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Dicas e cuidados para fazer ensaio no parque com crianças

Aproveitar um dia de sol para fazer um ensaio no parque com os filhos é uma boa dica. A luz natural, o verde das plantas e espaço amplo para correr e brincar rendem cliques lindos e especiais. Convidamos a fotógrafa Amanda Inke, expert em ensaios de família, para clicar uma dupla super animada, a Paloma e seu pequeno Maori. Aproveitamos para pegar boas e valiosas dicas com ela, vem ver:

– Quais as vantagens de fazer um ensaio do parque?

Um ensaio no parque, além de render fotos lindas, é um dia de passeio com a família. Diversão é a prioridade. É claro que muitas das fotos são posadas, mas gosto também de captar as reações, olhares e sorrisos espontâneos das crianças e dos bebês (e dos pais, claro). Além de ser um cenário lindo, natural, com muito verde. Eu adoro!

– Quais cuidados precisa ter?

Como fotógrafa, preciso verificar se o parque permite que se façam fotos profissionais lá (muitos deles cobram uma taxa por isso). No dia da sessão, é preciso verificar onde serão feitas as fotos, para não atrapalhar as outras pessoas, e deixar a criança em segurança. Para isso, é muito importante encontrar um local adequado, longe de formigas, galhos pontudos, lagos, etc. E sempre ficar de olho nas crianças (ou bebês), como seria num dia ao ar livre normal com os pequenos.

– Tem alguma idade mínima ideal ou que você recomenda não ultrapassar?

As fotos externas são indicadas para bebês maiores de 6 meses, quando já se sentam com mais facilidade, já tomaram as principais vacinas, e já não dormem tanto durante o dia (como acontece nos primeiros meses de vida).

– O que não pode esquecer? 

É sempre bom levar água e alguma coisa para a criança comer (uma fruta ou uma bolacha, por exemplo). Uma sessão externa desse tipo leva em torno de duas horas, mas como as crianças estão se divertindo, o tempo passa depressa e elas adoram. Sempre que a criança se cansa de certo lugar ou brincadeira, mudamos para uma outra diferente. Quando são menorzinhos, é possível que se cansem mais rápido, e até durmam durante a sessão. Mas não tem problema, porque aí fazemos as fotos com os pais junto com o bebê, e ficam lindas também. É importante se lembrar do filtro solar e de pelo menos uma troca de roupa caso suje ou molhe. Enfim, acho que nada de diferente de quando já se sai de casa com uma criança pequena. Ah, e é claro que a alegria também não pode faltar! Sempre!

– Que ideias são bacanas de foto? 

Gosto das fotos espontâneas, então sugiro para os pais levarem o que as crianças gostam de brincar no dia a dia: boneca preferida, carrinho, livro. Enfim, algo que entretenha a criança, e que seja divertido. É bacana também fazer piquenique, levar uma toalha, e aproveitar a hora do lanche como uma diversão. Além, é claro, das próprias atrações do parque: brinquedos como escorregadores, balanço, gira-gira, etc. Passeios pelo parque para ver os peixes (quando tem lago), ou simplesmente uma caminhada entre as árvores rendem fotos lindas. Quando os bebês são menorzinhos, costumo levar um caixote ou um cesto, para que eles fiquem sentadinhos e fique uma foto bacana. Também gosto de tecido ou cobertor para que eles fiquem deitadinhos ou sentados com o fundo verde, que fica muito bonito.

– Quantas trocas de roupa acha bacana fazer?

Aí vai muito do gosto dos pais. Já fiz sessões inteiras com uma única troca de roupa, apenas variando o local das fotos ou a atividade dos pequenos. Mas é possível levar até duas trocas de roupa. Acredito que mais do que isso acabe sendo cansativo para a criança (eles normalmente não gostam de trocar de roupa). O que costumo fazer é começar com uma roupa por cima e depois tirar, e ficar somente com a blusa ou o body de baixo. E, se estiver calor, dá até para fazer fotos da criança sem a camisa, mostrando as dobrinhas do corpo (principalmente nos bebês, fica lindo!)

– Que tipo de roupa você indica para os pais? E quais prefere evitar?

