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Alimentação da mãe durante a amamentação, cólicas e alergia à proteína do leite de vaca

No quinto e último episódio do nosso Especial Amamentação, conversei com a consultora Natália Rodrigues, da Maternamente Consultoria, sobre a alimentação da mãe durante a amamentação, as temidas cólicas do bebê e as possíveis alergias – em especial, a alergia à proteína do leite de vaca.

Abordamos os mitos sobre alimentos x produção de leite, como deve ser a dieta da lactante, o que podemos ou não comer, e o que causa de fato as cólicas (se é que devemos chamá-las assim) nos bebês. Sobre a alergia à proteína do leite de vaca, este foi um tema sobre o qual muitas mães me mandaram DMs no Instagram (@babies_cz) e fiquei impressionada com a quantidade de bebês APLV. Por isso, queria que a Natália explicasse quais são os primeiros sinais de alergia à proteína do leite de vaca e o que as mães devem fazer em caso de suspeita.

https://www.instagram.com/tv/CEzcLeChoE8/?utm_source=ig_web_copy_link

Por fim, espero que tenham gostado dessa série especial de vídeos, que foi feita com muito carinho! Como disse tantas vezes nos Stories, acredito que ter informação pode ajudar – e muito – as mães que desejam amamentar. Não são poucos os desafios ao longo do caminho. Mas há coisas que podemos evitar; em outros casos, ajuda saber que vão passar. O começo costuma ser meio turbulento, mas, depois, fica muito bom! Quando me falavam isso nos primeiros dias eu nem conseguia imaginar…! rs Amamentação é um aprendizado, tanto para o bebê quanto para a mãe. E por isso mesmo, continuaremos falando do assunto por aqui. Porque sempre tem novas coisas para a gente aprender!

Se você ainda não viu os outros episódios do Especial Amamentação, seguem os links:

Ep. 1 – Dicas gerais
Ep. 2 – Apojadura e pega
Ep. 3 – Livre demanda x Rotina
Ep. 4 – Feridas, mastite, candidíase mamária, etc

MãesAmamentação

O bebê está com cólica? Entenda o porquê e como você pode ajudar

Choro que falta até o ar, rostinho vermelho, pernas encolhidas e dedinhos contraídos são alguns dos sinais típicos de que o bebê está com cólica. Para entender melhor porquê muitos sofrem de cólica, e aprender dicas valiosas de como evitar, conversamos com a pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana, dra. Daniela de Melo Gonçalves. Dá uma olhada nas explicações dela:

cz-babies-kids-saude-bebe-com-colica

– Quando começam as cólicas do bebê?

A cólica do lactente ocorre geralmente depois de duas semanas de vida e pode perdurar até o quarto mês. Normalmente ocorre no final da tarde ou a noite. Por definição, refere-se a um choro súbito, inexplicável e inconsolável, no qual o bebê se estica, fica vermelho, vira a cabeça para os lados com a coxa fletida, e podendo eliminar gases com alguns períodos de pausa.

– Por que bebês têm cólicas tão freqüente? 

As causas de cólica ainda são controversas. Acredita-se que possa ter uma incoordenação do sistema nervoso autônomo ou neuropático, cuja origem frequente seja mais emocional do que gastrointestinal. Outra hipótese, mais psicoanalítica, é que as cólicas seriam um desajuste no relacionamento mãe-bebê, sendo o corpo utilizado como meio de expressão desse desconforto. Portanto, vemos que a causa não é bem estabelecida, mas parece ter relação com uma relativa imaturidade do bebê, que vai melhorar com o seu crescimento.

– Todo bebê tem cólica ou não é uma regra?

Não. E nem todo bebê que tem cólica tem relação com o que foi relacionado acima. E um fato importante, que muita gente faz confusão, é que a cólica pode acontecer tanto em bebês alimentados no seio, como os que usam fórmulas infantis. Portanto, tem-se a relação de alguns alimentos provocarem mais cólica.

– Como identificar uma cólica?

O diagnostico da cólica é clínico. Primeiramente, suspeita-se quando aquele choro passou do limiar, dito como normal. Tem-se na literatura descrita os critérios de Wessel, publicados há quase meio século e conhecidos como a “regra dos 3”: duram pelo menos 3 horas, ocorrem pelo menos 3 dias por semana e pelo menos 3 semanas seguidas; desaparecem aos 3 meses de vida. Acresce o curioso fato do choro com “hora certa”, isto é, as cólicas ocorrem num horário predeterminado, geralmente no fim da tarde, início da noite.

– A alimentação da mãe influência no aparecimento dela?

Não há comprovação científica de que a inclusão de leite de vaca ou alimentos alergênico (glúten, peixes, crustáceos são alguns deles) por parte da mãe possam dar cólica no bebê. Porém, se o bebê está muito chorão, vale a pena excluir por um tempo da dieta da mãe e observar a resposta do bebê.

– O que os pais podem fazer para ajudar?

Existem algumas orientações que passamos, porém, a maioria sem comprovação científica de eficácia, apenas clínica. São elas:

  • Passear de carrinho ao ar livre com o bebê
  • Segurar o bebê bem enroladinho como um charutinho, ajudando-o a se sentir mais seguro
  • Barulhos constantes ou rítmicos como o ventilador acalmam alguns bebês
  • Massagens leves ajudam a eliminação dos gases diminuindo o desconforto intestinal
  • Colocá-lo sempre para arrotar depois de cada mamada
  • Ambiente tranquilo, com música suave, ajuda a acalmar o bebê
  • E o principal, são os pais respirarem fundo e tentarem manter a calma. Isso vai ajudar muito seu bebê

– Que tipo de medicamentos é mais recomendados?

São usados alguns medicamentos, porém, sem muita eficácia comprovada. simeticona reduz a tensão superficial das bolhas no trato intestinal, permitindo que os gases seja eliminado. Medicamentos anticolinergicos são contraindicados por seus efeitos colaterais, e não devem ser usados. O que se tem de mais novo são os lactobacilos, que ajudariam na regulação do trânsito intestinal e, a longo prazo, com melhora do choro mas ainda necessita-se de mais estudos para comprovar. Mediante a tudo isso, o segredo é ter paciência e calma que logo vai melhorar.

Veja também: Os benefícios da acupuntura para o bebê

E mais: Calendário de vacinação sofre mudanças em 2016

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