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As vantagens da extração e armazenamento do leite materno

O leite materno é o melhor alimento para os bebês e a recomendação é que seja oferecido até os dois anos. No entanto, amamentar não é uma missão fácil – falamos sobre alguns desafios da amamentação aqui. Voltar a trabalhar, por exemplo, pode levar muitas mães ao desmame precoce ou “forçado”. Por isso, decidimos fazer um post completo sobre a extração e armazenamento do leite materno! Assim, você pode continuar oferecendo seu leite mesmo depois que voltar ao trabalho ou durante momentos que não pode oferecer o seio. Convidamos a consultora de amamentação e enfermeira Cintia Freitas para colaborar com essa conversa.

Foto: Sarah Chai no Pexels

Todas as mulheres podem fazer extração?

Sim! A extração pode ser feita por todas, de preferência depois das seis primeiras semanas do bebê – dessa forma, você não hiper estimula os seios e seu corpo tem tempo de aprender as quantidades de produção. Antes disso, o ideal é apenas coletar o leite que vazar, caso você já queira começar a armazenar.

No caso de mulheres com baixa produção ou que voltam a trabalhar muito cedo, é possível criar uma rotina de ordenha antes das seis semanas. No entanto, essa rotina não deve ser intensa e, de preferência, acompanhada por uma consultora de amamentação.

Já nos casos de bebês prematuros, a rotina de extração começa o quanto antes para garantir a produção e, se possível, oferecer ao bebê o leite da própria mãe. Aqui, a rotina de estímulo e ordenha pode ser mais intensa, dependendo da recomendação profissional e necessidade da família.

5 vantagens da ordenha e do armazenamento do leite materno

Ordenhar e armazenar leite materno é uma vantagem:

  1. Na volta ao trabalho: se você possui um estoque e uma rotina de ordenha, pode continuar oferecendo leite materno mesmo depois de voltar ao trabalho;
  2. Para aumentar a produção de leite: a rotina de extração ajuda no aumento da produção de leite;
  3. Para complementar a amamentação: se você possui estoque, pode complementar com seu próprio leite caso exista necessidade;
  4. Para a liberdade da mãe: com estoque, você pode se ausentar sem comprometer a alimentação do seu filho. Isso significa que você pode sair para jantar, viajar e trabalhar sem deixar de produzir e oferecer leite materno;
  5. Em caso de imprevistos: se a mãe adoecer e precisar tomar alguma medicação ou ficar internada, o bebê não fica sem leite materno e a mãe consegue manter a produção com a rotina de ordenha (ainda que o leite extraído nesses dias seja descartado).

É importante dizer que a extração nem sempre será feita para armazenar leite. “Muitas vezes, a ordenha se faz necessária, também, para prevenir mastite e evitar que o bebê machuque a mãe por estar com as mamas muito cheias”, explica Cintia.

Foto: Reprodução Medela

Como deve ser feita a extração?

“A extração está liberada para todas, mas a forma que será realizada é decidida caso a caso”, conta Cintia. Antes de começar uma rotina de ordenha, é avaliado as necessidades e desejos de cada família, assim como quais métodos se encaixam melhor naquela realidade. Mulheres com mamilos machucados, por exemplo, não podem usar as bombas elétricas.

A regra geral na extração é massagear a mama antes da coleta. Depois, cada máquina – manual ou elétrica – tem suas particularidades de encaixe. O tipo de bomba depende das suas necessidades e também do que você se adapta melhor.

Para realizar a ordenha, é preciso ter alguns cuidados:

  • O local deve ser limpo e sem a presença de animais;
  • Você deve lavar as mãos e prender o cabelo antes de começar a ordenha;
  • A bomba deve ser desmontada e totalmente esterilizada antes de cada coleta;
  • Faça uma ordenha manual e despreze as primeiras três gotas antes da extração;
  • Faça pausas a cada 5 minutos para garantir a circulação de sangue na auréola;
  • O leite deve ser armazenado em pote de vidro e tampa de plástico, também esterilizado, e refrigerado corretamente.

A rotina de ordenha deve ser definida junto com sua consultora de amamentação baseado nas suas necessidades e disponibilidade. Extrair leite todos os dias é uma missão cansativa e nem todas as mães se adaptam, então é preciso ter paciência e entender seus limites!

Foto: Nikolai Chernichenko

Como fazer o armazenamento do leite materno?

É preciso ter cautela com o armazenamento do leite. Se bem armazenado, ele pode durar até doze meses! Por isso, fique atenta às regras:

  • Pote de armazenamento

O ideal é que o leite seja armazenado em potes de vidro com tampas de plástico. O leite também pode ser armazenado em sacos específicos para isso – não utilize qualquer saco e fique muito atenta à vedação!

Lembre-se de etiquetar seus potes com a data da coleta para manter o controle do seu estoque.

  • Pode misturar leite de extrações diferentes no mesmo pote?

Sim! Até recentemente, o recomendado era esperar os dois leites chegarem a mesma temperatura na geladeira antes de misturar e congelar. No entanto, a Academia Americana de Pediatria atualizou recentemente suas diretrizes e liberou a mistura do leite fresco com o leite resfriado.

Você pode conferir as diretrizes da AAP neste link.

  • Onde armazenar

O local do seu estoque depende de quanto tempo você pretende manter o seu leite guardado. Se a sua meta é fazer um grande estoque e continuar armazenando ali para garantir o aleitamento por mais tempo, a temperatura do freezer é uma. Se o consumo for feito a curto prazo, a temperatura será outra. Confira quanto tempo o leite se mantém bom para consumo em cada caso, segundo o protocolo americano:

Temperatura ambiente (25 graus): 4 horas

Na geladeira: 4 dias

Congelador interno da geladeira (ou que não cheguem a -18 graus): 15 dias

Freezer ou congelador (-18 graus): 6 meses

Freezer horizontal (-21 graus): 12 meses

Para saber quanto tempo o seu freezer consegue manter o leite, é preciso checar qual a temperatura dele. Essa informação fica disponível nas etiquetas, nos manuais e também é fornecida nos sites dos fabricantes.

Depois de descongelado, o leite não pode ser congelado novamente. Por isso, se seu leite descongelou, você pode armazená-lo por até 24 horas na geladeira para consumo. Se você já aqueceu, ele deve ser consumido em até duas horas.

  • E se eu coletar na rua?

Se você fizer ordenha no trabalho ou na rua (e quiser manter o leite extraído), é preciso tomar alguns cuidados. Se você tem acesso a uma geladeira, é só armazená-lo lá até o transporte – que deve ser feito em bolsa térmica cheia de placas de gelo congeladas. Assim que chegar em casa, coloque junto com seu estoque no freezer.

No caso de você não ter acesso a uma geladeira, é preciso checar quantas horas você consegue manter o leite resfriado na bolsa térmica. Se o leite esquentou ou ficou em temperatura ambiente, não arrisque – é melhor jogar fora.

Como oferecer o leite materno?

Descongele o leite em banho maria com o fogo desligado. É só colocar o pote na água – esse método não funciona com os saquinhos, que devem ser descongelados lentamente na geladeira e depois o leite amornado.

O leite deve ser oferecido em itens sem bico artificial: copo de vidro, copo 360 e colher dosadora são boas opções. Dessa forma, você evita confusão de bico e fluxo (que acontecem com a mamadeira, por exemplo) e pode continuar amamentando no peito também.

É importante preparar a sua rede de apoio para oferecer o leite materno. Explique como descongelar e como oferecer! Se possível, comece a adaptação do bebê com o item escolhido para oferecer leite você mesma alguns dias antes. A maioria dos bebês acaba relutando um pouco até aceitar a nova forma de se alimentar, então esteja preparada para insistir por uns dias até ele aceitar com tranquilidade a nova forma de se alimentar.

Importante: caso o bebê não mame todo leite oferecido, não congele novamente. Esse leite pode ser oferecido novamente nas próximas duas horas e, após esse período, deve ser descartado. Se você perceber que descongelou mais leite do que deveria, divida a quantidade e mantenha uma parte na geladeira – dessa forma, você pode oferecer essa parte nas próximas 24h.

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Leia mais: Meu leite é insuficiente para o meu bebê. O que posso fazer?

Veja também: Meu filho perdeu interesse pelo peito. E agora?

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Cuidados com as mamas na amamentação e gestação

Os cuidados com as mamas na amamentação são essenciais para garantir uma experiência mais leve e saudável para mãe e bebê. Afinal, é o peito da mãe que vai fornecer o leite e ser sugado com frequência – e esse uso constante pode causar feridas e outros problemas que atrapalham a amamentação. Além disso, o cuidado inadequado pode atrapalhar a pega. Ou seja, saber como cuidar das mamas no puerpério é essencial para evitar o desmame precoce!

Aqui no site, você encontra uma categoria completa com textos sobre amamentação. Nesse post, você aprende o que deve fazer e o que evitar desde a gestação até o puerpério. Confira os cuidados ideais com as mamas:

Foto: Cleyder Duque

Cuidados com a mama na gravidez

 Durante a gravidez, o maior cuidado é evitar ouvir palpites errados. Não há nada que você possa fazer durante a gravidez para garantir a produção de leite no pós-parto. Portanto, fuja de remédios milagrosos e receitas caseiras.