Para os pais, sugiro sempre roupas neutras, sem estampas ou muito coloridas. O que deve chamar a atenção na foto é o bebê ou a criança, e não as roupas que eles estão usando. E o fato de serem roupas neutras também ajuda a tornar a foto atemporal, não sair de moda. Daqui uns anos, quando a criança olhar a foto, não vai achar estranha a roupa do pai ou da mãe. Então, para não ter erro, uma calça jeans e uma camisa, camiseta ou blusinha clara ou preta são sempre coringas.

– Quais os melhores horários para fotografar no parque?

Gosto de fazer as fotos pela manhã ou no finzinho da tarde. E, como moro em São Paulo, e os parques costumam ficar lotados, prefiro marcar as sessões durante a semana, que são dias mais tranquilos. Quando não é possível, tento marcar no horário que o parque abre. Procuro fazer as fotos em locais do parque que tenham uma sombra, para ficar agradável na foto, e agradável para a família estar. O mais importante de tudo é ser um dia gostoso. Assim, não serão apenas fotos bonitas, serão um registro de um dia especial em família.

(Fotos: Amanda Inke)

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No Ninho: Ana Paula + Laura e Angelina

O No Ninho de hoje traz um trio muito querido. A chef Ana Paula Carrazza, da Fleur de SucreFornecedoresFLEUR DE SUCREBolos & Doces Bolos & DocesSão Paulo, São Paulo (Capital) São Paulo, São Paulo (Capital)Leia mais, abriu as portas de sua casa para uma tarde de fotos e muita brincadeira ao lado das filhas Laura e Angelina. A Carla D’Aqui, que já é a fotógrafa oficial da família, fez cliques lindos e de muito amor entre as irmãs. Aproveitamos o encontro para bater um longo papo com a mãezona, que mostrou que a disciplina que tem na cozinha de seu negócio foi, talvez sem querer, a escola para ser uma boa mãe. Vem ver como ela preparou a Laura para a chegada da Angelina, o que aprendeu com a maternidade e como foi voltar ao comando de sua empresa de bolos e docinhos para festas e casamentos. Vem ver as dicas dela:

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QUANDO DESCOBRIU QUE ESTAVA GRÁVIDA PELA PRIMEIRA VEZ, O QUE PASSOU NA SUA CABEÇA? 

Na primeira vez, estava tentando engravidar fazia uns meses e naquele mês, minha menstruação não desceu no dia previsto. Fiz o teste à noite, no mesmo dia. Quando apareceu aqueles dois pauzinhos, entrei em pânico. Chamei meu marido e ficamos lendo as instruções para ver se estava certo mesmo. Bom, naquela noite não dormi, pensando em como minha vida mudaria, o que seria daqui pra frente, em como eu contaria para todos… Até você se acostumar, a palavra que define é pânico rs!

VOCÊ SE PREPAROU DE ALGUMA FORMA PARA O PARTO? 

Não fiz muita coisa não. Gostaria de ter feito mais, mas acho que como me sentia muito bem e disposta, nem lembrava que estava grávida. Minha sorte foi que enjoei de doces (talvez por trabalhar com isso e sentir o cheiro o dia todo). Eu queria muito um parto normal, mas da primeira vez, a Laura estava sentada. Fiz de tudo, mas ela não virou, então partimos para cesariana. Da segunda vez, a Angelina virou, mas não encaixou. Minha pressão começou a subir e tivemos que partir para outra cesárea. Ou seja, já aprendi desde cedo que em maternidade nem sempre a gente consegue fazer as coisas do jeito que a gente quer.

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COMO VOCÊ PREPAROU A LAURA PARA A CHEGADA DA ANGELINA? 

Tentei de forma muito natural ir introduzindo o tema e falando do bebê que viria. Mas procurava não falar nisso o tempo todo, para não criar ansiedade demais. Ela sabia que tinha um bebê crescendo na barriga da mamãe, mas tentei ao máximo não deixar que isso interferisse na rotina dela. Compramos uma caminha de princesa, já que o berço ia para a irmã, e uma casinha de boneca/estante pra ficar no lugar da cômoda.

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O QUE DEU CERTO CONTIGO E PODE COMPARTILHAR? 

