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Pais em Ação | Adaptação escolar: como lidar com o afastamento e inseguranças

Nós já conversamos aqui sobre a volta às aulas e demos várias dicas. No entanto, a adaptação escolar – assunto tão sensível para muitas famílias – precisava ser aprofundado. Por isso, nossa colunista Daniela Nogueira, do Pais em Ação, traz uma reflexão importante sobre o tema. Confira:

adaptação escolar

Foto: Rodnae Productions on Pexels

Adaptação escolar com calma e respeito

Mãe e bebê irão enfrentar um grande passo, a separação! Como professora em São Paulo e no Rio de Janeiro, eu participei deste processo tão importante na vida familiar. Na época, eu não tinha filhos ainda e por mais que eu já tivesse um olhar de respeito para o bebê e sentisse empatia pela angústia das mães, hoje consigo ver que eu não sabia realmente o que elas estavam passando.

Eu as confortava, acolhia, mas não tinha a vivência para compreender o incompreensível: quão avassalador pode ser separar-se da sua cria mesmo que, racionalmente, você sabe que tudo vai ficar bem. Hoje quero escrever sobre o tema com uma visão mais madura e também mais profissional. Não apenas me tornei mãe, mas também me aprofundei no estudo da primeira infância e numa abordagem que busca pensar em como acolher melhor uma criança pequena num ambiente que não é a casa dela.

Vou começar com uma frase que ouvi da Agnès Szanto: “A criança vive na família uma história e na escola, um capítulo”. Quando um bebezinho chega na escola, que escola chega para este bebê? É um local emocionalmente acolhedor, fisicamente seguro e cognitivamente apropriado? Tem uma professora curiosa e pronta para entrar numa relação? Não dá para fugir disso: adaptar é fazer vínculos! O bebê encontrará perguntas ou ordens? Mãos e rostos carinhosos ou pressa de fazer e acontecer?

A criança é da família. É ali que ela se sente pertencendo, então quando se propõe uma parceria escola-pais, é importante que os pais entendam que a escola não tem todas as respostas e que precisa de ajuda para conhecer quem é o filho deles. É igualmente importante escutar os pais, pois para acolher o bebê é necessário acolher os pais e dar oportunidades para que falem do filho e assim construam juntos um olhar compartilhado sobre o bebê e seu desenvolvimento particular. Isso leva tempo.

Mas quanto tempo?” Já me perguntaram várias pessoas. Para entender que não existe resposta padrão é preciso compreender que não existe “a criança padrão”. Existe a Carolina, existe o Pedro, o Benjamin, a Olivia… E que cada uma destas pessoinhas conseguirá explorar o mundo (a escola) quando o medo do desconhecido for neutralizado – e isto acontece quando se estabelecem relações afetivas seguras para que pouco a pouco a criança se abra para o novo.

Como pode haver espaço para o novo ou para aprender quando não nos sentimos seguros? A figura da professora de referência é essencial aqui – é ela que irá começar com seu filho uma relação. Aliás, chamá-la pelo nome e não de “tia” ajuda a individualizar ainda mais a relação dela com o seu bebê. Falar dela e da escola de forma positiva e confiante ajuda o bebê a sentir segurança. Assim como chamar a mãe pelo nome ajuda a construir uma conversa entre dois adultos e não deixa esta mãe apenas na função maternal.

Para algumas mães é essencial o exercício de se manter consciente para não misturar ou projetar as próprias angústias com as vivências que ela vê o filho ter ali durante o período de adaptação. Lembrem-se de que é preciso dar espaço ao bebê e passar confiança na instituição que você escolheu. Já vi momentos em que foi mais difícil para a mãe falar tchau do que para o bebê e vi também situações onde a adaptação foi sabotada por conta disso.

Mães, lidem com seus sentimentos sejam eles quais forem, pois assim vocês ajudam seus filhotes. Se preciso, procurem ajuda. Não existe regra de dias de adaptação e como bem disse Myrtha Chokler, o primeiro elemento de desrespeito acontece ao dizer “a esta altura fulano já deveria estar adaptado” – uma criança não nasce “devendo estar” nada!

Assim como os adultos, as crianças pequenas também têm seus altos e baixos, um dia estão mais seguras, outros menos e assim vamos seguindo tentando oferecer à elas uma parte da segurança que elas têm em casa. Mas como? Num primeiro momento o bebê ainda precisa da mãe (ou outra pessoa quando a mãe não pode adaptar) para sentir-se seguro.

Afinal, como construir segurança na insegurança (sem a mãe)? Mas depois, com sensibilidade e tempo, ele vai entender que pode SIM estar seguro mesmo a mãe estando longe. Mas este é um segundo momento, quando a professora foi criando laços com seu filho e ele fez um vínculo com ela. Isso é adaptar. Uma arte, a arte de aguardar.

Foto: Yan Krukov no Pexels

O papel de professores e escolas na adaptação escolar

Gostaria de trazer mais detalhes que podem ajudar neste processo. Talvez este texto interesse mais aos profissionais da área, mas é importante que os pais saibam os motivos pelos quais a escola faz o que faz. No começo da vida escolar os esforços da equipe estão voltados para criar vínculos e ajudar a criança a unir as experiências que ela tem em casa ali no coletivo.

