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Como escolher a escolinha ou a creche?

Semana passada, a Dani Nogueira, colunista da Pais em Ação, compartilhou sua opinião sobre a (difícil) questão de creche, escolinha ou babá. No texto, a psicóloga e educadora defende a importância de respeitar o tempo e as necessidades dos bebês. Afinal, na pressa de darmos o melhor para os pequenos, podemos acabar atrapalhando fases importantes do seu desenvolvimento. Compartilhei o texto no nosso Instagram e comentei com nossas seguidoras que estou na fase dessa difícil escolha. Perguntei a elas quais haviam sido os critérios de escolha da escolinha e recebi tantas respostas que achei melhor reuni-las em um post aqui. Para complementar, peguei ainda dicas de especialistas sobre as perguntas você deve fazer antes de matricular seu filho em uma escolinha ou creche. Confira:

como escolher a escolinha

Foto: Yan Krukov no Pexels

Escolinha, creche ou babá: a visão das leitoras

Vocês mandaram dezenas de mensagens contando suas experiências pessoais. Foi possível encontrar relatos sobre as três opções e como isso funcionou para cada família. Veja um resumo da visão das leitoras sobre cada uma delas aqui:

Escolinha ou creche

Colocar os pequenos em uma instituição de ensino não é uma decisão fácil para muitas famílias. Afinal, é uma grande mudança na rotina dos pequenos e da família. No entanto, a maioria opta por esse caminho pelos mesmos motivos. São eles:

  • Maior interação com outras crianças;
  • Mais estímulos para desenvolvimento;
  • Aprender a se comportar convivendo com pessoas que não são da família;
  • Aprender algumas habilidades específicas (como outro idioma).

A maioria das famílias relatou estar feliz com a escolha. O único alerta foi para a escolha da instituição – segundo as mães, é preciso ter claro quais suas necessidades e expectativas para uma escolha assertiva.

Babá

Ter uma babá ainda é uma escolha entre famílias que não querem introduzir os pequenos em instituição de ensino nos primeiros anos. Para essas famílias, o conforto e a segurança do lar são importantes para o bom desenvolvimento das crianças e os estímulos de desenvolvimento podem ser dados pela cuidadora. E a interação com outras crianças pode ser feita em espaços de convivência – como parquinhos, pracinhas ou o play do prédio.

Outro ponto levantado por algumas mães é o das doenças. É comum que as crianças fiquem doentes com certa frequência quando estão na escolinha, já que existe um maior contato com outras crianças e o sistema imunológico ainda está em formação.

como escolher a escolinha

Foto: Lukas para Pexels

Quais os critérios para escolher a escolinha – segundo as mães

Na caixinha de perguntas do Instagram, vocês deixaram uma série de exigências para escolher o local que seus filhos vão estudar. Cada mãe tem seu filtro, mas muitos foram parecidos – então, reunimos aqui os critérios mais comuns entre vocês.

Proximidade de casa

Uma das questões mais abordadas pelas mães nas caixinhas foi a proximidade da escolinha ou creche com a casa. Esse ponto é importante por vários motivos: menor tempo de deslocamento, economia, maior facilidade para buscar a criança no período de adaptação ou caso ocorra algum problema, entre outros.

Acolhimento

Um ponto presente em quase todas as caixinhas é o acolhimento e carinho com as crianças. Como a Dani Nogueira citou em sua coluna, esse é um ponto importantíssimo para as crianças, principalmente até os três anos. No entanto, nem sempre é possível ter certeza desse fato apenas com uma visita agendada ao local.

Por isso, se esse ponto também é importante na sua escolha, veja algumas dicas das mães:

  • Converse com outros pais que têm filhos matriculados no local;
  • Pergunte aos profissionais quais atitudes são tomadas frente a situações comuns, como “manha” e não querer compartilhar um brinquedo;
  • Observe o comportamento das crianças durante sua visita e a relação delas com os funcionários;
  • Se a escola permitir visita não agendada, vá em momentos diferentes do dia para observar.

Número de crianças por cuidador

Esse critério é essencial para garantir que o acolhimento seja uma realidade. Afinal, como os cuidadores vão conseguir acolher e cuidar com atenção se estão sobrecarregados com o número de crianças? Quanto menor o número de crianças por cuidador, maior a chance do cuidado ser mais humano e acolhedor.

Fique atenta se o número de cuidadores é constante: em alguns locais, existem “monitores” que só atuam com as crianças em certos momentos, como na hora da refeição. No entanto, ao longo do dia, elas não trabalham junto com os cuidadores. Portanto, não devem entrar na conta de cuidador por criança.

* Segundo especialistas, o ideal para crianças de até 18 meses é de 1 cuidador para até 3 crianças. Para maiores de 18 meses, a relação é de 1 cuidador para 4 crianças.

Linha pedagógica

Um ponto destacado por muitas leitoras foi a linha pedagógica seguida pela escola. Esse fator é determinante para você saber qual a postura dos cuidadores para com as crianças, a rotina dela, quais estímulos serão apresentados e como isso será feito.

Estrutura da escola

A estrutura da escola foi apontada por diversas leitoras. A grande maioria disse que prefere locais menores e sem “aparência de escola”. Veja alguns critérios usados para analisar os locais:

  • Ventilação;
  • Natureza;
  • Espaço para brincadeiras ao ar livre;
  • Cozinha limpa e bem equipada.

Alimentação

Algumas escolinhas e creches fornecem as refeições e, nesses casos, ela também se torna um fator de escolha. O cardápio oferecido, a procedência dos alimentos (orgânicos ou não?), a cozinha onde os alimentos são preparados, como a comida é oferecida para os pequenos… Todos esses pontos são levados em conta na hora de selecionar.

Ensino bilíngue

A introdução de um segundo idioma – normalmente, o inglês – desde a primeira infância é um ideal de muitos pais.

como escolher a escolinha

Foto: Yan Krukov no Pexels

O que perguntar e avaliar na escolinha – segundo especialistas

Para complementar os conselhos das mães, reunimos as dicas de dois especialistas: Dani Nogueira, nossa colunista, e Daniel Becker, pediatra e sanitarista.

Separamos algumas perguntas-chave que os dois especialistas recomendam. Vamos separá-las em dois blocos: as que se referem ao cuidado com as crianças e as de estrutura e higiene.

Perguntas sobre cuidado, acolhimento e interações

Dani Nogueira, psicóloga e educadora, apontou algumas questões que devem ser feitas antes de fechar a matrícula em qualquer instituição. São elas:

  • Posso ver a agenda escolar/planner das aulas de vocês?

Avaliando o planner das aulas você consegue saber como é, de fato, dividido o tempo entre tarefas, tempo livre, brincadeiras ao ar livre e etc. Peça para ver o planner, já que nem sempre o que é dito é aplicado.

  • Gostaria de ver a rotina diária da turma do meu filho. Pode me mostrar a atual ou a do ano passado?

Essa é outra forma de avaliar como as atividades são distribuídas, os horários dados a cada uma, etc. Assim você pode avaliar, por exemplo, quantas horas de brincadeiras o seu filho tem disponível na agenda dessa escola.

  • Como é feito o uso de telas?

Durante a fase crítica da pandemia, as telas foram aliadas. No entanto, com o controle da doença e volta às atividades presenciais, o uso da tela, principalmente com as crianças menores, é desnecessário. Avalie se elas são usadas e veja se você concorda com essa dinâmica.

  • Qual a conduta da escola quando um aluno não está pronto ou não quer fazer uma das atividades propostas? Qual é o treinamento que vocês dão às professoras nesses casos?
  • Qual é o posicionamento que vocês recomendam para os cuidadores quando há conflitos, disputas de brinquedos e mordidas?
  • O que é feito se a criança faz birra? O que é feito se a criança descumpre uma regra? 

Todas essas perguntas são referentes à postura dos cuidadores frente a desafios comuns no cuidado com as crianças. Avalie se as respostas condizem com a forma que você escolheu educar seu filho.

Foto: Yan Krukov no Pexels

Perguntas sobre estrutura e higiene

No seu Instagram, o pediatra Daniel Becker compartilha diversas dicas para mães, pais e cuidadores. Separamos aqui algumas questões referentes ao ambiente escolar:

Higiene e alimentação

  • Há janelas amplas nos ambientes e se elas ficam abertas para boa circulação do ar?
  • Professores e funcionários usam PFF2?
  • Há álcool em gel disponível em todos os ambientes?
  • Qual o procedimento caso algum aluno, professor ou funcionário tenha sintomas de COVID-19 ou outra doença transmissível?
  • Avalie a limpeza de banheiros e da cozinha.
  • Onde são armazenados os alimentos?
  • Qual o cardápio das refeições?
  • É oferecido açúcar? Industrializados? É necessário avaliar tudo que pode ser oferecido, não só nas refeições principais, mas também nos lanches.

