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Nutrologia | Entenda o que é nutrologia e sua importância

Na sua primeira coluna para o site, a pediatra Dra Giuliana Taralli (CRM-SP 131796) nos apresenta a importância do assunto central da sua coluna: a nutrologia! Confira abaixo tudo o que você precisa saber sobre o tema e como funciona a alimentação para os pequenos nos primeiros mil dias:

Foto: August de Richelieu

A importância da nutrologia

A alimentação começa no útero. Naquele espaço de tempo que todo bebê divide com sua mãe e recebe os nutrientes em sistema all inclusive via placenta. Após o nascimento, essa responsabilidade se divide entre a nova mamãe e o pediatra.

A alimentação sempre fez e sempre fará parte da pediatria! Afinal, é no primeiro ano que iniciamos a arte de nutrir e durante a infância que prevenimos “catástrofes” na vida do adulto.

A nutrologia surgiu dessa necessidade de se aprofundar mais no mundo da alimentação e prevenir que os adultos adoecessem. Com esse monte de erros alimentares e produtos ultraprocessados da vida moderna, nada melhor que um pediatra especializado em alimentar e nutrir nosso futuro.

Os mil dias

Os mil dias são a soma dos 270 dias da gestação aos 730 dias pós-parto – ou seja, até que o bebê complete dois anos de idade. Nesse período, acontece o maior estirão de crescimento do ser humano, o cérebro humano cresce 80% da sua capacidade e a alimentação da mãe tem efeitos diretos no peso do bebê e no aparecimento de doenças no futuro.

A nutrição na gestação hoje é vista como uma extensão dos primeiros anos do bebê. O aumento de peso exagerado na vida uterina, ter diabetes gestacional ou uso de dietas restritivas pode ter efeitos diretos no peso de nascimento do bebê e no desenvolvimento das conexões do cérebro.

Para vocês terem um bom exemplo dessa importância, esse ano houve uma mudança na recomendação de ferro para os bebês – as mães que tiveram o ferro bem controlado durante a gestação, sem anemia ferropriva (aquela provocada pela deficiência de ferro) e com suplementação adequada, podem iniciar o ferro para seus bebês mais tarde, e não aos 3 meses de idade como recomendado anteriormente pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

Outra recomendação bem famosa e que gera brigas familiares em todos os encontros com menores de 2 anos é o não consumo de açúcar de adição, aquele que adicionamos na alimentação. Os estudos recomendam que proteger as crianças nessa fase da vida melhora o desenvolvimento cognitivo, o que gera novas conexões cerebrais e, principalmente, protege contra o aumento de peso e doenças com o diabetes mellitus, infarto e derrame cerebral.

Alerta importante: eu sempre gosto dizer que não é porque o bebê fez dois anos que pode liberar o consumo de açúcar sem nenhum cuidado! O consumo de açúcar de adição deve ser controlado durante toda a vida. Na infância, não ultrapassar 25g/dia (mais ou menos 2 colheres de sopa rasas- vale lembrar que um copo de suco natural de 100ml já tem metade do recomendado).

Então, mamães, vamos cuidar da nossa alimentação desde a barriga, uma dieta adequada, saudável e rica em nutrientes fundamentais para o bebê crescer saudável e bem nutrido.

Até a próxima,

Dra. Giuliana Taralli é pediatra apaixonada por nutrir e alimentar. Formada em pediatria pela Faculdade de Medicina do ABC, onde se apaixonou pela área de nutrologia. Fez residência médica em Nutrologia Pediátrica pela UNIFESP. Trabalha na área de prevenção e obesidade e se especializou em Obesidade e Medicina do Estilo de Vida no centro de Healthy Lifestyle – University of Tennessee. Adora trabalhar comportamento alimentar saudável, e sonha com um mundo em que alimentação desde a barriga seja o caminho para evitar as doenças futuras.
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Os perigos do mel na alimentação infantil

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Em meu último post que falava sobre a adição de açúcar na alimentação das crianças (leia aqui) fui muito questionada se era possível substituir o açúcar pelo mel, já que o mesmo é conhecido por ser um produto natural. Achei muito oportuno falar sobre o assunto, principalmente, porque no inverno muitas mães acabam fazendo uso dos poderes medicinais do mel na tentativa de melhorar os quadros de gripe ou resfriados de seus filhos.