Isto não é brincadeirinha, distração, etc. Quando trabalhamos com a primeira infância, estamos à serviço de uma construção social e psíquica bem sólida e isto é muito sério. É através dos cuidados da professora que a criança vai sentir-se segura para estabelecer relações com o grupo não só durante a adaptação, mas também na vida em coletividade e a professora encarnará a segurança das crianças.

A creche/pré-escola é um lugar para aprender a viver e conviver e ali vai acontecer a socialização primária da criança. É por isso que sempre escrevo que a pessoa que ESCOLHE esta profissão tem o DEVER de estudar e aprofundar-se no desenvolvimento infantil, suas relações em grupo e como se fazer presente na vida das crianças sem passar por cima delas, sem exigir delas aquilo que não estão prontas para dar. Requer estudo e supervisão. Enquanto enxergarmos a profissão da primeira infância como um trabalho menor ou menos importante, estaremos estagnados na educação do país.

Se uma criança estiver com dificuldades de estar na escola ou no grupo é importante dar acolhimento, ter compaixão e empatia por ela, que ainda está em desenvolvimento. Dizer: “você não está na sua casa e aqui as coisas não são assim” não ajuda um aluno, isto o divide internamente ainda mais. Ajudar alguém a se adaptar a um novo ambiente não precisa ser feito de maneira tão opositiva, tão radical.

Precisamos unir as experiências ’casa-escola’ e não separá-las. É muito difícil para a criança escutar frases deste tipo, isto a deixa ainda mais angustiada e pode a desorganizar psiquicamente. Percebem a delicadeza desta profissão? É importante ser dócil mesmo diante dos momentos mais difíceis. Não devemos tentar calar o choro, mas trabalhar na causa dele, encontrar recursos para ajudar a criança a sentir que ela está segura e que poderá ser feliz e competente.

Para isso devemos nos manter bem presentes, narrar algumas situações ajuda o profissional a não se desligar e divagar mentalmente enquanto cuida da criança. Porém, na hora livre, que todos os bebês e crianças devem e merecem ter, a profissional precisa saber estar presente sem interromper, disponível sem intromissão. A grande protagonista é a criança, não a professora.

Já vivi momentos no tanque de areia onde poderia estar cantando e batendo palmas, “mostrando serviço”, mas quanto desrespeito teria sido! Anos atrás, na adaptação de uma pequena estrangeira, que não falava nem inglês muito menos português, aprendi como o silêncio, os olhares e a gentileza podem tocar muito mais o coração de uma criança.

Durante uma rodinha de leitura, ela preferiu virar-se de costas para o grupo e segurava um livro de ponta cabeça. Eu poderia ter “incluído” ela de volta na roda, mas isso não teria sido uma inclusão e sim um afrontamento à dificuldade que ela estava sentindo de estar ali. Poderia ter virado o livro na posição correta para lhe mostrar “como se faz” ou mostrar que eu me importava com ela, mas isso teria sido um desrespeito ao trabalho mental que ela está desenvolvendo.

Num breve momento em que trocamos olhares, ela me deu um sorriso, um laço foi criado. Sem barulho, sem estardalhaço, só com respeito. Mesmo quando aos olhos de quem passasse por aquela sala tudo parecesse ao contrário! Com este relato, espero finalizar o post mostrando como é importante debatermos esses assuntos, como se faz necessário o apoio não só à criança, mas ao professor. Precisamos nos fortalecer e isso acontece estudando e dividindo experiências!

Até a próxima coluna,

Daniela Nogueira.

Daniela Nogueira é psicóloga de formação e educadora de coração. Aprofundou seus estudos sobre a primeira infância na abordagem Pikler pela Associação Pikler-Lóczy França (APL) em Paris e nos fundamentos do RIE, em Los Angeles, EUA. Idealizadora do Pais em Ação, projeto que apoia pais e mães na educação dos filhos oferecendo aconselhamento personalizado, domiciliar ou online, com um olhar de profundo respeito pela criança e sua infância. Daniela está envolvida no universo infantil há mais de 18 anos com experiências em co-educação nos EUA, trabalho terapêutico em instituições para crianças desabrigadas de suas famílias e atuação como professora na educação infantil em escolas particulares de São Paulo e Rio de Janeiro. Além do aconselhamento parental, ministra palestras e workshops ao vivo e online para escolas, empresas e grupos maternos. É mãe orgulhosa de casal de gêmeos de 5 anos.
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Volta às aulas: 9 dicas para a adaptação em 2022

A volta às aulas é sempre um período de adaptação para as crianças, mesmo para as “veteranas”. Sair da rotina de viagem, ficar em casa brincando, tendo mais tempo com os pais não é fácil. Em 2022, o desafio é maior, já que os pequenos passaram muito tempo em EAD e o mundo ainda não voltou ao “normal” – ainda devemos usar máscara, manter distanciamento e tomar todos os cuidados. Confira aqui algumas dicas:

Foto: Karolina Grabowska no Pexels

Como falar sobre a pandemia na volta às aulas

Explicar para os pequenos sobre a pandemia e a nova dinâmica na escola é essencial. Tanto para que eles se preparem para as novas regras quanto para facilitar a adaptação nessa rotina. Veja alguns pontos importantes:

Máscara

O uso correto da máscara talvez seja um dos maiores desafios. Se a criança passa a maior parte do tempo em casa, sem máscara, vale você dar passeios onde o pequeno vai precisar usar a máscara por mais tempo.

