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Erosão dentária em crianças

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Olá! A coluna de hoje é sobre um assunto que passa um pouco despercebido por muitas mães: o desgaste dos dentes por causa do excesso de ingestão de bebidas ácidas, como sucos e refrigerantes.

Tanto os dentes de leite quanto os permanentes são formados por um tecido vivo, a polpa, coberto por dois outros tecidos mineralizados, a dentina e esmalte. Este último pode ser considerado o tecido mais duro e resistente do nosso corpo, no entanto sua grande quantidade de minerais pode sofrer perdas quando em contato com substâncias ácidas. A este processo damos o nome de erosão dentária.

Atualmente, alguns estudos vêm demonstrando um aumento da sua frequência em crianças. Isso acontece porque houve também uma mudança no padrão de consumo de bebidas ingeridas por elas, no qual refrigerantes e suco de frutas são cada vez mais frequentes. Os sucos de laranja e uva, por exemplo, estão entre os preferidos pelas crianças e geralmente são vistos como opções saudáveis pelas mães.

No entanto, o seu consumo frequente traz riscos não só pela quantidade de açúcar (principalmente no caso dos sucos artificiais), que predispõe ao aparecimento da cárie, quanto também pela sua acidez, que pode levar a erosão dentária. O mesmo pode ser dito dos refrigerantes, que são ainda mais ácidos.

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Os sinais iniciais da erosão dificilmente são detectados pelas mães, mas durante o exame clínico, o dentista pode avaliá-los. Os sinais e sintomas mais evidentes são a perda quase que total do esmalte dentário, manchamento, bordas transparentes, sensibilidade, diminuição da espessura do dente e facilidade de sofrer fraturas. Como a partir dos 6 anos já começam a surgir os dentes permanentes, os danos a partir desta fase podem ser mais preocupantes.

É importante saber também que existe uma outra forma de erosão, que chamamos de intrínseca, sendo causada pelo próprio ácido gástrico no caso de refluxo ou regurgitação frequentes decorrentes de problemas médicos ou até psicológicos. A saliva tem um importante papel na remineralização dos dentes, ou seja, ela ajuda a neutralizar o ambiente bucal e devolve aos dentes o mineral perdido. No entanto, caso a presença de ácidos seja muito frequente, não há tempo suficiente para que ela realize esta função.

A perda visível de estrutura causada pela erosão dentária não pode ser recuperada e pouco pode ser feito para evitar sua ação além da mudança de hábitos. Por isso, a informação é sempre a melhor forma de preveni-la!

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
Dentinho de Leite

Antibiótico faz mal para os dentes das crianças?

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A ideia de que antibiótico faz mal para os dentes é bastante difundida entre todos, principalmente entre as mamães, porém trate-se, pelo menos em parte, de um mito!

Existe apenas um grupo de antibiótico que interfere diretamente com a saúde dos dentes, são as tetraciclinas. Quando administrada, a tetraciclina pode se depositar nos dentes permanentes da criança que, apesar de ainda não terem nascido, já estão em formação, alterando sua cor. Assim, conforme estes dentes aparecem na boca, nos deparamos com manchas acastanhadas ou escurecidas. Essa pigmentação se dá por via sistêmica, ou seja, a substância entra em contato na corrente sanguínea após o antibiótico ser ingerido e chega até os ossos maxilares, onde os dentes permanentes estão se formando. Por esse motivo, apenas os dentes permanentes são afetados, não os de leite, que já se formaram. Mesmo assim, é necessário que a tetraciclina seja administrada em grande quantidade e alta frequência para que isso aconteça.

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Assim, as tetraciclinas nunca são receitadas por médicos ou dentistas na fase da vida em que os dentes permanentes estão se formando (que vai de 0 a 11 anos, aproximadamente). Depois desta fase, nem mesmo as tetraciclinas causam algum problema.

Os outros grupos de antibióticos não interferem em nada com a saúde dos dentes de leite ou permanentes, podendo ser utilizados com tranquilidade. Sendo assim, não há sentido nenhum pensar que os dentes do seu filho ficaram “fracos” pelo fato de ele ter tomado antibiótico quando bebê.

O que pode acontecer é que quando os antibióticos são formulados em solução ou xarope para serem administrados às crianças, é adicionada alguma forma de açúcar para deixar o sabor mais adocicado e facilitar a ingestão. Aí sim eles podem trazer problemas se utilizados com alta frequência pelas crianças, mas não pelo antibiótico em si, e sim pelo açúcar, que é de fato o grande vilão!