Você só vai saber como é sua produção de leite quando começar a amamentar! O tamanho dos seios, formato e o fato de “não vazar leite” antes do parto não significam nada. Mulheres com seios pequenos e sem vazamentos na gestação conseguem amamentar normalmente.

Veja o que evitar durante a gravidez:

  • Não esfregue os mamilos para “calejar” a região! Apenas lave com água, então seque delicadamente com uma toalha;
  • Não tome bebidas que “estimulam o leite”. E se for tomar chás, lembre-se de checar com sua equipe médica se eles são permitidos durante a gestação;
  • Não ordenhe! Não há necessidade e pode atrapalhar seu processo na amamentação. A ordenha pode ser feita após o parto e caso haja necessidade;
  • Não passe sabonetes, cremes e óleos no mamilo. Esses produtos podem fazer mal para a região. Limpe apenas com água;
  • Não use sutiãs apertados.

Foto: Elle Hughes

5 cuidados com a mama na amamentação 

Depois do parto, os cuidados com os seios são ainda mais importantes. Ao contrário do que se imagina, a melhor rotina de cuidados com as mamas no puerpério que você pode ter é a mais simples. Confira:

  • Passar leite no mamilo: use algumas gotas do seu leite antes e depois da mamada. O leite materno tem ação antibacteriana, cicatrizante e hidratante! Assim, além de prevenir ferimentos, ele também os trata de forma natural;
  • Tomar sol: quinze ou trinta minutos de sol por dia na região dos seios é excelente para prevenção e para cicatrização! O ideal é tomar o banho de sol antes das dez da manhã ou depois das quatro da tarde. O protetor solar não pode ser aplicado na aréola e no mamilo. Uma boa dica para quem mora em apartamento é fazer 2 furos estratégicos em camisetas para poder tomar o banho de sol sem chamar a atenção de vizinhos;
  • Trocar o sutiã com frequência: sutiã úmido sufocando o mamilo pode gerar infecções por fungo. O ideal é manter o material sempre seco!
  • Deixar os seios livres: assim como o sol, o ar livre ajuda a saúde dos seios. Separe alguns momentos do dia para ficar sem roupa!
  • Rosquinhas: esse item é um grande aliado dos mamilos, tanto na prevenção quanto após um ferimento. Elas impedem a roupa de pressionar o mamilo sem sufocar a região. Você pode comprar modelos prontos ou fazer suas próprias rosquinhas, usando fraldinha de bebê ou meias.

Constance dá a dica: No ano passado, fiz uma série de entrevistas com a minha consultora de amamentação, Natália Rodrigues, sobre Dicas Gerais; Apojadura e Pega; Livre Demanda x Rotina; Feridas, mastite, candidíase mamária e afins; Alimentação da mãe x cólicas e alergias no bebê (em especial, a APLV). São vídeos que considero bastante esclarecedores, vale a pena assisti-los na gestação para se sentir mais preparada quando a hora chegar. 🙂 

Apesar de muito especial, a amamentação pode apresentar muitos desafios (falei dos meus aqui), que podem levar as mães a desistirem (digo isso, sem julgamento algum!). Os problemas nos seios – feridas, mastite e candidíase mamária – são algumas das causas mais comuns que levam ao desmame precoce.

Aprendi com a minha experiência que os cuidados com os seios na amamentação é um dos caminhos para facilitar esse processo. É importante reforçar que o principal vilão das feridas nos mamilos é a pega errada. Por isso, além de prevenir e tratar os ferimentos, é preciso cuidar da causa – recomendo procurar uma consultora de amamentação! Nesse vídeo do IGTV, conversei com a minha consultora sobre pega. Vale a pena conferir!

O que não fazer com os seios na amamentação

Se a lista de cuidados com as mamas na amamentação é curta e simples, a lista do que não fazer acaba sendo bem maior. Isso porque muitas dessas ações podem levar ao desmame precoce. Então, se é o seu desejo seguir amamentando, preste muita atenção antes de passar qualquer produto – mesmo os naturais e as plantas – nos seios.

Procure o auxílio de uma consultora de amamentação caso esteja tendo problemas com a pega, dores que não passam ou outros. As consultoras são as profissionais mais preparadas para ajudar você a preservar o aleitamento materno.

Confira algumas dicas do que não fazer durante a amamentação:

Passar bucha no mamilo: 

Muitas pessoas acreditam que passar bucha de banho- ou outros itens- nos mamilos ajuda a preparar a pele da região ao “engrossá-la”. Não é verdade! Além de poder lesionar, isso acaba tirando a hidratação natural dos mamilos. 