É durante o uso que podem surgir dúvidas e conversas importantes sobre a importância da máscara. Esses “passeios teste” também podem ajudar a encontrar a máscara que seu filho se adapta melhor: as de pano ou as cirúrgicas descartáveis. Cada pessoa se sente melhor com um tipo e é importante ver qual incomoda menos a sua criança.

Outra forma de levantar a conversa e dar exemplos táteis é usar uma boneca ou boneco para demonstrar o uso da máscara. Dentro de casa, vocês podem passear e viajar com a imaginação e, dentro da brincadeira, ir incluindo as regras do bom uso das máscaras.

As conversas diretas são necessárias, mas usar o lúdico e as pequenas vivências do dia a dia como exemplo e incentivo também é importante. E funciona!

volta às aulas

Foto: Julia M Cameron no Pexels

Distanciamento social

Esse talvez seja o ponto mais difícil de todos. Como explicar para os pequenos para não se tocarem, quando muito do seu desenvolvimento e aprendizado vem do toque?

Não é fácil, mas vale explicar que eles devem evitar algumas situações, como, por exemplo, ficar próximo ao colega quando um dos dois (ou os dois) estiverem sem máscara. Você pode, inclusive, fazer um pequeno teatro em casa onde vocês dois contracenam situações que ele pode vivenciar e como deve agir. Usando o mundo do faz de conta, você consegue deixar a situação menos assustadora e ainda passar a informação que precisa.

Converse com a escola sobre as regras do distanciamento para entender quais cenários podem acontecer. Por exemplo: as crianças sentam separadas na hora do lanche? Se sim, você pode trabalhar esse cenário. Se não, você pode mandar dar algumas dicas para amenizar a situação – não compartilhar comidas e bebidas, não falar próximo do rosto um do outro, entre outras.

Para crianças bem pequenas, esse é um dos pontos mais complicados. Vale conversar com os cuidadores na escola para achar formas de, em conjunto, auxiliarem os pequenos nessa fase.

Álcool em gel e higiene das mãos

As regras de higiene das mãos que são aplicadas nas escolas podem ser aplicadas em casa também! Então vale adicionar, aos poucos, essas regras na rotina de vocês como um costume caseiro. Assim, na escola, passar álcool em gel e lavar as mãos deixa de ser algo incomum e não natural.

Hoje é possível encontrar álcool em gel com cheirinho e também em potes divertidos. Esses pequenos estímulos podem ajudar na adaptação do uso do álcool.

Foto: William Fortunato no Pexels

Como oferecer apoio para adaptação

Por conta da pandemia, o período de adaptação pode ser difícil não só para as crianças que estão indo pela primeira vez. Crianças que já iam para a escola podem ter um momento difícil nessa volta. Por isso, as dicas valem tanto para os pequenos em sua primeira jornada escolar quanto para os veteranos que já viveram a experiência. Confira:

1. Muita conversa em casa

Converse com a criança sobre ir para a escola. Fale sobre situações que ela vai viver – aprender, brincar, conversar com coleguinhas – e como isso é interessante. Vale também comentar sobre a nova rotina, narrando os fatos na ordem dos acontecimentos. Do café da manhã até a hora de buscá-lo na escola.

Narrar os fatos em ordem ajuda a criança a ter uma ideia do que vai acontecer e como vai acontecer. Isso pode diminuir a ansiedade de estar vivendo o desconhecido.

Abra espaço para a criança falar sobre seus medos, ansiedades, desejos e inseguranças. Não desmereça ou diminua esses sentimentos. Acolha seu filho, diga a ele que entende o desafio e mostre caminhos para superar esses sentimentos sem invalidá-los. Nesses momentos, você pode descobrir dúvidas e receios que talvez nem cogitou que a criança teria. Esteja aberta ao diálogo.

2. Crie uma rotina antes da escola

Rotina é sempre importante para diminuir a ansiedade e ir preparando os pequenos. Funciona bem na hora de dormir e também na volta às aulas. Durante cada passo da rotina, você pode falar sobre algo que vai acontecer na escola – vale até contar histórias suas na escolinha, o que você gostava de fazer e etc.

O ideal é começar essa rotina um tempo antes da volta às aulas e dizer para a criança sobre como vai ser quando a escola entrar na rotina: nesse horário a gente iria para a escolinha / nesse horário eu iria te buscar. Mantenha essa rotina mesmo depois da adaptação!

3. Acolha e respire

Os primeiros dias podem ser difíceis. A criança pode chorar, se negar a ficar na escola e até apresentar mudanças de comportamento em casa. Aqui, vale acolher, conversar e respirar fundo para não deixar seus sentimentos influenciarem nesse momento.

Cada escola tem suas regras sobre adaptação, mas é importante que pelo menos nos primeiros dias os pais ou responsáveis levem e busquem os pequenos. Isso pode acalmá-los!

Foto: Cottonbro no Pexels

4. Leia livros sobre os temas que podem surgir

Livros são grandes aliados para conversarmos sobre sentimentos e situações com os pequenos. Você pode buscar histórias que falem sobre escola, higiene, medo e outros temas que surgem nesse período.

A leitura ajuda os pequenos a entender pontos e abre espaço para diálogos importantes!

