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Saúde bucal: O que é selante dental?

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Os selantes são materiais aplicados à superfície dos dentes com o intuito de penetrar e aderir aos seus sulcos e rugosidades, tornando-os menos profundos e, portanto, dificultando que restos de alimentos fiquem ali retidos. Desta forma, dificulta-se também o aparecimento da cárie. Os selantes geralmente são aplicados nos dentes lá do fundo, uma vez que eles são os que possuem mais fissuras, sendo assim os mais difíceis de limpar e os mais propícios a acumularem restos de alimentos, mesmo após a escovação.

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Quais dentes devem sofrer a aplicação do selante?

Apenas em casos bem específicos aplicamos o selante nos dentes de leite, uma vez que devido a sua anatomia, eles não possuem tantas fissuras como os permanentes. A maior indicação para a aplicação do selante é no primeiro molar permanente, que aparece por volta dos 6 anos de idade. Este dente nasce lá no fundo, atrás do último dentinho de leite (são 4, um de cada lado), sem que nenhum outro caia antes e, geralmente, os pais acham que é mais um dente de leite. No entanto, ele possui muito mais sulcos e demora bastante para atingir a altura dos outros dentes, por isso a escova muitas vezes nem passa por ele. Junta-se a estes, o fato de que aos 6 anos as crianças ainda não terem autonomia suficiente para fazer uma boa escovação, mas também não gostam que os pais a façam…..por isso este é o dente mais susceptível à cárie! De acordo com a avaliação do dentista, ele pode achar que outros dentes também precisem de selante.

Todas a crianças precisam de selantes?

Nem todas! Na realidade, somente aquelas que apresentam risco moderado ou alto de desenvolver lesões de cárie, e isso é o dentista quem vai poder avaliar. Depende bastante da frequência de ingestão de açúcar, da quantidade de placa bacteriana no momento da avaliação, da frequência da aplicação de flúor e principalmente do histórico de cárie da criança. Crianças que nunca desenvolveram lesões e que tem boa higiene não precisam de selantes!

Os selantes duram para sempre?

Depende do material a ser utilizado, hoje em dia existem diversos. Há aqueles bem resistentes, colocados para durarem no longo prazo e outros e outros menos resistentes, cuja intenção é que durem apenas por um tempo até que passe a fase mais crítica para o desenvolvimento das lesões. O interessante é que se utilize materiais que liberam flúor para aumentar ainda mais o efeito preventivo.

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
ColunasDentinho de Leite

Erosão dentária em crianças

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Olá! A coluna de hoje é sobre um assunto que passa um pouco despercebido por muitas mães: o desgaste dos dentes por causa do excesso de ingestão de bebidas ácidas, como sucos e refrigerantes.

Tanto os dentes de leite quanto os permanentes são formados por um tecido vivo, a polpa, coberto por dois outros tecidos mineralizados, a dentina e esmalte. Este último pode ser considerado o tecido mais duro e resistente do nosso corpo, no entanto sua grande quantidade de minerais pode sofrer perdas quando em contato com substâncias ácidas. A este processo damos o nome de erosão dentária.

Atualmente, alguns estudos vêm demonstrando um aumento da sua frequência em crianças. Isso acontece porque houve também uma mudança no padrão de consumo de bebidas ingeridas por elas, no qual refrigerantes e suco de frutas são cada vez mais frequentes. Os sucos de laranja e uva, por exemplo, estão entre os preferidos pelas crianças e geralmente são vistos como opções saudáveis pelas mães.

No entanto, o seu consumo frequente traz riscos não só pela quantidade de açúcar (principalmente no caso dos sucos artificiais), que predispõe ao aparecimento da cárie, quanto também pela sua acidez, que pode levar a erosão dentária. O mesmo pode ser dito dos refrigerantes, que são ainda mais ácidos.