O mel é o único alimento naturalmente doce que contém proteínas e sais minerais (potássio e magnésio). Além de ser incrivelmente saboroso é um muito versátil. Pode ser usado para fortalecer o sistema imunológico, melhorar a capacidade digestiva e até a constipação intestinal.

No entanto, o mel não é recomendado na alimentação de crianças pequenas (0 – 3 anos de idade), devido a possiblidade de existir esporos da bactéria a Clostridium botulinum, que provoca o botulismo.

BOTULISMO: O GRANDE PERIGO

O botulismo é uma toxinfecção alimentar que atinge o sistema nervoso e pode causar tremores, dificuldade de deglutição, fraqueza e falta de apetite. Em casos mais graves, há o risco de insuficiência respiratória e de complicações neurológicas. De acordo com o Guia Brasileiro de Vigilância Epidemiológica, a doença é responsável por 5% das mortes súbitas em crianças menores de um ano de idade.

Como o sistema imunológico dos bebês ainda não está maduro (principalmente até o sexto meses), os pequenos são muito mais susceptíveis ao ataque de tal microorganismo e consequentemente podem contrair uma forma da doença chamada botulismo infantil. Por esse motivo, os médicos recomendam que se espere até a criança ter pelo menos 1 ano de idade para dar mel.

Importante salientar que os esporos do botulismo são muito resistentes e podem sobreviver até a pasteurização e a altas temperaturas. É possível encontrá-lo também no xarope de milho.

DICA DA NUTRICIONISTA 

O mel é uma maneira mais natural e saudável de adoçar os alimentos. Mas, quanto mais tempo você conseguir retardar a introdução do mel (ou qualquer outro tipo de açúcar) na dieta das crianças será melhor.

Por ser um alimento extremamente doce e calórico, ele pode acostumar mal as crianças, a curto prazo, prejudicar os dentes, e, longo prazo, desencadear doenças como obesidade ou dibates tipo II. No lugar do mel ou do açúcar, prefira oferecer alimentos naturalmente doces (frutas, abóbora, cenoura, por exemplo).

(Fotos: Reprodução)

 Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria. Contato: helotavares@terra.com.br.

Veja também: Passo a passo para congelar papinhas de forma correta

E mais: A primeira papinha salgada a gente nunca esquece

ColunasNutrição em família

Os perigos de acrescentar açúcar e sal na papinha do bebê

NUTRICAO-EM-FAMILIA-HELOISA

Quem não gosta de uma comidinha bem temperadinha e um suco bem docinho??? Por gostarmos tanto, muitas vezes achamos que um pouquinho de açúcar e sal na alimentação infantil será inofensivo para saúde do bebê. Ainda mais porque, no início, quando os adicionamos às papas pode parecer que o bebê está realmente satisfeito e apreciando a comida. Mas, tenha muito cuidado, porque essa prática pode trazer malefícios à saúde e prejudicar as preferências alimentares a longo prazo. Vem ver os perigos de acrescentar açúcar e sal na papinha do bebê:

SEM SAL E AÇÚCAR… 

Açúcar e sal são dois dos temperos realçadores de sabor e achamos que sem eles nossa dieta não é completa e muito menos prazerosa. Uma coisa que sempre falo em minhas consultas e orientações é que o bebê não conhece nem o sal e nem o açúcar. Quem os apresenta e quem os vicia somos nós, os adultos por acharmos que a comida ficará muito mais gostosa.

Como os pequenos são muitos espertinhos: uma vez apresentados a esse mundo, eles acabam preferindo sucos e papas de frutas mais docinhos e papinhas mais salgadas. Na verdade, você não deve adicionar qualquer pitadinha de sal ou açúcar ao alimento do seu bebê, até que pelo menos tenha 1 ou 1½ anos de idade. E se puder retardar por mais tempo essa adição: melhor ainda.

Quando o assunto é alimentação infantil, percebo que a maioria dos pais se preocupam muito com a adição de açúcar e se esquecem do sal. Não se engane, tanto um quanto o outro são maléficos. A simples ausência de alimentos ricos em açúcar e sódio (alimentos muito processados) que são mais saborosos ao paladar é uma forma de fazer os bebês comerem melhor nas refeições principais como almoço e jantar no futuro.

SEM SAL, POR FAVOR! 

