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Pílula ou DIU: qual o melhor método contraceptivo no pós-parto?

Método contraceptivo

Hoje, na coluna Gestar, vamos falar sobre como escolher um método contraceptivo no pós-parto é fundamental, e deve ser um assunto discutido pela mulher com o seu obstetra logo depois do parto. 

A pílula anticoncepcional e o DIU são alguns dos métodos contraceptivos mais usados pelas puérperas. Entenda como cada um funciona:

PÍLULA

Método contraceptivo

As pílulas anticoncepcionais agem no muco do colo uterino, dificultando a ascensão dos espermatozóides, alterando os movimentos das trompas e a função do corpo lúteo.

O índice de falha da pílula é bem baixo, entre 1 e 4%, porém é importante seguir à risca o horário das tomadas, o ideal é não passar de 3 horas. Quando esquecido, deve-se tomar o quanto antes ou no máximo até 12 horas depois do último comprimido.

Quando a mulher está utilizando esse método ela pode ficar sem menstruar, o que chamamos de amenorréia, pode vir a ter ciclos menstruais irregulares, ou o que denominamos de “spotting“, que são pequenos escapes de sangue a qualquer hora.

DIU

Método contraceptivo

Os dispositivos intra-uterinos, popularmente conhecidos como DIUs, são opções muito seguras e podem ser utilizados por mulheres de todas a idades. E sua eficácia é muito elevada, com um índice de falha de 0,2% ao anos.

Durante muito tempo acreditou-se que o DIU não deveria ser usado por mulheres jovens porque ele poderia atrapalhar uma gestação futura. No entanto, diversos estudos já comprovaram que os dispositivos intra-uterinos são totalmente seguros e não atrapalham o desenvolvimento da gravidez. Inclusive, atualmente, são recomendados pela Organização Mundial da Saúde como método contraceptivo de mulheres jovens e adolescentes.

Existem dois tipos de DIU: o de cobre, e os hormonais.

DIU DE COBRE

O DIU de cobre é um método prático, muito eficaz, e pode ser uma ótima alternativa para quem não quer um contraceptivo à base de hormônios. Além de poder ser usado por até dez anos. 

Mas como ele impede a gravidez se não solta hormônios? O DIU de cobre funciona liberando íons de cobre que impedem a movimentação dos espermatozóides e geram alterações no endométrio, no muco cervical e nas trompas e, assim, impedem a fertilização do óvulo.

O DIU de cobre não impede que os ovários liberem um óvulo por mês, e por isso, costuma aumentar o aumentar o fluxo menstrual mensal da mulher, o que pode causar um pouco mais de cólica, principalmente nos três primeiros meses.

DIU HORMONAL

No Brasil, temos duas opções de DIUs hormonais. O primeiro e mais tradicional é o Mirena. O mais novo e moderno chama-se Kyleena. Ambos atuam da mesma maneira, liberando os hormônios que impedem a ascensão dos espermatozoides pelo canal cervical e promovem um ambiente desfavorável para a fecundação.

A principal diferença entre eles é o tamanho de cada um e a sua dose hormonal total e diária. O diâmetro e comprimento do Kyleena é um pouco menor, o que pode facilitar a inserção do dispositivo, principalmente em mulheres que tem o útero um pouco menor ou que nunca engravidaram.

Em relação à dose hormonal diária, é importante ressaltar que, no caso do DIU, a dose de hormônio absorvida pelo corpo é muito inferior a qualquer outro anticoncepcional hormonal como, pílulas, anel vaginal, adesivo, injetáveis, implante, etc. Por isso, ele é o método de contracepção hormonal mais seguro em relação ao risco de trombose. O DIU hormonal normalmente faz com que a mulher deixe de menstruar.

COMO É O PROCEDIMENTO PARA COLOCAR O DIU?

A inserção do DIU, tanto o de cobre como o hormonal, pode ser feita no próprio consultório do ginecologista, com anestesia local.

