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Enxoval da amamentação: o que comprar e o que evitar

Estamos no Agosto Dourado, mês de incentivo a amamentação, e não podemos deixar de falar dos itens que ajudam – e até salvam! – esse processo. O enxoval da amamentação não é obrigatório, mas algumas peças ajudam no sucesso do aleitamento materno – e algumas peças podem ser adaptadas com o que você já tem em casa!

Confira os itens que vale a pena comprar e quais você deve evitar:

ALMOFADA DE AMAMENTAÇÃO

Enxoval da amamentação

Almofada de amamentação na Amazon

A almofada é um alívio para as longas mamadas, garantindo o conforto da mãe e do bebê. Elas ajudam a mãe, principalmente nos primeiros meses a manter uma boa postura e a não sentir dores nos braços e nas costas por ficar segurando os pequenos por muito tempo. E podem ser boas aliadas para variar as posições do bebê – o que é recomendado para que todas as glândulas mamárias trabalhem igualmente, evitando o acúmulo de leite em algumas delas e uma consequente mastite. 

Existe uma almofada que seja boa para todo mundo? Não. Depende da altura da mãe, da poltrona usada, da rigidez ou maciez da almofada… o ideal seria fazer um “test drive” antes, tentando simular as posições de amamentação no cantinho escolhido na casa para isso.

Não quero comprar uma almofada” Você pode até usar um travesseiro… mas o formato em U da almofada facilita o manuseio dela e do bebê. 

SILVERETTE

Enxoval da amamentação

As conchas de prata da SilveretteFornecedoresSILVERETTE®Enxoval do Bebê Enxoval do BebêSão Paulo, São Paulo (Capital) São Paulo, São Paulo (Capital)Leia mais são consideradas milagrosas por muitas mães, como já contamos aqui. Como são de prata pura, têm ação ​​antimicrobiana, antifúngica e antibacteriano natural, além de conter agentes antiinflamatórios. Por isso, ajudam a curar cortes, feridas e rachaduras em poucos dias de uso. E a ação antifúngica ajuda a prevenir a candidíase mamária

Não conhecia as conchas quando passei pela fase mais difícil da amamentação, mas, quando contei meu relato, recebi muitas mensagens de mães no Instagram recomendando as conchas, dizendo que eu tinha que comprar (mesmo já não tendo mais feridas!rs), porque eram milagrosas e haviam sido o melhor investimento que fizeram!

COLHER DOSADORA OU COPINHO AMERICANO

Enxoval da amamentação

Colher dosadora Buba na Amazon

Se em algum momento você precisar oferecer leite materno fora dos seios ou até mesmo fórmula, não precisa recorrer à mamadeira. O mais indicado pelas consultoras de amamentação é que o leite seja oferecido nas colheres dosadoras ou nos famosos copinhos americanos (ou “de pinga”), que a maioria das pessoas tem em casa. Dessa forma, diminui-se as chances de confusão de bicos ou confusão de fluxo, que levam ao desmame precoce.

Meu filho tomou fórmula no copinho na maternidade e, em casa, dei algumas vezes na colher dosadora quando estava com fortes dores nos seios e quis dar um descanso para os mamilos feridos, tirando leite na bomba (próximo item da lista).

BOMBA DE LEITE E POTES DE ARMAZENAMENTO

Bomba dupla elétrica da Medela da Amazon

A bomba de leite não serve apenas para mães que trabalham ou vão dar leite materno na mamadeira. Elas podem ajudar também a aumentar a produção de leite, aliviar os seios cheios e a criar um estoque de leite materno.

Ter seu armazenamento de leite é recomendável, pois se, em algum momento, você precisar se ausentar ou tiver que parar de oferecer o peito (por conta de uma medicação, por exemplo), terá leite materno para oferecer de outras formas. 

Entre a bomba manual e a elétrica, a segunda opção é, sem dúvida nenhuma, a mais prática! Seguindo a recomendação de amigas, escolhi uma bomba dupla para que a extração fosse mais rápida.