Estrutura e segurança

  • Há redes em todas as janelas e escadas?
  • O piso é antiderrapante?
  • Objetos pesados ou perigosos ficam fora do alcance?
  • Cozinha e áreas de risco para os pequenos ficam isoladas com portas adequadas?
  • Há extintores, plano de evacuação e preparação para incêndios?
  • Como é o chão embaixo dos balanços, trepadores e gangorras?
  • Os brinquedos estão em bom estado? É feita alguma manutenção?
  • O que é feito no caso de emergência ou acidente?
Como escolher a escolinha

Foto: Naomi Shi no Pexels

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Leia mais: O que aprendi com a Daniela Nogueira sobre infância, educação e respeito às crianças

Veja também: Coluna Pais em Ação: Creche, escola ou babá?

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Babies & KidsEducaçãoMães

Coluna Pais em Ação: creche, escola ou babá?

Uma das decisões que as famílias precisam tomar logo nos primeiros anos da criança é quem será responsável pelo cuidado dela enquanto os os pais trabalham. Há quem opte por deixar o filho com parentes, outros com babá e também há quem escolha a creche ou escolinha. Essa decisão não é simples e causa muitas dúvidas e desconfortos nos pais. Por isso, a Daniela Nogueira traz sua reflexão sobre o tema. Confira:

criança brincando com caminhão

Foto: Yan Krukov

Lembre-se: seu bebê não precisa de currículo

Em qualquer lugar do mundo pais e mães têm de trabalhar, precisam de tempo para si e necessitam de um local de acolhimento para seus bebês. Não podemos fugir da realidade: creches, pré-escolas e locais que acolhem os 3 primeiros anos são extremamente necessários na nossa sociedade. No entanto, não podemos esquecer que o cuidado das crianças é e sempre foi um business e, por isso, devemos nos atentar a alguns pontos.

Do que o bebê realmente precisa?

É preciso sensibilidade e conhecimento sobre o que um bebê realmente precisa para que, como sociedade, possamos começar a oferecer espaços mais respeitosos para os pequenos. A neurociência hoje comprova o que a pediatra Emmi Pikler já falava desde o período pós 2ª guerra: os três primeiros anos de vida são fundamentais na formação do indivíduo, seu cérebro, psiquismo e construção corporal.

De fato, o melhor lugar para um bebê estar durante o período de 0 a 3 é ao lado de sua família, mas isso nem sempre é possível. E se é preciso mandá-lo para a creche para conviver dentro de um grupo, o único “currículo” que ele vai precisar são os cuidados de sua professora. Ou seja: o currículo é o cuidado dela com o seu filho. Ao bebê deve ser oferecido a continuidade da segurança de sua casa através da relação construída aos poucos com sua educadora.

Estes cuidados – que muitos consideram um trabalho “subalterno”, como: a troca de fralda, banho, refeições, etc – literalmente ajudam a construir o cérebro do seu filho. Isso porque eles abrem e reforçam caminhos neurais. O olho no olho e as conversas durante os cuidados criam intimidade, por isso a importância de manter a mesma cuidadora do começo ao fim e o mesmo padrão de cuidado. Isso é ciência e não opinião.

Quando a educadora ocupou-se de tudo isso com o bebê, ela pode deixá-lo tranquilo (já que o ambiente foi pensado para ser seguro) para explorar o que ele quiser, principalmente o próprio corpo através da motricidade livre.

E do que o bebê não precisa?

Mas e o inglês? E o violão tocando alto junto das vozes dos adultos sentados em roda? E as “atividades”? Elas não são necessárias agora. Pense comigo: o bebê ainda não se conhece como um “EU” à parte de sua mãe, ele ainda não tem uma representação completa de si. Já repararam como bebês ficam juntos, mas não “brincam juntos”? É difícil viver o “nós” quando ele ainda não integrou o “eu” e isso é um processo longo que pode ultrapassar os 3 aninhos de vida.

Que vantagem há então em fazer um grupão de bebês cantar juntos? Ou “ensiná-los” a identificar objetos e símbolos como letras e números? A maturação precede a aprendizagem. Ignorar isso é colocar o carro na frente do boi. Não se enganem com repetições, o cérebro humano é uma máquina e algumas crianças darão conta dos currículos escolares, mas em hipótese alguma isto significa que o emocional dela caminha lado a lado com o conhecimento, muitas vezes vazio, desses conteúdos.