O que vai preservar seu mamilo é a pega correta e os bons cuidados com a mama, já citamos aqui!

Passar sabonetes, cremes, pomadas e outros produtos no mamilo:

A higiene da região deve ser feita apenas com água, durante o banho! O uso de cremes, sabonetes, óleos e outros produtos pode: 

  • Entupir os dutos, o que atrapalha a amamentação e pode levar a mastite;
  • Deixar cheiro e/ou gosto na pele, o que pode levar o bebê a recusar a mama depois;
  • Deixar a pele da mama escorregadia, o que atrapalha a pega do bebê e gera diversos problemas, entre eles as fissuras no mamilo.

A hidratação deve ser feita apenas com o leite materno. Em caso de fissuras e outros problemas, procure tratamentos alternativos e evite as pomadas. Caso o uso delas seja a única opção que você tem, peça ajuda a sua consultora para aprender a passar a pomada da forma correta. Nunca use pomadas sem recomendação!

Usar conchas de silicone: 

Apesar de ser um item comum em enxovais, as conchas não são recomendadas por nenhuma consultora de amamentação. O motivo é simples: são pratos cheios para a proliferação de fungos que causam doenças, além de piorar quadros de fissura e atrapalharem a pega correta.

Caso você queira um produto para coletar o leite que vaza das mamas durante a mamada, procure coletores ou as conchas modelo ladybug. Importante reforçar que mesmo as conchas ladybug não devem ser usadas o tempo todo, nem por longos períodos de tempo. 

Usar absorventes para seios: 

Assim como as conchas, eles sufocam a região e aumentam a chance de proliferação de fungos. Por isso, o ideal é deixar vazar e trocar de roupa quando isso acontecer.

Os vazamentos tendem a parar depois dos primeiros meses, quando o corpo se adaptar à quantidade de leite que precisa ser produzida e ao horário das mamadas. Vale a pena ter esse trabalho extra com a troca de roupas por esse período de tempo.

Tomar banho quente: 

A água quente dilata os vasos e aumenta a produção de leite, o que pode levar ao empedramento. Algumas alternativas para o banho nos dias frios é ligar o aquecedor no banheiro e tomar banho com água morna. Evite ao máximo água quente diretamente nos seios.

Usar roupas justas e abafadas:

Durante a amamentação, os mamilos têm que respirar. Por isso, roupas justas e abafadas devem ser evitadas ao máximo.

Invista em sutiãs de algodão (e fique sem sutiã sempre que conseguir), roupas leves e mais folgadas. 

Não deixe os seios cheios

Se deu o horário da mamada e você não está com o bebê, você deve ordenhar com máquina ou manualmente, nem que seja apenas para alívio. O peito não é estoque de leite, é fábrica: isso significa que a produção acontece a cada mamada. Não é saudável deixar “acumular” – isso pode levar a um quadro de mastite!

Foto: Janko Ferlic

O que fazer em caso de ferimento nas mamas?

Concha Silverette: 

As conchas de prata da SilveretteFornecedoresSILVERETTE®Enxoval do Bebê Enxoval do BebêSão Paulo, São Paulo (Capital) São Paulo, São Paulo (Capital)Leia mais são as queridinhas de muitas leitoras. Como são feitas de prata pura, têm propriedade ​​antibacterianas, anti-inflamatórias, antifúngicas e cicatrizantes.

Elas devem ser usadas por curtos períodos, higienizadas corretamente com água e sabão e não podem ser colocadas por cima de pomadas ou outros produtos. A recomendação é passar algumas gotas de leite materno no mamilo e na auréola antes de colocar a concha. Podem ser usadas pontualmente para saídas, mesmo sem ferimentos, substituindo as conchas e absorventes.

Pomadas:

Pomadas e qualquer outro produto para ser aplicado no mamilo devem ser prescritos pelo seu médico ou profissional da saúde. Isso porque o produto vai ter contato direto com a boca do bebê, então todo cuidado é necessário.

Além disso, o uso incorreto de pomadas pode atrapalhar a pega. E isso pode gerar mais feridas! Por isso, não passe pomada em excesso ou sem necessidade. 

Laserterapia e tratamentos alternativos

Alguns tratamentos, como a laserterapia, podem ser feitos para ajudar na cicatrização. A acupuntura e a aromaterapia também podem ser usadas. Todos os cuidados com os seios na amamentação devem ser feitos por profissionais com experiência no cuidado com mães. O ideal é sempre consultar seu médico de confiança para escolha dos tratamentos e profissionais mais adequados ao seu caso.

