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As vantagens da extração e armazenamento do leite materno

O leite materno é o melhor alimento para os bebês e a recomendação é que seja oferecido até os dois anos. No entanto, amamentar não é uma missão fácil – falamos sobre alguns desafios da amamentação aqui. Voltar a trabalhar, por exemplo, pode levar muitas mães ao desmame precoce ou “forçado”. Por isso, decidimos fazer um post completo sobre a extração e armazenamento do leite materno! Assim, você pode continuar oferecendo seu leite mesmo depois que voltar ao trabalho ou durante momentos que não pode oferecer o seio. Convidamos a consultora de amamentação e enfermeira Cintia Freitas para colaborar com essa conversa.

Foto: Sarah Chai no Pexels

Todas as mulheres podem fazer extração?

Sim! A extração pode ser feita por todas, de preferência depois das seis primeiras semanas do bebê – dessa forma, você não hiper estimula os seios e seu corpo tem tempo de aprender as quantidades de produção. Antes disso, o ideal é apenas coletar o leite que vazar, caso você já queira começar a armazenar.

No caso de mulheres com baixa produção ou que voltam a trabalhar muito cedo, é possível criar uma rotina de ordenha antes das seis semanas. No entanto, essa rotina não deve ser intensa e, de preferência, acompanhada por uma consultora de amamentação.

Já nos casos de bebês prematuros, a rotina de extração começa o quanto antes para garantir a produção e, se possível, oferecer ao bebê o leite da própria mãe. Aqui, a rotina de estímulo e ordenha pode ser mais intensa, dependendo da recomendação profissional e necessidade da família.

5 vantagens da ordenha e do armazenamento do leite materno

Ordenhar e armazenar leite materno é uma vantagem:

  1. Na volta ao trabalho: se você possui um estoque e uma rotina de ordenha, pode continuar oferecendo leite materno mesmo depois de voltar ao trabalho;
  2. Para aumentar a produção de leite: a rotina de extração ajuda no aumento da produção de leite;
  3. Para complementar a amamentação: se você possui estoque, pode complementar com seu próprio leite caso exista necessidade;
  4. Para a liberdade da mãe: com estoque, você pode se ausentar sem comprometer a alimentação do seu filho. Isso significa que você pode sair para jantar, viajar e trabalhar sem deixar de produzir e oferecer leite materno;
  5. Em caso de imprevistos: se a mãe adoecer e precisar tomar alguma medicação ou ficar internada, o bebê não fica sem leite materno e a mãe consegue manter a produção com a rotina de ordenha (ainda que o leite extraído nesses dias seja descartado).

É importante dizer que a extração nem sempre será feita para armazenar leite. “Muitas vezes, a ordenha se faz necessária, também, para prevenir mastite e evitar que o bebê machuque a mãe por estar com as mamas muito cheias”, explica Cintia.

Foto: Reprodução Medela

Como deve ser feita a extração?

“A extração está liberada para todas, mas a forma que será realizada é decidida caso a caso”, conta Cintia. Antes de começar uma rotina de ordenha, é avaliado as necessidades e desejos de cada família, assim como quais métodos se encaixam melhor naquela realidade. Mulheres com mamilos machucados, por exemplo, não podem usar as bombas elétricas.

A regra geral na extração é massagear a mama antes da coleta. Depois, cada máquina – manual ou elétrica – tem suas particularidades de encaixe. O tipo de bomba depende das suas necessidades e também do que você se adapta melhor.

Para realizar a ordenha, é preciso ter alguns cuidados:

  • O local deve ser limpo e sem a presença de animais;
  • Você deve lavar as mãos e prender o cabelo antes de começar a ordenha;
  • A bomba deve ser desmontada e totalmente esterilizada antes de cada coleta;
  • Faça uma ordenha manual e despreze as primeiras três gotas antes da extração;
  • Faça pausas a cada 5 minutos para garantir a circulação de sangue na auréola;
  • O leite deve ser armazenado em pote de vidro e tampa de plástico, também esterilizado, e refrigerado corretamente.

