Casamentos Casa & Decor 15 anos
Topo

Tags

Posts encontrados com a tag gravidez
Exibindo página 4 de 5

Navegue como ou

Incompatibilidade sanguínea: descubra se você e seu bebê correm este risco

Existem dois tipos de incompatibilidade sanguínea. A ABO, quando a mãe tem o tipo sanguíneo A e o bebê B; mãe B e o bebê A; mãe O e o bebê A; ou mãe B e o bebê AB. Já a outra incompatibilidade está ligada ou fator Rh, e é a mais grave. Ela ocorre quando a mãe tem o Rh negativo e o bebê Rh positivo. Neste caso, o organismo da mulher começa a produzir anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado um “intruso”. Para entender como isto ocorre, as precauções e riscos para a gestante e bebê, conversamos com o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez.

incompatibilidade-sanguinea-na-gravidez-gestacao-bebe-destaque-22

POR QUE OCORRE INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA? 

Durante a gravidez e parto, existe contato do sangue fetal e materno. Este contato quando ocorre entre mães e bebês que tem tipos de sangue diferentes, podem deflagrar uma reação imunológica (como em uma pessoa que recebe um transplante de órgão e o rejeita). Felizmente este problema só ocorre em mulheres que tem o tipo de sangue negativo e o pai do bebê sangue positivo, o que permite que o feto tenha o sangue positivo também. Nesta situação, grávidas com o sangue negativo podem reconhecer as hemácias (células do sangue responsáveis por carregar o oxigênio para os órgãos) positivas do seu bebê como um “intruso” e neste momento o sistema imunológico pode aprender a fazer células para destruir este invasor.

QUAIS OS RISCOS PARA A GESTANTE? 

Para a gestante, não há riscos. Os riscos são exclusivamente para o bebê.

E QUAIS SÃO ESTES RISCOS PARA O BEBÊ? 

Para o bebê, a possível destruição das suas hemácias pode causar anemia gravíssima ainda dentro do útero, o que chamamos de aloimunização ou também conhecida como eritroblastose fetal. Nos casos mais graves podem ser necessárias transfusões de sangue dentro do útero para salvar estes bebês. Por se tratar de uma doença gravíssima, a melhor estratégia é não deixar que ela ocorra.

COMO NÃO DEIXAR QUE ISTO ACONTEÇA? QUAIS CUIDADOS PRECISAM SER TOMADOS DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO E PÓS-PARTO? 

A prevenção para mulheres com fator Rh negativo é não permitir que aconteça esta sensibilização. Neste intuito, devemos administrar uma “vacina” para que em um eventual contato do sangue fetal positivo ela faça a captura dessas células antes que o sistema imunológico consiga identificar estas hemácias e criar os anticorpos. Esta “vacina” é chamada de imunoglobulina anti D. Usamos durante a gravidez nos períodos onde existe a maior chance de contato entre o sangue materno e fetal, que são: sangramentos vaginais, procedimentos invasivos como punções no feto, grandes traumas e durante o terceiro trimestre. O parto é o momento de maior contato entre o sangue materno e fetal, e de acordo com a tipagem sanguínea do bebê pode ser necessária nova dose.

O EVENTO PODE OCORRER EM UMA SEGUNDA GRAVIDEZ?

Essa “sensibilização” não costuma ser um problema para a gravidez atual, mas sim para as futuras. Após um primeiro contato, o sistema imune aprende a preparar um exército de células imunológicas se acontecer uma nova “invasão”, no caso, uma nova gravidez com um feto Rh positivo.

