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No Ninho: Rejane Wolff e Branca

O primeiro No Ninho de 2016 traz uma dupla conhecida – e muito querida – por nós: a fotógrafa Rejane Wolff e a pequena Branca. O lado profissional da mamãe de primeira viagem, nós conhecemos bem. Responsável pelos cliques de alguns dos casamentos mais badalados do interior de São Paulo, ela aparece com frequência no nosso blog dedicado ao assunto. Por aqui, Rejane nos mostra um pouco do seu dia-a-dia com a família, bem como concilia sua agenda lotada de festas com as dores e delícias da maternidade.

Os cliques foram feitos pelo papai, o também fotógrafo Daniel Poletto:

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QUAL A PRIMEIRA COISA QUE PASSOU NA SUA CABEÇA QUANDO FICOU SABENDO QUE ESTAVA GRÁVIDA?: “Quando fiz o teste de farmácia fiquei passada, com cara de boba, não acreditava. Nós estávamos planejando engravidar, mas confesso que tinha certeza que iria demorar. Meu esposo até foi na farmácia comprar um segundo teste, e mesmo dando positivo, ainda não tinha certeza. Isso tudo aconteceu em uma sexta-feira à noite e no dia seguinte iríamos fotografar um casamento. Então, só no domingo de manhã fui ao hospital fazer o exame. A sensação foi engraçada. Estava super feliz, mas ao mesmo tempo bateu aquele sentimento de “e agora???”. Acho que toda gestante passa por esse mini desespero. rs!”

E COMO ESTAVA SUA VIDA NESSE MOMENTO?: “Eu e o Daniel estávamos casados há quase 8 anos quando resolvemos engravidar. Nós nos casamos muito novos, com pouco tempo de namoro e decidimos que iríamos “namorar” depois de casados. Foi muito gostoso, porque a gente aproveitou muito. Viajamos para muitos dos lugares que queríamos, saíamos para comer fora ou passear tarde da noite, não tínhamos horário fixo para nada. Com tanto tempo de casamento todo mundo nos cobrava por um bebezinho, mas cada um tem o seu momento. Eu sempre soube que queria ser mãe, mas até então não sentia que era hora.

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COMO CONTOU PARA A SUA FAMÍLIA?: “Para contar para os avós a novidade, mandamos bordar em um body de bebê a frase “Eu amo a vovó” e em outro “Eu amo o vovô” e demos de presente para eles. Quando as avós abriram o presente e viram a roupinha caíram no choro na hora.”

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VOCÊ SE PREPAROU PARA O PARTO DE ALGUMA FORMA DURANTE A GESTAÇÃO?: Frequentei um grupo de gestantes, me informei, li muito e estava tudo caminhando bem para o parto normal. Em relação à preparação física, minha rotina não mudou muito. Confesso que não fiz tantos exercícios como deveria, mas cuidei mais da alimentação e fiz drenagem, pois inchei muuuito. Ainda bem que já perdi quase todo o peso ganhei na gravidez, que não foi pouco – ao total 22 quilos!!”

E ELA NASCEU DE PARTO NORMAL?: “Não. Exatamente na véspera de completar 40 semanas, entrei em trabalho de parto (ela nasceu na madrugada seguinte, ou seja, na data prevista do parto). Meu plano era ficar durante quase todo o trabalho de parto em casa, e ir para a maternidade quando a Branca já estivesse perto de nascer. Para isso, eu tinha o auxílio de uma doula e uma enfermeira, além do meu esposo. Infelizmente, quando a bolsa rompeu, vimos que havia mecônio no líquido e minha pressão arterial começou a subir bastante. Corremos para a maternidade e quando chegamos lá a bebê tinha começado a passar por sofrimento fetal, já estava com taquicardia, e por isso, depois de 9 horas de trabalho de parto (a maior parte com contrações de 1 em 1 minuto) e apenas 3 dedos de dilatação, precisei fazer uma cirurgia cesárea de emergência. Sou grata à Dra. Patrícia Varanda e a essa cirurgia que salvaram a vida da minha filha.”