A rotina de ordenha deve ser definida junto com sua consultora de amamentação baseado nas suas necessidades e disponibilidade. Extrair leite todos os dias é uma missão cansativa e nem todas as mães se adaptam, então é preciso ter paciência e entender seus limites!

Foto: Nikolai Chernichenko

Como fazer o armazenamento do leite materno?

É preciso ter cautela com o armazenamento do leite. Se bem armazenado, ele pode durar até doze meses! Por isso, fique atenta às regras:

  • Pote de armazenamento

O ideal é que o leite seja armazenado em potes de vidro com tampas de plástico. O leite também pode ser armazenado em sacos específicos para isso – não utilize qualquer saco e fique muito atenta à vedação!

Lembre-se de etiquetar seus potes com a data da coleta para manter o controle do seu estoque.

  • Pode misturar leite de extrações diferentes no mesmo pote?

Sim! Até recentemente, o recomendado era esperar os dois leites chegarem a mesma temperatura na geladeira antes de misturar e congelar. No entanto, a Academia Americana de Pediatria atualizou recentemente suas diretrizes e liberou a mistura do leite fresco com o leite resfriado.

Você pode conferir as diretrizes da AAP neste link.

  • Onde armazenar

O local do seu estoque depende de quanto tempo você pretende manter o seu leite guardado. Se a sua meta é fazer um grande estoque e continuar armazenando ali para garantir o aleitamento por mais tempo, a temperatura do freezer é uma. Se o consumo for feito a curto prazo, a temperatura será outra. Confira quanto tempo o leite se mantém bom para consumo em cada caso, segundo o protocolo americano:

Temperatura ambiente (25 graus): 4 horas

Na geladeira: 4 dias

Congelador interno da geladeira (ou que não cheguem a -18 graus): 15 dias

Freezer ou congelador (-18 graus): 6 meses

Freezer horizontal (-21 graus): 12 meses

Para saber quanto tempo o seu freezer consegue manter o leite, é preciso checar qual a temperatura dele. Essa informação fica disponível nas etiquetas, nos manuais e também é fornecida nos sites dos fabricantes.

Depois de descongelado, o leite não pode ser congelado novamente. Por isso, se seu leite descongelou, você pode armazená-lo por até 24 horas na geladeira para consumo. Se você já aqueceu, ele deve ser consumido em até duas horas.

  • E se eu coletar na rua?

Se você fizer ordenha no trabalho ou na rua (e quiser manter o leite extraído), é preciso tomar alguns cuidados. Se você tem acesso a uma geladeira, é só armazená-lo lá até o transporte – que deve ser feito em bolsa térmica cheia de placas de gelo congeladas. Assim que chegar em casa, coloque junto com seu estoque no freezer.

No caso de você não ter acesso a uma geladeira, é preciso checar quantas horas você consegue manter o leite resfriado na bolsa térmica. Se o leite esquentou ou ficou em temperatura ambiente, não arrisque – é melhor jogar fora.

Como oferecer o leite materno?

Descongele o leite em banho maria com o fogo desligado. É só colocar o pote na água – esse método não funciona com os saquinhos, que devem ser descongelados lentamente na geladeira e depois o leite amornado.

O leite deve ser oferecido em itens sem bico artificial: copo de vidro, copo 360 e colher dosadora são boas opções. Dessa forma, você evita confusão de bico e fluxo (que acontecem com a mamadeira, por exemplo) e pode continuar amamentando no peito também.

É importante preparar a sua rede de apoio para oferecer o leite materno. Explique como descongelar e como oferecer! Se possível, comece a adaptação do bebê com o item escolhido para oferecer leite você mesma alguns dias antes. A maioria dos bebês acaba relutando um pouco até aceitar a nova forma de se alimentar, então esteja preparada para insistir por uns dias até ele aceitar com tranquilidade a nova forma de se alimentar.