Nesse caso das irmãs, foi tentar mostrar pra Laura que ela não deixou de ser importante. No dia que a Angelina nasceu, levamos ela para conhecer e a deixei pegar no colo, olhar, tocar. Coloquei para mamar e expliquei que a irmãzinha dela se alimentava assim. Ela levou um presente para a irmã e a irmã trouxe um para ela (essa dica foi dada por uma amiga e deu super certo!). Também tentei casar, assim que possível, o horário das mamadas com o horário que a Laura não estivesse em casa, ou estivesse descansando. Assim, ela não ficava com a sensação que eu só ficava com o bebê. Tentei fazer coisas só com ela, como brincar, ir ao hortifrúti, ou voltar a buscar na escola assim que fui liberada para dirigir. Tirante alguns poucos episódios de birra, acho que deu tudo certo.

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A LAURA TEM/TEVE CIÚMES DA IRMÃ? 

A Laura é uma criança muito tranquila e que já se expressa bem e entende tudo. Então, tirante o primeiro mês caótico da chegada do bebê e estabelecimento da nova rotina em casa, foi tudo bem. Claro que ela teve ciúmes da irmã. Principalmente comigo, pois várias vezes ao dia eu tinha que me isolar com a Angelina para amamentar. Mas com o tempo, as mamadas ficaram mais curtas, a Laura se acostumou, e hoje é raro ela ter ciúmes. Meu marido também ajudou muito nesse processo, ficando muito mais com a Laura, explicando que só a mamãe podia amamentar, fazendo brincadeiras. Acho que nessa hora, o pai tem um papel importantíssimo e que faz toda a diferença. Nós não podemos nos dividir, mas se a criança já tem uma ligação boa com o pai e se ele já participa da rotina, fica tudo mais fácil.

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COMO FOI VOLTAR AO TRABALHO NOS DOIS CASOS?

Acho que voltar ao trabalho é sempre difícil. Uma parte de mim queria muito voltar, “ter minha vida de volta”, até porque amo o que faço. Já a outra não queria deixar aquele bebezinho indefeso “sozinho”. Faz parte do instinto materno querer proteger a cria. Voltei por meio período, fazendo parte das coisas de casa. Depois fui ficando mais e mais no trabalho de forma gradativa. Mas ainda fujo muitas vezes para poder estar presente.

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HOJE, NO QUE ELAS MAIS TE SURPREENDEM? 

É engraçado ver como o irmão mais novo simplesmente idolatra o mais velho desde tão cedo. Angelina olha a Laura sempre com um olhar de extrema admiração. E a Laura também ama demais a irmãzinha. Adora falar sobre ela, abraçar, beijar. Gosto de ver o carinho entre as duas, é realmente emocionante ver que tão pequenas já se amam.

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O QUE FUNCIONOU PARA A ROTINA DO SONO DELAS? 

Elas dormem super bem. Com as duas, a rotina foi estabelecida mais ou menos igual. Até os 3 meses, tive sorte quando conseguia dormir 4 horas seguidas. Depois foi espaçando. Com uns 4 meses, consegui chegar a 5, 6 horas. Fui espaçando as mamadas da noite com a ajuda da chupeta, deixando elas esperarem um pouco no berço quando acordavam (sem deixar chorar, claro) As vezes, o bebê acorda, da uma resmungada, e volta a dormir sozinho. Com 6 meses, dormiam às 20h30, mamavam às 24h e acordavam entre 7 e 8h. Com 9 meses, tirei a mamadeira da meia noite.

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Outra coisa que fez diferença foi o fato de ambas sempre dormiram sozinhas no berço, e não no colo. Acho essencial o bebê dormir sozinho. Isso ajuda a voltarem a dormir sozinhas no meio da noite se derem aquela micro acordada. E é bom para os pais também dormirem, conversarem, jantarem sossegados, manterem a rotina do casal. Talvez eu tenha tido apenas sorte, mas quando alguém me pergunta como foi eu digo: estabelecimento de rotina + espaçamento das mamadas noturnas + ensinar a dormir sozinho. Aqui funcionou 2 vezes.

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QUAIS RECURSOS RECORRE NA HORA DE ENTRETER? 