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PASSADO O SUSTO, COMO É A ROTINA DA BRANCA, A PARTICIPAÇÃO SUA E DO SEU MARIDO?: “Participo 100% do tempo. A gente optou por não ter uma babá, pelo menos nesse começo. Quem cuida da bebê somos eu e meu esposo, que é um super pai. Por enquanto, a rotina dela ainda é super intensa, a gente está passando por aquele momento que acha que não vai sobreviver a esse furacão que vira nossa vida. rs! Desde a saída da maternidade, buscamos estabelecer uma rotininha. A Branca mama a cada três horas (mas é claro que se tem fome dou de mamar antes), depois temos um tempinho de “brincar”, e depois tira uma soneca. Desde o começo quis estabelecer um horário certinho para ela acordar e para ir dormir, para que ela acertasse o seu relógio biológico. Às 19 horas, damos um banho mais relaxante, a trocamos em um ambiente mais quietinho, apenas com a luz de um abajur, e ela dorme.”

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E COMO FOI VOLTAR AO TRABALHO?: Não parei em nenhum momento durante a gestação (fotografei até 39 semanas), e na verdade não consegui parar quase nada depois do parto. Realmente gostaria de ter o privilégio de uma licença-maternidade e ficar focada alguns meses apenas na minha bebezinha, mas minha profissão não permite. Com 35 dias de vida da Branquinha, já voltei a fotografar aos sábados. Mas, minha profissão também tem suas vantagens: posso ficar em casa com a bebê quase o tempo todo durante a semana, pois tenho home office e faço as edições das fotos em casa (vou ao meu ateliê apenas com horário agendado para fazer atendimentos).”

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NO QUE PENSA QUANDO OLHA PRA ELA?: “Em como é possível sentir tanto amor. É claro que a Branca foi desejada e eu sempre soube que uma mãe ama seus filhos, mas é completamente diferente SENTIR esse amor. Para mim, foi algo instantâneo, no momento que a vi pela primeira vez. Amo ficar apertando, beijando, cantando musiquinhas para ela enquanto mama. É tipo um amor de Felícia. rs!

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A BRANCA DORME BEM?: “Essa é a parte mais difícil até agora. A Branca sente sono, mas “briga” muito com ele. Ela até adormece rápido, mas normalmente nas sonecas durante o dia acorda depois de pouco tempo, mesmo estando sem cólica, de fraldinha limpa e barriguinha cheia. Confesso que para nós tem sido a parte mais difícil. À noite ela dorme mais profundamente, mas ainda acorda para mamar.”

E A HORA DE MAMAR, ALGUMA DICA OU TRUQUE TE AJUDOU E PODE NOS CONTAR?: “Graças a Deus, a Branca sempre mamou bem. Nos primeiros dias, tive uma fissura que doía muuuito, a ponto de chorar quando ela começava a mamar. Chamei uma consultora em aleitamento materno em casa para me ajudar, e usei bastante a pomada Lansinoh até a fissura cicatrizar. Hoje, não dói nada e fico feliz em poder amamentar minha filha. Minha dica é não esperar o problema se agravar. Ao ter dor, fissura ou qualquer outro sintoma ruim, procure rapidamente o banco de leite da maternidade ou então chame uma consultora para te ajudar.”

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E QUEM É A REJANE DE ANTES E A DE AGORA?: “É um pouco clichê dizer isso, mas aquela máxima de “nasce uma mãe, nasce uma culpa” é totalmente verdadeira. A gente fica o tempo todo se cobrando, pensando se está tomando as melhores decisões, se está fazendo tudo correto. Ter a família por perto é fundamental (e haja paciência deles para nos aguentar nos baby blues!) Também acho que aprendi a julgar menos. Antes, via algumas mães tomando algumas atitudes e não entendia, julgava sem pensar, mas hoje, vejo com outros olhos, pois todo mundo tem as suas dificuldades e sua maneira de lidar com elas.”