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Os sinais iniciais da erosão dificilmente são detectados pelas mães, mas durante o exame clínico, o dentista pode avaliá-los. Os sinais e sintomas mais evidentes são a perda quase que total do esmalte dentário, manchamento, bordas transparentes, sensibilidade, diminuição da espessura do dente e facilidade de sofrer fraturas. Como a partir dos 6 anos já começam a surgir os dentes permanentes, os danos a partir desta fase podem ser mais preocupantes.

É importante saber também que existe uma outra forma de erosão, que chamamos de intrínseca, sendo causada pelo próprio ácido gástrico no caso de refluxo ou regurgitação frequentes decorrentes de problemas médicos ou até psicológicos. A saliva tem um importante papel na remineralização dos dentes, ou seja, ela ajuda a neutralizar o ambiente bucal e devolve aos dentes o mineral perdido. No entanto, caso a presença de ácidos seja muito frequente, não há tempo suficiente para que ela realize esta função.

A perda visível de estrutura causada pela erosão dentária não pode ser recuperada e pouco pode ser feito para evitar sua ação além da mudança de hábitos. Por isso, a informação é sempre a melhor forma de preveni-la!

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
Dentinho de Leite

Seu filho range os dentes enquanto dorme?

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Você é uma das muitas mães que tem reparado que seu filho range os dentes enquanto dorme? O bruxismo, como chamamos este ato, tem ocorrido cada vez mais em crianças, sendo motivo de preocupação para muitas mamães atualmente, principalmente pelo barulho que os dentes fazem quando raspam um no outro.

Ele ocorre com maior frequência durante o sono e em períodos de estresse e excitação, embora possa também ocorrer durante o dia. É um ato inconsciente, sendo caracterizado por contrações rítmicas dos músculos da mastigação. Embora a ciência indique que o surgimento desta disfunção motora esteja relacionado ao sistema nervoso central, o seu sinal mais evidentes aparece na boca: o desgaste dos dentes, que pode ser suficiente para afetar diversas funções bucais e até trazer dor naquela articulação que fica perto do ouvido, que sentimos mexendo quando abrimos e fechamos a boca.

Apesar de ser difícil encontrar uma causa específica, os estudos mostram que alguns fatores estão associados à ocorrência do bruxismo: genética (sempre ela!), refluxo, estresse emocional, problemas respiratórios (bronquite, asma, obstruções nasais, rinite), sono não reparador, Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), dores de cabeça e também algumas síndromes (o bruxismo é bastante comum em pacientes especiais).

seu filho range os dentes enquanto dorme?

Uma característica do bruxismo em crianças é que ele tende a ser flutuante, isto é, ele vai e volta de acordo com a fase pela qual a criança está passando. Mas a boa notícia é que ele tende a diminuir com a idade, não necessariamente crianças com bruxismo se tornam adultos com bruxismo também. Ah, e não podemos confundir com os movimentos mandibulares que os bebês tendem a fazer na fase de erupção dos dentes de leite (até os 3 anos). Esses movimentos estão muito mais ligados ao descobrimento dos novos dentinhos nascendo ou à falta de uma posição certinha para encaixar a mandíbula, já que nem todos os dentinhos estão ainda presentes. O bruxismo verdadeiro costuma aparecer a partir dos 4 anos.

O tratamento consiste em uma abrangência multidisciplinar, já que diversos podem ser os motivos desencadeadores. O papel do odontopediatra nessas situações, além do diagnóstico, é restaurar e proteger a estrutura dental, o que em muitos casos pode ser feito com o uso de placas de mordida durante a noite. Mas é preciso avaliar o quanto está havendo de desgaste, se este chegou a uma fase prejudicial e também associar o tratamento à cronologia de perda dos dentes de leite e surgimento dos dentes permanentes.

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
Dentinho de Leite

A cárie pode ser transmitida de pai para filho?

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Olá mamães!

Quem nunca ouviu falar que a cárie é transmissível e que por isso não se deve compartilhar a colher com os filhos nem assoprar a comida deles para resfriar? Pois é, essas informações já foram bastante divulgadas, até por dentistas, mas não condizem com a realidade.