5. Inclua a criança no processo

Deixe que a criança ajude a comprar e organizar o material escolar, arrumar a mochila e escolher o lanche da lancheira. Cada processo pode vir com incentivos das aventuras que a criança pode viver e o quanto vai se divertir com aqueles itens.

6. Não force os limites da criança

Se você forçar a criança a passar o dia inteiro na escola quando ela demonstra claros sinais de que não está pronta, a escola se torna um local de castigo – e a adaptação fica ainda mais desafiadora.

Prepare-se para que, nos primeiros dias, ele não fique o horário completo na escola. É uma possibilidade. Acolha a criança, converse e tente entender os sentimentos que a fizeram sentir que era impossível continuar ali. Se você entender os gatilhos que levam a esses sentimentos, pode ajudar o pequeno a encontrar ferramentas para lidar com esses sentimentos.

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Leia mais: Escola sustentável: 12 atitudes para analisar e sugerir na volta às aulas

Veja também: Material escolar sustentável: como reusar e comprar de forma consciente

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Material escolar sustentável: 14 dicas para reuso e consumo consciente!

Com a volta às aulas, a busca pelos materiais escolares começa. Algumas escolas fornecem uma lista obrigatória com os materiais que serão necessários ao longo do ano, o que evita que os pais comprem produtos a mais. Essa medida já é uma forma de consumo sustentável – porém, é possível fazer mais. No post de hoje, você confere todas as dicas para comprar material escolar sustentável:

Foto: Salvatore Ventura no Pexels

Material escolar sustentável: saiba reutilizar

Muitos materiais escolares do ano anterior “sobram” e estão em bom estado. Veja o que pode ser reutilizado na escola e o que pode virar material para atividades em casa. Alguns materiais, como lápis de cor, canetinhas, giz de cera e tintas, podem se acumular – vale a pena separar os excessos e doar para escolas e famílias que precisam desse material.

Veja alguns exemplos de materiais que você pode reutilizar:

  • Tintas

Você pode juntar restos de tinta em um mesmo pote. Importante não misturar cores e checar a data de validade, para não misturar uma tinta nova com uma que vai vencer em breve. O pote pode ser usado na escola ou nas atividades em casa.

  • Lápis

Os lápis podem ser reutilizados na escola até que seja necessária a troca. O problema é que lápis de cor costuma ser vendido apenas em caixa fechada e algumas cores, menos usadas, acabam acumulando.

Assim, os lápis que ainda estão bons para uso podem ir para a escola ou para o estojo de atividades em casa. As cores que acumularem, podem ser doadas – afinal, nenhuma criança precisa de três, quatro ou mais lápis da mesma cor. Você pode doar para escolas públicas, para ONGs ou diretamente para as famílias.

Foto: Pixabay

  • Cadernos, agenda e papéis

Cadernos encadernados duram mais e podem ser reutilizados “parecendo novos” – é só trocar a estampa! Retire as folhas utilizadas e o caderno está pronto para uso no novo ano.

Caso as folhas limpas que sobrem não sejam o suficiente para o caderno escolar, você pode deixar o material para atividades em casa. Nós já falamos aqui sobre atividades que você pode fazer com papel usado.

No entanto, aqui também vale o cuidado: esses cadernos serão utilizados ou estão acumulando na gaveta?

Se o seu filho não utiliza cadernos nas atividades em casa, doe o material. Outras crianças podem usar na escola ou em suas atividades em casa! Existem algumas papelarias que aceitam papel para doação e oferecem descontos para quem doa. Vale a pena pesquisar!

  • Mochilas e lancheiras

Existe uma cultura de trocar a mochila todo ano. No entanto, esse consumo pode ser desnecessário, já que muitas mochilas e lancheiras chegam em bom estado no próximo ano.

Se você tem esses materiais em bom estado, tem algumas opções: reutilizar, reformar ou doar. Na primeira, você pode reutilizar as bolsas como estão, sem problema nenhum.

Já a segunda opção é para quem quer reutilizar sem ter “a mesma cara”. Você pode pintar as bolsas, customizar, consertar pequenos defeitos e colocar para uso novamente! E claro, caso não queira reformar ou reutilizar, você sempre pode doar as mochilas e lancheiras.

Foto: Pixabay

  • Grupo de trocas com mães

Os grupos de trocas de mães é muito importante! Lá você pode trocar: material escolar, livros didáticos e uniformes. O ideal é ter um grupo com mães de outras séries, para que a troca seja mais efetiva.

  • Uniformes

Os uniformes podem entrar nas trocas, mas também podem ser reformados! Calças podem virar bermudas e serem usadas por mais tempo, por exemplo. O cuidado na lavagem também faz com que as peças durem mais tempo!

  • Ensine as crianças a preservar os materiais

Os pequenos precisam aprender a preservar os materiais – ou não sobra nada para reutilizar, trocar e doar! Esse é um trabalho que pode levar tempo e repetição, mas é importante. Explique quantas vezes for necessário, com calma, e com o tempo você verá o resultado.

