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Violência Obstétrica: o que é, como se proteger e mais!

Nos últimos dias, o tema violência obstétrica ganhou força nas redes sociais – o motivo foi a denúncia da influenciadora Shantal sobre a violência que sofreu no parto. Durante o nascimento da sua última filha, a influencer recebeu ataques verbais do médico e teve sua intimidade exposta. O caso levantou muitos debates sobre a violência obstétrica e como as famílias podem se proteger nesses momentos. Por isso, nesse post, vamos explicar tudo sobre a violência obstétrica: como se prevenir, agir e denunciar. Confira:

violência obstétrica

Foto: Cottonbro no Pexels

O que é Violência Obstétrica?

A violência obstétrica abrange uma série de posturas da equipe que auxilia o parto – médicos, enfermeiras, auxiliares – e prejudica, ofende ou vai contra os desejos da mãe na gestação, parto e pós-parto. Isso significa que desde o uso de medicamentos sem autorização dos pais até abusos verbais e físicos podem ser descritos como violência obstétrica.

Isso significa que milhares de mães já viveram e vivem casos de violência obstétrica. Muitas só vão entender os abusos vividos meses ou anos depois, já que o período do parto e pós-parto é tão intenso emocionalmente que as mulheres não conseguem processar tudo o que viveram.

Um fator que estimula a manutenção desses abusos é o machismo. Outro fator é a manutenção de narrativas negativas sobre o parto: “Nos filmes e novelas, os partos são sempre dolorosos, difíceis e abusivos. Quando você vê isso a vida toda, fica difícil entender que pode ser diferente”, explica Lucilene Alves, que é psicóloga, enfermeira e doula, “E isso não é um problema que atinge apenas pessoas de baixa renda. A falta de informação e conhecimento sobre o parto e a amamentação é gigante e atinge todas as classes.

Foto: Jonathan Borba no Pexels

14 tipos de Violência Obstétrica:

1. Não conversar sobre o parto e preparar os pais durante as consultas

É obrigação do médico que atender a gestante e sua família durante o pré-natal explicar tudo sobre o parto. Ele deve explicar todas as vias de parto possíveis e quais são indicadas para aquela gestação, tirar todas as dúvidas da gestante e estimular que a família pesquise sobre o tema.

Um médico que adia a conversa sobre o parto, não aborda o tema, não tira dúvidas e não informa está conscientemente deixando a paciente despreparada e desinformada, o que pode ser considerada uma forma de abuso.

2. Cesariana eletiva (sem consentimento da gestante e/ou sem indicação clínica)

O Brasil é o segundo país do mundo em taxa de cesárea: cerca de 55% de todos os partos. Esse número está muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica a média ideal por volta dos 15%. E ao contrário do que muitos acreditam, a cesariana não é sinônimo de parto moderno ou mais seguro.

A cesárea só deve ser feita em alguns casos, onde há riscos no parto vaginal para mãe ou para o bebê. Isso porque a cesariana é uma cirurgia – e toda cirurgia significa riscos, recuperação mais lenta e interrupção do ciclo natural do parto.

O ideal é que ela só seja feita com indicação e sempre com o consentimento da gestante. Não é isso que acontece no Brasil, tanto na rede pública quanto na rede privada – porém, com maior incidência na rede privada. 84% dos partos realizados por planos em 2019 foram cesarianas e mais de 50% foram antes do início do trabalho de parto, que indica que o bebê está pronto para nascer, segundo a Agência Nacional de Saúde Complementar.

Se o médico forçar uma cesariana sem indicação clínica e/ou sem o consentimento da mãe, ele deve ser denunciado por violência obstétrica. Procure sempre a “Taxa de Cesárea” do médico e do hospital escolhido.

Importante reforçar que se a paciente optar por uma cesárea eletiva, sua vontade deve ser respeitada. A decisão do parto é sempre da paciente, respeitando seus desejos e necessidades clínicas.

3. Uso rotineiro de ocitocina

A ocitocina é um hormônio que existe no corpo humano e tem função importante no parto. Porém, o uso da ocitocina sintética nos hospitais não deve ser feito sem indicação médica e aprovação da gestante.

“Muitas vezes a mulher chega no hospital e já vai para o ‘sorinho’. E lá já tem ocitocina sintética. Tudo isso pode ser considerado um abuso: o soro sem necessidade, a ocitocina sem consentimento… Para essas equipes e hospitais, o que importa é o parto rápido. O bem estar da gestante é secundário”, conta Lucilene, “É por isso que não só as mães, mas os acompanhantes também devem estar preparados. Muitas vezes só eles podem impedir o uso desses medicamentos sem necessidade”.