Veja também: Mitos e verdades sobre a gravidez de gêmeos

E mais: As principais diferenças entre os partos normal e humanizado

SaúdeMãesAntena de mãeSaúde da mãe

Como evitar câimbra na gravidez

A câimbra na gravidez é comum e atinge a grande maioria das gestantes. A contração da fibra muscular dói, e muito! Geralmente, ocorre pelo excesso de exercícios físicos ou devido à ausência de sais minerais no organismo. E como o corpo da grávida está em constante transformação, principalmente na reta final dos nove meses, é quase que certo que o problema apareça. Pensando nisso, conversamos com o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez, que deu boas dicas para se prevenir. Vem ver:

como evitar a câimbra na gestação

POR QUE A INCIDÊNCIA DE CÂIMBRA É ALTA NA GRAVIDEZ? 

Até agora não temos uma resposta exata. Existem diversas possíveis causas para este incomodo tão grande que acomete muitas gestantes, especialmente na segunda metade da gravidez. Acreditamos que as principais causas se devam a sobrecarga que os músculos são submetidos durante a gravidez, devido ao aumento de peso e mudança de postura com o passar da gestação. Falta de vitaminas e não estar bem hidratada também pode estar relacionados.

EXISTE ALGUM ALIMENTO, POSIÇÃO OU ATO DA GESTANTE QUE PROPICIA O SURGIMENTO? 

Gestantes sedentárias e que apresentem um ganho de peso excessivo, costumam ter uma tendência maior de apresentar câimbras. Exagerar também no esforço físico não é uma boa, por isso a gestante deve sempre respeitar seus limites.

QUAL A MELHOR FORMA DE PREVENIR? 

A melhor estratégia de prevenção é manter um bom alongamento, estar bem condicionada, manter uma boa alimentação e estar sempre bem hidratada. Usar calçados confortáveis ajudam e evitar o salto alto pode fazer a diferença.

ALIMENTAÇÃO INTERFERE NESTE CASO? 

Uma alimentação balanceada sempre ajuda para qualquer grávida. Evitar alimentos com muito sódio, como salgadinhos e refrigerantes é uma boa maneira de se reter menos líquido e consequentemente carregar menos peso. Alguns estudos apontam para a suplementação de algumas vitaminas e sais minerais na tentativa de evitar as câimbras, mas nenhum se mostrou 100% eficaz. O magnésio é o mineral que parece ser o mais eficaz na prevenção, por isso o consumo de alimentos como amendoim, castanha, amêndoas podem ser boas opções.

E ROUPAS, SAPATOS E ACESSÓRIOS? 

O uso de calçados confortáveis sem dúvida alguma ajudam no bem estar da gestante e na prevenção de dores musculares. A meia elástica também contribui para minimizar a sensação de pernas cansadas, diminuição do inchaço e melhor circulação do sangue nas pernas. Dormir com meias pode ser um hábito interessante por manter as pernas e os pés aquecidos.

PARA FINALIZAR, ALGUM “RITUAL” BÁSICO PARA SE FAZER TODOS OS DIAS QUE AJUDA? 

O alongamento duas vezes por dia sem dúvida é a melhor prevenção. Um banho quente ou de banheira antes de dormir também podem ajudar.

(Foto: Reprodução)

Veja também: Mitos e verdades sobre a gravidez de gêmeos

E mais: As principais diferenças entre parto normal e parto humanizado

MãesAntena de mãe

Mitos e verdades sobre gravidez de gêmeos

Será que toda mulher com histórico de gêmeos na família terá uma gravidez de gêmeos? E que todo descendente de oriental não pode gerar filhos aos pares? O risco na gestação é maior ou menor? Estas são alguns dos mitos e verdades que o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez tirou em entrevista ao blog. Vem ver as explicações:

gravidez-de-gemeos-e-parto-gemelar-2

COMO ACONTECE A CONCEPÇÃO GEMELAR? 

Existem duas maneiras para que ocorra uma gestação gemelar. Uma dá origem à gravidez conhecida como monozigótica, na qual um óvulo é fecundado por um espermatozoide: após a formação do ovo, este sofre uma divisão e dá origem a dois fetos geneticamente iguais. E a outra, conhecida como dizigótica, na qual dois ou mais óvulos são fecundados pelo mesmo número de espermatozoides, dando origem a dois ou mais fetos geneticamente diferentes. As monozigóticas tem frequência constante na população, enquanto as dizigóticas variam de acordo com alguns fatores de risco, como as gestações oriundas de reprodução assistida e a idade da mulher.