Antes de desaconselhar o uso é importante comentar que o sal é composto por dois elementos fundamentais para o bom funcionamento do organismo: sódio e cloreto. Esses dois minerais trabalham com outros para manter o equilíbrio de água e outros fluídos na corrente sanguínea, nos músculos, nos rins e em outros tecidos do corpo humano. Como a natureza é sábia, muitos alimentos já contêm a quantidade necessária de sódio em sua forma natural. Carnes (de boi, de vaca, de frango e de peixe) e laticínios e vegetais são as principais fontes. Sendo assim queridos pais a adição de sal é desnecessária.

Por isso, não devemos colocar sal na papinha, pois a criança precisa aprender a conhecer o sabor natural dos alimentos. O excesso de sal também pode prejudicar o funcionamento dos rins do bebê, uma vez que estimula a sede e obriga os rins a fabricarem mais urina para tentar eliminar o excesso de sal ingerido. E o grande problema é que nessa faixa etária o bebê não consegue demonstrar que esteja com sede e acaba desidratando, já que os rins tendem a filtrar mais liquido e sódio. Outra consequência é a formação de cálculos renais, principalmente em crianças com antecedente familiar de litiase renal (pedras nos rins). Ou seja, além de sobrecarregá-los desde cedo, pode predispor, no futuro, o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial.

QUANTO MAIS DOCE, MAIS VONTADE DÁ! 

O alimento doce gera o alimento doce. Os bebês nascem com uma preferência estabelecida para sabores doces (líquido amniótico é doce e assim é o leite materno) e uma aversão para alimentos amargos como legumes. Os alimentos que bebês comem fora do útero, especialmente se eles são ricos em açúcar e gordura, pode reforçar esta propensão para alimentos doces. Durante os primeiros 5 anos de vida quando as crianças estão estabelecendo suas preferências alimentares, a exposição freqüente a alimentos ou bebidas adoçadas pode encorajar uma preferência por esses alimentos. Por esse motivo a não oferta de doces retarda o “gostar” desses alimentos e como consequência eles vão aceitar melhor os alimentos saudáveis como cereais, leguminosas, verduras e legumes.

A adição de açúcar aumenta o risco de cárie dentária e em muitos casos pode haver até a perda dos dentes. Além de cárie dentária, alto teor de açúcar na dieta do seu bebê pode aumentar o risco de diabetes e de obesidade nos anos futuros.

Por todos esses motivos, tenho certeza que o melhor tempero para a alimentação do seus filhos é o amor e cuidado com a saúde.

Espero que tenha colaborado para o não uso de sal e açúcar.

Até a próxima!!!

(Fotos: Reprodução)

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria. Contato: helotavares@terra.com.br.

Veja também: Passo a passo para congelar papinhas de forma correta

E mais: A primeira papinha salgada a gente nunca esquece

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Receita: Barrinha de cereal

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Ingredientes:

– 1/2 xícara (chá) de açúcar
– 2 colheres (sopa) de mel
– 2 colheres (sopa)de manteiga
– 1 xícara (chá) de floco crocante
– 1/2 xícara (chá) de aveia em flocos
– 1/2 xícara (chá) de nozes picadas grosseiramente
– 10 castanhas-do-pará médias e picadas grosseiramente
– 1/2 xícara (chá) de uvas-passas escuras e sem sementes

Modo de Fazer: 

Coloque em uma panela o açúcar e 4 colheres (sopa) de água (60 ml). Misture e leve ao fogo por 4 minutos, sem mexer, até a calda começar a formar fio grosso.

Acrescente o mel e1 colhere (sopa) de manteiga. Misture e cozinhe, mexendo de vez em quando, por mais 2 minutos ou até a calda engrossar.

Adicione os flocos crocantes, a aveia, as nozes, as castanhas do pará (picadas grosseiramente) e as uvas passas. Cozinhe, sem parar de mexer, por 5 minutos ou até formar uma massa homogênea. Retire do fogo.

Unte uma superfície lisa com a manteiga reservada e despeje a massa de maneira a formar um retângulo (36 cm x 31 cm) com 1 cm de espessura.

Com uma faca corte a massa ainda quente em 20 barrinhas (3 cm x 6 cm).

Guarde em recipiente hermético.

Rendimento: 20 barrinhas de cereal | Tempo de preparo: 20 minutos

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria. Contato: helotavares@terra.com.br.
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