4. Não utilização de analgésicos quando tecnicamente indicados

Os analgésicos são uma ferramenta valiosa e, em certos casos, necessária no parto. No entanto, existem casos no Brasil onde os medicamentos foram negados às mulheres que precisavam deles: seja para alívio de dores ou até para realização de procedimentos dolorosos.

Esses casos têm maior incidência em mulheres negras: “O racismo criou um mito de que mulheres negras são mais resistentes e, por isso, aguentariam mais dor que mulheres brancas. Por isso, muitas mulheres negras sofreram e ainda sofrem violências em hospitais, conta Lucilene.

Se for desejo ou necessidade da gestante, os analgésicos devem ser administrados!

Foto: Daniel Reche no Pexels

5. Manobra de Kristeller

A manobra consiste em pressionar a barriga da mãe durante o parto, normalmente na hora do “expulsivo”, momento em que a criança está saindo pelo canal vaginal. É uma violência em qualquer situação e deve ser denunciada!

6. Episiotomia

A episiotomia é um corte no períneo que aumenta o diâmetro da entrada do canal vaginal. Não há evidência científica que prove a necessidade da episiotomia em qualquer caso, segundo a OMS. Na década de 90, a Organização Mundial da Saúde já dizia que a prática não poderia ser feita como rotina e não deveria ser aplicada em mais de 10% dos casos.

Atualmente, no Brasil, mais de 50% dos partos são feitos com episiotomia – um número que já seria inaceitável desde o século passado. A prática é considerada uma mutilação genital e não deveria ser feita em nenhum caso, muito menos sem o consentimento da paciente.

O que acontece, no entanto, é que os profissionais fazem a episiotomia como procedimento de rotina (ou seja, mesmo sem necessidade clínica) e sem o consentimento da gestante. Há muitos casos onde nem anestesia é usada. Segundo uma pesquisa feita pela OMS, 75% das mulheres ainda sofrem episiotomia sem consentimento e, desses casos, mais de 50% é feito sem anestesia.

“Os médicos costumam realizar esse procedimento para agilizar o expulsivo, momento em que o bebê está saindo. É mais uma violência que pensa apenas no conforto da equipe médica e ignora o bem-estar da mãe“, afirma Lucilene.

7. Ponto extra ou “Ponto do Papai”

Por conta da episiotomia de rotina, outra violência obstétrica surgiu: os pontos. Médicos têm o costume de dar “um ponto extra” na hora de fechar os cortes vaginais para “deixar a vagina mais apertada” para os homens.

Esse é um dos abusos que evidencia o machismo institucionalizado na violência obstétrica: o corpo não é da mulher, mas sim um objeto para o prazer do marido. Os relatos de mulheres que passam sobre isso são vários – recomendamos a leitura da matéria “Deixei virgenzinha para você”, que reúne relatos de mulheres agredidas por seus médicos.

O ponto extra causa dores terríveis às mulheres e prejudica sua vida sexual no pós-parto. Uma das formas de tentar se proteger dessa e outras violências é ter um Plano de Parto.

8. Lavagem intestinal

Fezes no parto é normal: ao passar pelo canal vaginal, o bebê pressiona o intestino, o que pode causar evacuação. No entanto, em alguns hospitais, as pacientes são obrigadas a passar por lavagem intestinal para evitar isso.

Lavagem intestinal sem necessidade é prejudicial à saúde, além de ser um momento de desconforto a mais para a mãe durante o trabalho de parto.

9. Exames de toque invasivos

O exame de toque é feito para medir a dilatação. No entanto, não deve ser feito durante a contração nem com frequência, já que gera dor e desconforto à paciente. Além disso, é necessária autorização da paciente antes do exame. O problema é que, normalmente, nenhum desses pontos é respeitado.

E mais: o exame é desnecessário. Sua única função é medir a dilatação, porém essa informação não faz diferença para o desenvolvimento do parto – e pode ser acompanhada por outros sintomas, sem esse exame invasivo. Por exemplo: a maioria das mulheres têm ânsia ou vomitam quando estão por volta dos 7 centímetros de dilatação.