Tablets e celulares só são permitidos para cortar a unha e fazer inalação… Televisão a Laura pode ver aos domingos de manhã, e todos os dias, depois do jantar, por mais ou menos 1 hora, 1:30. Angelina ainda não vê. A Laura adora desenhar, brincar de cozinhar, cuidar das bichinhos de pelúcia, montar quebra-cabeças, ir ao parquinho, ler livros. Que fique claro, não sou contra TV, tablet e essas coisas, nem mesmo xiita. Só acho que temos que tomar cuidado, se não essa geração passa 100% do tempo fazendo isso. Procuro criar brincadeiras, incentivar a leitura (leio para elas desde bem pequenininhas) e brincar ao ar livre sempre que dá.

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HOJE, QUAL O MOMENTO MAIS “DIFÍCIL” NA SUA CASA? 

Nesse momento, o mais difícil é que a rotina e horários das duas está muito diferentes. O que pega é que ainda não consigo passar o dia sozinha com elas. Tem que ter mais um adulto. Admiro muito quem consegue, mas aqui não está rolando não. O horário pior é quando coloco a Angelina pra dormir e a Laura esta esperado na sala. Ela ainda é muito pequena pra ficar sozinha tanto tempo. Enfim, tenho certeza que tudo vai melhorar quando os horários forem os mesmos.

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VOCÊ ESTÁ FAZENDO ALGO DIFERENTE NA CRIAÇÃO DA ANGELINA? 

Procuro fazer tudo mais ou menos igual, mas naturalmente com a Angelina eu fico menos encanada. Ela tem uma rotina, mas se tivermos que sair dela, não é o fim do mundo (com a Laura eu ficava louca se saísse da rotina). Fora isso, quando a Laura era bebê, o mundo girava em torno dela. Agora, por mais que eu tente, não tem como os horários serem feitos em função da Angelina. Outra coisa, é que cada criança tem uma personalidade. Ainda não senti tanto isso com a Angelina, mas logo veremos essas diferenças.

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ALGUMA DICA PARA MONTAR O ENXOVAL? 

Fiz o enxoval da Laura em Miami. Peguei lista de muitas amigas, juntei tudo e sai comprando feito doida. Obvio que comprei demais, e várias coisas que nem foram úteis. Por isso a dica que dou é contratar uma consultora de lá para ajudar nas compras. Quando fui, nem sabia que existiam bicos diferentes de mamadeira, por exemplo. Perdi um tempão caçando coisas nas lojas. O enxoval da Angelina eu fiz aqui mesmo. A verdade é que guardei quase tudo da Laura. Quase não comprei roupinhas para a Angelina. O pouco que precisei amigas que foram trouxeram para mim. O resto comprei aqui.

O QUE COMPROU E USOU MUITO? E O QUE NUNCA USOU? 

Acho isso super relativo. Vou dar um exemplo: aquecedor de lenço umedecido. Não comprei porque minhas filhas nasceram na primavera, já era calor. O que eu nunca usei: sugador elétrico de nariz (não consegui). O que usei muito e não vivo sem: termômetro de testa. Muito úteis também: esterilizador de mamadeira para microondas, potinhos para transportar leite em pó, bomba elétrica de tirar leite.

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ALGUM PRODUTO DE BELEZA QUE DEU CERTO COM ELAS? 

A Laura tem alergia de pele e usa sabonete e hidratante especifico desde os 8 meses. Na Angelina uso os de bebê da Mustela e Granado. Amo o shampoo da Granado. Pomada de assadura é Desitim (azul de dia e roxa à noite, principalmente quando está um pouco assada). Na Laura, quando precisa, uso Bepantol, porque não suja tanto a calcinha.

GOSTA DE ROUPINHAS DE ONDE? 

Uso muito Carters e Gap, porque essas marcas americanas não estragam, são fáceis de lavar e são muito fofas. Para uma roupa mais descolada, Zara e marcas menores. E vestido de festa, gosto dos da Paola Da Vinci.

NA HORA DE ESCOLHER A ESCOLA DA LAURA, QUAL LINHA PREFERIU SEGUIR?