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COMO E ONDE FEZ O ENXOVAL?: Comprei a maior parte das coisas nos EUA. Viajei com 4 meses de gestação e foi uma época ótima, pois ainda sentia bastante disposição física. A dica é pesquisar muito pela internet antes de comprar, e também fazer um roteiro das lojas, inclusive já salvando os endereços no GPS. Vale muito a pena comprar algumas coisas pela internet e mandar entregar no hotel (carrinho, por exemplo, pois, muitas vezes, as lojas não têm exatamente o modelo ou a cor que você deseja), e também outros itens que achei na promoção no site da Amazon. Também vale se cadastrar nos sites das marcas para receber no seu email cupons de desconto, que nos EUA são descontos “de verdade”.”

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O QUE COMPROU E USOU MUITO?: “Estamos usando muito os macacões de botão na frente e pezinho, pois são muito práticos, especialmente quando a gente tem que trocar o bebê no meio da noite. Comprei muitas roupas da Carters, H&M e da GAP, e deixei para comprar as roupas mais “arrumadinhas” aqui no Brasil mesmo, pois achei os preços estão similares, já que o dólar está super alto.”

ALGUM PRODUTINHO DE BELEZA QUE DEU CERTO PARA VOCÊ E PARA ELA?:Adoro o sabonete líquido da Granado, que tem um cheirinho ótimo, sem ser forte demais. Na gravidez, usava óleo Johnson’s na barriga no fim do banho, e depois pomada Bepantol, que originalmente é feita para assaduras de bebê, mas que tem ótimo poder hidratante.”

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(Foto: Bia Soave)

(Fotos Rejane e Branca: Daniel Poletto)

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Amamentação em público: lei prevê multa de R$ 500 para quem proibir

Finalmeeente, na última semana, entrou em vigor a lei que prevê multa de R$ 500 a quem impedir qualquer mãe de amamentar em público. (Meio óbvio, não?) A medida, publicada no Diário Oficial de São Paulo, punirá quaisquer estabelecimentos “destinados a atividades comerciais, culturais, recreativas ou à prestação serviço público ou privado”. Ou seja, agora as mães podem ficar tranquilas ao alimentarem seus bebês.

E tem mais, o decreto ainda prevê multa dobrada em caso de reincidência. As denúncias devem ser feitas, de forma escrita ou oral, à subprefeitura da região, e não podem ser anônimas.

Para quem não se lembra, o projeto de lei é do vereador Aurélio Nomura, e foi sancionado em abril de 2015 pelo prefeito Fernando Haddad. Nos autos do documento, Haddad fez questão de salientar que nenhum estabelecimento precisa ter uma área própria para o aleitamento materno. “Todo estabelecimento localizado no Município de São Paulo deve permitir o aleitamento materno em seu interior, independentemente da existência de áreas segregadas para tal fim. Para fins desta lei, estabelecimento é um local, que pode ser fechado ou aberto, destinado à atividade de comércio, cultural, recreativa ou prestação de serviço público ou privado”, ressalta o documento.

proibir aleitamento materno em público gera multa

Dizer em que momento um bebê pode sentir fome sempre foi um absurdo para nós! (Na foto, a atriz Olivia Wilde posa para a revista Glamour!)

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No Ninho: Camila Klein e Betina

Como hoje é a noite de Natal, não podíamos deixar de ter um No Ninho com alguns cliques temático. Nossas convidadas são a arquiteta Camila Klein e a sua filha Betina, de um ano e sete meses. A dupla recebeu a gente em seu apartamento, em São Paulo, para mostrar a árvore de Natal, o presépio e também como a diversão entre mãe e filha acontece no dia a dia. Camila aproveitou para contar um pouquinho sobre a rotina da Betina, os preparativos que fez para ter um parto tranquilo e seguro, e como concilia a maternidade com a vida profissional. 