Acompanhar a dilatação é mais uma forma de arrumar motivos para acelerar o parto e usar intervenções médicas. Você pode colocar observações sobre o exame no seu Plano de Parto.

violência obstétrica

Foto: Cottonbro no Pexels

10. Posição única para parir

Exigir que a mãe fique deitada na cama durante o trabalho de parto e tenha o bebê em uma posição específica são formas de violência obstétrica. A paciente deve ter o direito de parir na posição que quiser e de andar livre até o expulsivo.

Andar, dançar e ficar fora da cama são excelentes formas de acelerar naturalmente o trabalho de parto. No entanto, exigem um acompanhamento mais próximo e atento da equipe médica – o que faz com que muitos proíbam que as gestantes saiam da cama.

Importante dizer que a posição mais comum para o parto normal nos hospitais, a litotomia – onde a mulher fica deitada de barriga para cima com as pernas apoiadas nas perneiras -, é uma das piores para parir. No entanto, é uma das mais práticas para equipes médicas, que conseguem ter uma visão e acesso completo à vagina das pacientes. Por isso, a posição é muitas vezes forçada – o que é uma forma de violência!

11. Deixar a gestante sem comida e água

Em um parto humanizado, as mulheres podem comer e beber o quanto quiserem. Imagine o nível de energia que parir exige – a fome é um sinal do corpo que está se preparando para o esforço que vai encarar.

A desculpa de muitos hospitais para proibir a alimentação é que a paciente pode acabar tomando anestesia ou indo para a cesárea. No entanto, deve ser oferecido comidas leves e água o tempo todo. Deixar a paciente sem comida e bebida é uma forma de violência!

Não oferecer comida e água é uma forma de economizar e poupar serviço para a equipe do hospital. As mulheres precisam comer e se hidratar durante o trabalho de parto. Se a equipe não oferecer, o acompanhante pode exigir e oferecer ele mesmo a paciente“, Lucilene explica.

12. Ameaças e agressões verbais

“Não é nem um pouco raro você escutar médicos gritando com pacientes, mandando empurrar e fazendo ameaças, como: se você não fizer força agora, seu filho não vai nascer”, conta Lucilene, “A mulher com dor, fragilizada, ouve esse tipo de ameaça e sente medo, culpa… Tudo que ela não deveria sentir em um momento tão importante”.

Lucilene reforça que palavras de incentivo são importantes, mas não é isso que acontece: “Eles gritam, ameaçam e ficam frustrados se a mulher não cumpre as ordens. Isso é violência explícita, mas muitas acreditam que é algo normal. Os pais raramente conseguem reagir. E você encontra isso em instituições privadas e públicas. É muito mais comum do que deveria”.

Em um dos partos que acompanhou como doula, Lucilene relata ter ouvido o médico gritar: “Não! Não! Não! Aí, tá vendo? Você parou de empurrar e o bebê voltou para dentro! Quando eu mandar empurrar você empurra, pô!” A mãe chorou, se sentindo culpada, o que a fez perder a força e ter mais dificuldades para empurrar – o que fez o médico gritar ainda mais. “Não existe isso do bebê ‘voltar para dentro’. Ele estava mentindo para intimidar a paciente e conseguiu. Os gritos dele eram tão altos que a paciente não conseguia me ouvir tentando acalmá-la. Foram longos minutos de tortura psicológica, relata Lucilene.

Conhecer o perfil do médico e falar com outras pacientes pode ajudar a evitar profissionais com esse perfil. No entanto, para mulheres que vão parir com plantonistas – na rede pública ou privada – escolher o profissional não é possível. “É por isso que a violência obstétrica precisa ser denunciada e combatida, com políticas públicas e medidas das próprias instituições. O trauma de um parto pode perseguir as mulheres por toda a vida”, reforça Lucilene.

13. Agressões físicas

Tapas, empurrões, episiotomia sem consentimento, manobra de Kristeller, prender a paciente na cama e outras ações podem ser consideradas agressões físicas. Tudo que for contra as condutas médicas, feito sem consentimento e/ou ferir a integridade física das pacientes entra como lesão corporal!

14. Entre outros abusos

Infelizmente, a lista de abusos que podem ser cometidos é longa. “A mulher deve denunciar sempre que se sentir lesada, física ou psicologicamente, por condutas do médico e da equipe durante o parto”, avisa Lucilene.

Discriminação por idade, raça, classe social ou condições médicas, além de más condições do sistema de saúde são outros exemplos de violência. Todos podem e devem ser denunciados.

No pós-parto, abusos também podem ocorrer: “Fique atenta ao atendimento pós-parto também. Não só em relação à mãe, mas ao bebê também. Não hesite em trocar de profissional ou buscar uma segunda opinião, principalmente quando envolver procedimentos, cirurgias ou suspensão da amamentação, alerta Lucilene.