Importante: caso o bebê não mame todo leite oferecido, não congele novamente. Esse leite pode ser oferecido novamente nas próximas duas horas e, após esse período, deve ser descartado. Se você perceber que descongelou mais leite do que deveria, divida a quantidade e mantenha uma parte na geladeira – dessa forma, você pode oferecer essa parte nas próximas 24h.

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Leia mais: Meu leite é insuficiente para o meu bebê. O que posso fazer?

Veja também: Meu filho perdeu interesse pelo peito. E agora?

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Cuidados com as mamas na amamentação e gestação

Os cuidados com as mamas na amamentação são essenciais para garantir uma experiência mais leve e saudável para mãe e bebê. Afinal, é o peito da mãe que vai fornecer o leite e ser sugado com frequência – e esse uso constante pode causar feridas e outros problemas que atrapalham a amamentação. Além disso, o cuidado inadequado pode atrapalhar a pega. Ou seja, saber como cuidar das mamas no puerpério é essencial para evitar o desmame precoce!

Aqui no site, você encontra uma categoria completa com textos sobre amamentação. Nesse post, você aprende o que deve fazer e o que evitar desde a gestação até o puerpério. Confira os cuidados ideais com as mamas:

Foto: Cleyder Duque

Cuidados com a mama na gravidez

 Durante a gravidez, o maior cuidado é evitar ouvir palpites errados. Não há nada que você possa fazer durante a gravidez para garantir a produção de leite no pós-parto. Portanto, fuja de remédios milagrosos e receitas caseiras.

Você só vai saber como é sua produção de leite quando começar a amamentar! O tamanho dos seios, formato e o fato de “não vazar leite” antes do parto não significam nada. Mulheres com seios pequenos e sem vazamentos na gestação conseguem amamentar normalmente.

Veja o que evitar durante a gravidez:

  • Não esfregue os mamilos para “calejar” a região! Apenas lave com água, então seque delicadamente com uma toalha;
  • Não tome bebidas que “estimulam o leite”. E se for tomar chás, lembre-se de checar com sua equipe médica se eles são permitidos durante a gestação;
  • Não ordenhe! Não há necessidade e pode atrapalhar seu processo na amamentação. A ordenha pode ser feita após o parto e caso haja necessidade;
  • Não passe sabonetes, cremes e óleos no mamilo. Esses produtos podem fazer mal para a região. Limpe apenas com água;
  • Não use sutiãs apertados.

Foto: Elle Hughes

5 cuidados com a mama na amamentação 

Depois do parto, os cuidados com os seios são ainda mais importantes. Ao contrário do que se imagina, a melhor rotina de cuidados com as mamas no puerpério que você pode ter é a mais simples. Confira:

  • Passar leite no mamilo: use algumas gotas do seu leite antes e depois da mamada. O leite materno tem ação antibacteriana, cicatrizante e hidratante! Assim, além de prevenir ferimentos, ele também os trata de forma natural;
  • Tomar sol: quinze ou trinta minutos de sol por dia na região dos seios é excelente para prevenção e para cicatrização! O ideal é tomar o banho de sol antes das dez da manhã ou depois das quatro da tarde. O protetor solar não pode ser aplicado na aréola e no mamilo. Uma boa dica para quem mora em apartamento é fazer 2 furos estratégicos em camisetas para poder tomar o banho de sol sem chamar a atenção de vizinhos;
  • Trocar o sutiã com frequência: sutiã úmido sufocando o mamilo pode gerar infecções por fungo. O ideal é manter o material sempre seco!
  • Deixar os seios livres: assim como o sol, o ar livre ajuda a saúde dos seios. Separe alguns momentos do dia para ficar sem roupa!
  • Rosquinhas: esse item é um grande aliado dos mamilos, tanto na prevenção quanto após um ferimento. Elas impedem a roupa de pressionar o mamilo sem sufocar a região. Você pode comprar modelos prontos ou fazer suas próprias rosquinhas, usando fraldinha de bebê ou meias.

Constance dá a dica: No ano passado, fiz uma série de entrevistas com a minha consultora de amamentação, Natália Rodrigues, sobre Dicas Gerais; Apojadura e Pega; Livre Demanda x Rotina; Feridas, mastite, candidíase mamária e afins; Alimentação da mãe x cólicas e alergias no bebê (em especial, a APLV). São vídeos que considero bastante esclarecedores, vale a pena assisti-los na gestação para se sentir mais preparada quando a hora chegar. 🙂 

Apesar de muito especial, a amamentação pode apresentar muitos desafios (falei dos meus aqui), que podem levar as mães a desistirem (digo isso, sem julgamento algum!). Os problemas nos seios – feridas, mastite e candidíase mamária – são algumas das causas mais comuns que levam ao desmame precoce.

Aprendi com a minha experiência que os cuidados com os seios na amamentação é um dos caminhos para facilitar esse processo. É importante reforçar que o principal vilão das feridas nos mamilos é a pega errada. Por isso, além de prevenir e tratar os ferimentos, é preciso cuidar da causa – recomendo procurar uma consultora de amamentação! Nesse vídeo do IGTV, conversei com a minha consultora sobre pega. Vale a pena conferir!

O que não fazer com os seios na amamentação

Se a lista de cuidados com as mamas na amamentação é curta e simples, a lista do que não fazer acaba sendo bem maior. Isso porque muitas dessas ações podem levar ao desmame precoce. Então, se é o seu desejo seguir amamentando, preste muita atenção antes de passar qualquer produto – mesmo os naturais e as plantas – nos seios.

Procure o auxílio de uma consultora de amamentação caso esteja tendo problemas com a pega, dores que não passam ou outros. As consultoras são as profissionais mais preparadas para ajudar você a preservar o aleitamento materno.

Confira algumas dicas do que não fazer durante a amamentação:

Passar bucha no mamilo: 

Muitas pessoas acreditam que passar bucha de banho- ou outros itens- nos mamilos ajuda a preparar a pele da região ao “engrossá-la”. Não é verdade! Além de poder lesionar, isso acaba tirando a hidratação natural dos mamilos. 

O que vai preservar seu mamilo é a pega correta e os bons cuidados com a mama, já citamos aqui!

Passar sabonetes, cremes, pomadas e outros produtos no mamilo:

A higiene da região deve ser feita apenas com água, durante o banho! O uso de cremes, sabonetes, óleos e outros produtos pode: 

  • Entupir os dutos, o que atrapalha a amamentação e pode levar a mastite;
  • Deixar cheiro e/ou gosto na pele, o que pode levar o bebê a recusar a mama depois;
  • Deixar a pele da mama escorregadia, o que atrapalha a pega do bebê e gera diversos problemas, entre eles as fissuras no mamilo.

A hidratação deve ser feita apenas com o leite materno. Em caso de fissuras e outros problemas, procure tratamentos alternativos e evite as pomadas. Caso o uso delas seja a única opção que você tem, peça ajuda a sua consultora para aprender a passar a pomada da forma correta. Nunca use pomadas sem recomendação!

Usar conchas de silicone: 

Apesar de ser um item comum em enxovais, as conchas não são recomendadas por nenhuma consultora de amamentação. O motivo é simples: são pratos cheios para a proliferação de fungos que causam doenças, além de piorar quadros de fissura e atrapalharem a pega correta.

Caso você queira um produto para coletar o leite que vaza das mamas durante a mamada, procure coletores ou as conchas modelo ladybug. Importante reforçar que mesmo as conchas ladybug não devem ser usadas o tempo todo, nem por longos períodos de tempo. 