Os cliques pra lá de fofos são da fotógrafa Nina Amaral:

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A GESTAÇÃO: Foi planejada. Sabia que precisava engravidar nesse período para conseguir conciliar meu desejo de ser mãe com um dos momentos mais importantes da minha carreira. Nina nasceu de 8 meses.

PREPARAÇÃO PARA O PARTO: “Três coisas me ajudaram bastante. Acrescentei chia, frutas e ômega 3 e diminui o consumo de café e chimarrão (que adoro!). Eu e Betina ficamos com mais energia e menos agitadas. Durante a gestação, fui adepta da terapia sacral, que é uma técnica de massagem que faz com que a criança se encaixe na posição certa no dia parto.”

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CARREIRA X MATERNIDADE: “Acredito que tudo é planejamento. Desde a gravidez, sempre me preocupei em como conciliaria minha filha e vida pessoal com o trabalho, e a terapia me ajudou muito nesse sentido. Hoje, tenho horários, rotina, almoço em casa, até porquê é a hora da mamada dela, depois volto pro trabalho, e às 18hs encerro as atividades. Quando chego em casa, tento desligar do celular e me dedicar a minha família. Planejamento é tudo, quando estou no trabalho estou focada! Claro que tenho “mãos santas” que me ajudam em casa e me dão tranquilidade e segurança para estar trabalhando.”

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DIFICULDADE DO DIA A DIA: “Acredito que a maior dificuldade é quando tenho que me despedir da Betina para ir trabalhar. Sempre queremos ficar mais tempo uma com a outra. É difícil para as duas.”

O QUE MUDOU COM A CHEGADA DA BETINA: “Acho que o amor floresce em tudo, as pessoas exalam mais amor onde tem um bebê. No casamento aflora alguns sentimentos que nunca existiram, tem mais cumplicidade porque se forma uma família. Acho que meu casamento fortaleceu muito, achava que o amor já era infinito mas com a chegada da minha filha todo o amor que temos por ela sobrepõe ao que já existia e fica maior ainda.”

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VALORES DE FAMÍLIA: “Minha criação toda foi feita em cima de três pilares: respeito, honestidade e trabalho. Acredito muito que uma pessoa que tenha esses três ensinamentos, é uma pessoa do bem.”

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ENXOVAL: “Tinha medo de comprar o que não fosse precisar, ou mesmo esquecer algo muito importante. Então, fiz o enxoval com a Priscila Goldenberg, que é especialista em montar enxoval e me acompanhou nas compras em Miami.

CONSELHO: “Existe algumas roupinhas que nem tivemos tempo de usar, pois ela cresce tão rápido, que ficaram pequenas. Esse é uma dica que dou para as futuras mamães, não comprem muitas roupas da mesma numeração.”

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MARCA FAVORITA: “Eu adoro a Kimberly Clark, tenho quase tudo deles.”

PRODUTO DE BELEZA QUE DEU CERTO PARA A BETINA: “A Betina costuma usar produtos da Weleda, são de medicina natural, que não irritam e possuem um cheiro agradável.”

ROUPINHAS: “Gosto muito da Mixed Kids, veste super bem nela e as roupinhas são confortáveis.”

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(Fotos: Nina Amaral)

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No ninho: Cissa Sannomiya e Felipe

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Foi em um dia chuvoso, no comecinho de novembro, que Cissa Sannomiya nos recebeu em sua casa, na região sul de São Paulo. Seu lado profissional nós conhecemos bem. Responsável pelos cliques de alguns dos casamentos mais badalados da cidade, ela aparece com frequência no nosso blog dedicado ao assunto. Por aqui, Cissa nos mostra um pouco do seu dia-a-dia com a família. Mãe de um menino lindo, o Felipe, de 2 anos, ela concilia muito bem sua agenda lotada de festas com as dores e delícias da maternidade.