Já ouvi falar de serviços de aluguel de bomba. Pode ser uma opção para não fazer um alto investimento de cara.

SUTIÃS DE ALGODÃO

Sutiãs de amamentação 92% algodão na Amazon

Os sutiãs da lactante devem ser confortáveis e permitir que a pele respire. Por isso, devem ser de algodão, sem aro ou bojo e com boa sustentação. Hoje em dia, é difícil achar modelos 100% algodão, mas procure os que têm as maiores porcentagens em sua composição.

Mas preciso mesmo comprar aqueles sutiãs horrendos de amamentação?” Bom, tem uns que não são tão feios assim… rs Você pode até não comprar modelos específicos de amamentação (que abrem o triangulinho) – eu, por exemplo, tive poucos assim -, mas você provavelmente vai precisar de um novo jogo de sutiãs de tamanho maior do que costumava usar antes da gestação.

“Quantos comprar?” Depende de quantas vezes por semana irão para a máquina de lavar. É preciso ter alguns sutiãs na gaveta, já que devem ser trocados constantemente. Isso porque os seios podem vazar e a região não pode ficar úmida, para se evitar candidíase mamária. Então, tenha em mente que as trocas devem ser frequentes, todos os dias. Muitos sites recomendam 5, mas eu comprei mais e não me arrependo.

SLING

Sling Wrap na Amazon

O sling é um acessório que dá liberdade à mãe, ao mesmo tempo que traz aconchego para o bebê. Com as mãos livres, você pode fazer muitas coisas enquanto passeia com o bebê ou faz alguma atividade em casa (não esportiva, claro). O bebê pode ficar no sling para dormir, passear, ficar aninhado acordado e até mamar. Deixo aqui um link com dicas e cuidados que se deve tomar para que o bebê possa mamar e dormir em segurança no sling.

A vantagem do sling em relação ao canguru, principalmente nos primeiros meses, é que oferece diferentes amarrações e posições variadas e confortáveis para o bebê.  

QUE ITENS EVITAR? 

Muitos itens famosos nas listas de enxoval não são indicados pelas consultoras de amamentação, por contribuírem para o desmame precoce ou até mesmo por desencadearem problemas de saúde para a mãe. Separamos aqui alguns deles:

  • Conchas de silicone e absorventes de seios: sufocam os seios e criam o ambiente perfeito para desenvolver candidíase mamária;
  • Bicos de silicone: não são indicados pelas consultoras de amamentação, pois atrapalham a pega e podem agravar feridas;
  • Pomadas para os mamilos: se usadas de forma incorreta (o que é comum), podem atrapalhar a pega do bebê, o que agrava feridas;
  • Mamadeiras: podem causar a confusão de bico e fluxo, que faz com que o bebê se desinteresse pelo peito. Por isso, o indicado é a colher dosadora ou copo americano (indicados anteriormente) no lugar da mamadeira. 

Se você estiver com dificuldades para amamentar, vale a pena procurar uma consultora de amamentação. O serviço pode ser contratado inclusive antes do nascimento, para preparar a mãe e/ou para assistência imediata no pós-parto. 

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Leia mais: 8 coisas sobre amamentação que você precisa saber

Veja também: Tudo o que você precisa saber sobre apojadura e pega

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Meu leite é insuficiente para meu bebê. O que posso fazer?

No Agosto Dourado, mês de incentivo à amamentação, vamos conversar sobre questões que levam ao desmame precoce. Respeitamos todas as escolhas das mães, não achamos que o fato de amamentar torna uma mãe melhor do que a que não amamenta, não achamos que o peito é a única forma de criar vínculo com o bebê e não achamos que a mãe que não consegue amamentar quanto gostaria deva sentir culpa por isso! Mas sabemos que muitas mães criam uma expectativa em torno da amamentação que, às vezes, acaba não sendo realizada por motivos diversos. 