COMO FUNCIONA A QUESTÃO GENÉTICA? SEMPRE PULA UMA GERAÇÃO? 

A questão genética é sim um fator que pode aumentar a chance de uma gestação gemelar espontânea. Este fator é predominantemente da família da mulher. Não pula geração e quanto mais próximo o familiar com gêmeos, maior é a chance. Ou seja, a mulher que tem um irmão/irmã gêmeo, acaba tendo as maiores chances.

É VERDADE QUE QUANDO O TESTE DE GRAVIDEZ ESTÁ MUITO ESCURO É UM SINAL DE GÊMEOS? 

Não exatamente. O que acontece é que numa gestação gemelar a quantidade do beta hCG (hormônio específico da gravidez) é maior quando comparado a uma gestação única na mesma idade gestacional. Desta maneira, se uma mulher grávida de um único bebê realizar o exame com 8 semanas, o valor do hormônio pode ser correspondente ao de uma gravidez gemelar com 6 semanas, por exemplo. Em relação à fita, a cor pode variar de acordo com o valor, mas isso não deve ser utilizado como preditor de gêmeos ou mesmo de idade gestacional.

É VERDADE QUE ORIENTAIS NÃO PODEM TER GÊMEOS?

Na verdade os orientais tem um risco bem menor de ter gêmeos espontaneamente, mas não é verdade que não possa acontecer. Quando se fala de gêmeos vindos de reprodução assistida, não existe diferença.

TODA INSEMINAÇÃO GERA UMA GRAVIDEZ GEMELAR? 

Não! Hoje as técnicas de reprodução assistida avançaram e existem uma preocupação muito grande de quem faz reprodução em diminuir a chance de gestações múltiplas, por conhecermos seus riscos. Nas inseminações, pode-se evitar o procedimento no ciclo, se houver presença de dois ou mais óvulos no controle de ultrassom. Para as fertilizações in vitro, desde 2010 existe uma recomendação do Conselho Federal de Medicina, de se transferir o menor número possível de embriões de acordo com a faixa etária da paciente, o que até reduziu as taxas de gestações gemelares.

QUAIS DIFERENÇAS E CUIDADOS QUE SE DEVE TOMAR DURANTE O PRÉ-NATAL GEMELAR? 

Devemos lembrar sempre que o útero e organismo femininos foram criados para uma gestação única. Por este motivo, com a presença de dois ou mais fetos, os riscos durantes a gestação são sempre maiores. Assim, toda gestação múltipla é considerada de alto risco. As grávidas de gêmeos tem maior chance de desenvolver pressão alta, diabetes gestacional, anemia, depressão pós parto, parto prematuro, fetos com baixo peso, entre outros. Além disso, dentro da gemelaridade ainda temos alterações e preocupações específicas de acordo com o número de placentas. Nos gêmeos que compartilham placenta e/ou bolsas, os risco são maiores. Por estes motivos, existe um seguimento diferenciado de ultrassonografias, número de consultas, quantidade de exames, suplementação nutricional, estratégias de prevenção de prematuridade, entre outros. Ou seja, por ser uma gestação de muitos riscos, o pré-natal destas mulheres deveria sempre ser seguido por obstetras especialistas em gestação de alto risco.

EM CASO DE MORTE DE UM DOS BEBÊS DURANTE A GESTAÇÃO, O QUE SE FAZ?

Nestes casos, nossa conduta irá depender basicamente de dois fatores: a idade gestacional do óbito e o fato de os gêmeos dividirem ou não a mesma placenta. Quando acontece numa gestação com uma placenta só, existem riscos para o gemelar sobrevivente, que variam desde sequelas neurológicas até o óbito, o que não acontece quando cada um tem a sua placenta. Nestes casos, existe uma tendência de antecipar o parto caso seja possível. Na presença de uma placenta para cada feto, e a causa do óbito não sendo uma possível ameaça para o outro (pressão alta, descolamento da placenta, etc), podemos levar mais adiante, buscando uma idade gestacional mais segura para o parto.

