Casamentos Casa & Decor 15 anos
Topo

Tags

Posts encontrados com a tag mastite
Exibindo página 1 de 1

Navegue como ou

Dores fortes no mamilo: conheça o Fenômeno de Raynaud

Durante o Agosto Dourado, mês de incentivo à amamentação, a coluna Gestar traz temas importantes para auxiliar as mães nesse processo! Hoje, vamos falar sobre o Fenômeno de Raynaud de mamilos, motivo de muita dor e desgaste para algumas lactantes. Muitas mães nos contaram para a gente nos Stories que essa foi a causa do desmame precoce. Por isso, pedi ao ginecologista e obstetra Dr Jorge Farah Neto (CRM 126.525) nos explicar tudo o que precisamos saber sobre o assunto:

Método contraceptivo

O que é Fenômeno de Raynaud de mamilos?

No geral, o Fenômeno de Raynaud é um problema que acontece em mãos, pés e orelhas, mas existe também o Fenômeno de Raynaud mamilar, que atinge 20% das mulheres em idade fértil.. É um quadro onde a mãe apresenta fortes dores no mamilo, sensibilidade extrema e, por vezes, mudanças de cor nessa região.

O que acontece é um problema na circulação do sangue na região, geralmente desencadeado pelo frio e/ou estresse vascular. A dor causada pela má circulação do sangue pode surgir durante a mamada e também se estender por mais tempo, mesmo após a sucção. O fenômeno pode aparecer em qualquer fase da amamentação.

Quais são as causas para o Fenômeno de Raynaud de mamilos?

Esse fenômeno pode ser primário ou secundário. Se for primário, não tem relações com outras doenças e é mais fácil de tratar. A causa pode ser o aumento do nível do hormônio estrogênio no corpo, somado ao estresse e ao frio.

Já o Fenômeno de Raynaud secundário tem relação com outras doenças e seu tratamento pode ser mais complexo. As causas mais comuns aqui são as doenças autoimunes, reumatológicas, endócrinas, vasculares e neurológicas.

A sucção não causa Fenômeno de Raynaud mamilar. Mas a dor decorrente do fenômeno leva muitas mães a desistirem da amamentação – por isso, é essencial um diagnóstico precoce e tratamento eficaz. O tratamento pode ser feito sem que haja o desmame.

Fenômeno de Raynaud mamilar

Como identificar esse quadro?

Não existe um exame específico para detectar o Fenômeno de Raynaud de mamilos. Por isso, o médico faz uma avaliação de sintomas e de respostas a tratamentos. O sintoma mais comum é a dor mamilar (moderada a intensa) com duração igual ou superior a quatro semanas.

Depois desse sintoma, serão avaliados outros quatro pontos:

  • Modificação da coloração do mamilo, principalmente por exposição ao frio;
  • Sensibilidade ou modificação de cor das mãos e/ou pés por exposição ao frio;
  • Resposta negativa ao tratamento com medicamentos antifúngicos por via oral;
  • Resposta positiva ao tratamento específico para o Fenômeno de Raynaud.

Importante lembrar que outros problemas também causam dores mamilares, como as fissuras, candidíase e mastite. O Fenômeno de Raynaud não causa feridas.

Quando o diagnóstico de Fenômeno de Raynaud mamilar é feito precocemente, evitamos o tratamento equivocado de mastite, por exemplo, o que permite o sucesso do aleitamento materno, sem dor. Dessa forma, tanto a mãe quanto o bebê podem usufruir dos benefícios imunológicos, psicológicos, nutricionais e sociais da amamentação.

Qual o tratamento quando confirmado o problema?

A recomendação principal é que as mulheres mantenham as mamas e mamilos aquecidos, evitem temperaturas frias e substâncias vasoconstritoras, como nicotina e cafeína. O uso de bombas mamárias também pode ser recomendado. Há um medicamento autorizado para uso, com ação vasodilatadora, mas que apresenta alguns efeitos colaterais, como náusea e taquicardia. O melhor tratamento deve ser acordado entre a lactante e seu médico.

A pega correta, claro, é sempre o ideal, para que o bebê não comprima a ponta do bico do peito. No entanto, ajeitar a pega não é um tratamento para o fenômeno, apenas uma forma de evitar problemas na mama.

Tenho Fenômeno de Raynaud. Devo interromper a amamentação?

Não é necessário interromper a amamentação. A sucção não causa nem piora o Fenômeno de Raynaud. No entanto, algumas pacientes têm dores muito fortes, que tornam a amamentação inviável até o fim do tratamento.

Caso exista vontade de continuar com aleitamento materno, é possível tentar a coleta do leite por bombas. É uma forma de manter a produção ativa e o bebê consumindo leite materno. Se for oferecido em métodos seguros, as chances são altas de o bebê voltar a mamar no peito após o fim do tratamento. Tudo depende do nível de dor da mãe e quão sensível estão os mamilos para essa extração.