  • Giz de cera

O giz de cera pode ser “reciclado” em casa! Você pode juntar os giz quebrados e fazer um novo. Esse giz pode ser usado na escola ou nas atividades em casa. Aprenda o passo a passo:

  1. Em uma forma de alumínio ou silicone, no formato que você mais gostar, coloque os pedaços de giz (sem papel ou adesivos). Você pode colocar tons da mesma cor juntos ou até cores diferentes em cada forminha, se quiser.
  2. No forno convencional: pré-aqueça por 5 minutos em 200 graus. Depois, deixe o giz assar por cerca de 10 minutos.
  3. No microondas: aqueça por 4-6 minutos, na potência máxima.
  4. Se quiser uma cor homogênea, é só mexer assim que sair do forno com um palito de madeira.
  5. Deixe esfriar. Se quiser, pode colocar no freezer para acelerar o processo! Espere até ele estar bem firme para desenformar.

Foto: Anthony no Pexels

6 dicas para compras de material escolar sustentável

1. Compras conscientes

Quando falamos em material escolar sustentável, não falamos apenas dos produtos. É preciso comprar de forma consciente! Por isso, o primeiro ponto é: nada de exageros. Faça uma lista com tudo que você realmente precisa para evitar consumir mais do que o necessário.

Com a lista em mãos, você pode escolher a versão sustentável dos produtos que necessita. Veja aqui algumas ideias:

2. Cadernos e papéis de material reciclado

É verdade que não existem muitas opções de capas infantis para os cadernos com material reciclado. Porém, você sempre pode encadernar com a cor ou estampa que seu filho mais gosta!

3. Nada de plástico!

Muitos materiais escolares são normalmente feitos de plástico: régua, apontador, estojos, dentre outros. No entanto, todos esses materiais já tem uma versão sustentável! Eles são feitos de metal, madeira, papel e outras matérias primas.

O material escolar sustentável é mais duradouro ou de reciclagem mais simples que o plástico. Por isso, sempre que for comprar um produto feito de plástico, cheque se não há uma versão com outra composição.

Foto: Kindel Media no Pexels

4. Produtos recarregáveis

Alguns produtos, como canetas e marca texto, já possuem a opção de recarregar. Esse tipo de material escolar sustentável é vantajoso também para diminuir o consumo de plástico.

5. Atenção às empresas

Muitas empresas estão comprometidas com o meio ambiente. Busque os produtos dessas empresas! Veja quais tem produtos ecológicos e com certificados de cuidado com a natureza.

Consumir dessas empresas é apoiar uma postura mais sustentável delas. Mas vale sempre cobrar por mais produtos sustentáveis e produções com menor impacto social e ambiental!

Foto: Jess Bailey Design

6. Inclua os pequenos

Você pode pensar: “e se meu filho não quiser esse material escolar sustentável?”. É uma possibilidade, principalmente quando os produtos infantis costumam ser muito coloridos e os produtos ecológicos costumam ser mais neutros.

Por isso, um ponto importante é explicar para as crianças sobre sustentabilidade. Faça da compra dos materiais escolares uma forma de aprendizado sobre consumo consciente e ecológico.

Mostre para as crianças as vantagens desses materiais e, sempre que possível, deixe que os pequenos te ajudem a personalizar os itens. Seja encadernando, colocando adesivos, pintando ou desenhando. Isso pode aumentar ou melhorar a receptividade dos pequenos com o material escolar sustentável.

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Leia mais: Escola sustentável: 12 atitudes para analisar e sugerir na volta às aulas

Veja também: Passeio sustentável: 8 dicas práticas

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Sustentabilidade

Escola sustentável: 12 atitudes para analisar e sugerir na volta às aulas

Uma escola sustentável não é uma ideia distante. Muito pelo contrário: é mais simples e possível do que você imagina. Por isso, separamos aqui uma lista de 12 atitudes sustentáveis que as escolas podem ter para que você analise antes de matricular seu filho. Você também pode apresentar essa lista na escola atual dos seus pequenos, sugerindo as mudanças. Confira:

12 atitudes simples de uma escola sustentável

Foto: Anastasia Shuraeva no Pexels

1. Grupo de troca de uniformes

Muitas crianças perdem os uniformes rapidamente, já que estão em fase de crescimento. Vale lembrar que a indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. Assim, diminuir a compra das peças é um caminho!

Uma escola sustentável pode oferecer grupos de troca de uniformes. É uma economia para os pais e uma vantagem para o meio ambiente!

2. Troca e doação de livros e material escolar

No final do ano, os pais sempre tem livros e outros materiais escolares em bom estado, porém sem utilidade nenhuma. Uma escola sustentável pode oferecer grupos de troca dos livros e materiais escolares.

Outra possibilidade é fazer campanhas de doação desses materiais para escolas carentes. É uma forma de contribuir com o meio ambiente e com a sociedade!

3. Lixo separado em todos os ambientes

Separar o lixo orgânico e reciclável é uma atitude básica para qualquer instituição de ensino. É necessário checar se os lixos são separados em todos os ambientes: nas salas de aula há separação do lixo ou apenas na cantina? Os lixos estão bem sinalizados?

Se você se atentar a esses detalhes, vai perceber qual local está realmente engajado em ser uma escola sustentável e qual só colocou lixos coloridos no pátio para parecer moderna. Para existir uma separação de lixo correta, o sistema de descarte deve ser bem feito.

4. Cantina saudável

Esse tópico é muito importante! Analise o cardápio da cantina da escola: quantos produtos são naturais? Quantos são ultraprocessados ou são frituras? Quantos têm açúcar?