O TRABALHO DE PARTO É DIFERENTE? 

Devido ao peso dos fetos e as contrações mais frequentes, as grávidas de gêmeos podem apresentar dilatação do colo do útero antes mesmo do trabalho de parto, o que favorece o parto normal. Por outro lado, como o útero está sobredistendido, as contrações podem não ser tão eficazes durante o trabalho de parto, o que pode tornar o período de dilatação mais lento do que nas únicas. Agora, a grande diferença acontece após o nascimento do primeiro, pois o útero entende que o trabalho dele acabou, mas ainda há um novo parto para acontecer. Neste momento, teremos que ver como vem o segundo gemelar, se de cabeça para baixo (cefálico), deitado (transverso) ou sentado (pélvico). Se estiver com a cabeça para baixo, começa um novo período de contrações e de forças. Se estiver deitado ou sentado, terminamos o parto extraindo o feto pelas pernas.

É POSSÍVEL TER PARTO NORMAL?

Sim! O parto normal é sempre possível desde que tenhamos as seguintes condições: a paciente desejar, o médico ter capacitação e experiência, o primeiro gêmeo estar com a cabeça para baixo e ter peso entre 1500g e 4000g e o segundo gemelar não ser muito maior que o primeiro. Os partos normais de gêmeos devem sempre ocorrer em ambiente hospitalar, com equipe completa para tal. Podem ser necessárias manobras para a retirada do segundo gêmeo, para isso, a analgesia de parto é fundamental.

COM QUANTAS SEMANAS DE GESTAÇÃO OS GÊMEOS COSTUMAM NASCER?

A média de nascimento do gêmeos é de 36 semanas, trigêmeos, 32 semanas e quadrigêmeos, 28 semanas. Para aqueles que conseguem passar dessa média, fixamos um limite de 38 semanas para aqueles com duas placentas e 36 semanas para aqueles que compartilham placenta. Esses valores são compatíveis com 40 a 41 semanas de uma gestação única, podendo variar de acordo com o caso.

TODO BEBÊ GÊMEO PRECISA PASSAR PELA UTI NEONATAL?

Não! Só irão para UTI os gêmeos que apresentarem alguma justificativa para tal. Geralmente os prematuros, tanto por peso como por dificuldade respiratória, acabam indo para a UTI. Entre os que conseguem ultrapassar as 37 semanas (termo), esta chance é bem menor, e geralmente podem ficar no quarto com a mãe.

(Foto: Reprodução)

Veja também: As principais diferenças entre parto normal e parto humanizado

E mais: Quero ser mãe, mas não consigo. E agora?

GestantesSaúde gestanteSaúde

No Ninho: Lívia Colucci + Lorena e José

A mãezona do No Ninho de hoje é uma conhecida nossa de longa data. No comando da WhiteHall, loja especializada em vestidos de noiva e festa, Livia Colucci abriu as portas de seu apartamento em São Paulo para um sessão de fotos ao lado de seus pequenos, a Lorena, de dois anos, e o José, de quatro meses. Foi um dia muito gostoso, todo registrado pela querida fotógrafa Vivi Guimarães, e onde conversamos sobre como preparar o primeiro filho para a chegada do segundo, a prática da shantala e o que usou e não usou do enxoval. Dá uma olhada:

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-11

QUAL A DIFERENÇA DA PRIMEIRA PARA A SEGUNDA GRAVIDEZ? “A primeira foi bem tranquila, tive pouco enjoo, só mesmo azia, que foi bastante. Já a do José foi totalmente diferente. Fiquei os nove meses enjoada, foi mais complicada neste sentido.”

