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Quando e como tirar a chupeta?

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O hábito de sucção é um comportamento instintivo e natural para o bebê, iniciado muitas vezes ainda no útero materno. Este reflexo é importante para o desenvolvimento da sua musculatura oral e para sua própria sobrevivência, já que dele depende a amamentação, sua primeira fonte de alimentação.

No entanto, com o tempo ele passa a adquirir outro significado, acalmando a criança e gerando uma sensação de conforto, daí a importância da chupeta no início da vida. A chupeta não deve ser totalmente condenada, pois sabemos que ela ajuda bastante os pais no primeiro ano de vida e que os danos trazidos por esse hábito só se tornam irreversíveis se o uso for prolongado. Ao contrário, o hábito de chupar o dedo deve ser desencorajado dede o início, pois cria rapidamente uma relação de dependência por estar facilmente disponível para a criança, trazendo sempre maior dificuldade para ser removido.

Tanto o hábito de chupar o dedo quanto a chupeta, conhecidos como sucção não nutritiva, podem trazer sérias consequências no desenvolvimento das arcadas da criança se prolongados além dos 3 anos de idade, interferindo também na fonação e respiração. Não são apenas os dentes que podem ficar mal posicionados (para cima e para frente), o osso da criança é ainda bastante maleável e pode ficar deformado, o que interfere em todo o crescimento e desenvolvimento da face. Felizmente, se removidos até esta idade, essas deformidades podem ser revertidas pela força natural da musculatura dos lábios e da língua, uma vez na posição correta.

Por esse motivo, tanto a Associação Brasileira de Odontopediatria quanto o Ministério da Saúde recomendam que o uso da chupeta não ultrapasse os 3 anos de vida. Porém ambos reconhecem também que o melhor momento para remoção deste hábito é por volta dos 2 anos de idade ou até antes, uma vez que a criança torna-se cada vez mais apegada a chupeta e o processo fica cada vez mais difícil. Afinal, uma criança de 3 anos já é bem mais “esperta” que a de 2.

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Se seu filho já passou desta idade, não desista! Quanto antes o hábito for removido, melhor! Para isso, aqui vão algumas dicas para tirar a chupeta:

1. É preciso que todos aqueles que estão próximos da criança no dia a dia estejam envolvidos no processo. A retirada também não deve ser feita em momentos em que a criança esteja passando por alguma situação diferente, por exemplo: iniciando na escola, quando está para ganhar um irmãozinho, quando os pais estão viajando ou quando está com algum problema de saúde.

2. Comece devagar. Vá restringindo aos poucos e negociando com seu filho os momentos que pode usar a chupeta, por exemplo, somente durante a noite. Assim que ele pegar no sono, você pode retirá-la, até ele perceber que consegue ficar sem ela.

3. Tente perceber em qual momento a criança costuma pegar a chupeta para que possa trocá-la por algum outro objeto ou atividade. Se for para dormir, por exemplo, um bichinho novo de pelúcia pode substituí-la com o tempo.

4. Seja criativo e tente fazer da despedida da chupeta um jogo. Você pode montar um calendário decorado de acordo com os dias em que ele conseguir ficar sem usá-la ou até fazer uma “festa” de despedida da chupeta.

5. Com o consentimento da criança, vá cortando a cada semana um pedacinho da ponta da chupeta até que ela não tenha mais o que chupar. Para muitas delas é mais fácil que ela mesma vá se separando aos poucos da chupeta “por conta própria” do que ter ela tomada.

6. Aproveite a proximidade de datas festivas como Natal, Páscoa, Dia das Crianças ou aniversário para falar para seu filho que ele deve entregar a chupeta em troca de algum presente. Vá preparando-o antes para a chegada daquele dia.

7. Incentive seu filho e reconheça sempre o esforço dele para conseguir deixar a chupeta. Frases negativas não ajudam em nada. E lembre-se de nunca deixar chupetas à vista da criança, tentando distraí-la sempre que ela se lembrar do hábito.

Boa sorte, mamães, vale a pena!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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