Como evitar a Violência Obstétrica?

Existem algumas atitudes que podem evitar violências. A mais importante delas é o estudo. “Se a família está bem informada, não vai ser facilmente enganada pelo médico ou equipe. Pesquisem tudo, leiam muito, perguntem sobre todos os tópicos que quiserem. É obrigação do médico responder tudo e ajudar nesse processo”, afirma Lucilene.

O Plano de Parto é outra forma de evitar abusos. Ele é um documento oficial e a equipe médica deve respeitar os desejos da família expostos ali – mesmo equipes plantonistas! Deixe seu plano de parto junto à bolsa maternidade para não esquecê-lo e tenha cópias.

Outro ponto essencial é o acompanhante estar preparado para proteger a paciente caso necessário. “Muitas mulheres acreditam que a Doula pode impedir violências. No entanto, nós não temos autoridade para proibir ou autorizar procedimentos – isso é papel do acompanhante. Por isso, mãe e acompanhante precisam estar bem alinhados e preparados para o parto”, explica Lucilene, “A paciente estará com dores, focada no próprio corpo. O acompanhante é quem deve ficar observando, perguntando e checando que o Plano de Parto está sendo seguido.

Ter uma Doula ajuda nesse processo de forma indireta: “Uma Doula vai estar ali cuidando do bem-estar da mulher durante o parto. Mas seu maior papel na prevenção da violência obstétrica é no pré-natal: durante os encontros, a Doula deve ajudar os pais a encontrar informações importantes e auxiliar na montagem do Plano de Parto, explica Lucilene. Você pode saber mais sobre o papel da Doula no parto aqui.

Pesquisar o histórico do médico e do hospital também é essencial. “Hospitais com alta taxa de cesarianas e com médicos cesaristas não vão entregar um bom atendimento ao parto normal, por exemplo. E se a maioria dos partos ali acabam em cesárea, as chances da paciente conseguir finalizar seu parto de forma natural são baixíssimas”, aponta Lucilene. Os dados de taxas devem ser divulgados pelas instituições. Conversar com outras mães sobre suas experiências também é importante.

Foto: Cottonbro no Pexels

Como denunciar Violência Obstétrica?

A violência pode ser denunciada em vários locais. São eles:

  • Hospital ou instituição em que o parto foi realizado;
  • Secretaria de saúde responsável pela instituição (pode ser municipal, distrital ou estadual);
  • Conselho Regional de Medicina (CRM) para denúncias contra médicos;
  • Conselho Regional de Enfermagem (COREN) no caso de enfermeiros, técnicos e auxiliares;
  • Delegacia da Mulher;
  • Por telefone, nos números 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou no 136 (Disque Saúde).

Não deixe de denunciar!

Violência Obstétrica é o termo correto?

Há uma discussão em torno do tema. Alguns médicos alegam que o termo “violência obstétrica” é uma ofensa aos médicos. “A violência contra a mulher está tão normalizada que é mais preocupante ser acusado de violência do que fazer algo para que essas violências não ocorram mais“, Lucilene aponta, “É frustrante. Você vê mulheres traumatizadas, tendo um dos momentos mais lindos de suas vidas marcadas pela dor e medo, tudo porque profissionais da saúde se recusam a se atualizar e tratá-las com respeito”.

A manutenção do termo é importante para que as denúncias continuem e para que existam cada vez mais políticas públicas para combater esses casos. “Suavizar o nome não ajuda as mulheres em nada. Nenhum médico deveria se preocupar com esse termo se tivesse as condutas adequadas. Lutar para retirar esse termo só mostra o descaso com as mulheres”, reforça Lucilene.

Lucilene Alves é psicóloga (CRP: 147386), enfermeira (COREN: 681343) e doula.

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Leia mais: Cuidados com as mamas na gestação e pós-parto

Veja também: Como escolher o pediatra para o seu filho?

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10 cenas e momentos para fotografar na hora do parto

O trabalho da fotografia documental de nascimento é diferente de todos os ensaios de gestante e dos eventos que a grávida provavelmente fez, como o chá de bebê e até aos ensaios de família conhecidos como lifestyle. O fotógrafo de nascimento não participa e não dirige as cenas. Nem minimamente. Ele testemunha e observa os acontecimentos, o amor e os encontros antes, durante e depois do parto, discretamente. O objetivo é contar uma história redondinha com começo, meio e fim.