UM TERCEIRO ESTÁ NOS PLANOS? “Acho que não. Um bebê muda muito a nossa vida e a vida da família. Brinco que fiquei traumatizada com a chegada da Lorena. Apesar de ter tido muito apoio, principalmente do meu marido, foi difícil aceitar que uma coisa que era “só minha” durante nove meses se tornou do mundo. As pessoas só ligavam pra saber dela, para visitar ela. Minha casa se tornou uma casa aberta, o dia inteiro tinha gente, foi uma invasão, principalmente familiar, muito grande. Foi difícil lidar com uma felicidade imensa que eu sentia, e ao mesmo tempo com essa nova realidade.”

E COMO VOCÊ RESOLVEU ISSO? “Graças à terapia, que recomendo para todas as futuras mamães. No meu caso, fiz com um neurolinguístico, que me ajudou a entender que eu tenho a minha própria família e que todos precisam respeitar isso. Comecei a ponderar, colocar regras, pedir que me avisassem quando viessem até a minha casa e, principalmente, deixar claro que não é sempre que estaríamos disponíveis para receber visitas. Aprendi que dizer não é normal e não ofende.

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-8

COMO FORAM OS PARTOS? A Lorena nasceu com 41 semanas sem eu sentir nenhuma contração. Claro que queria parto normal, mas não teve jeito. Tentei indução, mas não deu certo. Foi cesária, e posso falar? Foi ótimo, não tive nenhum problema, nem complicação pós-cirurgia.”

Com o José, entrei em trabalho de parto com 40 semanas. Quase morri de dor! Rs! Foram três dias de contração, e depois nove horas direto no hospital, mas não teve jeito. O coraçãozinho dele estava muito acelerado e minha médica falou que ele poderia entrar em sofrimento fetal. Ainda bem que dei ouvidos a ela, porque o José estava com mecônio (quando o bebê faz cocô dentro da barriga por stress). Graças a Deus deu tudo certo, não houve nenhuma complicação.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-24

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-9

E COMO É A ROTINA DELES, ONDE VOCÊ PARTICIPA? Sou super a favor de rotina, mas também acredito que ela precisa ser quebrada às vezes. No fim de semana, quando temos mais tempos para curti-los, deixo eles dormirem um pouco mais tarde, ficarem mais tempo com a gente na sala ou no quarto.”

“Dois dias da semana, faço questão de levar e buscar a Lorena na escola. Além de ser um momento muito legal entre a gente, é o tempo que tenho para conversar com os professores e saber da evolução dela. E uma vez por semana fico de manhã em casa com eles. Almoço e depois vou para o trabalho. No mais, é à noite mesmo que temos os momentos mais juntos. Brincamos, dou banho neles, faço shantala até eles dormirem.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-7

COMO FUNCIONA A SHANTALA? “A primeira coisa é deixar um banho pronto. Dai coloco a luz do quarto bem baixinha, uma música tranquila, que pode ser de natureza ou mesmo CDs específicos que vendem em diversas lojas. Uso muito um brinquedinho da Chicco que tem luzinhas e umas melodias de natureza. Com um óleo de massagem – uso da Mustela-, passo no corpo deles enquanto falo coisas positivas. E aqui vai de cada um. No meu caso, gosto de fazer uma oração e depois falo que é uma criança iluminada, que veio para alegrar o mundo… Vou apertando os pontos certos da shantala, que aprendi em um curso que ganhei de presente quando estava grávida. E amei tanto que sempre dou ele para minhas amigas grávidas.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-25

DEPOIS DE TODO ESSE RITUAL, ACREDITO QUE ELES DURMAM BEM, NÉ? “Super bem, e acredito que a shantala seja uma grande responsável por isso. Hoje, depois da chegada do José, a Lorena tem acordado à noite. E a gente sabe que é uma fase, mas vai passar em breve.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-5

E COMO VOCÊ PREPAROU A LORENA PARA A CHEGADA DO JOSÉ? “Ela era muito pequena, mas acho que o mais importante foi sempre explicar, conversar e colocá-la para participar de tudo. Cada mudança, seja comigo ou meu marido, ou na casa, eu explicava para ela.”