Uma escola sustentável preza pelo meio ambiente e pela saúde dos seus alunos. Oferecer alimentos saudáveis e naturais, estimular o consumo de produtos frescos e regionais, além de aplicar políticas contra o desperdício de alimentos são alguns pontos importantes.

escola sustentável

Foto: Rodnae Productions no Pexels

5. Não ao plástico!

Copo de plástico para beber água? Talheres de plástico para os pequenos? Existem muitos materiais descartáveis? Essas são perguntas simples e muito importantes que você deve fazer sobre a rotina da instituição.

Uma escola sustentável oferece alternativas para evitar o uso de descartáveis e plástico no geral. Por exemplo, cada criança deve ter sua garrafa d’água. O cuidado deve se estender a todas as áreas da escola, como recepção e sala dos professores. A redução do uso de plástico deve ser um valor da escola e não apenas uma atitude pontual!

6. Economia de energia

Existem uma série de atitudes para economizar energia nas escolas. Veja algumas:

  • Salas de aula com janelas amplas para boa circulação de ar e entrada de luz natural;
  • Uso de painéis de luz solar;
  • Uso de lâmpadas de LED;
  • Sensores de ambiente para desligar as luzes automaticamente quando ninguém estiver no local;
  • Infraestrutura moderna, com eletrônicos que gastam menos energia.

Uma escola sustentável terá a maioria desses itens. É uma vantagem para o meio ambiente e até mesmo uma redução de gastos da própria instituição – lembre-os disso caso tenha que exigir mudanças nas reuniões de pais.

7. Consumo consciente de água

Assim como com a energia, o cuidado com o consumo de água é essencial. Uma escola sustentável pode aplicar diversas ações para isso, como:

  • Sensor nas torneiras;
  • Captação da água da chuva para limpeza e outros;
  • Cuidados e manutenção com a estrutura para evitar vazamentos;
  • Avisos nos banheiros, bebedouros e outros espaços para recordar sobre o consumo consciente; entre outros.

Se você mora em uma cidade com racionamento de água, a dedicação das escolas nesse tópico deve ser ainda maior – ainda que o bairro da escola não entre no racionamento. Com atitudes coletivas, o cenário de toda cidade pode mudar.

8. Reduzir o uso de papel

Pode parecer uma missão difícil em uma escola, mas não é! Principalmente se pensarmos na grande quantidade de papel gasta na parte burocrática da escola. Com a tecnologia, não existe mais necessidade do papel ser o principal meio utilizado para documentos e outros itens desta área.

Ter um sistema eletrônico bem estruturado é cada vez mais barato e o impacto na natureza é infinitamente menor. Além disso, é muito mais seguro: os documentos ficam salvos para sempre em nuvem, enquanto papéis podem ser rasgados ou perdidos.

Modernizar o sistema da escola é uma atitude prática e sustentável!

Foto: Yan Krukov

9. Ter uma horta e/ou um espaço verde

O contato das crianças com a natureza é essencial, principalmente – mas não só! – na primeira infância. Ter um espaço verde permite que os pequenos tenham contato com terra, grama, pequenos insetos, árvores, flores…

Além de ajudar no desenvolvimento, estar próximo a natureza pode ajudar no controle das emoções, na expansão de conhecimentos do mundo e na criatividade.

A horta coletiva também é uma excelente forma das crianças terem contato com a natureza e ainda aprenderem brincando! Nós já falamos sobre como fazer hortas coletivas e caseiras aqui – e a manutenção é mais simples do que parece!

Ah, e tem mais uma vantagem da horta: os produtos podem ser usados na cantina da escola! Os produtos que não serão usados podem ser doados para famílias carentes da região.

10. Rede de caronas

Economia de gasolina, tempo e ainda diminui a emissão de gases. Só vantagens! A escola pode organizar um grupo para que os pais que moram perto montarem seu esquema de caronas.

Os pais também podem tentar organizar sua rede de caronas sem a ajuda da instituição, porém a escola pode facilitar esse match de famílias. Afinal, são muitas salas e, às vezes, uma criança mais nova ou mais velha pode morar próxima da sua casa e você não saberia.

11. Aplicar sustentabilidade nas aulas

Atividades de reciclagem, uso de materiais reciclados e outras ações podem ser aplicadas no dia a dia da sala de aula. Afinal, não há forma melhor de aprender do que vivenciando!

Consumo consciente de materiais, atividades que estimulem a sustentabilidade e aulas ao ar livre são algumas formas de aplicar a sustentabilidade nas aulas. É possível perguntar sobre isso nas visitas à escola ou na reunião com os professores, já que tudo isso deve estar na base da preparação das aulas.

Um ponto importante é que a escola pode usar os materiais recicláveis gerados ali mesmo para as atividades escolares, em vez de pedir para que os pequenos tragam de casa. Afinal, já há lixo reciclável sendo separado na escola – e a criança vai identificar as várias formas de usar esses materiais.

Atualmente, existem diversos materiais sobre produção de brinquedos e atividades sustentáveis que se tornam úteis por muito tempo. O ideal é que esse seja o foco das atividades de reciclagem. Até porque não faz sentido atividades de reciclagem em que o produto final não tem utilidade e será jogado fora em um prazo muito curto.

Aliás, você também pode aplicar essa dica em casa. Leia o post nosso post sobre como reaproveitar materiais para brincadeiras – tem várias dicas de atividades bacanas por lá!