As crianças que estão em seu ritmo normal e parecem não dar conta do tal conteúdo correm o risco de serem rotuladas e terem sua autoestima prejudicada numa fase tão importante de autonomia versus vergonha e dúvida. Já notaram como aumentou a demanda por terapia, por psicomotricidade, entre outras especialidades quando a criança está mais velha? Lá vai ela para o consultório fazer atividades que deveria ter feito quando era pequena, mas estava ocupada com as tarefinhas precoces.

O começo da mudança está nas mãos dos pais ao entenderem que bebê e criança pequena precisam de liberdade para brincar, cuidados excelentes e ZERO currículo. Se insistem em oferecer cada vez mais maluquices para crianças cada vez menores é porque existe mercado pra isso: os próprios pais que de bom coração acreditam que estão oferecendo o melhor para os bebês. Porém, segundo a neurociência e os índices cada vez mais altos de ansiedade infantil vemos que isso não é verdade. Como disse Albert Einstein: insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.

Então, o que é melhor: deixar em casa com a babá ou por cedo na escolinha?

Logo de cara já quero dizer que eu não tenho as respostas! Cada família tem uma necessidade, uma prioridade e, por quê não, uma angústia. Meu trabalho é ajudar nas reflexões e nas informações, seria muita pretensão dizer o que cada pai deve fazer. Vou citar exemplos do que tenho ouvido ao longo dos anos:

  • “Prefiro deixar na escola do que casa com babá sem fazer nada”;
  • “Sabe como é, pelo menos na escola está aprendendo alguma coisa e interagindo com outros”;
  • “Mas o bebê não vai enjoar de brincar com as mesmas coisas em casa e ir na mesma pracinha/play todos dias?”;
  • “Socializar é muito importante não dá para fazer isso fora da creche pois ele não tem primos”;
  • “Não sei mais o que inventar para entreter meu bebê, pelo menos na escola tem novidades o tempo todo”;
  • “Melhor na creche do que com babá vendo TV”, dentre outras.

Quero responder cada uma dessas preocupações, mas para isso é preciso conhecer e entender uma pessoa: O BEBÊ! O bebê não é uma versão minúscula de um adulto, portanto a lógica e a agenda adulta não se encaixam em nada aqui. Um nenê e um toddler estão descobrindo (do verbo: isso é um processo que levará anos) o mundo e não há NADA de entediante nisso!

Seu filho está descobrindo o mundo: aos poucos!

Como disse Alison Gopnik, em um TEDtalk, ser um bebê é como estar apaixonado, em Paris pela primeira vez, logo após ter tomado três expressos duplos! Pensem nisso e jamais se preocuparão se a criança pequena está entediada! Cada despertar de manhã é uma nova chance de continuar a entender a vida, a casa, os objetos, as pessoas, etc. Cada dia ela elabora e adiciona um punhado de informações e conhecimento que vai adquirindo.

Alison completa dizendo que é por isso que, às vezes, fica-se acordado e chorando às 3 da manhã – é muita informação, muita novidade! Então se acalmem, até os 3 anos o mundo pode ser apresentado em pequenas doses.

Daí, podemos ampliar nossa reflexão falando sobre a importância da rotina. Se um nenê já é fascinado com tudo o que aparece, imaginem se a cada dia aparecem mais e mais coisas? Mais novidades, mais brinquedos, mais cores primárias, mais massinha, mais giz de cera, mais músicas… Que cansativo! Não vou nem mencionar neste texto o mal que faz a TV e todos os outros tipos de tela nessa fase. Como o seu bebê vai processar tanta informação se seu cérebro ainda não está nem perto de estar todo formado e este órgão já tem o seu trabalho natural a fazer?

É através da rotina e do ambiente tranquilo e emocionalmente acolhedor que um bebê vai dar seus primeiros passos rumo à criatividade. Só vivendo a “mesmice” ele verdadeiramente dará conta da novidade. O novo só vem a partir do que já é conhecido e para um bebê isso leva TEMPO. São os adultos que se enjoam de fazer sempre a mesma coisa!

Quem ai nunca ouviu o filho repetir mil vezes a mesma história? E quanto aos brinquedos, eles não estão aqui para estimular (mais ainda? lembrem dos 3 expressos duplos hein!) seu filho, mas sim para matar a curiosidade dele. O nenê já nasce curioso e minha sugestão é: observe o interesse do seu bebê, pois não será o mesmo de um adulto.

Mas ele não aprende mais na escolinha?