Outro cuidado que tive, e que recomendo, foi trocar a Lorena do berço para a cama dois meses antes da chegada do José. Li muito, e diversos especialistas pedem esse prazo para que o primeiro filho não associe a mudança com a chegada do irmão. Foi tão tranquilo, que o berço dela se tornou o dele sem nenhum problema.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-23

VOCÊ SEGUE ALGUMA DIETA ESPECIAL COM ELES? “As únicas exigências são: comer de tudo e ter uma alimentação saudável. Evito doces em casa, mas fora, se a Lorena quer muito ou está no aniversário de alguém, eu deixo. O que foi bom e me ajudou foi o fato da comida da escola ser também integral e preparada lá. Isso alivia, porque ela não chega na escola levando lanche integral e encontra o amiguinho com uma bolacha recheada.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-13

NESTE MOMENTO DA VIDA DELES, QUAL A MAIOR DIFICULDADE? “A Lorena entrou naquela fase de testar a gente. Temos tirado de letra, mas também recorro a uma grande amiga terapeuta, que me ensinou uma coisa muito importante: ignorar quando ela chama a atenção. E realmente, quando parei de dar atenção, ela percebeu que não dava mais certo e parou também.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-2

E ONDE VOCÊ FEZ OS ENXOVAIS DELES? “O da Lorena, fiz uma parte aqui e outra fora, porque adoro trabalhos manuais, principalmente do nordeste, e lá fora não tem. Na época, o dólar ainda estava compensando, então viajei para comprar as coisas grandes, como carrinho e bebê conforto, e roupinhas em lojas que até então não tinha no Brasil. Ela usou muito Baby Cottons e Carters por conta do algodão pima, que é mais fresquinho.

“Já do José, eu tinha muita coisa da Lorena, comprei então só o que faltava. Mas posso falar, tem lojas aqui no Brasil que valem muito a pena, como a Posh Little (as bolsas de maternidade deles são as melhores para mim) e a D.Tonetti.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-21

O QUE USOU MUITO E A ACHA ESSENCIAL? “Uma coisa que trouxe de fora e que não encontrei por aqui foi o trocador que tem uma concavidade para evitar que o bebê vire e caia. A babá eletrônica da Summer é a melhor pra mim. Além de ter câmera e monitor, tem aplicativo para celular que você pode ver o bebê em qualquer lugar.

“Quem puder, ter dois carrinhos foi essencial para mim. Um pro dia a dia, que no meu caso é um Quinny, e um guarda-chuva para passear, viajar…”

“A maquina de tirar leite da Medela uso todo dia. Quem tiver ou for comprar desta, aqui no Brasil tem poucos lugares que vendem os frasquinhos certos, que é de vidro com tampa de plástico. Onde compro chama Cantinho do Bebê. Já de brinquedo, que usei demais e amo foi a cadeirinha pula pula que prende no teto.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-20

E O QUE NÃO USOU? “Como conversei com várias mães, foi mais fácil acertar. Os erros foram de roupinhas mesmo. Lembro que comprava algumas que achava lindas para os bebês, tipo calça jeans, mas não tem jeito gente, é algodãozinho nos dois primeiros meses e pronto. Ele não usa e perde tudo.”

cz-babies-kids-ensaio-infantil-no-ninho-whitehall-vivi-guimaraes-16

E no final da sessão, a avó apareceu para um último clique e levar a pequena Lorena para tomar sorvete!

(Fotos: Vivi Guimarães)

…..

Veja também: Mais ensaios de mães e filhos

E mais: Saiba como escolher o pediatra do seu bebê

MãesNo ninho

Parto normal x parto humanizado: as principais diferenças

Você sabe as diferenças entre parto normal x parto humanizado?  Será que todo parto humanizado é normal? E será que todo parto humanizado é feito em casa? Estas são algumas das dúvidas que o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez tirou em entrevista ao blog. Vem ver as explicações que ele nos deu:

cz-babies-kids-parto-normal-versus-parto-humanizado

O QUE É O PARTO HUMANIZADO?