Usar absorventes para seios: 

Assim como as conchas, eles sufocam a região e aumentam a chance de proliferação de fungos. Por isso, o ideal é deixar vazar e trocar de roupa quando isso acontecer.

Os vazamentos tendem a parar depois dos primeiros meses, quando o corpo se adaptar à quantidade de leite que precisa ser produzida e ao horário das mamadas. Vale a pena ter esse trabalho extra com a troca de roupas por esse período de tempo.

Tomar banho quente: 

A água quente dilata os vasos e aumenta a produção de leite, o que pode levar ao empedramento. Algumas alternativas para o banho nos dias frios é ligar o aquecedor no banheiro e tomar banho com água morna. Evite ao máximo água quente diretamente nos seios.

Usar roupas justas e abafadas:

Durante a amamentação, os mamilos têm que respirar. Por isso, roupas justas e abafadas devem ser evitadas ao máximo.

Invista em sutiãs de algodão (e fique sem sutiã sempre que conseguir), roupas leves e mais folgadas. 

Não deixe os seios cheios

Se deu o horário da mamada e você não está com o bebê, você deve ordenhar com máquina ou manualmente, nem que seja apenas para alívio. O peito não é estoque de leite, é fábrica: isso significa que a produção acontece a cada mamada. Não é saudável deixar “acumular” – isso pode levar a um quadro de mastite!

Foto: Janko Ferlic

O que fazer em caso de ferimento nas mamas?

Concha Silverette: 

As conchas de prata da SilveretteFornecedoresSILVERETTE®Enxoval do Bebê Enxoval do BebêSão Paulo, São Paulo (Capital) São Paulo, São Paulo (Capital)Leia mais são as queridinhas de muitas leitoras. Como são feitas de prata pura, têm propriedade ​​antibacterianas, anti-inflamatórias, antifúngicas e cicatrizantes.

Elas devem ser usadas por curtos períodos, higienizadas corretamente com água e sabão e não podem ser colocadas por cima de pomadas ou outros produtos. A recomendação é passar algumas gotas de leite materno no mamilo e na auréola antes de colocar a concha. Podem ser usadas pontualmente para saídas, mesmo sem ferimentos, substituindo as conchas e absorventes.

Pomadas:

Pomadas e qualquer outro produto para ser aplicado no mamilo devem ser prescritos pelo seu médico ou profissional da saúde. Isso porque o produto vai ter contato direto com a boca do bebê, então todo cuidado é necessário.

Além disso, o uso incorreto de pomadas pode atrapalhar a pega. E isso pode gerar mais feridas! Por isso, não passe pomada em excesso ou sem necessidade. 

Laserterapia e tratamentos alternativos

Alguns tratamentos, como a laserterapia, podem ser feitos para ajudar na cicatrização. A acupuntura e a aromaterapia também podem ser usadas. Todos os cuidados com os seios na amamentação devem ser feitos por profissionais com experiência no cuidado com mães. O ideal é sempre consultar seu médico de confiança para escolha dos tratamentos e profissionais mais adequados ao seu caso.

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Leia mais: A amamentação depois do primeiro mês

Veja também: Agosto Dourado: 20 vantagens da amamentação para bebês e mães

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Agosto Dourado: 20 vantagens da amamentação para bebês e mães

Após sancionada a lei pela Presidência da República, no dia 12 de abril de 2017, Agosto passou a ser o mês do aleitamento materno, um mês inteirinho pró – amamentação. Uma das intenções do projeto “Agosto Dourado” é intensificar ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno. “Hoje, as famílias estão muito mais conscientes dos benefícios e das vantagens da amamentação, se comparado com as gerações passadas. O leite materno é muito superior a qualquer outro leite ou fórmula artificial e é o alimento mais perfeito e completo da natureza”, explica médica pediatra dra. Gabriela Ochoa, que reuniu para nós as vantagens da amamentação para o bebê e para a mãe.