E pela nossa troca de mensagens com mães no Instagram, uma das razões mais citadas que levou ao desmame precoce foi o “leite insuficiente“, que precisa ser complementado com fórmula e isso, consequentemente, acaba levando o bebê a largar o peito. Para algumas mães, isso não é problema algum; outras, gostariam de estender o período de amamentação, ainda que não de forma exclusiva, por mais tempo. Se você está no segundo time, esse post é para você! Conversamos com a enfermeira e consultora internacional em lactação IBCLC, Juliana Dalossi (@dolcematernidade), para explicar mais sobre esse quadro: por que a produção de leite é insuficiente, como lidar com a introdução da fórmula caso você deseje continuar amamentando, e o que é possível fazer para aumentar a produção de leite

Antes, só gostaríamos de lembrar que leite insuficiente não significa leite fraco. Não existe leite fraco, como conversamos nesse post. O leite materno é sempre a melhor fonte de alimento para o bebê, porque entrega exatamente o que os pequenos precisam – dos nutrientes aos anticorpos, que os mantém protegidos de diversas doenças. A questão do leite insuficiente é da quantidade produzida, e não da qualidade! 

leite insuficiente

O que leva ao quadro de produção insuficiente de leite?

O que chamamos de “leite insuficiente” é a baixa produção de leite – situação que, na maioria dos casos, pode ser revertida. O primeiro ponto é entender como funciona esse processo: o peito da mãe é uma fábrica, não um estoque. Isso significa que o leite é produzido por mamada e, quanto mais a mama for esvaziada, mais ela enche. O tamanho dos seios não interfere no volume de leite – quem tem seios pequenos pode amamentar sem problemas.

Quem avisa o corpo que é necessário produzir leite é a sucção correta, feita por bebê ou bomba. Por isso, o principal ponto para boa amamentação e boa produção de leite é o manejo correto, ou seja, a pega do bebê precisa estar certa para que o estimulo seja eficaz. Sem isso, o bebê não consegue sugar leite suficiente e o corpo não entende que precisa produzir mais leite.

O manejo inadequado é o fator mais comum de baixa produção de leite. Aqui, além da pega incorreta, também podemos incluir o uso de bicos de silicone como fatores que prejudicam a amamentação e produção de leite. Assim, o primeiro passo é garantir a mamada correta.

Juliana esclarece que há outros fatores que favorecem a baixa produção: “Mulheres com mamoplastia redutora, hipoplasia mamária ou tecido glandular insuficiente e tumor de hipófise podem ter problemas na produção”. Em todos os casos, é preciso de acompanhamento com uma profissional da amamentação. Muitas vezes, o manejo correto já garante a continuidade da amamentação, ainda que não de forma exclusiva.

Como identificar se a produção de leite está baixa?

É possível identificar a baixa produção de leite acompanhando a evolução do bebê. Se ele está crescendo, ganhando peso e evoluindo bem, não há motivos para preocupação. 

Quando o bebê não está alcançando esses pontos, é preciso procurar qual o fator que está levando à produção insuficiente. “Primeiro, avaliamos se essa mãe está amamentando sem bicos artificiais e com manejo adequado. Se sim, vamos investigar se há um dos fatores de risco. Na maioria dos casos, o problema está no manejo“, explica Juliana.

O que pode ser feito para evitar a baixa produção de leite?

Juliana é categórica: “Tenha uma consultora de amamentação desde a gestação. Mulheres que são bem avaliadas, que têm informações, que entendem como funciona seu corpo, tendem a ter menos problemas na amamentação. É melhor prevenir e estar bem preparada, do que esperar acontecer um problema para procurar ajuda”.

Esse apoio profissional garante o bom manejo da amamentação: a pega correta, cuidado com os seios e outros pontos. Com o bebê estimulando, a produção se equilibra para ser exatamente na quantidade de que o bebê precisa.

A livre demanda ajuda?