Por fim, é essencial que as pacientes sejam informadas de que o Fenômeno de Raynaud mamilar pode ocorrer novamente em outras gestações. Dessa forma, ela manterá os cuidados e um diagnóstico futuro pode ser mais rápido.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
AmamentaçãoColunasGestar

Mastite: o que é, sintomas, prevenção e tratamento

Nesse Agosto Dourado, vamos continuar falando sobre a amamentação na coluna Gestar! O tema de hoje é a mastite, que atrapalha a qualidade de vida de muitas mães. O ginecologista e obstetra Dr Jorge Farah Neto (CRM 126.525) explica tudo o que precisamos saber sobre o tema:

Método contraceptivo

O que é mastite?

A mastite durante a amamentação também pode ser chamada de mastite puerperal, da amamentação ou lactacional. É, inicialmente, uma inflamação aguda dos tecidos mamários que evolui com a estagnação do leite.

Essa estagnação ocorre por conta do bloqueio da saída de leite pelos ductos mamários, o que leva ao ingurgitamento das mamas (o que é comumente chamado de “pedras” nos seios). É um cenário que vai se agravando passo a passo. Essa situação facilita a multiplicação bacteriana e pode levar à infecção nas mamas, além de dificuldades para amamentar e fissuras nos mamilos. Em casos mais graves, pode ocorrer pus e sepse.

Acomete de 2 a 10% das lactantes. Os patógenos mais relacionados são o Staphylococcus aureus e o Streptococcus

Quais são os sintomas da mastite?

Os sintomas comuns são dor, desconforto, inchaço e vermelhidão da mama (nota-se placas vermelhas na pele). Além disso, há aumento desproporcional em relação à mama sadia, mal estar geral, calafrios, febre e fadiga

O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames. Nos casos mais graves, com suspeita de abscesso de mama, há necessidade de complementação com a realização de exames de sangue e ultrassonográficos.

mastite

Quais são os fatores de risco?

Os principais fatores de risco para ter mastite são:

  • Dificuldade em amamentar adequadamente levando ao acúmulo do leite;
  • Pega inadequada do recém nascido;
  • Tabagismo;
  • Piercing nos mamilos;
  • Diabetes;
  • Higiene inadequada; 
  • Utilização dos bicos e conchas de silicone.

E qual a prevenção da mastite?

Além de evitar os fatores de risco, outras atitudes podem ser tomadas para evitar a mastite. São elas:

  • Não deixar acumular leite nas mamas, esvaziando totalmente após as mamadas;
  • Amamentação em livre demanda;
  • Variar posições para evitar que glândulas de determinadas regiões acumulem mais leite que de outras; 
  • Massagear as mamas e fazer ordenha antes da mamada, caso perceba inchaço;
  • Higiene adequada das mãos, que devem ser lavadas antes e após cada mamada;
  • Usar sutiãs apropriados, que não façam pressão em determinadas partes, o que pode levar à obstrução de ductos.

Qual o tratamento?

A ordenha mamária é fundamental para o tratamento da mastite. As mamas devem ser esvaziadas manual ou mecanicamente, evitando-se assim o acúmulo do leite. Faça compressas frias durante 30 minutos após as amamentações ou ordenha mamária. 

Como podemos ver, a amamentação deve ser estimulada ainda mais. O uso de analgésicos e antiinflamatório para alívio da dor e diminuição do processo inflamatório são indicados. 

Já o uso de antibióticos deve ser avaliado pelo médico. Lembrando que a falta de tratamento adequado pode levar à formação de abscesso de mama. Isso gera a necessidade, muitas vezes, de internação e drenagem cirúrgica, além do quadro grave de sepse (infecção generalizada).

Em casos associados a fissuras mamilares, a utilização das conchas de prata da Silverette ajudam bastante na prevenção e tratamento. Além delas, a utilização da laserterapia no local também é recomendada, desde que feita com profissional habilitado.

Em alguns casos específicos, o médico pode indicar o bloqueio da amamentação por período de tempo.

Importante lembrar: nunca façam a automedicação! Apresentando qualquer sinal de inflamação ou infecção, seu médico deverá ser consultado imediatamente.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
MãesAmamentaçãoColunasGestar

Ferida, mastite, candidíase mamária... As dores da amamentação!

No quarto episódio da série Especial Amamentação, que faço no iGTV com a consultora em amamentação Natália Rodrigues, da Maternamente Consultoria, o tema são as dores da amamentação. Feridas, obstrução de ductos, mastite, candidíase mamária… são vários os problemas que as mãe podem enfrentar. Portanto, no nosso bate-papo falamos sobre as causas, possíveis tratamentos e o que se pode fazer para evitar esses dissabores da amamentação. Aperte o play para assistir ao vídeo completo.

Ah, e para quem ainda não assistiu aos demais episódios do Especial Amamentação, aqui vão os links:
Ep. 1: Dicas gerais;
Ep. 2: Apojadura e pega;
Ep. 3: Livre demanda x rotina

https://www.instagram.com/tv/CEcosqljfek/

. . . . . . 

Já segue a gente no Facebook e Instagram?

MãesAmamentação