A Laura entrou na escolinha com 1 ano e 5 meses, porque achei importante que ela começasse a conviver com outras pessoas e crianças. Ela já fazia aulinhas livres de movimento e música na Steps Baby Lounge e eu quis conhecer o método deles para o Sementinha (que é a escolinha que eles tem, até os 4 anos). Simplesmente me apaixonei. Eles usam um método italiano, da Reggio Emilia, que incentiva a criança a descobrir o mundo por si mesma.

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O QUE APRENDEU COM A MATERNIDADE E GOSTARIA DE DIVIDIR COM AS FUTURAS MAMÃES?

1. Aceite toda a ajuda possível, da mãe, da sogra, da irmã, da vizinha… A gente não quer desgrudar do bebê, nosso instinto manda isso, mas ainda assim, você precisa comer, tomar banho, descansar o quanto puder. Minha mãe, por exemplo, me levava comida todos os dias e ficava com as meninas para eu tomar banho.

2. Se tiver problema com a amamentação, chame logo uma especialista para te ensinar. Nem sempre a amamentação ocorre de maneira natural como imaginamos. Muitas vezes precisa de um esforço extra. Minhas duas filhas tiveram que tomar complemento desde muito cedo (Laura com 7 dias, Angelina com 20), e mesmo assim amamentei até os 7 meses a Laura e os 8 meses a Angelina. É possível, não desistam.

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QUEM ERA A ANA PAULA ANTES DA MATERNIDADE? E QUEM É HOJE? 

Acho que, como toda mãe, passei a me preocupar mais com minhas filhas do que comigo. Pode faltar pra mim, mas nunca pra elas. Elas são a prioridade da minha vida, a parte mais importante dela. Também passei a dar mais valor com coisas que antes não tinha tanta importância. Por exemplo, me manter bem para estar bem para cuidar delas; Dirigir mais devagar; Preferir alimentos orgânicos. Coisas que, sinceramente, não passavam pela minha cabeça antes de ser mãe. Hoje sou também uma pessoa mais compreensiva, menos dura. E quando vejo uma criança que sofreu algo ruim no noticiário, choro junto, pensando no sofrimento de sua mãe. Também passei a entender muito mais minha mãe. Acho inevitável mudarmos quando nos tornamos mães. Eu tenho certeza que hoje sou uma pessoa melhor.

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(Fotos: Carla D’Aqui)

Veja também: As impressões sobre a maternidade da mamãe Flávia

E mais:  Outra experiência de mãe que tem dois filhos

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No Ninho: Flávia + Camila e Caio

No começo do ano, recebemos uma festinha linda com o tema safari. O aniversariante de um ano era um bebê fofo com olhos azuis de tirarem o fôlego. Não resistimos e logo pedimos para fazer um No Ninho com ele e a mamãe, a Flávia. Para nossa surpresa, o Caio tem uma super irmã, a Camila, de cinco anos. Passamos uma tarde deliciosa na casa da família e batemos o maior papo com esta mãeozona, que nos contou como foi ter o primeiro filho fora do País (a família morava no México), o momento de decidir voltarcomo preparou o primeiro filho para a chegada do segundo, entre várias outras coisas. Vem ler ótimas dicas e ver as fotos lindas que a Carla D’Aqui fez:

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VOCÊ SEMPRE QUIS TER FILHO? “Sempre! Porém, comecei a trabalhar muito cedo e em determinado momento, fui para o México fazer intercâmbio pelo escritório que trabalhava. Lá, conheci meu marido, que também é brasileiro e fazia intercâmbio profissional, e não voltei. Adiamos bastante, mas uma hora percebemos que nossa vida era lá, que não tinha sentido esperar para voltar. E assim veio a Camila.”

FORAM MUITO DIFERENTES AS GESTAÇÕES? “As gestações em si não foram diferentes, em ambos os casos trabalhei até o último dia. Já os partos, completamente diferentes. No parto da Camila, como era a primeira filha e estávamos longe do Brasil e da família, fizemos cursos de tudo, literalmente. Nos preparamos da melhor forma. Tive o parto normal, com a ajuda da doula e foi ótimo. A recuperação foi maravilhosa.”

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“Diante disso, quis seguir o mesmo caminho na hora da chegada do Caio. Porém, a vida prega algumas peças na gente e nem sempre as coisas saem como a gente planeja. No final da gravidez dele, tive um quadro crônico de plaquetopenia (queda de plaqueta) e fui internada às pressas. Acabou sendo uma cesárea com anestesia geral. Passei a primeira noite na semi-UTI e não o vi. Fiquei frustrada, claro, queria ter tido um segundo parto tão lindo como o primeiro, mas acredito que a gente tem que pensar no final do dia. E no final dos dois casos, meus filhos estavam bem e eu com saúde para cuidar deles.”

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COMO FOI TER UM FILHO FORA DO BRASIL? É difícil. Apesar de ter Skype e tudo mais, tem momento que você quer sua mãe, sua família. Mas, por outro lado, une muito mais o casal. Meu marido participou 100% das consultas, compras, dores, dúvidas… Isso ajudou muito a fortalecer nosso casamento. Não tivemos aquele estranhamento que ouvimos de alguns casais com a chegada do bebê. Já com relação ao parto, no México é muito parecido com o Brasil, então não senti muita diferença.”

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A AMAMENTAÇÃO DELES FOI TRANQUILA? “Infelizmente não consegui amamentá-los. Este é outro ponto que a gente fantasia da maternidade, de que vamos sempre amamentar. Sou totalmente à favor, mas em ambos os casos não tive leite. Insistindo muito, consegui chegar até os dois meses, mas sempre com suplemento. E, outra vez, não dá para se frustrar com isso. Acredito que o mágico da amamentação é o momento mãe e filho, e isso tive, independente de dar ou não o peito. Esse carinho não dependeu do meu leite. Hoje, olho para meus filhos e os vejo felizes, sadios e fortes. Realmente não tenho motivos para me frustrar.”

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A VOLTA PARA O BRASIL TEVE RELAÇÃO COM ELA? “Sim, foi puramente emocional! A Camila foi crescendo e foi me dando um aperto de privá-la da convivência com a família, e vice e versa. Era muito doído. Eu e meu marido somos de famílias grandes, e ter primos, tios, avós é maravilhoso. Assim que surgiu uma boa oportunidade profissional para nós, voltamos.”

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E COMO FOI VOLTAR AO TRABALHO? “Sempre tive um ritmo de trabalho muito intenso, daqueles de perder de vista as horas de trabalho. Mas as prioridades mudam muito com a chegada do bebê. Quando a Camila nasceu, tive que olhar para a minha vida e repensa-la, buscar um equilíbrio. Não quis ter filho para não cria-lo. Não achava justo comigo, muito menos com ela. Como não tinha ajuda da minha família por estar no México, conversei com meus chefes e a empresa entendeu o meu lado, aceitando minha proposta de trabalhar meio período. Foi fantástico para mim!”

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Quando foi a vez do Caio, já estava preparada para não conseguir a mesma coisa. Tentei voltar ao trabalho em ritmo normal, mas foi incompatível para o meu estilo de vida e de valores. Acordei um dia e fui conversar com a empresa. Abri o coração e estava disposta a pedir demissão caso não aceitassem o meio período. E não é que eu consegui? Assim como no México, o escritório do Brasil também percebeu que não era justo eu ter que escolher entre a carreira que construí e minha família, ou melhor, a forma que eu queria construir a minha família. Sou muito grata a eles por me darem este voto de confiança.”

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COMO VOCÊ PREPAROU A CAMILA PARA A CHEGADA DO CAIO? ALGUM CONSELHO? Conversamos muito e fizemos ela participar desde o início. Meu obstetra deu duas dicas muito boas, que repasso para as mamães que estão esperando o segundo filho. A primeira é separar alguma coisa que ela queira muito, levar para a maternidade e dizer que foi o bebê quem trouxe para ela.”

“E a segunda, e mais importante, é retirar o bebê do quarto quando o primeiro filho chegar na maternidade. A Camila chegou, conversamos um pouco, brincamos e quando ela estava ansiosa para conhecer o Caio, mandamos trazê-lo. Segundo esse meu médico, é muito traumatizante para a criança entrar no quarto e ver um bebê que ela ainda não conhece mamando no peito da mãe que era só dele até então.”

