Casamentos Casa & Decor 15 anos
Topo

Tags

Posts encontrados com a tag diu hormonal
Exibindo página 1 de 1

Navegue como ou

Pílula ou DIU: qual o melhor método contraceptivo no pós-parto?

Método contraceptivo

Hoje, na coluna Gestar, vamos falar sobre como escolher um método contraceptivo no pós-parto é fundamental, e deve ser um assunto discutido pela mulher com o seu obstetra logo depois do parto. 

A pílula anticoncepcional e o DIU são alguns dos métodos contraceptivos mais usados pelas puérperas. Entenda como cada um funciona:

PÍLULA

Método contraceptivo

As pílulas anticoncepcionais agem no muco do colo uterino, dificultando a ascensão dos espermatozóides, alterando os movimentos das trompas e a função do corpo lúteo.

O índice de falha da pílula é bem baixo, entre 1 e 4%, porém é importante seguir à risca o horário das tomadas, o ideal é não passar de 3 horas. Quando esquecido, deve-se tomar o quanto antes ou no máximo até 12 horas depois do último comprimido.

Quando a mulher está utilizando esse método ela pode ficar sem menstruar, o que chamamos de amenorréia, pode vir a ter ciclos menstruais irregulares, ou o que denominamos de “spotting“, que são pequenos escapes de sangue a qualquer hora.

DIU

Método contraceptivo

Os dispositivos intra-uterinos, popularmente conhecidos como DIUs, são opções muito seguras e podem ser utilizados por mulheres de todas a idades. E sua eficácia é muito elevada, com um índice de falha de 0,2% ao anos.

Durante muito tempo acreditou-se que o DIU não deveria ser usado por mulheres jovens porque ele poderia atrapalhar uma gestação futura. No entanto, diversos estudos já comprovaram que os dispositivos intra-uterinos são totalmente seguros e não atrapalham o desenvolvimento da gravidez. Inclusive, atualmente, são recomendados pela Organização Mundial da Saúde como método contraceptivo de mulheres jovens e adolescentes.

Existem dois tipos de DIU: o de cobre, e os hormonais.

DIU DE COBRE

O DIU de cobre é um método prático, muito eficaz, e pode ser uma ótima alternativa para quem não quer um contraceptivo à base de hormônios. Além de poder ser usado por até dez anos. 

Mas como ele impede a gravidez se não solta hormônios? O DIU de cobre funciona liberando íons de cobre que impedem a movimentação dos espermatozóides e geram alterações no endométrio, no muco cervical e nas trompas e, assim, impedem a fertilização do óvulo.

O DIU de cobre não impede que os ovários liberem um óvulo por mês, e por isso, costuma aumentar o aumentar o fluxo menstrual mensal da mulher, o que pode causar um pouco mais de cólica, principalmente nos três primeiros meses.

DIU HORMONAL

No Brasil, temos duas opções de DIUs hormonais. O primeiro e mais tradicional é o Mirena. O mais novo e moderno chama-se Kyleena. Ambos atuam da mesma maneira, liberando os hormônios que impedem a ascensão dos espermatozoides pelo canal cervical e promovem um ambiente desfavorável para a fecundação.

A principal diferença entre eles é o tamanho de cada um e a sua dose hormonal total e diária. O diâmetro e comprimento do Kyleena é um pouco menor, o que pode facilitar a inserção do dispositivo, principalmente em mulheres que tem o útero um pouco menor ou que nunca engravidaram.

Em relação à dose hormonal diária, é importante ressaltar que, no caso do DIU, a dose de hormônio absorvida pelo corpo é muito inferior a qualquer outro anticoncepcional hormonal como, pílulas, anel vaginal, adesivo, injetáveis, implante, etc. Por isso, ele é o método de contracepção hormonal mais seguro em relação ao risco de trombose. O DIU hormonal normalmente faz com que a mulher deixe de menstruar.

COMO É O PROCEDIMENTO PARA COLOCAR O DIU?

A inserção do DIU, tanto o de cobre como o hormonal, pode ser feita no próprio consultório do ginecologista, com anestesia local.

PÍLULA X DIU

Tanto a pílula como o DIU são métodos contraceptivos muito seguros e com uma eficiência muito parecida. O que deve ser levado em consideração na hora de escolher é o perfil de cada paciente e possíveis indicações específicas de cada caso.

Se você tem dificuldade de seguir uma rotina e vive esquecendo a hora dos remédios, pode ser mais interessante optar pelo DIU. Caso você queira engravidar de novo em breve, a pílula pode ser uma boa alternativa, pensando que a durabilidade do DIU é de cinco anos.

Seja qual for a sua sua escolha e o seu perfil, é fundamental que a sua decisão por qualquer método contraceptivo seja orientada por um médico ginecologista capaz de alinhar as expectativas e as possibilidades reais para cada mulher.

PRECISO USAR UM MÉTODO CONTRACEPTIVO MESMO SE ESTIVER AMAMENTANDO?

Ainda há muita gente que acredita que a amamentação seja um método contraceptivo natural, porque quando a mulher está em aleitamento exclusivo ela pode deixar de menstruar por muitos meses, porém isso não é verdade.

É importante ressaltar que o fato de a mulher não menstruar durante a amamentação não significa que ela não possa engravidar. Apesar de os hormônios FSH e LH estarem mais baixos por conta do aumento da prolactina durante a amamentação, o retorno da fertilidade é muito variável e pode mudar de mulher para mulher.

Por isso, é tão necessário que a mulher converse com o seu médico logo depois do parto para entender qual método contraceptivo é melhor, mais eficaz e seguro para ela. A indicação pode variar de acordo com o tempo do pós-parto e também com a amamentação.

POSSO USAR PÍLULA OU DIU ENQUANTO AMAMENTO?

PÍLULA

As pílulas que podem ser usadas durante a amamentação são as que contém apenas progestagênios (Desogestrel ou Levonorgestrel), pois o estrogênio, que faz parte da maior parte das pílulas anticoncepcionais tradicionais pode passar pelo leite e apresentar riscos para o bebê.

A pílula anticoncepcional administrada por via oral de maneira contínua pode ser iniciada após 40 dias de parto, é uma boa opção tanto para as mulheres que estão amamentando, como as que não.

Vale ressaltar que a pílula pode ser utilizada por quase todas as puérperas, e nesse caso não altera o risco cardiovascular, nem aumenta o risco de trombose.

DIU

O DIU (dispositivo intrauterino) pode ser colocado imediatamente após o parto, seja ele normal ou cesária, ou após 40 dias do nascimento do bebê, como a mulher preferir. Os dois tipos de DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, que pode ser o Mirena ou Kyleena, podem ser usados com tranquilidade durante a amamentação, sem prejuízos ou riscos para o bebê.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
ColunasGestar