Mas antes das dicas, vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP) preconizam o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até os 2 anos ou mais.

agosto dourado

Vantagens da amamentação para o bebê:

  1. Fortalecimento do sistema imunológico (a mãe passa anticorpos através do leite, fortalecendo o sistema imune do bebê)
  2. Proteção contra diversas infecções, como as respiratórias, otite (ouvido), intestinais, dentre outras
  3. Proteção contra anemia (graças a presença e boa absorção do ferro)
  4. Diminuição do risco de desnutrição
  5. Reduz do risco de contaminação
  6. Diminuição do risco de alergias (alergias alimentares, dentre elas a alergia à proteína do leite de vaca)
  7. Proteção contra diarreia
  8. Fortalecimento dos músculos da face e boca, evitando problemas na fala e dentição
  9. Contribuição para o desenvolvimento da criança (cognitivo e psicomotor)
  10. Prevenção de doenças crônicas no futuro, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, asma, dermatite atópica, doença celíaca

Vantagens da amamentação para a mãe:

  1. Favorece a perda de peso, voltando mais rapidamente ao peso normal
  2. Diminui o risco de câncer de ovário, endométrio e mama
  3. Previne contra a osteoporose na pós-menopausa
  4. Intensifica relação afetiva mãe-filho
  5. Aumento da autoestima
  6. Diminui incidência de depressão pós-parto
  7. É pratico, rápido, está sempre pronto, na temperatura ideal, não precisa ser coado ou fervido
  8. É econômico. Evita gastos com outros tipos de leite e mamadeiras
  9. Reduz gastos com medicamentos
  10. Reduz as internações, já que diminui incidência de doenças na infância e na vida adulta

(Foto: Reprodução)

Veja também: Agosto Dourado: Dicas gerais sobre amamentação

E mais: Translactação: uma alternativa para as mães com dificuldades para amamentar

SaúdeMãesAmamentação

Agosto Dourado: Será que meu leite é fraco?

Depois de reunir as 20 vantagens da amamentação para bebês e mães, muitas nos escreveram questionando sobre a possibilidade do leite ser fraco para o filho. Por isso, a médica pediatra dra. Gabriela Ochoa volta ao site para esclarecer esta dúvida comum entre as mães:

NÃO EXISTE LEITE FRACO

Isso mesmo, NÃO existe leite fraco!!! Todo leite materno é bom e tem propriedades suficientes para alimentar e proteger o bebê.

INTERVALOS CURTOS ENTRE MAMADAS SÃO NORMAIS

O intervalo entre as mamadas, mais curto no início, faz com que muitas mães interpretem como “leite fraco” e que o bebê está “passando fome”. Por insegurança, acabam introduzindo outros tipos de leite. O fato é que os intervalos curtos são totalmente normais já que o estômago do bebê é bem pequeno, impossibilitando que ele fique saciado por um período longo, fazendo-se necessárias as várias mamadas por dia.

CONFIE EM VOCÊ

A mãe precisa acreditar na sua capacidade de amamentar e no seu leite. Deve-se manter tranquila e deixar que o bebê mame livremente, pois com o passar do tempo esses intervalos vão se alongando.

EM CASO DE DÚVIDA, PROCURE AJUDA PROFISSIONAL

As comparações e os palpites de que o leite não está sustentando só atrapalham e deixam as mamães mais ansiosas. Converse com um profissional para ter ajuda e apoio.

A PRODUÇÃO DE LEITE É ESTIMULADA PELA SUCÇÃO

Lembrando que quanto mais o bebê sugar, mais as glândulas mamárias irão produzir leite. É o ato da sucção que estimula e mantém a produção de leite.