A responsabilidade de registrar a top fotógrafa com seu pequeno ficou por conta de outro grande talento, a Aline Inagaki, que fez um registro lindo da dupla! Em seguida, batemos um papo descontraído com Cissa. Tranquila e super “pé no chão”, ela nos contou sobre a rotina do sono do bebê, falou sobre as dificuldades dos primeiros meses e deu bons conselhos para as mamães de primeira viagem.

Fotografia Infantil

 

Ser mãe de menino

“Eu adoro! Sempre achei que fosse ser mãe de menino. É mais prático! Menino é mais solto, mais brincalhão, não tem tanta frescura. Por outro lado, meninos têm muito mais energia. O Felipe não para um minuto, é 24 horas correndo pra lá e pra cá!”

 

Carreira x maternidade

Eu trabalhei até os 8 meses de gravidez, e desde o começo eu sabia que seria assim. Nunca pensei em parar de trabalhar. Depois de um mês, já voltei à minha rotina de casamentos. A vantagem é que minha profissão me permite fazer meus horários. Hoje, por exemplo, estou em casa de manhã cedo, então eu consigo estar bastante presente na vida dele. Ele se acostumou desde pequenininho a essa realidade, ele sabe que eu saio pra trabalhar, não é um problema. Outra coisa bacana é que meu marido faz home office, está sempre aqui em casa, ele adora“.

Mas ter voltado a trabalhar rapidamente também teve seus perrengues. Como amamentei até os seis meses, o peito ficava muito cheio de leite e doia! Então eu tinha que parar no meio do evento, tirar o leite e voltar para as fotos. Não foi fácil, mas era necessário. Sou autônoma, não tinha como ficar muito tempo sem trabalhar.”

 

Cuidados durante a gravidez

“Eu me alimentei bem. Evitei refrigerante durante toda a gravidez e durante a amamentação, porque dizem que tudo que você come vai para o leite. Tomava suco verde diariamente, a pedido do meu médico. Semprei fui muito atleta, mas parei antes de engravidar. Eu fazia treinamento pra corriga, yoga, natação. Na gestação, fazia hidroginástica duas vezes por semana, exercícios mais leves”.

 

Rotina do sono

O Felipe não é uma criança que dorme a noite inteira. Mas o processo de gravidez já te prepara para noites mal dormidas, já é um tanto desconfortável. No início, eu deixava ele dormindo no berço e dormia na cama ao lado. Nunca tive babá para acompanhá-lo à noite. Acordava de três em três horas, dava de mamar e voltava a dormir.

Quando ele estava com 8 meses, fiz a técnica do livro ‘Nana, Nenê’. Foi sofrido e, apesar de ter dado certo, não faria novamente. Ele chorou por uma hora seguida. Pela técnica, você tem que entrar no quarto de 5 em 5 horas, mas não pode tocá-lo, apenas acalmá-lo com palavras. Ele passou a dormir direitinho, mas, depois de um tempo, a gente desacostumou o Felipe novamente! Ele vinha dormir com a gente de vez em quando, mas não achava nada demais. Depois, resolvi partir para um método mais light, não tão radical. Em vez de largá-lo na cama chorando, eu fico ali do lado, espero ele dormir e saio“.

 

Enxoval: necessários x desnecessários

“Fiz o enxoval em Miami. Comprei absolutamente tudo que estava na lista que as amigas me passaram. As mamadeiras usadas de 0 a 6 meses foram inúteis para mim, já que amamentei nesse período (e só parei depois disso porque meu leite secou). Também me falaram para comprar vários paninhos (paninho de babador, paninho específico para a criança arrotar etc), e eu achei uma frescura! Os mais úteis foram a maquininha de tirar leite materno da Aventi e o saquinho para armazená-lo. Como não parei de trabalhar, esses utensílios foram uma mão na roda.”

