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As vantagens da extração e armazenamento do leite materno

O leite materno é o melhor alimento para os bebês e a recomendação é que seja oferecido até os dois anos. No entanto, amamentar não é uma missão fácil – falamos sobre alguns desafios da amamentação aqui. Voltar a trabalhar, por exemplo, pode levar muitas mães ao desmame precoce ou “forçado”. Por isso, decidimos fazer um post completo sobre a extração e armazenamento do leite materno! Assim, você pode continuar oferecendo seu leite mesmo depois que voltar ao trabalho ou durante momentos que não pode oferecer o seio. Convidamos a consultora de amamentação e enfermeira Cintia Freitas para colaborar com essa conversa.

Foto: Sarah Chai no Pexels

Todas as mulheres podem fazer extração?

Sim! A extração pode ser feita por todas, de preferência depois das seis primeiras semanas do bebê – dessa forma, você não hiper estimula os seios e seu corpo tem tempo de aprender as quantidades de produção. Antes disso, o ideal é apenas coletar o leite que vazar, caso você já queira começar a armazenar.

No caso de mulheres com baixa produção ou que voltam a trabalhar muito cedo, é possível criar uma rotina de ordenha antes das seis semanas. No entanto, essa rotina não deve ser intensa e, de preferência, acompanhada por uma consultora de amamentação.

Já nos casos de bebês prematuros, a rotina de extração começa o quanto antes para garantir a produção e, se possível, oferecer ao bebê o leite da própria mãe. Aqui, a rotina de estímulo e ordenha pode ser mais intensa, dependendo da recomendação profissional e necessidade da família.

5 vantagens da ordenha e do armazenamento do leite materno

Ordenhar e armazenar leite materno é uma vantagem:

  1. Na volta ao trabalho: se você possui um estoque e uma rotina de ordenha, pode continuar oferecendo leite materno mesmo depois de voltar ao trabalho;
  2. Para aumentar a produção de leite: a rotina de extração ajuda no aumento da produção de leite;
  3. Para complementar a amamentação: se você possui estoque, pode complementar com seu próprio leite caso exista necessidade;
  4. Para a liberdade da mãe: com estoque, você pode se ausentar sem comprometer a alimentação do seu filho. Isso significa que você pode sair para jantar, viajar e trabalhar sem deixar de produzir e oferecer leite materno;
  5. Em caso de imprevistos: se a mãe adoecer e precisar tomar alguma medicação ou ficar internada, o bebê não fica sem leite materno e a mãe consegue manter a produção com a rotina de ordenha (ainda que o leite extraído nesses dias seja descartado).

É importante dizer que a extração nem sempre será feita para armazenar leite. “Muitas vezes, a ordenha se faz necessária, também, para prevenir mastite e evitar que o bebê machuque a mãe por estar com as mamas muito cheias”, explica Cintia.

Foto: Reprodução Medela

Como deve ser feita a extração?

“A extração está liberada para todas, mas a forma que será realizada é decidida caso a caso”, conta Cintia. Antes de começar uma rotina de ordenha, é avaliado as necessidades e desejos de cada família, assim como quais métodos se encaixam melhor naquela realidade. Mulheres com mamilos machucados, por exemplo, não podem usar as bombas elétricas.

A regra geral na extração é massagear a mama antes da coleta. Depois, cada máquina – manual ou elétrica – tem suas particularidades de encaixe. O tipo de bomba depende das suas necessidades e também do que você se adapta melhor.

Para realizar a ordenha, é preciso ter alguns cuidados:

  • O local deve ser limpo e sem a presença de animais;
  • Você deve lavar as mãos e prender o cabelo antes de começar a ordenha;
  • A bomba deve ser desmontada e totalmente esterilizada antes de cada coleta;
  • Faça uma ordenha manual e despreze as primeiras três gotas antes da extração;
  • Faça pausas a cada 5 minutos para garantir a circulação de sangue na auréola;
  • O leite deve ser armazenado em pote de vidro e tampa de plástico, também esterilizado, e refrigerado corretamente.

A rotina de ordenha deve ser definida junto com sua consultora de amamentação baseado nas suas necessidades e disponibilidade. Extrair leite todos os dias é uma missão cansativa e nem todas as mães se adaptam, então é preciso ter paciência e entender seus limites!