Portanto, vale o cuidado: apesar deste conhecimento ser bem difundido entre pediatras e odontopediatras, confira sempre qual tipo de antibiótico está sendo receitado para os pequenos!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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5 dúvidas sobre a escovação dos dentes das crianças

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Olá, mamães!

Hoje vamos falar sobre escovação, um assunto tão importante e, às vezes, subestimado por algumas mães. É simples entender porque isso acontece, afinal a tarefa não é fácil. Além do mais… os dentes de leite não vão cair mesmo? Sim, porém os últimos dentes de leite só serão perdidos por volta dos 11 anos e todos eles têm importantes papéis na nutrição, fonação, crescimento e desenvolvimento dos ossos e músculos maxilares e servir de guia para o dente permanente. Além disso, os dentes de leite são bastante susceptíveis à cárie que, uma vez presente, pode ocasionar a mesma dor sentida pelo adulto. Então, vamos lá!

1. É necessário higienizar a cavidade oral do bebê que ainda não possui dentes?

Nesta fase ainda não há necessidade, pois as principais bactérias patogênicas (que causam doenças) só passam a habitar a boca do bebê quando os dentes aparecem. A saliva e o leite materno são suficientes para a proteção e limpeza da cavidade bucal. A partir dos 2 meses, no entanto, pode ser feita higienização com gaze e água filtrada ou com dedeiras apropriadas. A partir do nascimento dos primeiros dentes, já é indicada a higienização com escova de dente apropriada (cerdas macias e cabeça pequena), não sendo mais suficiente a dedeira para a remoção da placa bacteriana.

2. Os bebês que só mamam também precisam ter os dentes escovados?

Sim, tanto o leite materno quanto os complementos possuem em sua composição substâncias que capazes de provocar a doença cárie, apesar de seu importante papel no desenvolvimento do bebê.

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3. Qual pasta deve ser utilizada?

Há algum tempo a pasta com flúor só era indicada a partir dos 6 anos de idade, mas atualmente este conceito está ultrapassado e a indicação é que se use a pasta com flúor desde o nascimento dos primeiros dentes. Isso porque seus benefícios superam em muito o eventual risco de fluorose (manchas esbranquiçadas que aparecem nos dentes permanentes), caso a criança venha a engolir continuamente creme dental com flúor. Mas para isso é necessário que ela seja usada da maneira correta: apenas uma vez ao dia e em quantidade igual a um grão de arroz, optando-se sempre por uma pasta com 1.100 ppm de flúor ou mais. Nas demais escovações ao longo do dia, pode ser usada pasta sem flúor.

4. Meu filho não me deixa escovar os dentes dele, o que eu faço?

A maioria deles não deixará mesmo! Dificilmente uma criança colaborará para que você escove os dentes dela da maneira correta. Isso porque a boca tem um papel muito importante na boca do bebê e a escovação irá sempre incomodá-lo. O importante é saber que a escovação não machuca, portanto, o choro está muito mais associado à manha do que a dor. Provavelmente ele vai chorar para cortar o cabelo, receber vacina, tomar remédio…todas estas atitudes que não podem ser descartadas. O Odontopediatra poderá orientar quanto ao posicionamento e técnicas ideais para a escovação do seu filho.

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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Trauma dental em bebês e crianças

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Olá, mamães!

Hoje vamos falar sobre a ocorrência de trauma dental em bebês e crianças, um assunto que costuma assustar bastante os pais, principalmente porque a boca é uma região bem vascularizada e mesmo pequenos traumas ocasionam bastante sangramento.

Desde as primeiras tentativas de engatinhar e andar até a fase em que os pequenos adoram brincar de correr, andar de bicicleta e jogar bola, diversos são os episódios que predispõem ao trauma dental e pouco podemos fazer para preveni-los, já que essas atividades são importantes para a criança.

Geralmente, os dentes afetados são os da frente, uma vez que são mais expostos, sendo que nas crianças que usam chupeta por muito tempo, a chance de acometê-los é maior, pois ficam inclinados para frente e/ou pelo que chamamos de ausência de “selamento labial” (pelas mudanças que a chupeta provoca na boca, os lábios não se fecham completamente, deixando os dentes desprotegidos). Dentre os tipos de trauma mais comuns estão a fratura (do dente ou de sua raiz), os deslocamentos, que podem deixar os dentinhos com mobilidade, ou mesmo a sua perda.

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Ao contrário do que muitos pensam, os dentes de leite também possuem raiz, assim como os permanentes. Elas não são visíveis quando o dentinho cai porque vão sendo reabsorvidas à medida que o dente permanente vai se formando dentro dos ossos maxilares. Para os dentes da frente, essa formação se dá entre os 8 meses de idade e os 5 anos, sendo que entre os 6 e os 7 anos ele nasce. Por esse motivo, o trauma no dente de leite pode trazer algumas consequências para os permanentes, que vão desde manchas até deslocamentos que mais tarde podem dificultar sua erupção.