 

Moda

“Eu faço uma compra boa por ano fora do Brasil, em Miami. É algo bem pensado. Dificilmente vou ver algo numa vitrine e comprar de forma impulsiva. Mas claro que tem acessórios que nos chamam atenção. Meu marido é surfista e skatista, então quando ele vê um tênis legal, diferente, tem vontade de comprar para o Felipe.”

O Felipe ama tênis estilosos!

O Felipe ama tênis estilosos!

 

Escolha da escola

“Ele vai entrar na escolhinha no início do ano que vem, mas ainda não tomei a decisão final. Estou levando em conta vários aspectos: se a escola tem um bom espaço aberto, salas arejadas, o tempo de brincar oferecido…Estou analisando o que ela tem a oferecer para o meu filho, como aula de música, aula de inglês, esportes etc. E, claro, a qualidade dos professores, mas isso é algo que se percebe mais com o tempo. O Portinho (Colégio Visconde de Porto Seguro), uma escola super rígida que eu estudei, é minha primeira opção. Mas estou também entre outras duas escolas de inicialização, a Ursinho Branco e a Quintal. Em seguida, penso na Miguel de Cervantes, que é uma escola bilíngue que está entre as melhores de São Paulo.”

 

Alimentação

Sou ‘chata’ nesse quesito e exigente com a rotina! Ele come de tudo, só não gosta de peixe. Ele adora frutas e legumes, come arroz, feijão, carne, frango…Açúcar só aos finais de semana, quando ele sai com os primos que comem bastante doce. Nessas horas, não tem como negar uma guloseima. Mas enquanto eu puder controlar, eu vou controlar! No dia-a-dia, nada de refrigerante, chocolate etc.

Fotografia Infantil

Quando chegamos o Felipe tinha acabado de acordar. Apesar de ser um dia atípico, Cissa fez questão de manter a rotina. “Sou rígida com os horários dele. Todo dia tem que tomar café, brincar, tomar lanche, almoçar, jantar e dormir nos momentos certos”, explica.

 

Passeios

“Quando está sol, nós gostamos de ir ao Parque do Povo. Ele adora jogar bola, é a brincadeira predileta. Quando dá, nós vamos à praia, mas é algo raro, já que trabalho aos fins de semana. O Felipe também brinca muito com os primos mais velhos, de 3 e 6 anos. Ele gosta de crianças mais velhas. Como a casa tem cobertura, aproveitamos alguns domingos para fazer um churrasco e chamar a criançada. Tentamos ao máximo fazer atividades ao ar livre, acho fundamental. Também almoçamos fora uma vez por semana.”

 

De mãe pra mãe

“Todo mundo pinta que a gravidez e os primeiros meses de vida são uma fábula, mas não são mesmo! Eu tive um pouco de depressão pós-parto, algo mais comum do que se imagina. Então não se sinta culpada se, logo no começo, você não estiver explodindo de felicidade. Na primeira semana você não dorme, porque você fica preocupada com cada reação da criança. A gente checa até a respiração de hora em hora! Na segunda semana, você só chora por causa do baby blues (melancolia pós-parto que, segundo estimativas, atinge de 50% a 80% das mulheres). Alguém te pergunta como você está, e você começa a chorar! E na terceira semana você pensa: ‘Eu amo meu filho, mas como vai ser minha vida a partir de agora?’ Tudo ali é muito novo, sua vida muda completamente com o primeiro filho. Principalmente para as mulheres mais ativas, que sempre trabalharam. Depois, claro, as coisas começam a entrar nos eixos. Não se desespere. Depois você até se arrepende um pouquinho de não ter curtido tanto esses primeiros meses.”

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Um conselho

“Não dê tanto ouvido a opiniões alheias. Quando eu tinha alguma dúvida, perguntava ao pediatra. Além disso, você aprende muita coisa sozinha. Faz algumas besteiras, claro, mas isso é normal, não é nada demais. As pessoas falam para não deixar seu filho dormir no colo, e, sim, no berço. Mas você ouve seu filho se acabando de chorar…Você aguenta deixá-lo assim? A mesma coisa com a amamentação. Dizem que o correto é amamentar de três em três horas, porque se você amamentar num período de tempo menor, ele vai ficar mal acostumado. Mas cada criança é de um jeito, não tem regra. Se eu tiver um segundo filho, por exemplo, tenho certeza que ele vai ser completamente diferente do Felipe. Se adapte a sua situação.”