Foto: Nikolai Chernichenko

Como fazer o armazenamento do leite materno?

É preciso ter cautela com o armazenamento do leite. Se bem armazenado, ele pode durar até doze meses! Por isso, fique atenta às regras:

  • Pote de armazenamento

O ideal é que o leite seja armazenado em potes de vidro com tampas de plástico. O leite também pode ser armazenado em sacos específicos para isso – não utilize qualquer saco e fique muito atenta à vedação!

Lembre-se de etiquetar seus potes com a data da coleta para manter o controle do seu estoque.

  • Pode misturar leite de extrações diferentes no mesmo pote?

Sim! Até recentemente, o recomendado era esperar os dois leites chegarem a mesma temperatura na geladeira antes de misturar e congelar. No entanto, a Academia Americana de Pediatria atualizou recentemente suas diretrizes e liberou a mistura do leite fresco com o leite resfriado.

Você pode conferir as diretrizes da AAP neste link.

  • Onde armazenar

O local do seu estoque depende de quanto tempo você pretende manter o seu leite guardado. Se a sua meta é fazer um grande estoque e continuar armazenando ali para garantir o aleitamento por mais tempo, a temperatura do freezer é uma. Se o consumo for feito a curto prazo, a temperatura será outra. Confira quanto tempo o leite se mantém bom para consumo em cada caso, segundo o protocolo americano:

Temperatura ambiente (25 graus): 4 horas

Na geladeira: 4 dias

Congelador interno da geladeira (ou que não cheguem a -18 graus): 15 dias

Freezer ou congelador (-18 graus): 6 meses

Freezer horizontal (-21 graus): 12 meses

Para saber quanto tempo o seu freezer consegue manter o leite, é preciso checar qual a temperatura dele. Essa informação fica disponível nas etiquetas, nos manuais e também é fornecida nos sites dos fabricantes.

Depois de descongelado, o leite não pode ser congelado novamente. Por isso, se seu leite descongelou, você pode armazená-lo por até 24 horas na geladeira para consumo. Se você já aqueceu, ele deve ser consumido em até duas horas.

  • E se eu coletar na rua?

Se você fizer ordenha no trabalho ou na rua (e quiser manter o leite extraído), é preciso tomar alguns cuidados. Se você tem acesso a uma geladeira, é só armazená-lo lá até o transporte – que deve ser feito em bolsa térmica cheia de placas de gelo congeladas. Assim que chegar em casa, coloque junto com seu estoque no freezer.

No caso de você não ter acesso a uma geladeira, é preciso checar quantas horas você consegue manter o leite resfriado na bolsa térmica. Se o leite esquentou ou ficou em temperatura ambiente, não arrisque – é melhor jogar fora.

Como oferecer o leite materno?

Descongele o leite em banho maria com o fogo desligado. É só colocar o pote na água – esse método não funciona com os saquinhos, que devem ser descongelados lentamente na geladeira e depois o leite amornado.

O leite deve ser oferecido em itens sem bico artificial: copo de vidro, copo 360 e colher dosadora são boas opções. Dessa forma, você evita confusão de bico e fluxo (que acontecem com a mamadeira, por exemplo) e pode continuar amamentando no peito também.

É importante preparar a sua rede de apoio para oferecer o leite materno. Explique como descongelar e como oferecer! Se possível, comece a adaptação do bebê com o item escolhido para oferecer leite você mesma alguns dias antes. A maioria dos bebês acaba relutando um pouco até aceitar a nova forma de se alimentar, então esteja preparada para insistir por uns dias até ele aceitar com tranquilidade a nova forma de se alimentar.

Importante: caso o bebê não mame todo leite oferecido, não congele novamente. Esse leite pode ser oferecido novamente nas próximas duas horas e, após esse período, deve ser descartado. Se você perceber que descongelou mais leite do que deveria, divida a quantidade e mantenha uma parte na geladeira – dessa forma, você pode oferecer essa parte nas próximas 24h.

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Leia mais: Meu leite é insuficiente para o meu bebê. O que posso fazer?

Veja também: Meu filho perdeu interesse pelo peito. E agora?

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