12. Ensinar sobre sustentabilidade em ações

Você já ouviu a frase: “Crianças são como esponjas, aprendem absorvendo todas as informações ao redor”? Essa é uma afirmação verdadeira e muito importante para os educadores – afinal, não adianta falar algo aos pequenos e agir de forma contrária. Os pequenos vão absorver suas ações e, provavelmente, as reproduzir. Nós falamos mais sobre isso no post como ensinar sustentabilidade para crianças!

Por isso, é essencial que uma escola sustentável viva o que prega. Os funcionários, professores e gestores precisam seguir as mesmas regras. Assim, todas as medidas aplicadas serão realmente efetivas como aprendizado!

Foto: Yan Krukov no Pexels

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Leia mais: Como descartar pilhas e remédios corretamente

Veja também: Passeio sustentável: 8 dicas práticas

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Sustentabilidade

Como escolher a escolinha ou a creche?

Semana passada, a Dani Nogueira, colunista da Pais em Ação, compartilhou sua opinião sobre a (difícil) questão de creche, escolinha ou babá. No texto, a psicóloga e educadora defende a importância de respeitar o tempo e as necessidades dos bebês. Afinal, na pressa de darmos o melhor para os pequenos, podemos acabar atrapalhando fases importantes do seu desenvolvimento. Compartilhei o texto no nosso Instagram e comentei com nossas seguidoras que estou na fase dessa difícil escolha. Perguntei a elas quais haviam sido os critérios de escolha da escolinha e recebi tantas respostas que achei melhor reuni-las em um post aqui. Para complementar, peguei ainda dicas de especialistas sobre as perguntas você deve fazer antes de matricular seu filho em uma escolinha ou creche. Confira:

como escolher a escolinha

Foto: Yan Krukov no Pexels

Escolinha, creche ou babá: a visão das leitoras

Vocês mandaram dezenas de mensagens contando suas experiências pessoais. Foi possível encontrar relatos sobre as três opções e como isso funcionou para cada família. Veja um resumo da visão das leitoras sobre cada uma delas aqui:

Escolinha ou creche

Colocar os pequenos em uma instituição de ensino não é uma decisão fácil para muitas famílias. Afinal, é uma grande mudança na rotina dos pequenos e da família. No entanto, a maioria opta por esse caminho pelos mesmos motivos. São eles:

  • Maior interação com outras crianças;
  • Mais estímulos para desenvolvimento;
  • Aprender a se comportar convivendo com pessoas que não são da família;
  • Aprender algumas habilidades específicas (como outro idioma).

A maioria das famílias relatou estar feliz com a escolha. O único alerta foi para a escolha da instituição – segundo as mães, é preciso ter claro quais suas necessidades e expectativas para uma escolha assertiva.

Babá

Ter uma babá ainda é uma escolha entre famílias que não querem introduzir os pequenos em instituição de ensino nos primeiros anos. Para essas famílias, o conforto e a segurança do lar são importantes para o bom desenvolvimento das crianças e os estímulos de desenvolvimento podem ser dados pela cuidadora. E a interação com outras crianças pode ser feita em espaços de convivência – como parquinhos, pracinhas ou o play do prédio.

Outro ponto levantado por algumas mães é o das doenças. É comum que as crianças fiquem doentes com certa frequência quando estão na escolinha, já que existe um maior contato com outras crianças e o sistema imunológico ainda está em formação.

como escolher a escolinha

Foto: Lukas para Pexels

Quais os critérios para escolher a escolinha – segundo as mães

Na caixinha de perguntas do Instagram, vocês deixaram uma série de exigências para escolher o local que seus filhos vão estudar. Cada mãe tem seu filtro, mas muitos foram parecidos – então, reunimos aqui os critérios mais comuns entre vocês.

Proximidade de casa

Uma das questões mais abordadas pelas mães nas caixinhas foi a proximidade da escolinha ou creche com a casa. Esse ponto é importante por vários motivos: menor tempo de deslocamento, economia, maior facilidade para buscar a criança no período de adaptação ou caso ocorra algum problema, entre outros.

Acolhimento

Um ponto presente em quase todas as caixinhas é o acolhimento e carinho com as crianças. Como a Dani Nogueira citou em sua coluna, esse é um ponto importantíssimo para as crianças, principalmente até os três anos. No entanto, nem sempre é possível ter certeza desse fato apenas com uma visita agendada ao local.

Por isso, se esse ponto também é importante na sua escolha, veja algumas dicas das mães:

  • Converse com outros pais que têm filhos matriculados no local;
  • Pergunte aos profissionais quais atitudes são tomadas frente a situações comuns, como “manha” e não querer compartilhar um brinquedo;
  • Observe o comportamento das crianças durante sua visita e a relação delas com os funcionários;
  • Se a escola permitir visita não agendada, vá em momentos diferentes do dia para observar.

Número de crianças por cuidador

Esse critério é essencial para garantir que o acolhimento seja uma realidade. Afinal, como os cuidadores vão conseguir acolher e cuidar com atenção se estão sobrecarregados com o número de crianças? Quanto menor o número de crianças por cuidador, maior a chance do cuidado ser mais humano e acolhedor.

