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No Ninho: Renata + Catarina

A fotógrafa Rejane Wolff compartilhou com a gente um ensaio lindo que fez com a mãe de primeira viagem Renata e sua pequena Catarina. Adoramos as fotos bem “mãe e filha” e aproveitamos para bater um papo com Renata sobre maternidade, gestação, parto, rotina do sono e amamentação. Vem ver as dicas do que funcionou na casa dela, e os cliques cheios de estilo que Rejane fez:

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QUANDO DESCOBRIU QUE ESTAVA GRÁVIDA, QUAL A PRIMEIRA COISA QUE PASSOU NA SUA CABEÇA?

A única coisa que passava pela minha cabeça todos os dias era o desejo que aquela gestação finalmente desse certo. Era minha terceira gravidez no período de apenas um ano, uma vez que as duas anteriores não vingaram. Na primeira foi diagnosticado anembrionária (quando o óvulo fecundado se instaura no útero, mas o bebê não se desenvolve) e na segunda, ectópica (quando o óvulo fecundado implanta-se fora do útero). Então, cada resultado positivo significava um misto de alegria, medo e incertezas.

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COMO ESTAVA SUA VIDA NESTE MOMENTO?

Minha vida estava completamente voltada ao desejo da maternidade, pois eu sempre amei crianças e simplesmente não entendia porque a minha não chegava logo. Eram consultas infinitas, exames e mais exames, novenas e promessas, além da superação dos traumas anteriores. Até que um dia, no momento certo, apenas com a intervenção divina, tudo se encaixou perfeitamente.

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COMO FOI A GESTAÇÃO DA CATARINA? ELA NASCEU DE QUANTOS MESES?

A gestação da Catarina foi muito tranquila. Não tive enjoos, nunca passei mal, fiz exercícios e trabalhei até praticamente o último instante. Com 37 semanas e 4 dias, ela simplesmente resolveu que era hora de nascer, rompeu a minha bolsa e antecipou um pouquinho a sua vinda ao mundo, nos surpreendendo desde o nascimento.

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VOCÊ CHEGOU A PESQUISAR AS DIFERENÇAS DE PARTOS? TINHA ALGUMA RESTRIÇÃO OU PREFERÊNCIA?

Não sou de pesquisar muito sobre essas coisas. Tinha preferência pelo parto normal e meu obstetra me incentivou muito a fazê-lo, mas quando realmente chegou a hora, a única coisa que pedi foi: “faça o que for melhor e mais seguro para a minha filha”. E assim, de coração aberto, sem qualquer frustração, vivi intensamente o momento mais emocionante da minha vida, da maneira como foi possível: parto cesárea.

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VOCÊ SE PREPAROU DE ALGUMA FORMA PARA O PARTO, FEZ ALGUMA COISA QUE TE AJUDOU E PODE COMPARTILHAR COM A GENTE?

Fiz diversas coisas: caminhada, pilates, hidroginástica, drenagem e terapia, além de tomar muito cuidado com a alimentação. Não consegui ter o parto normal, porque não tive nenhum dedo de dilatação. Porém, de todas as coisas que fiz, três foram fundamentais para uma gestação saudável e até mesmo para um melhor pós-parto: 1) Suco verde em jejum todas as manhãs, para o regular funcionamento do intestino, o qual incorporei na minha vida e tomo até hoje; 2) Hidroginástica, para controlar o peso e aliviar o inchaço; e 3) Terapia, sempre, antes e depois, para cuidar da minha mente e auxiliar na compreensão do que estava por vir.

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COMO FORAM OS PRIMEIROS DIAS DA CATARINA EM CASA? ALGUMA DICA PARA AS MÃES DE PRIMEIRA VIAGEM?

Essa é uma questão complexa que as mães não costumam falar e eu, sinceramente, não entendo o porquê. Quando a mulher está grávida, ninguém fala a ela que existe um lado “B” da maternidade ou que o tal “amor incondicional” pode não surgir imediatamente. E por mais que a Catarina tenha sido extremamente desejada e desde o começo uma criança muito boazinha, os primeiros dias foram dificílimos. Sempre cuidei de crianças, mas, naquele momento, não sabia lidar com o fato de estar há várias noites sem dormir, passar o dia inteiro com o mesmo pijama cheirando a leite, ficar três dias sem lavar o cabelo… Se para tudo o que é novo na vida nós precisamos de um período de adaptação, com a maternidade não poderia ser diferente.