Sobre a estar “aprendendo” ou “fazendo” algo, coisa que tanto escuto…nós vivemos em tempos que estar ocupado é sinal de status e estamos enfiando isso goela abaixo dos nenês e toddlers. Um bebê olhando fixamente para sua própria mão está “fazendo” um trabalho enorme! Um toddler enchendo e esvaziando uma bacia de legos está trabalhando! A motricidade livre é que permite ao bebê um desenvolvimento intelectual normal.

Agnes Szanto explicitou isso muito bem no simpósio internacional sobre a 1ª infância em SP. Um pequeno que fala ‘oi’ para o porteiro, para a cozinheira, para os conhecidos da roda íntima de seus pais já está socializando, outra grande preocupação dos pais. Quem já observou um grupo de vários bebês juntos sabe que eles podem até se ver e se tocar ou rir um para o outro, mas socializar como os pais imaginam ainda não acontece.

Primeiro, seu filho precisa descobrir a si mesmo para depois descobrir os outros – o bebê nasce na maior simbiose com a mãe e é com tempo e vivência que ele descobre que os dois não são um só. Imagina então lidar com mais 10 outros indivíduos? Há tempo para tudo!

O que realmente importa na hora de tomar essa decisão?

Seja em casa ou na creche o que importa é:

  • Quem vai cuidar do seu bebê;
  • Se ele terá tempo livre;
  • Se ele poderá ter sua motricidade livre (alô inteligência);
  • Se o ambiente é tranquilo e não cheio de tranqueiras, excesso de brinquedos ou cores.

Quem prefere tudo colorido são os adultos – ou só alguns deles, pois não acredito que iriam gostar de trabalhar num escritório lotado de cores primárias. Não é para ser sem cor, mas não precisar estar em todos os lugares, móveis e objetos – afinal, cor é estímulo visual. O ruim são os extremos. O que importa é se o bebê será respeitado como indivíduo, com suas singularidades e gostos, se as refeições serão dadas de forma calma (sem forçar e sem dizer “parabéns comeu tudo” ou “só mais uma colher vai”), se a troca de roupa e fralda será respeitosa.

Se ele não vai ser obrigado a “fazer” coisas, como: pinturas, sentar na roda, etc. De novo, queridos pais, não caiam nos extremos: não há nada errado com estas atividades, mas tudo tem seu tempo. Há coisas mais importantes para um bebê “fazer” e o segredo está no interesse dele, na brincadeira livre, no currículo ZERO e nos cuidados primordiais, sejam eles na creche, na escolinha ou em casa. Procurem por este lugar, demandem este nível de child care, com cuidadores treinados para olhar o bebê como ele é e então, deixem que ele faça seu próprio trabalho!

Até a próxima coluna,

Daniela Nogueira.

Daniela Nogueira é psicóloga de formação e educadora de coração. Aprofundou seus estudos sobre a primeira infância na abordagem Pikler pela Associação Pikler-Lóczy França (APL) em Paris e nos fundamentos do RIE, em Los Angeles, EUA. Idealizadora do Pais em Ação, projeto que apoia pais e mães na educação dos filhos oferecendo aconselhamento personalizado, domiciliar ou online, com um olhar de profundo respeito pela criança e sua infância. Daniela está envolvida no universo infantil há mais de 18 anos com experiências em co-educação nos EUA, trabalho terapêutico em instituições para crianças desabrigadas de suas famílias e atuação como professora na educação infantil em escolas particulares de São Paulo e Rio de Janeiro. Além do aconselhamento parental, ministra palestras e workshops ao vivo e online para escolas, empresas e grupos maternos. É mãe orgulhosa de casal de gêmeos de 5 anos.
ColunasPais em Ação

Do que as crianças precisam na primeira infância?

Tem vídeo novo no iGTV! E desta vez eu tive o prazer de bater um papo inspirador com a Daniela Nogueira, do Pais em Ação! Dani é psicóloga especialista em primeira infância e que faz aconselhamento para pais. Eu sou fã dela e de tudo o que ela compartilha em seu Instagram.

E como tema para este vídeo, que espero ser o primeiro de muitos, algumas das principais dúvidas que nós pais temos: do que as crianças precisam na primeira infância? Que atividades são aconselhadas para bebês? Quais são os brinquedos ideais para os pequenos? Ao longo do nosso bate-papo, Daniela respondeu estas e outras questões segundo a abordagem Pikler, que ela pratica. Vale muito a pena assistir! Ela desconstrói muitos mitos!

Aperte o play:

https://www.instagram.com/p/CFklqCfB9oc/

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Veja também: Nosso especial amamentação

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