De fato, a cárie é uma doença de origem bacteriana, mas ela precisa de vários fatores para acontecer. É preciso que haja exposição frequente a carboidratos e que eles permaneçam por algum tempo sobre a estrutura dental, ou seja, que não haja escovação ou que ela seja feita de maneira insuficiente para removê-los. Desta forma sim podem aparecer aqueles “buraquinhos” que vão destruindo o dente, causando muitas vezes também dor.

Resumindo, a bactéria causadora da cárie pode sim ser transmitida de pai para filho, mas isso não significa que a criança que a adquiriu irá desenvolver a doença. Aliás, a questão da transmissão não deveria nem nos trazer preocupação, uma vez que a principal bactéria causadora da cárie é super comum e praticamente toda a população a possui! De qualquer forma, o bebê irá adquiri-la em algum momento, já nos primeiros dias de vida. O que devemos nos preocupar é com a higienização logo que nascem os primeiros dentinhos, isso sim irá prevenir de fato que seu filho tenha cárie. Portanto, ao contrário do que geralmente ouvimos por aí, a doença cárie não é transmissível!

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É também importante que se saiba que não é só o açúcar refinado que serve de substrato para as bactérias causadoras da cárie, qualquer tipo de carboidrato pode servir. O açúcar refinado (presente principalmente nos doces) é apenas mais rapidamente metabolizado por elas, por esse motivo ele é tão falado. E qual refeição que está totalmente livre de carboidratos? Difícil, não é? Por isso a importância da higiene bucal apropriada. Costumamos dizer que é muito mais provável que uma criança tenha cárie quando se transmite hábitos de higiene inadequados do que quando se transmite a bactéria!

Até a próxima!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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Antibiótico faz mal para os dentes das crianças?

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A ideia de que antibiótico faz mal para os dentes é bastante difundida entre todos, principalmente entre as mamães, porém trate-se, pelo menos em parte, de um mito!

Existe apenas um grupo de antibiótico que interfere diretamente com a saúde dos dentes, são as tetraciclinas. Quando administrada, a tetraciclina pode se depositar nos dentes permanentes da criança que, apesar de ainda não terem nascido, já estão em formação, alterando sua cor. Assim, conforme estes dentes aparecem na boca, nos deparamos com manchas acastanhadas ou escurecidas. Essa pigmentação se dá por via sistêmica, ou seja, a substância entra em contato na corrente sanguínea após o antibiótico ser ingerido e chega até os ossos maxilares, onde os dentes permanentes estão se formando. Por esse motivo, apenas os dentes permanentes são afetados, não os de leite, que já se formaram. Mesmo assim, é necessário que a tetraciclina seja administrada em grande quantidade e alta frequência para que isso aconteça.

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Assim, as tetraciclinas nunca são receitadas por médicos ou dentistas na fase da vida em que os dentes permanentes estão se formando (que vai de 0 a 11 anos, aproximadamente). Depois desta fase, nem mesmo as tetraciclinas causam algum problema.

Os outros grupos de antibióticos não interferem em nada com a saúde dos dentes de leite ou permanentes, podendo ser utilizados com tranquilidade. Sendo assim, não há sentido nenhum pensar que os dentes do seu filho ficaram “fracos” pelo fato de ele ter tomado antibiótico quando bebê.

O que pode acontecer é que quando os antibióticos são formulados em solução ou xarope para serem administrados às crianças, é adicionada alguma forma de açúcar para deixar o sabor mais adocicado e facilitar a ingestão. Aí sim eles podem trazer problemas se utilizados com alta frequência pelas crianças, mas não pelo antibiótico em si, e sim pelo açúcar, que é de fato o grande vilão!

Portanto, vale o cuidado: apesar deste conhecimento ser bem difundido entre pediatras e odontopediatras, confira sempre qual tipo de antibiótico está sendo receitado para os pequenos!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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