Claro que o ideal de ter um profissional na hora do parto nem sempre é possível, por inúmeros motivos! Mas com uma câmera na mão, nem que seja com o celular, é possível, sim, clicar o mínimo para guardar o dia do nascimento de um filho pra sempre na janelinha do tempo que as fotografias abrem pra gente. Reuni aqui algumas dicas de cenas que podem ajudar a mãe e, principalmente nesse caso, o pai, a salvar o dia e a permitir que vocês contem a própria história por meio de 10 momentos e cliques!

Cena 1- Barriga máxima – Uma última foto da barriga antes de sair de casa é sempre legal! Ver depois o tamanhão máximo que chegou a barriga, é super divertido! Pode ser no Hall do prédio e até na maternidade, mesmo.

Cena 2- Chegamos! – No caso de uma cesárea, esse seria o primeiro momento em que já estiverem no quarto, ainda calmos. O parto normal também dá pra fazer. Pense que é só um registro da cena, já no quarto. Os equipamentos de monitoramento que estarão no quarto fazem parte do momento. Nesse caso, até um close no papelzinho que sai com os batimentos cardíacos do bebê também é bem legal!

Cena 3- Chegada da médica – Uma fotinho da médica quando chega pra dar um primeiro “oi” para o casal. A hora está chegando, afinal! Oba!

Cena 4- A saída da gestante do quarto – Um momento que alguns criticam, mas que é de uma alegria e expectativa tão linda! Uma mistura de emoções que merece ser guardada. Pode ser andando, na maca ou cadeira de rodas, não importa. Faça a saída do quarto, já no corredor mesmo, ou peça pra alguém clicar! É legal também para registrar quem está presente, já que, geralmente, neste momento estão todos reunidos em volta da mamãe.

Cena 5- Concentração e descontração – Por trás dos panos mesmo, o pai pode fotografar os médicos trabalhando. Eles costumam conversar com o casal, tentando acalmar todo mundo. O clima é geralmente muito amigável antes da chegada de um bebê.

Ok! A partir desse momento é muito difícil conter a emoção, eu sei. Mas vamos lá! Na teoria, tudo dá certo!

Cena 6- O casal na expectativa – Essa foto o anestesista pode fazer! Se tudo estiver correndo bem, peça pra ele! Dificilmente ele vai negar. Hehe. Senão, faça um estilo selfie, mesmo, sem vocês olharem pra câmera. O que vale é o momento, não o sorriso!

Cena 7- O primeiro respiro – O momento após o nascimento, é lindo. Quando o médico levanta o bebê e mostra pro casal, sabe? E não se preocupe. É tanta luz cirúrgica (tanto na cesárea, como na maioria dos partos normais), que não dá pra ver tanto o sangue. Fica tudo um pouco “estourado”, branco, de tanta luz. Nessa hora solte o dedo e clique mesmo sem olhar pela câmera!

Cena 8- Hora de nascimento – O relógio marcando a hora exata do nascimento. O relógio sempre fica bem de frente pro casal. O único problema é lembrar de clicar em meio à tanta emoção!

Cena 9- Família completa – A foto dos três juntos. Essa com certeza terá alguém disposto a clicar.

A partir desse momento, o pai normalmente consegue “seguir os passos do bebê”! Portanto as dicas são para eles!

Cena 10- Detalhes – Chegou a hora de respirar fundo e clicar alguns detalhes de como é o seu bebezinho recém chegado. Fotografe o peso do bebê! Os médicos costumam chamar quem estiver com a câmera para fotografar esse momento. Aproveite quando o bebê voltar para o bercinho para fotografar as mãos segurando o pezinho e a mãozinha. Essas fotos são incríveis e dão a real dimensão de quanto aquele bebê é pequeno e delicado. Logo, logo ele vai crescer e essa imagem vai valer ouro!

Claro que nem sempre dá para seguir roteiros quando se trata de um nascimento. Nem dá para saber como vamos reagir ao nascimento do primeiro ou segundo, ou terceiro filho. O importante é viver o momento com leveza, estar 100% presente, e, se conseguir lembrar de clicar algum desses momentos, será uma maravilha!

Apaixonada por registrar lindos momentos, Mel Albuquerque fez seus primeiros cliques ainda pequena, brincando aos oito anos. As fotos ainda existem e compõem ao lado das atuais, o portfólio da fotógrafa que se especializou em ensaios de família e bebê. Por aqui, Mel compartilha seus conhecimentos técnicos e experiências como mãe-fotógrafa!
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