Casamentos Casa & Decor 15 anos
Topo

Pais em Ação | Crianças são pessoas e merecem respeito

Na coluna de hoje, Daniela Nogueira, do Pais em Ação traz uma reflexão importante: crianças são pessoas. O que isso implica? Quando deixamos de ver nossos pequenos como pessoas? Por que esperamos certos comportamentos deles que não são compatíveis com sua realidade? Esses e outros pontos são abordados por Daniela na coluna. Confira:

Foto: Andrea Piacquadio no Pexels

CRIANÇAS SÃO PESSOAS

Desde o primeiro dia! Elas não precisam crescer primeiro para só depois merecerem nosso respeito, “de gente grande para gente grande” – criança é gente desde sempre.

Elas são literalmente nosso futuro. Se você maltrata hoje, colhe amanhã.

Por favor, abra sua mente para entender que, se ferir uma criança – ignorar, bater, punir – não irá fazer deste mundo um lugar melhor. Pois acredite, muitas crianças passam por isso diariamente há séculos. Ainda assim, temos sempre a impressão de que o mundo anda ficando pior, de que as pessoas se tornaram frias, de coração duro e não sabem amar.

Ainda assim, os humanos nascem, crescem, dão a luz à novos humanos e a birra, a manha, a impulsividade e a imaturidade permanecem. Será que não é tempo de pensar que se as estratégias de “desprezoterapia”, cantinho do pensamento, retirar brinquedos, punir e bater em crianças funcionassem, todas as birras e comportamentos afins já teriam cedido?

Caros pais, a criança faz birra não porque ela não tem limites, não porque você não os educa, mas simplesmente pelo fato de ser criança! De não ter todo o cérebro pronto para usar.

A imaturidade se parece muito com a falta de respeito e as birras na infância. O errado não é a criança fazer birra, o errado é não entender que o ser humano leva TEMPO para aprender a se controlar, se regular e seguir regras sem ter uma explosão de impaciência, frustração e inflexibilidade.

Ah, tão pouco tem a ver de que classe social a criança é, se ela é criada pela avó, mãe solteira ou dois pais: crianças humanas fazem birras. Umas mais, outras menos, depende do temperamento delas.

Criança já nasce gente, mas precisa de anos para se socializar e ser capaz de escutar um não sem berrar. Devemos sim falar ‘não’ para elas! Já conversamos aqui sobre as diferenças da disciplina e do castigo. Só não precisamos criar a falsa expectativa de que elas já são adultas para saberem como lidar. Só não precisa ser grosseiro, frio e massacrar. De novo o problema não é o berro, mas o que você faz com ele: cede ou educa? Cala ou bate? Ignora ou ajuda?

Até a próxima coluna,

Daniela Nogueira.

Daniela Nogueira é psicóloga de formação e educadora de coração. Aprofundou seus estudos sobre a primeira infância na abordagem Pikler pela Associação Pikler-Lóczy França (APL) em Paris e nos fundamentos do RIE, em Los Angeles, EUA. Idealizadora do Pais em Ação, projeto que apoia pais e mães na educação dos filhos oferecendo aconselhamento personalizado, domiciliar ou online, com um olhar de profundo respeito pela criança e sua infância. Daniela está envolvida no universo infantil há mais de 18 anos com experiências em co-educação nos EUA, trabalho terapêutico em instituições para crianças desabrigadas de suas famílias e atuação como professora na educação infantil em escolas particulares de São Paulo e Rio de Janeiro. Além do aconselhamento parental, ministra palestras e workshops ao vivo e online para escolas, empresas e grupos maternos. É mãe orgulhosa de casal de gêmeos de 5 anos.
ColunasPais em Ação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *