?

Golden Hour (hora dourada) ou Magic Hour (hora mágica), momento de extrema importância para o bebê, é o período que vai desde o nascimento até completar os primeiros 60 minutos de vida do recém-nascido junto da mãe. Ele merece toda atenção sob aspectos familiar, emocional, psicológico e físico. Nesta fase é fundamental oferecer uma transição mais humanizada e leve para o bebê. Afinal, um momento muito esperado, lindo e aguardado durante os nove meses para finalmente conhecer o filho (a) merece todo cuidado e humanização da equipe assistente.

O que se faz nesta primeira hora?

O recém-nascido, em condições adequadas de saúde, deverá ser colocado de imediato, ou o quanto antes possível, em contato íntimo com a pele da mãe (tórax ou abdômen), a fim de reforçar o vínculo materno-fetal iniciado na gestação e que traz inúmeros benefícios.

Ela dura exatamente uma hora?

Não necessariamente. A Golden Hour é “dentro da primeira hora”. O mais importante é respeitar a primeira hora, tempo em que o bebê está mais desperto, mas não necessariamente o tem que ficar com a mãe durante 60 minutos. No entanto, quanto maior for esse tempo, maior estímulo ao vínculo materno-fetal.

OS BENEFÍCIOS DA GOLDEN HOUR PARA AS MÃES

Os benefícios vão da esfera física à emocional. Primeiro, a liberação do hormônio ocitocina (hormônio do amor), que ocasiona entre outras coisas a contração do útero, diminuindo o sangramento, facilitando a descida do leite, reduzindo o estresse e provocando a liberação da prolactina (hormônio responsável pela produção do leite). Em segundo lugar, mas não menos importante, dentre os benefícios emocionais está a redução do risco de depressão pós-parto e abandono do recém-nascido.

OS BENEFÍCIOS DA GOLDEN HOUR PARA OS BEBÊS

Entre eles, a melhora no desenvolvimento e crescimento da criança; facilitação da amamentação exclusiva nos seis primeiros meses; diminuição das infecções; melhora na adaptação ao meio extra-uterino; além da redução da mortalidade no primeiro ano de vida.

Incentivar o início da amamentação dentro da primeira hora de vida oferece maior tranquilidade a esse bebê. O colostro – aquela primeira secreção mais líquida e amarelada em sua maioria, rica em vitaminas, proteínas, carboidratos, anti-microbianos e anti-nflamatório – proporciona defesa em geral ao bebê (considerada a primeira vacina), além de facilitar o funcionamento do intestino.

Outro benefício deste contato entre mãe e filho é o favorecimento de uma melhor transição do comportamento do bebê ao sair do ambiente intrauterino (mais aquecido) quando colocado pele a pele, oferecendo assim um melhor ajuste dos batimentos cardíacos, uma manutenção da temperatura corporal e uma melhora da estabilização da glicemia fetal, reduzindo hipoglicemia entre outras complicações. Sentir o cheiro da mãe e estar em contato acalma esse bebê, reduzindo inclusive o choro.

Por que alguns bebês vão para o colo ainda com o cordão umbilical  ligado à mãe e outros não?

O ato de clampear e seccionar o cordão umbilical só deve ser feito após o término dos batimentos do mesmo, que normalmente ocorre entre 1 e 5 minutos após o nascimento. Isso oferece menor risco de anemia e carência de ferro na infância. E como estamos “correndo contra o tempo” para garantir uma Golden Hour completa, o bebê pode. sim, ir ao encontro do mãe com o cordão ainda intacto.

COMO GARANTIR QUE A GOLDEN HOUR ACONTEÇA NO SEU PARTO

Diante de todos os benefícios, a Golden Hour deveria ser uma rotina de toda equipe, porém não é. Algumas equipes e maternidades fazem, outras não. Com certeza o parto sendo realizado pela mesma equipe/médico do pré-natal, todos os passos são orientados durante as consultas, fazendo parte da continuidade da assistência.

Os pais precisam combinar com a maternidade? E em casos em que o parto é feito pelo plantonista do hospital?

Não depende de alinhamento com a maternidade, e sim com o médico. O único fator determinante é o bebê nascer bem e saudável, porque todos os hospitais hoje têm estrutura para realizar o procedimento, independente do tipo de parto, vaginal ou cesariana. Caso o parto seja feito pelo “plantão” (equipe médica do hospital) e não pela equipe de pré-natal, esse período talvez não seja tão “mágico” assim pela falta ou pouco vínculo junto da equipe de plantão!

Os exames de praxe podem ser feitos após a “hora dourada”?

Tudo isso depende de como o bebê nascer. Nascendo bem, respirando sem dificuldades e estando corado, ele deverá, sim, ser colocado diretamente no colo materno, e só depois a neonatologista o examinará. Quem define esse passo é sempre a neonatologista, porém todos esses sinais (respirando bem, estar corado, com bom tônus, frequência cardíaca adequada) já são avaliados de imediato pela equipe obstétrica no nascimento e pela neonatologista (são sinais clínicos que observamos, e que não precisam de nenhum aparelho).

Este fluxo, no entanto, não ocorre em todas as maternidades. Nos hospitais “amigos” da criança são onde mais ocorre. Por isso, muitas famílias acabam não tendo a Golden Hour adequada ou da forma que esperavam. Hospitais com grandes volumes de partos, carência de funcionários, pouca estrutura, equipes não bem treinadas terão menores índices de sucesso da tão esperada Golden Hour, deixando de oferecer todos os benefícios inerentes a este período.

E é importante salientar também que tudo o que foi falado se refere a partos em condições normais. Bebês prematuros, partos de urgência, entre outras variáveis, sempre deverão ser avaliadas primeiramente pela neonatologista por motivo de segurança. Isso não é uma escolha, mas sim excelente conduta.

O que pode tornar a Golden Hour ainda mais mágica?

Muitas maternidades dispõe de Wi-Fi e bluetooth nas salas de parto. O paciente, junto da equipe médica, pode escolher sua playlist. Sou a favor também da redução das luzes, pelo menos no momento do nascimento, permitindo uma transição mais amenizada da saída do ventre materno. E quem define esse passo é o médico obstetra.

É POSSÍVEL TER GOLDEN HOUR EM CESÁREA?

Tanto parto vaginal (normal ou fórceps) quanto parto cesárea ou cesáreo podem proporcionar a Golden Hour. Talvez, a grande diferença esteja naqueles partos vaginais naturais (espontâneo e sem anestesia) onde a mãe tem toda mobilidade preservada já que não foi anestesiada, facilitando ainda mais esse momento.

Assim e diante de todas essas afirmações positivas baseadas em evidências e recomendado tanto pela OMS (Organização Mundial de Saúde) quanto pela AAP (Associação Americana de Pediatria), não há dúvidas de que toda equipe multidisciplinar de assistência ao parto deverá oferecer à parturiente e família o atendimento mais humanizado possível.

Se ainda ficou com alguma dúvida, deixe aqui nos comentários que responderei o quanto antes.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Colar de âmbar para a erupção dos dentes do bebê

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Olá Mamães!

Muitas de vocês já devem ter visto por aí ou até mesmo usado em seus bebês o colar de âmbar, afinal para alguns deles a fase de erupção dos primeiros dentes é acompanhada de grande incômodo e irritação. No entanto, é importante saber que as Sociedades Brasileiras de Odontopediatria e também a de Pediatria, são contra o uso deste acessório. Vamos entender o porquê.

O que é e como funciona o colar?

O âmbar é uma resina vegetal fossilizada há aproximadamente 50 milhões de anos, encontrada principalmente na região dos Bálticos (isso significa que as propriedades do colar só funcionariam quando ele é feito da resina vinda verdadeiramente desta região, o que é difícil de ser comprovado – primeira consideração importante). Em contato com a pele na forma de colar, o aquecimento do âmbar seria responsável pela liberação do ácido succínico, composto com efeito analgésico e antinflamatório.

Por esse motivo, muitas mães recorrem a este adereço durante a fase de erupção dos dentes, que pode trazer bastante indisposição ao bebê, atrapalhando principalmente os momentos de sono e a alimentação. De fato, há muitos relatos por aí de que o colar realmente funciona, porém….não há se quer um estudo científico provando qualquer efeito do âmbar para este fim. Mais do que isso, os especialistas não enxergam nenhum mecanismo biológico pelo qual o efeito deste colar poderia ser exercido sobre os sintomas da erupção.

No entanto, estudos científicos relatando riscos pelo uso do acessório existem: colonização de bactérias, possibilidade de causar alergia, relato de estrangulamento (felizmente sem fatalidade), entre outros. Sendo assim, não recomendamos o seu uso: o risco de estrangulamento supera largamente os eventuais benefícios.

Alguns sugerem como alternativa utilizar as pedras como pulseira ou tornozeleira para minimizar o risco de estrangulamento. Mas ainda assim, há grandes chances de a criança levar o objeto a boca e engasgar com as pedrinhas que podem se soltar.

A erupção dentária é um processo fisiológico e natural, que dura em média dos 6 meses aos 3 anos. Converse com um Odontopediatra para discutir a melhor forma de aliviar seus sintomas caso seu bebê esteja sofrendo com eles!

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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