Assim, minha dica é: não dê ouvidos a tantos palpites, nem exponha demais ou compare o seu filho com outras crianças. Siga seus instintos e faça o que for melhor para a vida e a rotina de vocês dentro de casa. Quando nasce um filho, automaticamente nasce uma mãe, a qual em pouco tempo superará todas as suas dificuldades e não conseguirá imaginar uma vida sem a experiência da maternidade.

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FOI TRANQUILA A AMAMENTAÇÃO? ELA MAMA OU PAROU QUANDO?

Passados os primeiros dez ou quinze dias, nos quais eu tinha vontade de chorar a cada mamada, uma vez que os bicos dos meus seios ficaram quase em carne viva, tudo transcorreu naturalmente. Não tive qualquer dificuldade, visto que a Catarina já teve uma pega boa desde a maternidade. Mamou até o primeiro ano, quando entrei com o complemento.

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ALGUMA DICA QUE RECEBEU OU DO QUE FEZ QUE PODE COMPARTILHAR?

Aqueles bicos de silicone foram fundamentais nos primeiros dias, pois quando eu estava com muita dor, intercalava as mamadas, uma com o bico e outra sem. Funcionou super bem para mim, não atrapalhou a pega nem a amamentação.

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JÁ DEU PARA COLOCAR UMA ROTINA DO SONO E ALIMENTAÇÃO? O QUE FUNCIONOU E O QUE NÃO FUNCIONOU NO SEU CASO?

Passada a adaptação inicial, a partir do primeiro mês comecei a estipular horários, por exemplo: não amamentar com intervalo inferior a duas horas; às 21h00 escurecer a casa e fingir que todos estavam dormindo; ou dar banho todos os dias no mesmo horário. Para mim funcionou perfeitamente, pois com dois meses a Catarina era praticamente um reloginho, com quase todos os horários definidos.

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QUAIS RECURSOS RECORRE NA HORA DE BRINCAR?

Gostamos de sentar no chão, pintar com tinta, correr na rua, aproveitar um parque… Sempre fiz isso com as crianças da minha família, então não seria justo deixar de fazer com a minha própria filha. Celulares e tablets ainda são proibidos. Televisão, uns quarenta minutos, mais ou menos, após o jantar. Esses artifícios eletrônicos deixo apenas para os momentos de maior necessidade, como um passeio longo de carro ou um jantar em um restaurante.

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COMO E ONDE VOCÊ FEZ O ENXOVAL? PODE DAR UMA BOA DICA PARA AS MÃES QUE ESTÃO COMEÇANDO A PLANEJAR OS SEUS?

Sempre tive vontade de fazer o enxoval fora do país, principalmente pelo custo-benefício, mas em decorrência das perdas anteriores, tive muito medo de viajar e ter algum problema no exterior. Então, minha sogra e cunhada foram a Miami no meu lugar. Nesse aspecto, minha dica para as mamães, em especial as de primeira viagem, é: contrate um personal shopper! Assim, você certamente economizará, comprando apenas o necessário.

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O QUE COMPROU E USOU/USA MUITO? E O QUE NUNCA USOU?

Body, muitos bodies. A Catarina vive de body até hoje, pois acho demais a aparência de “bebezona”, que poderia durar para sempre. A máquina de fazer papinha foi o produto do enxoval pelo qual mais me apaixonei, uma vez que é muito prática. Ela descongela e cozinha os legumes no vapor (super saudável!), e desliga automaticamente quando estiver pronto (sensacional!), além de triturar os alimentos, caso as mães sejam adeptas disso. Como vivo na correria, adoro esses produtos que facilitam as nossas vidas.

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ALGUM PRODUTINHO DE BELEZA QUE DEU CERTO COM ELA?