A MAMA NÃO É “ESTOQUE” E, SIM, “FÁBRICA” DE LEITE

O leite vai sendo produzido à medida que o bebê está mamando. Logo que o bebê nasce, as mamas podem ficar bem cheias, pois o organismo ainda está se adequando à produção necessária e, alguns dias depois, vem a apojadura, em que os seios ficam bem inchados. Então, não se desespere se no início suas mamas ficavam inchadas e com o passar do tempo não ficarem mais. O corpo apresente a dosar a produção de leite de acordo com a demanda do bebê. Observe se o ganho de peso está adequado e quantas fraldas de xixi são trocadas por dia, são os parâmetros mais importantes e que devem ser levados em consideração.

(Foto: Reprodução)

Veja também: Amamentação em público: lei prevê multa de r$ 500 para quem proibir

E mais: Translactação: uma alternativa para as mães com dificuldades para amamentar

MãesAmamentação

A importância do aleitamento materno para a saúde bucal

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Olá,

No início do mês de Agosto, entre os dias 01 a 07, ocorreu a semana mundial do aleitamento materno, um movimento que foi criado em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e no Brasil tem o apoio do Ministério da saúde desde 1999.

Como a maioria das mães já sabem, o leite materno é o alimento ideal para o bebê, contendo todos os nutrientes a ele necessários nos primeiros 6 meses de vida. Outros benefícios como a proteção contra doenças, o estímulo do desenvolvimento intelectual, o aumento do laço afetivo entre a mãe e a criança e a maior facilidade de digestão do leite materno também são conhecidos, sem contar as diversas vantagens também para a mãe que amamenta.

Em homenagem ao movimento e com o intuito incentivar a amamentação e, com isso, a saúde das crianças, a seguir algumas dúvidas sobre a importância do aleitamento materno para a saúde bucal.

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1. Até que idade devo amamentar meu filho?

O aleitamento materno deve ser a única fonte de alimentação do bebê até os 6 meses de vida, podendo ser continuado até os 2 anos de vida (ou mais), se a mãe e a criança assim desejarem. A continuidade deste ato dependerá muito da disponibilidade da mãe, dos hábitos familiares e da rotina do bebê, devendo ser sempre encorajado.

2. O leite materno pode causar cárie em bebês que já tem dentinhos mas ainda mamam?

Sim, o leite materno, apesar de todos os seus benefícios, também possui em sua composição substâncias capazes de ocasionar o aparecimento da cárie dentária, portanto, a partir da erupção dos primeiros dentes já há necessidade de fazer a escovação com a pasta indicada (atualmente o mais indicado é que já seja utilizada pasta de dente fluoretada desde os primeiros dentes, porém da forma correta, como ensinamos aqui). Caso contrário, é comum que aconteça o que chamamos de “cárie de acometimento precoce”. Não há necessidade de que se faça a escovação após cada mamada, mas este hábito precisa ser no mínimo diário e preferencialmente de 2 a 3 vezes ao dia.

3. É verdade que crianças que não mamam no peito são mais propensas ao desenvolvimento de hábitos como chupar chupeta ou dedo?

Sim, alguns estudos já demonstraram esta relação. O que acontece é que os movimentos de sucção do peito requerem muito mais esforço do que sugar a mamadeira. Sendo assim, a falta da fadiga muscular e da sensação de satisfação, ambas promovidas pelo ato de mamar no peito, acabam sendo supridas com o desenvolvimento de outros hábitos bucais.

4. Por que as crianças que mamam no peito apresentam menos problemas de posicionamento dentário?

A amamentação é primordial para a correta maturação e crescimento das estruturas oro-faciais, guiando e estimulando o desenvolvimento muscular e esquelético da face. Está intimamente relacionada ao desenvolvimento do correto padrão de sucção, mastigação, deglutição, fonação e, principalmente, respiração. Estas funções são dependentes umas das outras e todas elas contribuem para o melhor desenvolvimento e formato das arcadas e posicionamento dos dentes.

Até mais,

Dra. Camila Guglielmi

(Foto: reprodução)

Veja também: Qual a melhor idade para usar aparelho? 

E mais: Meu filho já nasceu com dentinho, e agora? 

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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