A livre demanda é sempre recomendada, pois garante que as necessidades do bebê estejam saciadas no tempo que ele precisa. No entanto, Juliana reforça: “Essa amamentação deve ser eficiente e feita da forma correta. Se é livre demanda, mas com manejo inadequado ou fator de risco sem acompanhamento, pode não ser efetivo”.

Extrair o leite com bomba aumenta a produção? 

A extração de leite com bomba pode ser utilizada para ajudar no aumento da produção. Existe, inclusive, uma técnica chamada Power Pump para ser utilizada nesses casos. É um método de estimulação intensa com a bomba de extração, em certos horários e por um determinado tempo – e deve ser feita sempre com acompanhamento profissional.

Juliana alerta: “Essa técnica deve ser usada junto com a livre demanda inteligente, manejo correto da amamentação e acompanhamento de um profissional para resultados efetivos”. Além disso, a consultora de amamentação lembra que a técnica não é para todos os casos: “É preciso avaliar caso a caso. Algumas mães já estão sobrecarregadas com a livre demanda e o Power Pump se torna uma tarefa extra. É uma decisão tomada junto com cada mãe”.

O que fazer quando a mãe já introduziu a fórmula? É possível voltar a amamentar exclusivamente no peito?

É possível voltar a amamentar apenas no peito mesmo depois de introduzir a fórmula. Para isso, é preciso que a mãe faça todo o acompanhamento para aumento da sua produção natural. Depois, a retirada da fórmula é feita aos poucos. “Retirar a fórmula é um processo que precisa ser acompanhado de perto pelo pediatra e pela consultora de lactação“, explica Juliana. “Deve-se checar se o bebê está mantendo a evolução de crescimento e ganho de peso e que a mãe está dando conta de produzir tudo que o bebê necessita”.

Algumas mulheres precisam manter o uso da fórmula, mas isso não precisa atrapalhar a amamentação no peito. O “segredo” está na forma de oferecer a fórmula, para que não tenha confusão de bico e fluxo ou desinteresse pelo peito.

Como oferecer a fórmula ou leite extraído?

Para garantir que o bebê não perca interesse em mamar no peito, é preciso oferecer a fórmula ou leite extraído em itens com baixo fluxo e totalmente diferentes do peito da mãe. “Muita gente acredita que o melhor é escolher algo parecido com o peito, mas é um tiro no pé. O ideal é usar apetrechos seguros, como: copo 360, copo aberto, colher, copo de transição (com bico rígido e sem válvula) e colher dosadora. A sonda também é segura, mas é preciso ter um acompanhamento próximo para que não cause confusão de fluxo no bebê”, explica Juliana.

Converse com seu pediatra e consultora de amamentação sobre os prós e contras de cada forma de oferecer o leite e escolha a que mais se encaixa na sua rotina. Os métodos podem ser menos práticos do que a mamadeira, mas é uma das chaves para manter a amamentação no peito.

E se o leite secar?

Em uma mãe sem fatores de risco e sem uso de medicamentos, só se pode dizer que o leite secou se não houver nenhuma extração, feita pelo bebê ou por bomba, por quarenta dias. Antes disso, o que pode ocorrer é uma desregulação nos hormônios ou queda na produção.

A ocitocina, por exemplo, é o hormônio responsável pela saída do leite. Se houver alteração, você pode enfrentar dificuldades na saída do leite, mesmo produzindo. Uma das causas de alteração da ocitocina é o estresse. Portanto, cuidar do emocional é essencial durante a amamentação! É importante manter a estimulação efetiva e procurar ajuda profissional

Juliana reforça: “Confiem nos seus corpos! Aprendam mais sobre como funciona a produção do leite, a manejar corretamente a mamada e procurem ajuda sempre que precisarem”.

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Leia mais: Mastite: o que é, sintomas, prevenção e tratamento

Veja também: A amamentação depois do primeiro mês

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Mastite: o que é, sintomas, prevenção e tratamento

Nesse Agosto Dourado, vamos continuar falando sobre a amamentação na coluna Gestar! O tema de hoje é a mastite, que atrapalha a qualidade de vida de muitas mães. O ginecologista e obstetra Dr Jorge Farah Neto (CRM 126.525) explica tudo o que precisamos saber sobre o tema:

Método contraceptivo

O que é mastite?

A mastite durante a amamentação também pode ser chamada de mastite puerperal, da amamentação ou lactacional. É, inicialmente, uma inflamação aguda dos tecidos mamários que evolui com a estagnação do leite.

Essa estagnação ocorre por conta do bloqueio da saída de leite pelos ductos mamários, o que leva ao ingurgitamento das mamas (o que é comumente chamado de “pedras” nos seios). É um cenário que vai se agravando passo a passo. Essa situação facilita a multiplicação bacteriana e pode levar à infecção nas mamas, além de dificuldades para amamentar e fissuras nos mamilos. Em casos mais graves, pode ocorrer pus e sepse.

Acomete de 2 a 10% das lactantes. Os patógenos mais relacionados são o Staphylococcus aureus e o Streptococcus

Quais são os sintomas da mastite?

Os sintomas comuns são dor, desconforto, inchaço e vermelhidão da mama (nota-se placas vermelhas na pele). Além disso, há aumento desproporcional em relação à mama sadia, mal estar geral, calafrios, febre e fadiga

O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames. Nos casos mais graves, com suspeita de abscesso de mama, há necessidade de complementação com a realização de exames de sangue e ultrassonográficos.

mastite

Quais são os fatores de risco?

Os principais fatores de risco para ter mastite são:

  • Dificuldade em amamentar adequadamente levando ao acúmulo do leite;
  • Pega inadequada do recém nascido;
  • Tabagismo;
  • Piercing nos mamilos;
  • Diabetes;
  • Higiene inadequada; 
  • Utilização dos bicos e conchas de silicone.

E qual a prevenção da mastite?

Além de evitar os fatores de risco, outras atitudes podem ser tomadas para evitar a mastite. São elas:

  • Não deixar acumular leite nas mamas, esvaziando totalmente após as mamadas;
  • Amamentação em livre demanda;
  • Variar posições para evitar que glândulas de determinadas regiões acumulem mais leite que de outras; 
  • Massagear as mamas e fazer ordenha antes da mamada, caso perceba inchaço;
  • Higiene adequada das mãos, que devem ser lavadas antes e após cada mamada;
  • Usar sutiãs apropriados, que não façam pressão em determinadas partes, o que pode levar à obstrução de ductos.

Qual o tratamento?

A ordenha mamária é fundamental para o tratamento da mastite. As mamas devem ser esvaziadas manual ou mecanicamente, evitando-se assim o acúmulo do leite. Faça compressas frias durante 30 minutos após as amamentações ou ordenha mamária. 

Como podemos ver, a amamentação deve ser estimulada ainda mais. O uso de analgésicos e antiinflamatório para alívio da dor e diminuição do processo inflamatório são indicados. 

Já o uso de antibióticos deve ser avaliado pelo médico. Lembrando que a falta de tratamento adequado pode levar à formação de abscesso de mama. Isso gera a necessidade, muitas vezes, de internação e drenagem cirúrgica, além do quadro grave de sepse (infecção generalizada).

Em casos associados a fissuras mamilares, a utilização das conchas de prata da Silverette ajudam bastante na prevenção e tratamento. Além delas, a utilização da laserterapia no local também é recomendada, desde que feita com profissional habilitado.

Em alguns casos específicos, o médico pode indicar o bloqueio da amamentação por período de tempo.

Importante lembrar: nunca façam a automedicação! Apresentando qualquer sinal de inflamação ou infecção, seu médico deverá ser consultado imediatamente.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
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Agosto Dourado: 20 vantagens da amamentação para bebês e mães

Após sancionada a lei pela Presidência da República, no dia 12 de abril de 2017, Agosto passou a ser o mês do aleitamento materno, um mês inteirinho pró – amamentação. Uma das intenções do projeto “Agosto Dourado” é intensificar ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno. “Hoje, as famílias estão muito mais conscientes dos benefícios e das vantagens da amamentação, se comparado com as gerações passadas. O leite materno é muito superior a qualquer outro leite ou fórmula artificial e é o alimento mais perfeito e completo da natureza”, explica médica pediatra dra. Gabriela Ochoa, que reuniu para nós as vantagens da amamentação para o bebê e para a mãe.

Mas antes das dicas, vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP) preconizam o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até os 2 anos ou mais.

agosto dourado

Vantagens da amamentação para o bebê:

  1. Fortalecimento do sistema imunológico (a mãe passa anticorpos através do leite, fortalecendo o sistema imune do bebê)
  2. Proteção contra diversas infecções, como as respiratórias, otite (ouvido), intestinais, dentre outras
  3. Proteção contra anemia (graças a presença e boa absorção do ferro)
  4. Diminuição do risco de desnutrição
  5. Reduz do risco de contaminação
  6. Diminuição do risco de alergias (alergias alimentares, dentre elas a alergia à proteína do leite de vaca)
  7. Proteção contra diarreia
  8. Fortalecimento dos músculos da face e boca, evitando problemas na fala e dentição
  9. Contribuição para o desenvolvimento da criança (cognitivo e psicomotor)
  10. Prevenção de doenças crônicas no futuro, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, asma, dermatite atópica, doença celíaca

Vantagens da amamentação para a mãe:

  1. Favorece a perda de peso, voltando mais rapidamente ao peso normal
  2. Diminui o risco de câncer de ovário, endométrio e mama
  3. Previne contra a osteoporose na pós-menopausa
  4. Intensifica relação afetiva mãe-filho
  5. Aumento da autoestima
  6. Diminui incidência de depressão pós-parto
  7. É pratico, rápido, está sempre pronto, na temperatura ideal, não precisa ser coado ou fervido
  8. É econômico. Evita gastos com outros tipos de leite e mamadeiras
  9. Reduz gastos com medicamentos
  10. Reduz as internações, já que diminui incidência de doenças na infância e na vida adulta

(Foto: Reprodução)

Veja também: Agosto Dourado: Dicas gerais sobre amamentação

E mais: Translactação: uma alternativa para as mães com dificuldades para amamentar

SaúdeMãesAmamentação

Não se prenda a horários! Respeite o apetite do bebê com a amamentação em livre demanda

NUTRICAO-EM-FAMILIA-HELOISA

Quando me sugeriram para escrever esse post, entrei em pânico ao me lembrar da minha experiência com a amamentação. Sempre achei que por ter o conhecimento técnico e saber da importância dela, amamentaria com muita facilidade meu filho. Ledo engano, a teoria não se aplicou à prática devido a muitos fatores, entre eles, a pressão e a rigidez nos horários das mamadas.

Lembro-me como se fosse hoje. Cada pessoa que me visitava na maternidade dava um palpite ou tinha uma dica infalível. “Coma canjica com leite para aumentar o leite; Espere para amamentar, ainda não deu tempo dele sentir fome; Não dê muito colo, ele ficará mal acostumado; Não dê o peito toda hora, você ficará escrava dessa criança; O que você comeu para dar cólica nessa criança?”

Com certeza, algumas dessas frases você já deve ter ouvido na sua vida, o que colaborou ainda mais para te confundir. Mas, o que podemos fazer para que esse momento tão importante para construção do vínculo mãe-filho não seja tão traumático?

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Desmistificando a livre demanda

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o leite materno deve ser oferecido até os 6 meses como o titular da alimentação de um bebê. Depois, ele deve ser mantido, mas aliado com a introdução de novos alimentos, até que a criança complete 2 anos.

Há 17 anos, quando meu filho nasceu, se recomendava uma amamentação de 3 em 3 horas. Atualmente, a mais recente cartilha de pediatria publicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revisou antigas recomendações sobre cuidados com os bebês. Entre elas, a que talvez mais chame a atenção e seja libertadora para as mães, se refere aos horários da amamentação. Agora, a mãe é aconselhada a dar o peito sempre que seu filho solicitar. Ou seja, o bebê deve mamar quando e quanto quiser.