 

Um orgulho

Quando ele me dá um beijinho, a primeira vez que ele falou ‘mamãe’…são esses pequenos momentos…O Felipe é um menino muito carinhoso, eu me derreto.

Fotos: Aline Inagaki

No ninho

Translactação: uma alternativa para as mães com dificuldades para amamentar

No começo deste mês, Fernanda Gentil compartilhou um texto sobre amamentação em seu Facebook. Nele, a apresentadora da Globo conta que seu leite secou, o que a fez se sentir culpada, e sobre a chegada da mamadeira na rotina do pequeno Gabriel, de dois meses. (o relato completo está aqui). Seu depoimento levantou um grande debate na internet, imagino que muitas de vocês tenham lido. Bom, eu li muuuuita coisa – algumas relevantes e outras nem tanto. Li sobre a pega correta (que já tinha ouvido, em uma palestra sobre o tema, não ser “óbvia” nem para a mãe nem para o bebê), sobre o trabalho de enfermeiras que auxiliam as mães nesse processo (que não necessariamente são encontradas na maternidade), entre outras coisas. Mas de tudo, o que achei mais interessante e uma verdadeira novidade para mim foi a translactação!

Com toda a minha ignorância sobre amamentação (apesar de já ter lido um bocado a respeito, ainda não tive a experiência), sempre achei que a mamadeira fosse o único destino para as mães que, por diversos motivos, não conseguissem amamentar seus filhos. Já sabia que a sucção do bebê induzia a produção de leite, mas não entendia até que ponto isso poderia ser poderoso! Por isso, achei que seria importante fazermos um post sobre a sonda de translactação. Encontramos uma mãe que fez uso dela e uma pediatra que explicou melhor o processo.

Para começar, vamos à definição: a sonda de translactação é um dispositivo que leva, através de um caninho, o leite de um recipiente ou seringa até o bebê enquanto ele mama o peito. Desta forma, o bebê continua a pegar o peito, mas consegue mamar tanto leite materno ordenhado, quanto fórmulas (quando necessário!). E é a sucção do bebê estimula a produção do leite materno, dispensando o uso da sonda depois de um tempo. Hoje existem kits próprios no mercado para a translactação, como o Sistema de Nutrição Suplementar ou relactador das marcas Medela e MamaTutti.

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À esquerda, a opção da Medela, e à direita, da MamaTutti

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A fisioterapeuta Thays Simões nos contou que enfrentou dificuldades no início da amamentação e que foi a sonda de translactação que a libertou da mamadeira.

Aqui ela divide conosco a sua experiência: “Tive muitos problemas para amamentar meu filho. Meus mamilos se machucaram muito logo nos primeiros dias e cada mamada era um sofrimento enorme para mim. No começo, tirava o leite do peito com uma bombinha elétrica e dava para o meu bebê em uma mamadeira. O problema foi que usando a mamadeira, o Bernardo não pegava mais o meu peito porque desacostumou, e foi ai que conheci a sonda de translactação. Eu fazia assim: tirava com uma bombinha o leite do seio que estava mais machucado, depois colocava meu bebê para mamar no outro seio e, com uma sondinha, fazia como se fosse um canudinho, que ia do leite que tinha acabado de tirar até a boquinha dele. Dessa maneira, ele mamava meus dois seios de uma vez só, fazendo menos esforço e aprendendo a pegar direitinho no seio para não me machucar mais. Para mim, foi a salvação da amamentação. Esse processo durou apenas três semanas e foi o responsável por eu ter conseguido levar a amamentação até o sétimo mês do meu filho. Ví a traslactação como a salvação para continuar amamentando.”