MAS TEM MOMENTOS DE CIÚMES? “Claro, é normal e natural. O que faço e dá certo aqui em casa é ter momentos só de mãe e filha. Quando tem uma festinha que é para a idade dela, não levo o Caio. Ele ainda não entende tudo muito bem, então dá para fazer deste jeito.”

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QUAL A PARTE MAIS DIFÍCIL DA MATERNIDADE PARA VOCÊ? “Controlar as minhas expectativas em relações a eles. Eu e Camila somos muito diferentes. Sou muito racional, e ela uma sonhadora, próprio da idade. Tenho que me policiar muito para respeitar a personalidade e o momento de vida dela. Minha função é educa-la, mas também entender que ela é diferente de mim. É muito difícil, um trabalho diário.”

ALGUM CONSELHO QUE RECEBEU E SERVIU MUITO? “Olha a maior dica que recebi na vida foi da pediatra mexicana. No momento que saí da maternidade com a Camila, ela me disse: “Você é de uma geração em que ambos os pais querem participar, mas isso só depende de você (mãe). Deixe seu marido participar, mesmo que não seja da forma que você ache melhor. Ainda que seja para errar, deixe ele fazer. Não o recrimine.” E foi o melhor conselho que tive. Aquilo ficou na minha cabeça e apliquei no dia a dia. Hoje, tenho um paizão, um companheiro mesmo. Se a gente poda, a tendência é o pai se afastar mesmo.”

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COMO É A ALIMENTAÇÃO DELES? “Bem natural e regrada. Aqui em casa, não agregamos nem um grãozinho de açúcar e sal. A comida é toda preparada com o próprio sabor. Mas, com bom senso, principalmente no final de semana. Se passeamos demais e não deu tempo de comer a papinha feita em casa, vai a industrializada mesmo. Se não quer jantar porque comeu muito na festinha, tudo bem, não precisa. Acho que precisa ter uma flexibilidade, se não vira um peso.”

QUAIS CRITÉRIOS LEVOU EM CONTA NA HORA DE ESCOLHER O TIPO DE EDUCAÇÃO PARA A CAMILA? “Como ela tem nacionalidade mexicana, brasileira e alemã, tínhamos na cabeça que ela deveria ser criada com a mente bem aberta. Ficamos na dúvida entre uma escola internacional e outra bilíngue. Optamos pela bilíngue em função de dar essa base e fluência exterior, mas com os olhos no Brasil, em uma educação que fosse brasileira na essência.”

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ONDE FEZ OS ENXOVAIS DELES? O QUE USOU MUITO? “Ambos fiz em Orlando. No primeiro, a empolgação é muito maior, claro, mas é sem mistério. Tudo que não tem elástico e com muito botões, você não vai usar. O que mais usei foi o carrinho guarda-chuva da marca Combi. Ele é ótimo, porque se dobra inteiro e vira uma mochila. O hidratante da Eucerin de tampa vermelha também deu super certo. E a Desitin é indiscutível a melhor pomada, nunca ouvi falar em assadura.”

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ALGUMA DICA DE PASSEIO PARA FAZER COM CRIANÇA EM SÃO PAULO? “Tenho a facilidade de ter um super playground aqui no meu prédio. Usamos muito. Já de fim de semana, gosto muito da Companhia do Bicho, que tem teatrinho, animais super bem cuidado, lugar para almoçar e passar o dia.”

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(Fotos: Carla D’Aqui)

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Veja também: A festinha do Caio

E mais: Outra experiência de mãe que teve dois filhos

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Smash the cake da pequena Manuela

O smash the cake é o ensaio fotográfico do momento! Nós já publicamos um aqui, e agora temos outro clicado pela fotógrafa Tati Mesquita. A pequena Manuela, estrela do ensaio, se acaba (- e se meleca toda) com o bolo que ganhou de presente. A bricadeira virou uma sessão muito fofa. Vem ver que graça:

Smash the cake da pequena Manuela

Smash the cake da pequena Manuela

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(Fotos: Tati Mesquita)

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Veja também: Smash the cake da Beatrix

E mais: Ensaios de bebê com ilustrações divertidas

Etc.Fotografia