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Ciúmes do irmão mais novo

CONFISSOES-DE-MAE

Não vou dizer que não doeu! “Não te amo” caiu como uma pancada! Ainda mais vindo daquela menininha que até outro dia era tão doce, tão meiga! Mesmo sabendo que essa é uma típica reação de ciúmes do irmãozinho mais novo, fiquei me sentindo péssima!

Não imaginava que as coisas chegariam a esse ponto! Durante a minha segunda gravidez, fiz o possível para que a minha filha se sentisse parte dessa nova fase! Ela escolheu a cor do quarto do irmãozinho, deu alguns de seus bichinhos para o futuro bebê, ela beijava a minha barriga…!

Mas foi exatamente como as minhas amigas tinham me alertado: foi só o novo bebê da casa começar a interagir, conquistar a atenção com seu sorriso farto e ficar mais empézinho, que tudo mudou. Ainda que eu dedicasse um bom tempo somente à minha filha mais velha, o tempo fechou!

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Era cara feia pra mim, não queria fazer mais nada comigo – só com o pai! -, até que veio o “não te amo”! Com o irmãozinho, a fase “paz e amor” também havia passado! Quando a gente não olhava, ela dava um beliscão, um empurrão, arrancava os brinquedinhos da mão e, de modo geral, ficou muito mais manhosa do que era.

Será que a minha filha tinha uma natureza extremamente possessiva, será que nós tínhamos mimado demais, será que eu estava fazendo tudo errado? Eu não parava de me perguntar! Teve um momento em que fiquei com medo de não conseguir reverter a situação. Minha mãe dizia que passaria em alguns meses, que eu não precisava me preocupar…

Mas o que mais me cortava o coração era ver que a minha filhinha, tão pequenininha, estava sofrendo com um sentimento que ela não como sabia lidar!

Aí um dia sentei para conversar com ela. Mesmo não conseguindo se expressar perfeitamente por conta da idade, eles entendem tudo! Perguntei pra ela: “Estou muito triste… por que você não ama mais a mamãe?”. Sem olhar nos meus olhos (porque ela estava me evitando ao máximo), ela respondeu “Porque você não me ama mais!” Meu coração ficou em pedacinhos!! A gente sabe que todos os filhos cabem no nosso coração, mas eles ainda não tem essa noção! Na cabecinha dela, ou era um ou era outro.

O tempo foi importante pra ela se acostumar com a ideia de que não era mais o centro das atenções e de que teria no irmão um amigo, um companheiro. Acho que o fato de ele sempre ter sido carinhoso com ela (apesar dos beliscões que levava) ajudou. Eu estava me revezando com o meu marido para colocá-la para dormir à noite, e passei a fazer isso sozinha por um tempo. Quando o meu caçula desmamou, consegui administrar melhor o tempo e a situação.

Não tem jeito, a chegada de um irmãozinho sacode o mundinho dos primogênitos. Hoje, a minha mais velha é superprotetora, brinca muito com o irmão, ensina coisas pra ele… mas é claro que têm seus momentos de briga, afinal, são irmãos.

E com vocês, como foi ou tem sido essa fase de ciúmes do caçula? E quem não passou por isso, conta o segredo? rs

Na segunda gravidez, já estava mais “descolada”, mas mesmo assim tive meu período de resguardo. O bom é que já sabia que isso passava e que o casamento não estava correndo risco.

Malu é mãe de um casal de “anjinhos sapecas”: uma menina de 4 anos e um menino de 2. Como muitas outras mães, tem que se desdobrar em mil para cuidar do trabalho, da casa, do marido e dos filhos. Aqui, ela divide suas experiências e descobertas do mundo da maternidade – sempre com honestidade e bom-humor, mas sem se levar tão a sério.

ColunasConfissões de Mãe

2 Comentários

  1. Priscila 14 de fevereiro de 2015

    Estou passando por tudo isso ainda. Tenho uma menina de 4 anos e uma de 5 meses. Já ouvi que deveria ir embora, que só o pai é legal, que não sou mais amada…
    Já chorei escondido e já chorei na frente dela por me sentir pior que o cocô do cavalo do bandido. Está bem difícil ver minha princesa tão agressiva, desobediente e manhosa. Penso muito onde estou errando. É fogo!

  2. Silvia 18 de setembro de 2015

    Estou passando pela mesmo situação. Tenho uma filhinha de 2 anos e 11 meses e um filho de 1 ano e 6 meses. Desde que engravidei do meu segundo filho, incentivamos a minha filha a participar dos preparativos para a chegada do irmão, desde as mudanças no quarto aos cuidados com a barriga. Quando ele chegou ela o recebeu muito bem e nós nos desdobramos para darmos atenção aos dois. Mas nos últimos meses tenho percebido a minha filha mais manhosa e, às vezes, bem agressiva. Vez por outro fica impaciente quando o irmãozinho está no meu colo mamando. Fico me desdobrando para ter um tempo só com ela e para cuidar bem dos dois, mas constantemente, tenho a sensação de que não tem sido suficiente. É bom saber que outras mães passam por isso e que, de algum modo, conseguiremos, porque vai passar!

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