A livre demanda é mais do que o aleitamento materno sem horários rígidos, é permitir que mãe e filho tenham um ritmo próprio, de maneira que o bebê vá se autorregulando na alimentação e no sono. Isso não significa que a mãe precise oferecer o seio a cada chorinho do bebê. Embora não tenha nada de errado nisso, principalmente nas primeiras semanas, nas quais mãe e filho estão aprendendo se ajustar um ao outro.

Principais vantagens

Uma das principais vantagens da livre demanda se baseia na liberdade de horário na alimentação. Geralmente, o bebê que mama quando quer perde menos peso depois do nascimento, e estimula mais a produção de leite da mãe.

A mamada livre também previne a dor e o endurecimento da mama pelo leite congestionado, além de colaborar para conter a ansiedade do bebê. Quando a criança vai ao peito com muita fome e vontade, é comum que ela machuque o seio da mãe.

Além disso, o bebê, aos poucos, irá aprender a lidar com a saciedade, o que no futuro pode reduzir o risco de obesidade.

Importante salientar que a recomendação de alimentar o bebê em intervalos regulares de três horas é mais adequada aos casos em que a criança está sendo alimentada com fórmulas infantis – como leite de vaca modificado. Devido à composição e à difícil digestibilidade desses leites, o esvaziamento gástrico e a sensação de fome podem demorar mais.

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Com que frequência eu devo amamentar meu bebê?

A amamentação em livre demanda é o reflexo da dupla mãe-bebê. Infelizmente, não é possível quantificar o número de mamadas que um bebê faz no início de sua vida. Como não é ritmada logo após o nascimento, pode ser que ele mame em um dia, e menos em outro.

A frequência na amamentação varia de acordo com as necessidades do bebê. Pouco a pouco, ao longo dos primeiros meses, mãe e filho irão imprimir um ritmo próprio e natural que leve em consideração não só as necessidades do bebê, como a da mãe também.

O mais importante nesse processo é que a mãe reconheça os sinais de fome e aprenda a diferenciá-los de outros tipos de choro.

Vou me tornar escrava dessa situação?

Algumas mães entendem, ou sentem, a livre demanda como uma escravidão, já que estar à disposição fisicamente, e ser constantemente solicitada pelo bebê, é desafiador para qualquer uma de nós.

No entanto, se por ventura você tiver este tipo de sentimento, tente desenvolver um novo olhar. A livre demanda nos permite a maior das liberdades: a liberdade de decidir.

O relógio acaba sendo mais escravizante do que você pensa. Tentar controlar os horários nos dá uma falsa sensação de saber o que fazer. No entanto, elepode nos levar a pôr a perder a naturalidade da livre demanda e a auto-regulação.

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Não desista!!! Persista!!!

Diferentemente do que se idealiza, muitas vezes, as mulheres se deparam com alguns desafios que podem desestimular a amamentação. O bico dos seios racham e doem no começo, existe o cansaço físico e emocional da mãe e, principalmente, o peso da cobrança da sociedade e da família. Mesmo com tantos motivos para desistir, ainda sim, há inúmeros motivos para persistir.

Para começar, os benefícios para a saúde do bebê, já que o leite materno carrega nutrientes e garante os anticorpos essenciais de que ele precisa. A proximidade e o aconchego no momento da mamada reforçam o vínculo entre mãe e bebê. Sem contar no empurrãozinho que a amamentação proporciona na recuperação da forma da mulher depois do parto.

Lembre-se, seu filho precisa de você, e você em livre demanda. Permita-se ser sugada, amamente sem reservas.

Agora, regras, comparações e manuais não importam. O que vale nessa fase é a sua tranquilidade e ter seu bebê bem aconchegado no peito.

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria. Contato: helotavares@terra.com.br.
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