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Escola sustentável: 12 atitudes para analisar e sugerir na volta às aulas

Uma escola sustentável não é uma ideia distante. Muito pelo contrário: é mais simples e possível do que você imagina. Por isso, separamos aqui uma lista de 12 atitudes sustentáveis que as escolas podem ter para que você analise antes de matricular seu filho. Você também pode apresentar essa lista na escola atual dos seus pequenos, sugerindo as mudanças. Confira:

12 atitudes simples de uma escola sustentável

Foto: Anastasia Shuraeva no Pexels

1. Grupo de troca de uniformes

Muitas crianças perdem os uniformes rapidamente, já que estão em fase de crescimento. Vale lembrar que a indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. Assim, diminuir a compra das peças é um caminho!

Uma escola sustentável pode oferecer grupos de troca de uniformes. É uma economia para os pais e uma vantagem para o meio ambiente!

2. Troca e doação de livros e material escolar

No final do ano, os pais sempre tem livros e outros materiais escolares em bom estado, porém sem utilidade nenhuma. Uma escola sustentável pode oferecer grupos de troca dos livros e materiais escolares.

Outra possibilidade é fazer campanhas de doação desses materiais para escolas carentes. É uma forma de contribuir com o meio ambiente e com a sociedade!

3. Lixo separado em todos os ambientes

Separar o lixo orgânico e reciclável é uma atitude básica para qualquer instituição de ensino. É necessário checar se os lixos são separados em todos os ambientes: nas salas de aula há separação do lixo ou apenas na cantina? Os lixos estão bem sinalizados?

Se você se atentar a esses detalhes, vai perceber qual local está realmente engajado em ser uma escola sustentável e qual só colocou lixos coloridos no pátio para parecer moderna. Para existir uma separação de lixo correta, o sistema de descarte deve ser bem feito.

4. Cantina saudável

Esse tópico é muito importante! Analise o cardápio da cantina da escola: quantos produtos são naturais? Quantos são ultraprocessados ou são frituras? Quantos têm açúcar?

Uma escola sustentável preza pelo meio ambiente e pela saúde dos seus alunos. Oferecer alimentos saudáveis e naturais, estimular o consumo de produtos frescos e regionais, além de aplicar políticas contra o desperdício de alimentos são alguns pontos importantes.

escola sustentável

Foto: Rodnae Productions no Pexels

5. Não ao plástico!

Copo de plástico para beber água? Talheres de plástico para os pequenos? Existem muitos materiais descartáveis? Essas são perguntas simples e muito importantes que você deve fazer sobre a rotina da instituição.

Uma escola sustentável oferece alternativas para evitar o uso de descartáveis e plástico no geral. Por exemplo, cada criança deve ter sua garrafa d’água. O cuidado deve se estender a todas as áreas da escola, como recepção e sala dos professores. A redução do uso de plástico deve ser um valor da escola e não apenas uma atitude pontual!

6. Economia de energia

Existem uma série de atitudes para economizar energia nas escolas. Veja algumas:

  • Salas de aula com janelas amplas para boa circulação de ar e entrada de luz natural;
  • Uso de painéis de luz solar;
  • Uso de lâmpadas de LED;
  • Sensores de ambiente para desligar as luzes automaticamente quando ninguém estiver no local;
  • Infraestrutura moderna, com eletrônicos que gastam menos energia.

Uma escola sustentável terá a maioria desses itens. É uma vantagem para o meio ambiente e até mesmo uma redução de gastos da própria instituição – lembre-os disso caso tenha que exigir mudanças nas reuniões de pais.

7. Consumo consciente de água

Assim como com a energia, o cuidado com o consumo de água é essencial. Uma escola sustentável pode aplicar diversas ações para isso, como:

  • Sensor nas torneiras;
  • Captação da água da chuva para limpeza e outros;
  • Cuidados e manutenção com a estrutura para evitar vazamentos;
  • Avisos nos banheiros, bebedouros e outros espaços para recordar sobre o consumo consciente; entre outros.

Se você mora em uma cidade com racionamento de água, a dedicação das escolas nesse tópico deve ser ainda maior – ainda que o bairro da escola não entre no racionamento. Com atitudes coletivas, o cenário de toda cidade pode mudar.

8. Reduzir o uso de papel

Pode parecer uma missão difícil em uma escola, mas não é! Principalmente se pensarmos na grande quantidade de papel gasta na parte burocrática da escola. Com a tecnologia, não existe mais necessidade do papel ser o principal meio utilizado para documentos e outros itens desta área.

Ter um sistema eletrônico bem estruturado é cada vez mais barato e o impacto na natureza é infinitamente menor. Além disso, é muito mais seguro: os documentos ficam salvos para sempre em nuvem, enquanto papéis podem ser rasgados ou perdidos.

Modernizar o sistema da escola é uma atitude prática e sustentável!

Foto: Yan Krukov

9. Ter uma horta e/ou um espaço verde

O contato das crianças com a natureza é essencial, principalmente – mas não só! – na primeira infância. Ter um espaço verde permite que os pequenos tenham contato com terra, grama, pequenos insetos, árvores, flores…

Além de ajudar no desenvolvimento, estar próximo a natureza pode ajudar no controle das emoções, na expansão de conhecimentos do mundo e na criatividade.

A horta coletiva também é uma excelente forma das crianças terem contato com a natureza e ainda aprenderem brincando! Nós já falamos sobre como fazer hortas coletivas e caseiras aqui – e a manutenção é mais simples do que parece!

Ah, e tem mais uma vantagem da horta: os produtos podem ser usados na cantina da escola! Os produtos que não serão usados podem ser doados para famílias carentes da região.

10. Rede de caronas

Economia de gasolina, tempo e ainda diminui a emissão de gases. Só vantagens! A escola pode organizar um grupo para que os pais que moram perto montarem seu esquema de caronas.

Os pais também podem tentar organizar sua rede de caronas sem a ajuda da instituição, porém a escola pode facilitar esse match de famílias. Afinal, são muitas salas e, às vezes, uma criança mais nova ou mais velha pode morar próxima da sua casa e você não saberia.

11. Aplicar sustentabilidade nas aulas

Atividades de reciclagem, uso de materiais reciclados e outras ações podem ser aplicadas no dia a dia da sala de aula. Afinal, não há forma melhor de aprender do que vivenciando!

Consumo consciente de materiais, atividades que estimulem a sustentabilidade e aulas ao ar livre são algumas formas de aplicar a sustentabilidade nas aulas. É possível perguntar sobre isso nas visitas à escola ou na reunião com os professores, já que tudo isso deve estar na base da preparação das aulas.

Um ponto importante é que a escola pode usar os materiais recicláveis gerados ali mesmo para as atividades escolares, em vez de pedir para que os pequenos tragam de casa. Afinal, já há lixo reciclável sendo separado na escola – e a criança vai identificar as várias formas de usar esses materiais.

Atualmente, existem diversos materiais sobre produção de brinquedos e atividades sustentáveis que se tornam úteis por muito tempo. O ideal é que esse seja o foco das atividades de reciclagem. Até porque não faz sentido atividades de reciclagem em que o produto final não tem utilidade e será jogado fora em um prazo muito curto.

Aliás, você também pode aplicar essa dica em casa. Leia o post nosso post sobre como reaproveitar materiais para brincadeiras – tem várias dicas de atividades bacanas por lá!

12. Ensinar sobre sustentabilidade em ações

Você já ouviu a frase: “Crianças são como esponjas, aprendem absorvendo todas as informações ao redor”? Essa é uma afirmação verdadeira e muito importante para os educadores – afinal, não adianta falar algo aos pequenos e agir de forma contrária. Os pequenos vão absorver suas ações e, provavelmente, as reproduzir. Nós falamos mais sobre isso no post como ensinar sustentabilidade para crianças!

Por isso, é essencial que uma escola sustentável viva o que prega. Os funcionários, professores e gestores precisam seguir as mesmas regras. Assim, todas as medidas aplicadas serão realmente efetivas como aprendizado!

Foto: Yan Krukov no Pexels

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Leia mais: Como descartar pilhas e remédios corretamente

Veja também: Passeio sustentável: 8 dicas práticas

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Sustentabilidade

Quarto compartilhado entre irmãos: 6 vantagens e 8 dicas importantes!

O quarto compartilhado entre irmãos é uma alternativa para quem não tem espaço, para quem quer facilitar as visitas noturnas e também para os pais que querem aproximar mais os pequenos. Os quartos podem ser compartilhados por dois ou mais irmãos, em diferentes fases da vida – nunca é tarde para juntar seus filhos! Por isso, reunimos aqui inspirações, dicas e vantagens para quem quer embarcar nesse processo. Confira:

quarto compartilhado entre irmãos

Foto: Mooui

6 vantagens do quarto compartilhado entre irmãos

Foto: PRO.AARQUITETOS

1. Fortalece o laço entre irmãos

Dividir o mesmo quarto é uma forma de estimular a conversa, a cumplicidade e o entendimento entre os pequenos. Assim como você só aprendeu a conhecer seu filho passando horas e horas com ele, certo? Observando seus gostos, desgostos, reações e posturas. Os irmãos terão a chance de se conhecer de forma mais profunda, estreitando o laço entre eles!

2. Aprendizados para a vida toda

Claro, os conflitos existem! Independente da idade, a convivência constante gera atritos – é assim entre adultos e não seria diferente com os pequenos.

Porém, a cada novo conflito, seus filhos vão aprender um pouco mais sobre limites, a compartilhar de forma mais efetiva e a respeitar o outro. Com o tempo, eles vão aprender a ler o outro com grande facilidade, o que melhora a relação entre eles – como comentamos na primeira vantagem.

No entanto, vale apontar que a divisão de quarto ajuda os pequenos a aprender a gerenciar crises, a compartilhar, a ouvir o outro não só dentro de casa, como fora dela também. É algo que será positivo para eles para a vida toda!

quarto compartilhado entre irmãos

Foto: Pintrest

3. Facilita a rotina do sono

Para pais com mais de um filho, a rotina do sono pode ser complicada. Colocar cada um para dormir em um quarto diferente em horários similares pode gerar um desgaste para a família.

No mesmo quarto, você pode regular a rotina do sono dos pequenos para o mesmo horário. Dessa forma, você está ali, presente, com seus filhos durante todo o processo, sem pular de quarto em quarto!

4. Economia!

Montar um quarto infantil é um investimento alto. É tinta, papel de parede, armários, móveis e decoração, além de outros detalhes, na conta. Pensando nisso, montar um quarto para cada filho pode ser, também, inviável financeiramente.

No quarto compartilhado entre irmãos, o investimento final pode ser bem menor do que na montagem de dois quartos. Afinal, tinta, papel de parede e outros itens não precisarão ser comprados “em dobro”.

Foto: Pintrest

5. A bagunça fica em um lugar

Concentrar a bagunça em apenas um quarto pode facilitar muito a vida dos pais na hora da organização da casa. Pode ser, inclusive, uma vantagem para os pequenos que vão trabalhar juntos na hora de juntar brinquedos, roupas e outros itens.

6. Segurança emocional

Na internet, você encontra facilmente “flagras” fofos feitos pelas babás eletrônicas. Nos registros é possível ver vários irmãos que, ao acordar no meio da noite, vão para a cama do irmão com quem divide quarto para dormir junto.

Para essas crianças, os irmãos são sinônimo de amor, conforto e segurança. Ao invés de buscarem auxílio dos pais, eles conseguem regular suas necessidades e encontrar outras fontes de afeto dentro do grupo familiar.

Foto: Pintrest

8 dicas para quarto compartilhado entre irmãos

quarto compartilhado entre irmãos

Foto: Pintrest

1. Fique atenta a idade

É possível fazer quarto compartilhado mesmo com grande diferença de idade entre eles? Sim! No entanto, você precisa ficar atenta para que essa união não seja prejudicial para nenhuma das partes.

Por exemplo: se você colocar uma criança na primeira infância com um adolescente, precisa entender as necessidades de ambas e encaixar da melhor forma. Na adolescência, ter um tempo sozinho é importante, assim como a privacidade. Uma forma de resolver esse problema é colocando a área de brinquedos do filho menor fora do quarto. Com isso, o adolescente consegue aproveitar o quarto sozinho por mais momentos.

2. Respeite a individualidade de cada criança

Um quarto compartilhado entre irmãos não significa dar o mesmo para cada filho. Cada criança pode ter pequenos elementos ou itens na decoração e roupa de cama que marquem aquele espaço como dela.

Uma opção aqui é deixar o quarto neutro e encaixar a decoração pensando em cada filho. Por exemplo: se você vai colocar uma adolescente junto com uma criança, pode fazer a base do quarto com cores e elementos que ambas gostam. No entanto, a roupa de cama, decoração e outros itens de cada uma será diferente, respeitando suas fases, gostos e necessidades.

Foto: Pintrest

3. Converse com todos individualmente antes da mudança

Mesmo que os dois pequenos ainda sejam bebês, converse sobre a divisão do quarto. No caso dos bebês, vale falar como a experiência vai ser bacana, como tudo vai acontecer e o que mais achar necessário.

Com crianças acima de dois anos e adolescentes, você já pode esperar que essa conversa seja mais rica em trocas. Escute os medos e inseguranças do seu filho, acolha e o ajude a ver o lado positivo dessa mudança. Repita essa conversa quantas vezes forem necessárias. Uma criança bem preparada para a mudança tende a reagir melhor a ela.

4. Tenha paciência com os conflitos

Essa parte pode parecer difícil, mas é essencial, principalmente na fase de adaptação. Se você não sabe como mediar conflitos de forma positiva, vale a leitura da coluna da Pais em Ação sobre filhos que “não sabem compartilhar”

Seus filhos devem aprender – com o tempo, apoio e estímulo – a resolver os problemas entre si. Ouvir o outro, entender a situação e chegar a um acordo. Isso é essencial para a boa relação entre eles e também um aprendizado valioso que a criança levará por toda a vida.

Foto: Pintrest

5. Fique atenta aos sinais, como a birra

No período de adaptação ou em fases que os pequenos não estejam se dando bem, a criança pode demonstrar sinais de desconforto, medo e outros sentimentos através de comportamentos “anormais” para aquela criança ou com os comportamentos comuns, como a birra.

Entender a origem da frustração ou angústia dos pequenos também nos ajuda a lidar melhor com as cenas. Vale a leitura da coluna da Pais em Ação sobre 5 dicas para lidar com a birra.

6. Cuidado na escolha das camas

A escolha das camas é muito importante por questões de segurança e também para evitar brigas. As beliches, por exemplo, são uma opção apenas para crianças maiores e adolescentes. No entanto, a escolha das camas e o uso da mesma estrutura podem gerar brigas.

Camas compactas (bicamas e tricamas) são uma opção para ocupar menos espaço do quarto ao longo do dia. Porém, a escolha de quem fica em cima e quem fica embaixo também pode gerar conflitos desnecessários.

As camas de solteiro podem gerar menos brigas, mas ocupam mais espaço. Você pode testar encaixes diferentes no quarto para resolver esse problema. Além de usá-las em paralelo, você também pode colocá-las em L ou em U, no caso de três camas.

Para definir a escolha você precisa pensar na idade dos pequenos, no espaço disponível e como apresentar as camas para minimizar conflitos.

Foto: Pintrest

7. Espaço para brincadeiras e leitura no quarto

Você pode incluir no quarto um espaço para leitura e atividades, principalmente no caso de casas menores ou para criar mais um espaço de diversão. No post sobre espaços de leitura e atividades, você confere várias dicas e exemplos de como montar esses locais.

8. Aumente o espaço usando espelhos

No caso de quartos pequenos, você pode usar o velho truque dos espelhos para ampliar o ambiente. Claro, é necessário muito cuidado – no local escolhido, material e como é fixado – para evitar acidentes.

quarto compartilhado entre irmãos

Foto: Pintrest

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Leia mais: Pantone 2022: como usar a Very Peri no quarto infantil

Veja também: CasaCor: quarto infantil inspirado em Minas Gerais

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Quartos

Pais em Ação | Como criar filhos com apego em uma sociedade que nos separa?

Na primeira coluna do ano, Daniela Nogueira, do Pais em Ação, reflete sobre um desafio das famílias: como criar filhos com apego em uma sociedade que nos separa? O desafio de estar presente, criar laços e participar ativamente da vida dos filhos parece ainda maior quando precisamos passar cada vez mais horas trabalhando. Como organizar isso? Quais os efeitos dessa dinâmica para as famílias? Confira:

Foto: Vlada Karpovich no Pexels

Os filhos precisam da presença dos pais

Vivemos numa cultura que afasta os pais dos filhos e dificulta para a sociedade o cuidado dos nossos pequenos (e grandes) como eles merecem. O trabalho tem engolido os pais, as escolas só faltam oferecer dormitórios, o mundo virtual encanta e entorpece e, para adicionar pressão, existe uma ideia atualmente de que criança tem mais é de estar com outras crianças o máximo de tempo possível. Não tem não. Não o máximo de tempo. Crianças e adolescentes ainda precisam muito da influência e companhia de seus pais.

“O real problema da humanidade é o seguinte: temos emoções paleolíticas, instituições medievais e uma tecnologia divina”, disse Edward O. Wilson. Isto que dizer que para o cérebro humano e suas relações, não importam a mensalidade escolar, o device tecnológico e quão distraídas as pessoas estão. O bebê humano ainda é o mais imaturo das criaturas e precisa de adultos em volta, principalmente seus pais.

Não somos mais uma sociedade de caçadores e coletores, mas nosso cérebro ainda funciona assim. Se você não cuidar do seu bebê humano, ele, que foi gerado para fazer apego, irá se apegar em outro lugar – este lugar tem sido, para muitos, o grupo de amigos e a internet. Só pode dar erro! A relação de dependência que uma criança vive precisa de um adulto numa posição Alpha sobre ela, que banque o que significa amar e cuidar.

Uma outra criança ou adolescente não terão o que é preciso para bancar isto para o seu filho e é aqui onde tudo desanda. Ao mesmo tempo somos atolados por informações dizendo que nada é mais importante para o desenvolvimento do seu filho quanto uma boa escola (de preferência bilíngue), cada vez mais cedo e claro, o grupo de amigos. Só que os que pregam isso não levam em conta a evolução humana, sua psiquê e a teoria do apego.

Pais desatentos estão perdendo seus filhos dentro de casa e dentro das escolas. Estamos criando uma geração de abandonados domésticos. Encorajo vocês a lerem o livro “Agora não Bernardo” de David McKee, pois apesar de ser um livro infantil, ele nunca foi tão propício aos pais.

A importância do apego na família

Em nossa cultura há uma intensa preocupação dos pais com os filhos no que diz respeito à eles “pertencerem” ao grupo de amigos. Porém, ao estudarmos a relação de attachment e suas funções na vida de um indivíduo, vemos que a criança e mesmo o adolescente, precisa, antes de mais nada, pertencer aos pais. Entendam o sentido do pertencimento não como os pais sendo os donos da criança, mas como nós sendo os grandes provedores de significado, de mostrar-lhes o quanto são importantes, de sentir conosco uma sensação de unidade.

Isto tem de vir de nós, pois se vier do grupo – que será tão imaturo quanto seu filho, ele estará sujeito à cancelamentos e rompimentos a cada erro cometido, e isto é uma receita pronta para criar pessoas inseguras. Então, antes de pensar sobre o grupo, pense sobre o relacionamento do seu filho com você. Temos de cuidar do apego que nossos filhos têm conosco.

Isso mesmo, que ELES sentem, que eles têm conosco – nosso trabalho é que eles sintam que nós somos o porto seguro, nós não cancelamos, nós não rejeitamos. Até que eles estejam formados, somos nós a fonte mais importante de conexão deles.

Quem cuida é o alpha, que provê, e a criança é a que depende e busca por nós. Entendem a importância de um bebê até um adolescente continuar se sentindo cuidado? Ele não precisará buscar apego em outro lugar – que muitas vezes não terá cuidados para dar. O apego e intimidade emocional cria um escudo onde é seguro para a criança liberar e sentir seus mais profundos sentimentos. Nossa cultura já não cuida mais desta questão, a vila se espalhou e se despedaçou, então precisamos nós mesmos nos atentarmos para este assunto.

Até a próxima coluna,

Daniela Nogueira.

Daniela Nogueira é psicóloga de formação e educadora de coração. Aprofundou seus estudos sobre a primeira infância na abordagem Pikler pela Associação Pikler-Lóczy França (APL) em Paris e nos fundamentos do RIE, em Los Angeles, EUA. Idealizadora do Pais em Ação, projeto que apoia pais e mães na educação dos filhos oferecendo aconselhamento personalizado, domiciliar ou online, com um olhar de profundo respeito pela criança e sua infância. Daniela está envolvida no universo infantil há mais de 18 anos com experiências em co-educação nos EUA, trabalho terapêutico em instituições para crianças desabrigadas de suas famílias e atuação como professora na educação infantil em escolas particulares de São Paulo e Rio de Janeiro. Além do aconselhamento parental, ministra palestras e workshops ao vivo e online para escolas, empresas e grupos maternos. É mãe orgulhosa de casal de gêmeos de 5 anos.
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Quarto infantil: como criar um espaço para leitura e brincadeiras?

Muitas famílias querem criar um espaço lúdico para os pequenos em seus quartinhos. É uma forma de dar autonomia para as crianças e aproveitar o ambiente para mais do que apenas dormir. Se você quer um espaço para leitura e brincadeiras no quarto do seu filho, então leia atentamente o post e veja todas as referências! Confira:

Dicas para um espaço de leitura e brincadeiras no quarto

1. Não precisa de muito espaço

Uma almofada no chão e uma prateleira na parede já são o suficiente para criar esse ambiente para os pequenos. Eles não precisam de uma estrutura enorme ou móveis elaborados: um local confortável e com livros em fácil acesso é o bastante!

2. Não escolha pela estética, escolha pela praticidade, segurança e conforto

Existem muitos móveis e itens para bebês que são lindos, mas nada práticos, seguros ou confortáveis. E quando o assunto é criança, nossa prioridade deve ser a usabilidade real e não a aparência.

Por isso, antes de escolher uma estante para os livros, por exemplo, veja se ela é segura ou se pode cair no bebê caso ele se apoie nela. Evite também estantes ou prateleiras que são fáceis de escalar ou muito altas.

3. Mude com frequência os livros e brinquedos expostos ali

Um segredo para um espaço de leitura e brincadeiras eficaz é deixá-lo sempre “novo”. Se você deixa todas as opções ali, você pode gerar dois cenários: a criança tem tantas opções que não consegue escolher uma e/ou ela vê tudo o que tem todo dia e enjoa facilmente dos itens, mesmo sem usá-los.

Por isso, faça uma rotina de troca. Toda semana ou a cada quinze dias, mude os livros e brinquedos oferecidos. Isso faz com que tudo pareça “novo” para os pequenos ou, pelo menos, renova o interesse!

4. Incentive o seu filho a usar o espaço

Se você sempre lê para seu pequeno antes de dormir, uma opção é usar esse espaço para a primeira leitura ou para a última atividade antes da soneca. Usando esse espaço desde pequeno e descobrindo as possibilidades dele, a criança dificilmente vai ignorar aquele espaço durante os dias.

5. Não coloque atividades de expansão nesse espaço

Se o canto da leitura e brincadeiras é dentro do quarto, o ideal é que as atividades sejam de contração – ou seja, que exijam mais foco, pouco movimento, etc. Isso porque o quarto é o local de dormir e não deve ser associado a agitação.

Inspirações de espaço para leitura e brincadeiras

Foto: Pintrest

Foto: Pintrest

Foto: Pintrest

Foto: Pintrest

Foto: Pintrest

Foto: Pintrest

Foto: Pintrest

Foto: Pintrest

Foto: Pintrest

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Leia mais: Pantone 2022: como usar a Very Peri no quarto infantil

Veja também: CasaCor: quarto infantil inspirado em Minas Gerais

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Quartos

Como entreter as crianças nas férias: 16 brincadeiras e atividades

Durante as férias, muitos pais não sabem como entreter os pequenos, principalmente quando continuam trabalhando. Por isso, reunimos 16 brincadeiras e atividades para a família e também para os pequenos se divertirem sozinhos – já falamos aqui sobre a importância do brincar independente. Tem para todas as idades! Confira:

Foto: Arina Krasnikova

Brincadeiras de expansão vs Brincadeiras de contração

Você vai notar nesse post que temos várias brincadeiras de expansão e outras de contração. Esses termos são usados para dividir atividades que envolvem mais gasto de energia, movimento, agitação e as que focam mais na concentração, no desenvolvimento de habilidades motoras finas e são menos agitadas.

Qual a importância de saber diferenciar essas duas brincadeiras? Simples: você consegue desenvolver uma rotina com muito menos atritos com seus filhos. Por exemplo, se você o incentiva em uma atividade de expansão antes da soneca ou refeição, as chances dessa criança colaborar e transitar facilmente para a próxima atividade são baixas. Afinal, ele está agitado, cheio de energia e o corpo vai precisar de um tempo para se acalmar.

Por isso, se você sabe que por volta do meio-dia o seu filho vai almoçar, pode colocá-lo ou incentivar uma atividade de contração por volta das onze horas. Isso dá tempo do seu filho se acalmar, focar e transitar para a hora do almoço com muito mais facilidade. O mesmo vale para a hora do sono e banho!

16 brincadeiras e atividades para entreter as crianças nas férias

Foto: Any Lane no Pexels

1. Cozinhar

A cozinha é um ambiente de muito aprendizado para as crianças. Pense em quantas habilidades e informações elas absorvem em uma simples receita de omelete, por exemplo.

Quebrar o ovo, mexer, temperar e colocar na frigideira (momento que deve ser feito ou supervisionado pelos pais). Tudo isso pode parecer simples para uma adulto, mas para uma criança é diversão e muito aprendizado!

Você pode incluir os pequenos no preparo de refeições mais simples: café da manhã, lanche da tarde e sobremesas são boas opções.

2. Dia da fantasia

O dia da fantasia é uma forma de transformar todas as atividades comuns do dia a dia em algo especial. Você também pode pedir para as crianças fazerem suas próprias fantasias ou máscaras.

No dia da fantasia, vale brincadeiras temáticas, cinema em família, oficina de desenho, roda de histórias… Tudo fica mais lúdico quando estamos fantasiados!

3. Máscaras e fantasias caseiras

As fantasias não precisam ser super elaboradas. Você pode produzir em casa itens interessantes e simples. As máscaras, por exemplo, são simples e podem ser feitas das mais diversas formas.

Roupas velhas podem ser customizadas – ou seja, seus filhos podem rasgar e pintar – e se tornarem belas fantasias caseiras. É uma atividade que pode durar mais e funciona melhor com crianças com mais de cinco anos, mas você pode tentar fazer algumas partes junto com crianças menores.

4. Construam brinquedos

Existem muitos brinquedos de construção que você pode comprar pronto e só unir as peças. Porém, existe outra opção: construir brinquedos do zero com papelão. Aqui no site, nós já falamos sobre 10 brinquedos de papelão para fazer em casa, além de mostrar como fazer animais com rolo de papel higiênico.

Essas atividades exercitam a criatividade, a concentração e os itens produzidos podem ser usados depois em diversas brincadeiras.

Foto: Cottonbro no Pexels

5. Aluguel de brinquedos

Nós já falamos aqui sobre como alugar brinquedos é uma medida sustentável! No entanto, nas férias, alugar brinquedos é também uma forma de entreter mais facilmente os pequenos.

Existem empresas que alugam os mais diversos tipos de brinquedos, inclusive os educativos para usar fora de casa! Você pode ver mais sobre o tema na nossa matéria sobre brinquedos alugados.

6. Teia de aranha/cama de gato gigante

Em um corredor da sua casa, você pode usar fios ou faixas de papel para criar uma “cama de gato” (ou, no caso, uma teia de aranha) ao longo do espaço. Vale fazer com qualquer material e formas – o objetivo é que se torne um obstáculo para os pequenos atravessarem. As crianças vão se divertir tentando passar sem encostar nos fios ou competindo para ver quem chega ao outro lado primeiro!

7. Teia grudenta

Se você quer uma brincadeira que ocupe menos espaço, pode fazer a teia grudenta! Em uma porta aberta, passe fita crepe formando uma “teia”. O ideal é que o lado grudento não fique sempre virado para o mesmo lado.

Depois, você e sua família podem brincar de atirar bolas de papel na teia. Quem deixar mais bolas grudadas, ganha. Você pode utilizar papéis usados para as bolas dessa atividade, leia aqui sobre como reutilizar materiais em brincadeiras.

8. Mímica temática

O clássico jogo de mímica pode ser temático! Vocês podem fazer com os personagens de filmes e desenhos, animais e outros temas. É uma atividade que funciona melhor com crianças maiores, mas os pequenos também podem participar se jogarem em dupla com um adulto, por exemplo.

9. Jogo da memória caseiro

Você pode fazer cartas caseiras com as referências que mais façam sentido para os seus pequenos. As cartas podem ser feitas de papelão ou papel. Lembrando que cada desenho precisa estar presente em duas cartas para o jogo fluir.

Foto: Cottonbro no Pexels

10. Cinema (em casa ou não)

Pipoca, coberta e família reunida no sofá! Crie um ambiente bacana para que a criança sinta que é diferente das outras vezes que vocês vêem filmes juntos.

Ir ao cinema também é uma opção, desde que seu filho já consiga se concentrar durante um filme todo. Até os três anos, o ideal é que as sessões de cinema com os pequenos sejam em casa.

11. Roda de histórias

Crianças estão sempre inventando histórias e explorando sua criatividade. Uma roda de histórias é sempre uma forma de estimular esse processo e trocar ideias. Para crianças maiores e adolescentes, vale trazer um livro, poema ou trecho que gostem para compartilhar. Até música é bem-vinda.

A roda de histórias com crianças pequenas é uma forma de fazê-los criar, pensar e sair da realidade. Para as crianças maiores e adolescentes é uma forma de troca, de conexão, de fazê-los se sentir ouvidos e seus gostos valorizados.

Lembre-se de nunca julgar o que qualquer membro trouxer para a roda. Não existe história, música ou poema “ruins”! Abra seu coração para ouvir e aceitar os gostos dos seus filhos, mesmo que sejam diferentes dos seus.

12. Deixe seu filho explorar

Isso é muito valioso para bebês e crianças pequenas. Eles estão descobrindo o mundo, explorando possibilidades, formas, sons, etc. Por isso, ofereça objetos simples e do dia a dia e veja seu filho se divertir até mais do que com brinquedos caros!

Vasilhas, panelas, pincel, forminha de gelo com gelo (ajuda a criança a explorar o quente/frio), balde com areia e água… Coisas simples que vão render longas brincadeiras!

13. Competição de dança

A dança é um excelente exercício para os pequenos e uma boa forma de gerar conexão na família. Aqui, não se pode ter medo do “ridículo” e nem de “errar”. A brincadeira pode ser feita de várias maneiras, uma opção é separar em duplas e cada dupla escolhe a música da dupla adversária. Quem improvisar melhor, ganha a rodada.

14. Karaokê

Incluir arte na rotina das crianças é essencial. Desenhos, música, dança… O karaokê é uma forma de se divertir e estimular alguns pontos importantes nos pequenos que vão ser valiosos na vida adulta.

Por exemplo, falar em público. É algo que assusta muitos adultos, mas a autoconfiança pode começar a ser construída ainda na infância através de atividades como essa.

Foto: Tatiana Syrikova no Pexels

15. Limpar a casa

Essa funciona mais com os pequenos! A limpeza pode ser uma diversão para crianças menores. Varrer as folhas do quintal, limpar superfícies, juntar a bagunça. Tudo pode ser motivo de risos e aprendizado – e uma ajuda com a casa para os pais!

16. Cabaninha

Uma brincadeira muito comum e muito gostosa! É um jeito de transformar um ambiente da casa em um lugar novo e cheio de possibilidades. As cabanas tradicionais – com cadeiras e um cobertor – ou até mesmo barracas armadas no jardim são bem-vindas nas férias!

Inclusive, uma roda de histórias dentro das cabanas ficam ainda mais especiais. Vale a pena testar!

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