A pomada Calêndula Babycreme, da Weleda. A Catarina tem a pele muito sensível, com alergia até à nistatina, que é exatamente o princípio ativo do tratamento de assaduras. Então, após várias tentativas, essa pomada foi a mais natural que encontrei nas farmácias e ela se adaptou direitinho.

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QUAIS MARCAS DE ROUPAS VOCÊ RECOMENDA?

Para o dia a dia, se tiver a facilidade de comprar fora, certamente Carters é tudo de bom: boa, bonita e barata. Também adoro o estilo da Gap e da Polo Ralph Lauren, além de ser completamente apaixonada pela Janie and Jack. Para comprar no Brasil, gosto da modinha e custo-benefício da Zara. Para ocasiões mais especiais, amo Paola da Vinci e Salamê Minguê.

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COMO É A PARTICIPAÇÃO DO PAI? VOCÊS DIVIDEM AS TAREFAS?

Aqui em casa não tem essa história de pai se vangloriar porque trocou uma fralda ou então ser intitulado “ajudante de mãe”. Pai é pai, com os mesmos deveres e responsabilidades da mãe. A partir do momento em que o meu marido chega em casa, ele ajuda em tudo. De segunda-feira o futebol dele é sagrado, então fico sozinha com ela. De quinta-feira eu janto com as minhas amigas, então ele se vira. E assim vamos nos ajudando, longe de vivermos em um comercial de margarina, mas sempre tentando mostrar à nossa filha que ela pode contar igualmente com os dois, pois ambos somos e sempre seremos o seu porto-seguro.

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(Fotos: Rejane Wolff)

Veja também: As impressões de Monica Salgado sobre a maternidade

E mais: Dicas valiosas para curtir as férias com crianças na praia

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No Ninho: Monica Salgado e Bernardo

Pensa em uma dupla divertida e animada. Agora multiplica por três e você tem um breve resumo de como foi nossa manhã na casa da diretora de redação da revista Glamour, Monica Salgado, e do pequeno Bernardo, de cinco anos. A farra, clicada pela lentes da querida Vivi Guimarães, foi palco para o No Ninho de hoje. Em um longo papo, Mônica nos contou como se preparou para o parto, sua visão nada glamourosa sobre a maternidade e como se surpreendeu ao ver a dificuldade que as gestantes enfrentam para conseguir um médico disposto a ir até o final com parto normal.

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COMO ESTAVA SUA VIDA QUANDO ENGRAVIDOU?

Engravidei com cinco anos de casada. Tinha tirado o DIU para tentar, mas não esperava que fosse tão rápido. Era um momento bastante turbulento na minha vida profissional. Eu era redatora-chefe da revista Vogue e estávamos em transição para a nova empresa que iria responder pela publicação no Brasil. Era tudo tenso, a gente não sabia o que iria acontecer e com sete meses de gravidez trocamos de escritório, de empresa, de tudo. Foi muito difícil, minha cabeça estava divida entre o bebê e a nova fase do trabalho. E apesar de querer muito um filho e estar super feliz, tinha a sensação de que estava perdendo alguma coisa, não curti tanto quanto gostaria.

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A GESTAÇÃO FOI TRANQUILA? 

Super tranquila. Fiz ginástica, trabalhei, não tive enjoos fortes, fiquei surpresa. Como queria muito parto normal, mudei de médico três vezes até me sentir segura.

POR QUE NÃO SE SENTIA SEGURA?

É triste, mas os médicos super forçam você a ter cesária. Você precisa ter quase um médico xiita para conseguir ter parto normal no Brasil. Se não for um super partidário, em algum momento ele vai te convencer que a cesária é a melhor coisa. E que mãe vai contrariar se o médico falar que seu filho corre risco? O Bernardo nasceu de 40 semanas, no dia 20 de dezembro. Eu estava super bem, queria esperar, mas meu médico achou arriscado. Podia esperar? Ele corria mesmo risco? A gente nunca vai saber, a gente só sabe que poucos médicos querem ficar em função dos bebês. Foi muito triste ver isso.

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ELE NASCEU BEM?

Muito bem, graças a Deus!

VOCÊ FICOU COM ELE EM CASA POR QUANTO TEMPO?

Como tirei alguns dias antes dele nascer, acabei ficando apenas três meses e meio. Olha, vou te dizer que como sou muito ativa, não lidei muito bem com a ideia de ficar em casa. Pirei um pouco. Claro que tudo faz parte do momento da mulher. Hoje, se engravidasse de novo, seria diferente. Minha maturidade e percepção de mundo são outras.

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OS PRIMEIROS MESES FORAM DIFÍCEIS EM ALGUM ASPECTO?

Um pouco. Na conta final é positivo, mas o percurso é complicado. Todo mundo te diz que você tem que sentir aquela magia da maternidade, que tudo é lindo. Eu não senti nada disso neste momento, pelo contrário. Tinha a sensação de que nada ia ser mais como antes, que estaria presa naquela rotina na qual eu não mando. O primeiro filho é para os fortes, e tem uma coisa que acredito que mulher moderna nenhuma está preparada: a “perda da liberdade”. Claro que depois tudo passa e só fica melhor, mas neste começo é muito difícil. O medo de te julgarem por você não sentir isso tudo é grande, e se você não tem um autoconhecimento mínimo, a tendência é você jogar essas sensações para baixo do tapete, e lá na frente pode ser muito difícil.

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E COMO É A ROTINA DO BERNARDO, COMO VOCÊ CONSEGUE CONCILIAR SUA VIDA PROFISSIONAL (QUE É INTENSA), COM A AGENDA DELE?

Dirigir uma revista não é nada quando você descobre o quão trabalhoso é alimentar, dar banho, vestir pijama e fazer uma criança dormir. Rs! Estou brincando, mas o que aprendi é que ter uma rotina regrada é muito importante quando você tem filho e trabalha. Claro que sei o quão privilegiada sou de ter uma pessoa que cuida da minha casa e uma babá noturna, mas para mim é muito importante passar o maior tempo possível com ele. Entro tarde no trabalho, então passo as manhãs com o Bernardo. Levo no futebol, no inglês… Dou almoço e levo para a escola. Tenho pouco tempo com ele, mas com muita qualidade. E aos fins de semana meu tempo é todo dele.

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E ONDE O “BICHO PEGA” HOJE NA SUA CASA?

Na disciplina. Ele está naquela fase de desafiar, então já viu, né? É muito cansativo, chega um momento que você quer dar um berro porque sabe que vai funcionar, mas não pode.

E FALANDO EM EDUCAÇÃO, COMO VOCÊ ESCOLHEU O TIPO DE EDUCAÇÃO PARA O BERNARDO?

Talvez por ser jornalista e prezar muito pela escrita, não quis colocar ele em escola bilíngue ou internacional. Pode ser que um dia eu mude de ideia, mas neste momento quero que ele tenha uma alfabetização apenas em português. Pesquisei, me informei, e como sou uma pessoa mais conservadora e tradicional com este assunto, acredito que a criança precise ter regras, disciplina e comprometimento. Na hora de escolher a escola dele, isso que me fez decidir. Se depois, quando crescer, quiser quebras as regras e os parâmetros, dai é com ele aguentar as consequências.

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VOCÊ TEM ALGUMA DICA BOA DE PROGRAMA PARA FAZER EM SÃO PAULO?

É difícil, né? Gosto muito de viajar, ir para hotel fazenda próximo de São Paulo, mas quando estou aqui, adoro fazer programas alternativos e que abram a mente do Bernardo. Minhas sugestões são: Espaço Catavento Cultural e os tradicionais do centro histórico de São Paulo, como Teatro Municipal, Pinacoteca…

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E DE ROUPA DE CRIANÇA, QUAIS AS MARCAS QUE MAIS GOSTA?

Aqui no Brasil gosto muito da Zara Kids, Mini US e Reserva Mini. São mais descoladinhas e ele adora. É uma pena que eles crescem tão rápido e perdem tudo.

E PARA FECHAR, NO QUE A MATERNIDADE TE MUDOU?

Me ensinou a ter autoconhecimento. Você está à prova a todo momento. Coisas que você tinha cristalizada sobre as pessoas e mundo vão se transformando. Você volta a ser criança, sua relação com sua mãe muda da água para o vinho. É muito louco que do nada você está fazendo exatamente o que sua mãe fazia e que você jurou nunca faria igual. Eu só fico pensando o quão privilegiada eu sou de Deus ter me dado a honra de ser mãe. Não consigo ver minha vida e minha alegria sem o Bernardo.

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(Fotos: Vivi Guimarães)

Veja também: Vem ver outro ensaio com um pequeno cheio de energia

E mais: Os benefícios da shantala para o bebê

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No Ninho: Lucianna de Lorenzo + Maria

O No Ninho de hoje veio de longe, ou melhor, veio daqui de perto, mas com histórias da Big Apple. Lucianna de Lorenzo, administradora de empresas e mãe de uma menina linda, a Maria, abriu as portas de seu apartamento em São Paulo e conversou com a gente sobre a decisão de ter filho no exterior, os medos de uma gestação longe da família, a carreira x maternidade e onde o “bicho pega” quando o assunto é a rotina da pequena de um ano e oito meses. Os cliques são da fotógrafa e amiga da família (e nossa também!) Aline Inagaki.

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A CARREIRA ASCENDENTE EM NOVA YORK E O SONHO DE SER MÃE: “Sempre tive vontade de ser mãe, era um dos meus maiores sonhos. Só que no meio do percurso, após meu casamento, eu e meu marido fomos morar nos Estados Unidos e daí parei de pensar um pouco. Na verdade, estávamos muito focados em carreira, curtir Nova York recém-casados… Depois de um tempo, acabei engravidando e foi uma alegria só.”

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GRAVIDEZ LONGE DE CASA: “No começo fiquei um pouco nervosa de ter filho lá fora, mas conheci uma médica brasileira – meio brasileira, meio chinesa na verdade – com quem vários brasileiros que moram em Nova York se consultam. Ela foi perfeita comigo, acabou que me apaixonei por completo pelo trabalho dela.”

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“Claro que ter filho longe da família é difícil, ainda mais nos Estados Unidos, onde não há tantos serviços como aqui. Mas, acho que só tive segurança nas escolhas que fiz, porque o João comprou, desde o início, a ideia de ter um filho. Ele sempre foi meu parceiro. Aqui em casa é assim, cada dia um levanta a noite, todo mundo troca fralda, todo mundo brinca…”

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DICA DE BELEZA NA GESTAÇÃO: “A maior surpresa pra mim foi o creme de estrias da Palmers. Achei maravilhoso, com cheirinho suave, bem sequinho e da muito resultado! Fora que tem em todas as farmácias dos Estados Unidos e custa só US$ 10.”

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A HORA DE FAZER AS MALAS E VOLTAR PARA CASA: “Fiquei a licença-maternidade toda em Nova York, e após quatro meses que estava trabalhando novamente, surgiu o convite profissional para voltarmos para o Brasil. Queríamos ficar mais tempo, mas como também tínhamos a vontade de criar ela perto das nossas famílias, decidimos aproveitar a oportunidade e fazer as malas. Nosso medo era de não aceitar, ficar com vontade depois de alguns meses e não ter mais a vaga de emprego para o João.”

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CARREIRA X MATERNIDADE: “Brinco que tenho um ‘full time job’ e um ‘full time mom’. Ou seja, quando estou trabalhando, estou 100% trabalhando. Mas quando estou com a Maria, estou totalmente com ela. Neste momento não tem celular, não tem trabalho, só tem ela. Acho que essa divisão, que é dura de conseguir, me ajudou muito naquela culpa que bate de vez em quando com relação a não participar de tudo da vida dela.”

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“De manhã, acordo, dou o leite, arrumo, levo para a escola e vou trabalhar. De noite, quando chego em casa, ela está terminando de jantar, daí a gente brinca até o horário do banho, que é um ritual meu e do João. Virou até uma coisa engraçada entre nós, porque um fica aflito pelo outro se acontece alguma coisa que impossibilita um dos dois de participar. É nesse momento que a gente brinca, conversa e tem uma coisa bem família.

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“Acho que faz muito bem ter uma vida pessoal e profissional independente da família. Se não trabalhasse, seria uma daquelas mães grudadas com o filho. E percebi ainda mais isso quando ela entrou na escola. Hoje, a Maria vai para a escola, tem os “compromissos” dela, os amiguinhos dela… É claro que no dia a dia não é assim tão bonito como parece. Toda mãe sente essa culpa, esse peso de não estar com o filho em todos os momentos, mas é tudo uma questão de entender. O que acontece comigo é que não levo as coisas para o negativo. Por exemplo, não perdi a primeira vez que ela andou, que ela falou, que ela caiu… para mim, ela tem a vida dela, eu tenho a minha e a gente vive intensamente os momentos de mãe e filha que nos cabem. Não sinto que perdi nada, só que ganhei nos momentos certos.

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DIFICULDADES DO DIA A DIA: Delegar é muito difícil. Para mim, passar os cuidados, e aqui não acho que é criar, do dia a dia para alguém é muito difícil e o que mais me faz falta. Já na criação dela, como sempre fui muito regrada com horários e com o meu sono, minha dificuldade são as noites. Não posso reclamar, porque ela dorme super bem, mas quando não dorme é muito complicado. Agora que ela começou na escola, é mais complicado ainda, porque fica doente, daí acorda à noite, fica mais frágil… Então não sei se é uma dificuldade na criação, mas é uma dificuldade minha, porque preciso dormir bem para não cair doente na cama.”

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O QUE DEU CERTO NA PELE DA MARIA: “Para a Maria, os produtos da Mustela são meus preferidos. Uso o sabonete líquido, o shampoo e o creme pra fazer massagem depois do banho. Todos suaves e deliciosos. O perfuminho da marca também é muito gostoso. Já pomada de assaduras, minha preferida é a Desitin.”

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LOJINHAS FAVORITAS: “Acabo comprando muita coisa para ela na Ralph Lauren e na Gap. Mãe de menina não resiste em comprar milhões de vestidos, um mais lindo que o outro, mas o que a Maria gosta mesmo de usar é legging, camiseta e tênis. Ela pede: ‘tênis, mamãe!’ Uma loja que descobri há pouco tempo que é muito boa pra comprar roupinhas pro dia a dia é a Old Navy, dos mesmos donos da Gap, só que ainda mais em conta. Além disso, sou a maluca dos laços, ela tem uma coleção.”

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O MOMENTO EM QUE A FICHA CAIU DA RESPONSABILIDADE DE CRIAR: “É engraçado, mas só comecei a sentir essa preocupação depois que a Maria nasceu. E, na verdade, sinto que ela acontece no dia a dia, porque só me bate alguma insegurança quando olho para ela e penso: ‘eu sou responsável por uma pessoa’. Por exemplo, nunca entendia a preocupação exagerada dos pais sobre qual escola colocar os filhos. Hoje, como tenho que escolher a da Maria, faz todo sentido. O que quero dizer é que só faz sentido pra mim a preocupação na hora que ela for pertinente na minha vida.

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A DIFÍCIL ESCOLHA DA ESCOLA DA MARIA, FILHA DE MÃE COM ESTUDO TRADICIONAL E PAI BILÍNGUE: “Os dois adoram as duas opções, mas não batemos o martelo de qual é a melhor opção. Pelo fato dela ser americana, até o momento a escola bilíngue é a melhor opção, porque pode ajudá-la mais para frente, caso ela queira fazer uma faculdade lá.”

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UM VALOR QUE APRENDEU COM A MÃE QUE PASSA PARA A FILHA: “Além da importância da família e dos amigos, acho que é você ser autêntica em todos os momentos. Essa simplicidade e transparência da honestidade foi o que aprendi com meus pais, e que faço questão que ela tenha. Hoje, espero que ela cresça levando a vida com essa inocência do espirito infantil. Acho a Maria tão pura no dia a dia, que quero muito que ela entenda que esta é a melhor forma para resolver quase tudo.”

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(Fotos: Aline Inagaki)

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