A primeira coisa que deve ficar clara é que o chamado “Parto humanizado” não é um tipo de parto. “Parto humanizado” é a maneira na qual a assistência ao parto ocorre da maneira mais natural possível. Praticamente sem nenhuma intervenção, respeitando o processo natural. A nomenclatura “humanizada” no meu modo de ver é inadequada, pois dá a impressão que o parto que não segue todos estes preceitos seria “desumanizado” ou “animalizado”, o que não é real, e na maioria das vezes injusto.

QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS DELE PARA O PARTO NORMAL?

O parto normal é o resultado final. Ou seja, todo parto chamado de humanizado, ou não, que acontecer pela via vaginal será um parto normal. A diferença é como ele será conduzido para que ele aconteça. No parto normal / tradicional (ou “não humanizado”) que segue os ensinamentos da obstetrícia clássica, existem alguns passos feitos muitas vezes de rotina, como por exemplo, romper a bolsa das águas entre 6 e 8 centímetros de dilatação. No parto, chamado humanizado, a bolsa deve estourar espontaneamente ou pode até ocorrer o parto sem a sua rotura. O que deve ficar muito claro é que o parto normal bem assistido, com as intervenções corretas, também é excelente se assim desejar a parturiente. Não dá para se criar a ideia de que o parto humanizado é o parto do bem e os outros são os partos do mal.

QUALQUER GESTANTE É APTA A REALIZAR O PARTO HUMANIZADO?

Toda gestante saudável que tenha uma gravidez única, de baixo risco, sem intercorrências no pré-natal, de termo (mais de 37 semanas) tem condições de ter um parto humanizado.

EM QUAIS CASOS NÃO É RECOMENDADO O PARTO HUMANIZADO?

Algumas gestações de alto risco não permitem que a paciente possa ser a protagonista do seu parto e que não haja intervenções que ela julgue fora das condições “humanizadas”. Um bom exemplo seria em um parto prematuro iminente de 26 semanas, onde o feto pesa 500g. Nestes casos, o que promove o melhor resultado neonatal para estes fetos é que o parto aconteça por meio de uma cesariana e que antes de ter contato imediato com seu filho, sejam dados os primeiros cuidados pela pediatra. Outro exemplo, é um parto normal de gêmeos no qual após o nascimento do primeiro bebê algumas vezes fazemos a extração pélvica imediata para diminuir complicações ou é necessária o uso da ocitocina sintética para o parto do segundo.

EXISTE ALGUM TREINAMENTO QUE O MÉDICO PRECISA FAZER PARA REALIZAR UM PARTO HUMANIZADO?

O mais difícil para um médico praticar um parto humanizado é que ele deve “desaprender” algumas intervenções rotineiras que se aprende durante a faculdade e residência médica que são as vezes ensinadas como dogmas. O melhor treinamento que um médico pode fazer é participar e observar partos humanizados conduzidos por profissionais mais experientes nesta área. A ideia do parto humanizado é deixar o parto acontecer espontaneamente até o fim, por isso conhecer a fisiologia do parto normal também é fundamental.

QUALQUER HOSPITAL REALIZA UM PARTO HUMANIZADO?

Não. Nem todos hospitais oferecem estrutura para o parto humanizado, nem os profissionais que o façam. Por isso, algumas gestantes tem buscado o parto domiciliar e com profissionais não médicos onde apenas o parto humanizado é possível.

PENSANDO NOS RISCOS QUE MÃE E FILHO CORREM EM QUALQUER PARTO, ELES SÃO IGUAIS OU MAIORES EM UM PARTO HUMANIZADO? 

A tentativa de parto normal com uma boa assistência e com bom senso, sempre será a melhor escolha para mãe e filho. O que os coloca em risco na tentativa de um parto vaginal é não respeitar as boas práticas que levam sempre em consideração a segurança de ambos. Estes riscos, independente de ser um parto que segue os preceitos “humanizados” ou não, acontecem geralmente por completa omissão do profissional em reconhecer que alguma intervenção é necessária. Ou o outro extremo, onde intervenções desnecessárias podem prejudica-los. Em alguns casos, o uso fórcipe, que geralmente envolve uma episiotomia (evitados no parto “humanizado”), no momento certo podem salvar a vida de uma criança. Por outro lado, o uso indiscriminado de ocitocina num parto que acontece espontaneamente pode levar um feto saudável ao seu sofrimento e complicações graves e a uma cesárea desnecessária.

ALGUMAS MÃES OPTAM POR TER UMA DOULA ACOMPANHANDO DURANTE A GESTAÇÃO E PARTO. A DOULA PARTICIPA DO PARTO? 

As doulas são profissionais que dão suporte a parturiente na hora do parto. Este apoio pode ser físico e/ou emocional. Para ser doula não há necessidade de nenhum grau de instrução, nem conhecimento técnico. Nesses casos, a doula não sabe e não pode executar nenhum procedimento de enfermagem nem médico. Muitas equipes, como a nossa, tem enfermeiras obstétricas e médicos(as) obstetras que também dão o apoio físico e emocional que a gestante necessita, sendo nestes casos a presença de uma doula dispensável. Muitas vezes a parturiente pode receber também este apoio do próprio marido ou do acompanhante que ela quiser neste momento tão especial que é a chegada de um bebê. Fato é que este apoio é fundamental e independe de quem o fará!

titulo-parto

PARTO NORMALPARTO HUMANIZADO
INÍCIO DO TRABALHO DE PARTOCaso hajam condições de favoráveis para um parto normal, a indução do trabalho de parto é bem vinda em algumas situações.Idealmente, sempre espontâneo.
MEDICAMENTOS USADOS DURANTE O PARTOO uso da ocitocina sintética, em casos que não se tenha contrações adequadas ou se faz necessária, é bem vinda.Idealmente, o uso de ocitocina costuma ser evitado ao máximo.
DURAÇÃO DO TRABALHO DE PARTOO período de dilatação pode ser mais curto, por permitir medidas artificiais para a correção de eventuais falhas, porém período expulsivo (depois que o colo está completamente dilatado e a mulher faz força para o nascimento) pode ser mais longo (ao redor de 1 hora a mais) pela presença frequente da anestesia que pode tornar a força menos eficiente por dificuldade na percepção de onde e como aplicá-la.O período de dilatação costuma ser mais longo por não contemplar o uso da ocitocina sintética nem a rotura da bolsa, porém sem anestesia a mulher com dor tende a fazer força de maneira mais eficiente reduzindo o tempo do período expulsivo. (ao redor de 1 hora a menos).
POSIÇÃO DA GESTANTE DURANTE O PARTOPela presença da anestesia costuma ocorrer mais frequentemente na posição horizontalizada, mas pode ocorrer em qualquer posição.Dá mais liberdade de posição por não ter anestesia, mas prioriza o parto verticalizado.
ANESTESIAOferecida e utilizada a qualquer momento do trabalho de parto de acordo com a paciente ou necessidade médica.Geralmente são usadas medidas não farmacológicas como: o banho de imersão e massagem, para evitar o uso da anestesia farmacológica (que exige ambiente hospitalar e a presença de um médico).
LOCAIS POSSÍVEIS DE SEREM REALIZADOSHospitalarHospitalar, casas de parto ou domiciliar.
EPISIOTOMIANão é feita de rotina, mas é feita com maior freqüência.Evitada sempre. Quase nunca é realizada.

 

Veja também: Calendário de vacinação sofre mudanças em 2016

E mais: Quero ser mãe, mas não consigo. E agora? 

GestantesSaúde gestanteParto