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O cuidado com mamadeiras de plástico

Ele não aparece e o nome bem que poderia decorar caixinhas de remédio. Mas o Bisfenol A (BPA), produto químico usado na fabricação de plásticos, é bastante utilizado no revestimento interno de todas as latas de alimentos e bebidas, inclusive de produtos para alimentação de bebês. Por ser forte, leve e duradouro, aumentando a durabilidade do produto, o Bisfenol A está maciçamente presente nas mamadeiras. E aí está o perigo.

Se mal fabricada, a mamadeira revestida com o produto pode permitir que a substância migre para o alimento, fazendo com que o seu bebê ingira o tóxico junto com o alimento fornecido. Para piorar, isso ocorre principalmente quando o alimento é aquecido, pois o calor propicia a migração do BPA.

Agora que você já sabe o que é o BPA, vamos entender o porquê dele ser tão prejudicial à saúde.  Diversos estudos mostram que essa substância pode provocar câncer, influenciar a má formação de órgãos masculinos do feto, ser responsável por puberdade precoce em meninas e até causar hiperatividade. Essas toxinas enviam falsas mensagens para o nosso organismo, alterando a ação dos hormônios produzidos pelo nosso próprio organismo, principalmente daqueles envolvidos com o controle energético como catecolaminas, hormônios tireoidianos, estrogênio, testosterona, cortisol, insulina, hormônio do crescimento e leptina, podendo provocar problemas no futuro como a obesidade e a resistência em perder peso.

Algumas pesquisas indicam que o risco é ainda maior em crianças, por isso o BPA já foi banido no Canadá, França, Dinamarca e Costa Rica. Nos Estados Unidos, o material é proibido apenas em alguns estados, mas a tendência é que isso se estenda por todo o país.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que a quantidade de Bisfenol A presente em plástico (0,6mg/kg) é segura – eu, particularmente, discordo. Segundo a Anvisa, o componente é eliminado pela urina, sem alcançar a corrente sanguínea.

De outro lado estão os pesquisadores que estudam o impacto dessas substâncias na vida das pessoas – para estes, não existe nível seguro. Até mesmo a sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se diz contra o uso de mamadeiras com essa substância.

Portanto, mamãe ou futura mamãe: dê preferência a produtos livres de BPA. No Brasil ainda é difícil encontrá-los, mas, fora do País, existe uma gama de produtos para crianças BPA-free, e algumas marcas já usam o mote até como estratégia de marketing.

Caso você não encontre mamadeiras livres de BPA, a opção é substituir pela mamadeira de vidro. Não foque na mamadeira, foque no futuro do seu bebê.

Até a próxima!

Drª Karina Al Assal é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em nutrição clínica pelo Hospital Sírio Libanês, especialista em nutrição clínica funcional pelo Instituto Valéria Paschoal, mestranda em nutrição e cirurgia metabólica do aparelho digestivo pela Faculdade de Medicina de São Paulo e graduanda em fitoterapia funcional.
* Envie dúvidas e sugestões para a coluna pelo email karina@karinaalassal.com.br .

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Nutrição em família