PÍLULA X DIU

Tanto a pílula como o DIU são métodos contraceptivos muito seguros e com uma eficiência muito parecida. O que deve ser levado em consideração na hora de escolher é o perfil de cada paciente e possíveis indicações específicas de cada caso.

Se você tem dificuldade de seguir uma rotina e vive esquecendo a hora dos remédios, pode ser mais interessante optar pelo DIU. Caso você queira engravidar de novo em breve, a pílula pode ser uma boa alternativa, pensando que a durabilidade do DIU é de cinco anos.

Seja qual for a sua sua escolha e o seu perfil, é fundamental que a sua decisão por qualquer método contraceptivo seja orientada por um médico ginecologista capaz de alinhar as expectativas e as possibilidades reais para cada mulher.

PRECISO USAR UM MÉTODO CONTRACEPTIVO MESMO SE ESTIVER AMAMENTANDO?

Ainda há muita gente que acredita que a amamentação seja um método contraceptivo natural, porque quando a mulher está em aleitamento exclusivo ela pode deixar de menstruar por muitos meses, porém isso não é verdade.

É importante ressaltar que o fato de a mulher não menstruar durante a amamentação não significa que ela não possa engravidar. Apesar de os hormônios FSH e LH estarem mais baixos por conta do aumento da prolactina durante a amamentação, o retorno da fertilidade é muito variável e pode mudar de mulher para mulher.

Por isso, é tão necessário que a mulher converse com o seu médico logo depois do parto para entender qual método contraceptivo é melhor, mais eficaz e seguro para ela. A indicação pode variar de acordo com o tempo do pós-parto e também com a amamentação.

POSSO USAR PÍLULA OU DIU ENQUANTO AMAMENTO?

PÍLULA

As pílulas que podem ser usadas durante a amamentação são as que contém apenas progestagênios (Desogestrel ou Levonorgestrel), pois o estrogênio, que faz parte da maior parte das pílulas anticoncepcionais tradicionais pode passar pelo leite e apresentar riscos para o bebê.

A pílula anticoncepcional administrada por via oral de maneira contínua pode ser iniciada após 40 dias de parto, é uma boa opção tanto para as mulheres que estão amamentando, como as que não.

Vale ressaltar que a pílula pode ser utilizada por quase todas as puérperas, e nesse caso não altera o risco cardiovascular, nem aumenta o risco de trombose.

DIU

O DIU (dispositivo intrauterino) pode ser colocado imediatamente após o parto, seja ele normal ou cesária, ou após 40 dias do nascimento do bebê, como a mulher preferir. Os dois tipos de DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, que pode ser o Mirena ou Kyleena, podem ser usados com tranquilidade durante a amamentação, sem prejuízos ou riscos para o bebê.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Descubra o que pode cortar o efeito da pílula anticoncepcional

No último No Ninho de trigêmeos que publicamos no site, a mãe Juliana nos contou que engravidou após o uso de medicamentos pós-cirúrgicos cortar o efeito da pílula anticoncepcional. Para entender melhor o que pode cortar o efeito da pílula anticoncepcional, conversamos com o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez. Vem ver os cuidados que ele ressalta para quem não planeja uma gravidez neste momento:

O que corta o efeito da pílula anticoncepcional, Pílula antico

– É VERDADE QUE ANTI-INFLAMATÓRIO CORTA O EFEITO DA PÍLULA? ALGUM OUTRO MEDICAMENTO TEM ESTE PODER?

O anti-inflamatório não corta o efeito da pílula pelo que demostram estudos, tanto que não constam nas bulas dos anticoncepcionais um alerta específico. O que pode acontecer é que o uso de muitos medicamentos podem levar a vômitos e diarréia e isto indiretamente levar a perda do efeito do anticoncepcional. Outra situação comum é a paciente confundir os antinflamatórios com anticovulsivantes ou antibióticos que são medicamentos que podem reduzir o efeito da pílula.

– O QUE PODE INIBIR OU CORTAR O EFEITO DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL?