Fique atenta se o número de cuidadores é constante: em alguns locais, existem “monitores” que só atuam com as crianças em certos momentos, como na hora da refeição. No entanto, ao longo do dia, elas não trabalham junto com os cuidadores. Portanto, não devem entrar na conta de cuidador por criança.

* Segundo especialistas, o ideal para crianças de até 18 meses é de 1 cuidador para até 3 crianças. Para maiores de 18 meses, a relação é de 1 cuidador para 4 crianças.

Linha pedagógica

Um ponto destacado por muitas leitoras foi a linha pedagógica seguida pela escola. Esse fator é determinante para você saber qual a postura dos cuidadores para com as crianças, a rotina dela, quais estímulos serão apresentados e como isso será feito.

Estrutura da escola

A estrutura da escola foi apontada por diversas leitoras. A grande maioria disse que prefere locais menores e sem “aparência de escola”. Veja alguns critérios usados para analisar os locais:

  • Ventilação;
  • Natureza;
  • Espaço para brincadeiras ao ar livre;
  • Cozinha limpa e bem equipada.

Alimentação

Algumas escolinhas e creches fornecem as refeições e, nesses casos, ela também se torna um fator de escolha. O cardápio oferecido, a procedência dos alimentos (orgânicos ou não?), a cozinha onde os alimentos são preparados, como a comida é oferecida para os pequenos… Todos esses pontos são levados em conta na hora de selecionar.

Ensino bilíngue

A introdução de um segundo idioma – normalmente, o inglês – desde a primeira infância é um ideal de muitos pais.

como escolher a escolinha

Foto: Yan Krukov no Pexels

O que perguntar e avaliar na escolinha – segundo especialistas

Para complementar os conselhos das mães, reunimos as dicas de dois especialistas: Dani Nogueira, nossa colunista, e Daniel Becker, pediatra e sanitarista.

Separamos algumas perguntas-chave que os dois especialistas recomendam. Vamos separá-las em dois blocos: as que se referem ao cuidado com as crianças e as de estrutura e higiene.

Perguntas sobre cuidado, acolhimento e interações

Dani Nogueira, psicóloga e educadora, apontou algumas questões que devem ser feitas antes de fechar a matrícula em qualquer instituição. São elas:

  • Posso ver a agenda escolar/planner das aulas de vocês?

Avaliando o planner das aulas você consegue saber como é, de fato, dividido o tempo entre tarefas, tempo livre, brincadeiras ao ar livre e etc. Peça para ver o planner, já que nem sempre o que é dito é aplicado.

  • Gostaria de ver a rotina diária da turma do meu filho. Pode me mostrar a atual ou a do ano passado?

Essa é outra forma de avaliar como as atividades são distribuídas, os horários dados a cada uma, etc. Assim você pode avaliar, por exemplo, quantas horas de brincadeiras o seu filho tem disponível na agenda dessa escola.

  • Como é feito o uso de telas?

Durante a fase crítica da pandemia, as telas foram aliadas. No entanto, com o controle da doença e volta às atividades presenciais, o uso da tela, principalmente com as crianças menores, é desnecessário. Avalie se elas são usadas e veja se você concorda com essa dinâmica.

  • Qual a conduta da escola quando um aluno não está pronto ou não quer fazer uma das atividades propostas? Qual é o treinamento que vocês dão às professoras nesses casos?
  • Qual é o posicionamento que vocês recomendam para os cuidadores quando há conflitos, disputas de brinquedos e mordidas?
  • O que é feito se a criança faz birra? O que é feito se a criança descumpre uma regra? 

Todas essas perguntas são referentes à postura dos cuidadores frente a desafios comuns no cuidado com as crianças. Avalie se as respostas condizem com a forma que você escolheu educar seu filho.

Foto: Yan Krukov no Pexels

Perguntas sobre estrutura e higiene

No seu Instagram, o pediatra Daniel Becker compartilha diversas dicas para mães, pais e cuidadores. Separamos aqui algumas questões referentes ao ambiente escolar:

Higiene e alimentação

  • Há janelas amplas nos ambientes e se elas ficam abertas para boa circulação do ar?
  • Professores e funcionários usam PFF2?
  • Há álcool em gel disponível em todos os ambientes?
  • Qual o procedimento caso algum aluno, professor ou funcionário tenha sintomas de COVID-19 ou outra doença transmissível?
  • Avalie a limpeza de banheiros e da cozinha.
  • Onde são armazenados os alimentos?
  • Qual o cardápio das refeições?
  • É oferecido açúcar? Industrializados? É necessário avaliar tudo que pode ser oferecido, não só nas refeições principais, mas também nos lanches.

Estrutura e segurança

  • Há redes em todas as janelas e escadas?
  • O piso é antiderrapante?
  • Objetos pesados ou perigosos ficam fora do alcance?
  • Cozinha e áreas de risco para os pequenos ficam isoladas com portas adequadas?
  • Há extintores, plano de evacuação e preparação para incêndios?
  • Como é o chão embaixo dos balanços, trepadores e gangorras?
  • Os brinquedos estão em bom estado? É feita alguma manutenção?
  • O que é feito no caso de emergência ou acidente?
Como escolher a escolinha

Foto: Naomi Shi no Pexels

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Leia mais: O que aprendi com a Daniela Nogueira sobre infância, educação e respeito às crianças

Veja também: Coluna Pais em Ação: Creche, escola ou babá?

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