E o mais curioso, é que a Thays conheceu e fez o uso da sonda por conta própria. Segundo ela, uma prática comum dos médicos para “agilizar” esse processo de adequação é a entrada, ainda na maternidade, do uso de fórmulas e mamadeiras. Os médicos não me apoiaram e olhavam com cara de ‘logo ela vai desistir, isso dá muito trabalho’. Ouvia a todo momento para dar suplementos, tanto da obstetra quanto do pediatra. O apoio que tive foi da enfermeira do aleitamento materno, que me incentivou à translactação.”

Thays e Bernardo, hoje com quatro anos

Thays e Bernardo, hoje com quatro anos

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QUALQUER MÃE PODE USAR A SONDA?
“É recomendada para situações em que haja necessidade de estimular a produção de leite pela sucção do recém-nascido, seja nas mães de prematuros ou naquelas com produção insuficiente pelos mais diversos motivos. Também é recomendada para bebês que estão ganhando peso insuficiente por baixa produção materna e necessitam de complemento (podendo ser a fórmula infantil ou o leite materno) sem o uso de bicos artificiais. Outra situação bastante interessante é nos casos de mães adotivas. A translactação permite que essa mãe seja estimulada a produzir leite (junto a medicamentos), o que aumenta o vínculo mãe-bebê.”

ENTÃO UMA MÃE ADOTIVA PODE SE TORNAR UMA MÃE LACTANTE?
“Sim. Junto a medicações que estimulam a produção do leite, a sucção feita pelo bebê é capaz de permitir à mãe adotiva amamentar o seu filho.”

ESSE PROCEDIMENTO TEM ALGUM PREJUÍZO PARA O BEBÊ?
Não há prejuízos se for utilizado com critério. A translactação é um mecanismo de relactação, e deve ser utilizada com o propósito de promover a amamentação. Dessa forma, ela tem um prazo final, não sendo recomendada por períodos longos. Isto, porque o leite sai com maior facilidade pela sonda do que pelo mamilo, e se for utilizada por muito tempo, o bebê pode ‘desaprender’ a sugar o seio quando a sonda não for mais usada.”

E TEM ALGUMA CONTRAINDICAÇÃO? 
“Não é indicada em casos onde a amamentação já é desaconselhada, como mãe portadora do vírus HIV e em tratamento quimioterápico, por exemplo. Nesses casos, a translactação não impede que o bebê ingira o leite materno durante a sucção da sonda junto ao mamilo da mãe, expondo-o a situações de risco. Mães que possuem leite e não necessitam de maior estímulo para produção, a translactação também não é a melhor forma de se oferecer leite.”

E SEMPRE DÁ CERTO?
“Nem sempre. Em bebês com dificuldade de pegar o peito, a translactação por si só não fará a correção. Nesses casos, é interessante a ajuda do pediatra ou de algum profissional especialista em amamentação para que a mãe consiga posicionar o bebê adequadamente na mama, favorecendo uma pega correta e a sucção efetiva.”

E antes de encerrar nosso bate-papo, a dra. Paula aproveitou para desmentir um mito muito comum, e que Fernanda fala em seu relato: o da amamentação como algo banal e simples. “Amamentar não é intuitivo e nem fácil. Nas novelas e nos filmes vemos bebês mamando com a maior facilidade, mas a verdade é que amamentar envolve um processo de aprendizagem tanto da mãe quanto do bebê, além de diversos outros fatores nutricionais e emocionais. Mães que amamentam devem beber muita água, se alimentar adequadamente e descansar (sim, o sono é muito importante). Ainda na maternidade é importante buscar todo tipo de orientação para que esse processo seja mais tranquilo após a alta. E se houver dúvida, ela deve sempre consultar o pediatra e/ou algum profissional especialista em amamentação.”

Dra. Paula Woo Guglielmetti
Telefone: 3081-2928
Site: http://consultorioped.blogspot.com.br

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