No momento do trauma, é importante para os pais manterem a calma e saberem que quanto menor o tempo decorrido entre o trauma e o atendimento, maiores as chances de recuperação e mais amplas serão as possibilidades de tratamento. Se houver perda do dente de leite, é besteira pensar que não há problema só porque ele não é definitivo, a não ser que a criança já esteja próxima dos 6 anos de idade. A falta do dentinho de leite atrapalha a fonação e a alimentação, mas podem ficar tranquilas, pois, caso isso ocorra, há diferentes alternativas para substituí-los para cada idade.

Para finalizar, tentem deixar o local o mais higienizado possível na ocorrência de algum trauma, mesmo que a região esteja um pouco dolorida, e não deixem de procurar tratamento!

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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Os primeiros dentinhos do bebê

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Olá, mamães!

Tenho percebido que o nascimento dos dentes do bebê é uma das primeiras dúvidas das mamães, até por uma questão cronológica natural: não nos preocupamos muito com a saúde bucal dos pequenos até que nasça o primeiro dente. Por esse motivo, acho que este é um bom assunto para o início desta coluna sobre Odontopediatria!

Questões como “Quando nasce o primeiro dentinho? É normal ter febre ou sentir dor? Como higienizar?” são bastante comuns, portanto vamos lá!

QUANDO NASCEM OS PRIMEIROS DENTINHOS

Os primeiros dentes a irromperem são aqueles que ficam bem no centro da arcada inferior (os incisivos centrais inferiores) e a época para o seu aparecimento é entre 5 e 8 meses. Depois deles, aparecerão os incisivos centrais superiores, seus correspondentes na arcada de cima, entre 6 e 10 meses de idade. A partir de então, até os 2 anos e meio da criança, todos os outros dentinhos surgirão aos poucos até que se completem os 20 dentes de leite, 10 deles no arco superior e 10 no arco inferior. Assim permanecerá a dentição até os 6 anos da criança, quando nasce o primeiro dente permanente. Ao contrário do que muitas mães pensam, ele nasce lá atrás, sem que caia nenhum outro dente. Concomitantemente, os dentinhos da frente embaixo começam a ficar com mobilidade.

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É interessante saber que, por mais que o bebê nasça sem nenhum dente de leite, estes já começam a se formar ainda na barriga da mãe, no terceiro mês de gravidez. Desta forma, alterações na dentição de leite são bem menos comuns que na dentição permanente, ainda que possam ocorrer. Isso significa que as mamães podem ficar calmas antes de acharem que há algum problema quando o dente do bebê estiver demorando a nascer. Assim como a hora de começar a engatinhar, andar e falar, a época do nascimento dos dentinhos são próprias de cada criança e as vezes acabam fugindo um pouquinho da média.

É NORMAL SENTIR FEBRE OU DOR?

É normal que o bebê se mostre irritado e recuse certos alimentos alguns dias antes e/ou depois do nascimento de qualquer um dos dentes de leite. De fato, seu surgimento causa desconforto e às vezes até dor local e, para isso, a melhor opção é oferecer a eles mordedores ou frutas geladas. Em alguns casos, medicamentos podem ser necessários, mas sempre sob recomendação do odontopediatra.

Outros sintomas como febre baixa, diarreia leve e aumento da salivação também são comumente associados a esta fase. Nem sempre eles estão diretamente relacionados ao aparecimento do dente, mas sim ao fato de esta ser uma época repleta de mudanças: introdução de novos alimentos, início da escolinha e do contato com outras crianças, maturação das glândulas salivares e, o que acontecesse com bastante frequência, o hábito de levar a mão ou outros objetos diferentes à boca, justamente como forma de alívio. Tudo isso pode ser responsável pelo aparecimento destes sintomas. Na realidade, a erupção dentária é um processo fisiológico e, cientificamente, não há nenhuma explicação para o aparecimento da febre por conta dela. Portanto, atenção: febre alta e vômitos devem ser investigados.

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COMO HIGIENIZAR

Outro ponto importante: a partir do aparecimento do primeiro dente deve ter início também o uso da escova de dente convencional – apropriada para esta fase – e do creme dental. As dedeiras são ótimas para higienizar a cavidade bucal do bebê antes dos dentes nascerem, mas assim que isto ocorre não são mais suficientes. O uso da pasta com flúor é um assunto bastante polêmico e por isso merece uma coluna só para ele!

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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