O metabolização da pílula acontece pelo fígado e medicamentos que alteram algumas enzimas hepáticas podem diminuir ou cortar o efeito da pílula. Os principais medicamentos que colocam as usuárias de pílulas em risco de uma gravidez indesejada são os anticonvulsivantes (Fenobarbital, Carbamazepina, Basrabitúricos, etc). Vale lembrar que o Topiramato é um anticonvulsivante muito utilizado para emagrecimento e que este também pode interferir no efeito do anticoncepcional. O único antibiótico que comprovadamente diminui a eficácia da pílula é a Rifampicina. Todos os outros antibióticos não tem comprovação científica, porém alguns laboratórios colocam na bula que durante o uso de antibióticos (especialmente os derivados de penicilinas e tetraciclinas), deve-se usar algum outro método de barreira (camisinha masculina, camisinha feminina ou diafragma) para se proteger durante o tratamento com antibiótico e estender de 7 a 28 dias após seu término.

– SE HOUVER O USO DE REMÉDIOS QUE CORTAM O EFEITO, QUAL O TEMPO NECESSÁRIO PARA QUE A PÍLULA VOLTE AO SEU FUNCIONAMENTO CORRETO?

Isto depende do tipo de remédio. Em remédios de uso contínuo, como os anticonvulsivantes, o efeito é permanente e por isso mulheres que façam uso deles devem ser orientadas pelo ginecologista a usar outro método. No caso dos antibióticos, geralmente o risco permanece até 7 dias após o termino do tratamento. O único antibiótico que mantém o efeito da pílula reduzido é a Rifampicina que exige mais um mês de precaução.

O que corta o efeito da pílula anticoncepcional, Pílula antico

– É VERDADE QUE ALGUNS CHÁS PODEM TER O MESMO EFEITO INIBIDOR? SE SIM, QUAIS?

A erva de São João também conhecida como Hipérico ou Hipericão também tem efeito teórico na redução do ação do anticoncepcional oral e por este motivo a mulher que consome o chá desta erva deve tomar muito cuidado.

– MULHERES QUE ESTÃO COM CASOS DE DIARRÉIA OU VOMITO AUMENTA O RISCO DE BLOQUEIO DO EFEITO?

Sim. Para aquelas mulheres que vomitam até 3 a 4 horas após a ingestão do comprimido do anticoncepcional ou apresentem diarreia intensa, podem ter sua absorção prejudicada e tenham risco de engravidar. Nestes casos, a mulher deve proceder como se houvesse ocorrido o esquecimento daquela pílula e agir de acordo com as bulas ou de acordo com a orientação do seu ginecologista.

– EXISTEM NÚMEROS DAS CHANCES DE SE ENGRAVIDAR NESTES CASOS?

Nos casos em que a mulher toma corretamente o anticoncepcional oral a taxa de falha em média é de 1 a cada 1000 usuárias de pílula. Quando a mulher esquece de tomar, vomita a pílula ou tem algum outro fator que possa atrapalhar seu uso ideal; a taxa de falha sobe para 8 em cada 100 usuárias. Estes números demonstram bem a importância do uso ideal da pílula para que funcione perfeitamente.

– POR FIM, QUAL A MELHOR MANEIRA DE TOMAR A PÍLULA?

Justamente por ter sua eficácia ser dependente do uso regular da pílula, a melhor estratégia é que a mulher programe sua ingestão de maneira a nunca esquecer. Isso irá variar de mulher para mulher. O mais importante é tomar diariamente sempre no mesmo horário, independente de jejum ou tipo de alimento ou bebida. Hoje em dia existem muitos aplicativos de celular para ajudar a mulher a tomar a pílula regularmente sem esquecimentos.

Para aquelas mulheres que habitualmente esquecem de tomar alguma pílula com frequência, outra maneira de evitar filhos dever ser discutida com seu ginecologista. Hoje temos disponíveis métodos que não necessitam de lembrança tão frequente como as injeções mensais e trimestrais, implantes, DIUs e que podem ser melhores opções paras aquelas mais esquecidas.

(Foto: Reprodução)

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