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Leia mais: A amamentação depois do primeiro mês

Veja também: Agosto Dourado: 20 vantagens da amamentação para bebês e mães

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Como a língua presa atrapalha a amamentação?

Dores e dificuldades com a pega são dois grandes motivos para o desmame precoce. Por isso, nesse Agosto Dourado, a Dra Gabriela Ochoa (CRM 162.456) traz mais informações sobre a língua presa, quadro que causa diversos problemas, como a pega incorreta, fissuras e dores na amamentação. Na coluna de hoje, você aprende a identificar os sinais, entende quais são os impactos na amamentação, como o problema pode ser corrigido e mais. Confira:

Créditos: Google Imagens

Como o freio lingual pode ser um problema na amamentação?

Para uma mamada efetiva, o bebê precisa fazer diversos movimentos com a língua. Com a língua presa, ele não consegue realizar todos os movimentos para sugar o peito ou os faz de forma ineficaz. É um tipo de pega inadequada – o que gera uma série de problemas para mãe e para o bebê.

Na maioria dos casos, as mães têm fissuras que não cicatrizam e sentem dores ao amamentar. Os bebês se cansam nas mamadas, têm dificuldade em ganhar peso e podem engasgar. Esses são apenas alguns exemplos das diversas formas que a língua presa pode atrapalhar a amamentação!

Como identificar a língua presa?

O diagnóstico pode ser feito por alguns profissionais, como: pediatra, odontopediatra, fonoaudiólogo e consultora de amamentação. Para concluir se o bebê tem língua presa, mãe e bebê são avaliados, assim como a mamada.

Os sinais mais frequentes são:

  • Pega incorreta;
  • Bebê com dificuldade de ganhar peso;
  • Engasgos;
  • Fissuras no mamilo que não cicatrizam;
  • Dores fortes no mamilo durante a mamada, que não melhoram.

O ideal é que esse diagnóstico seja feito de forma precoce, para garantir um bom desenvolvimento da amamentação. Por isso, é importante procurar profissionais especializados. A dor na amamentação é comum, mas não é normal – então, se a dor persistir, vale procurar a opinião de outro profissional.

O que deve ser feito depois do diagnóstico de freio lingual?

Depois do diagnóstico, é recomendado realizar um procedimento simples e seguro chamado Frenotomia. A técnica aplicada nesse procedimento depende do tipo de freio lingual do paciente, mas em todos os casos a língua é desprendida. Os riscos são quase inexistentes e o alivio da dor é praticamente imediato!

É importante que a Frenotomia seja feita por um profissional especializado. Quanto mais cedo o procedimento é realizado, menos impactos negativos a língua presa terá na amamentação.

Como manter a amamentação em casos de língua presa?

Como já citado, é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes, para que a Frenotomia seja realizada e a amamentação siga de forma normal. No entanto, mesmo antes do diagnóstico ser feito, já é possível ter alguns cuidados para a manutenção da amamentação no peito.

O estímulo da produção de leite por bomba ou massagem são uma opção quando o bebê não está conseguindo mamar de forma efetiva (lembrando que o uso das bombas não é indicado caso a mãe esteja com fissuras mamilares). Dessa forma, a mãe não sofre com diminuição na produção e pode usar o leite coletado para alimentar o bebê de forma complementar.

Em alguns casos, a fórmula pode ser indicada até a situação ser normalizada. Nesses casos, se a mãe não quer abrir mão da amamentação no peito, é necessário tomar alguns cuidados. A fórmula deve ser oferecida em itens sem bico, como a colher dosadora ou copo aberto – o mesmo vale se você for oferecer leite materno extraído. O estímulo para produção de leite também deve estar presente para que, se possível, o bebê volte a se alimentar exclusivamente de leite materno após esse período de fórmula.

Até a próxima coluna,

Dra. Gabi Ochoa

Pós-graduada em Emergências Pediátricas pelo Hospital Albert Einsten; Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine e Nutrição Materno Infantil pela FAPES; e consultora de amamentação e sono; a médica pediatra Gabriela Ochoa tira todas as dúvidas das mães sobre o bem estar dos bebês e das crianças na coluna “Saúde dos Pequenos”.

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Leia mais: A importância do vérnix par a recém-nascido

Veja também: Como evitar que o bebê fique com a cabecinha amassada?

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Meu filho perdeu interesse pelo peito. E agora?

Agosto é mês de incentivo à amamentação – conhecido como Agosto Dourado. Esse ano, pensamos em focar nos motivos que levam ao desmame precoce.  E, perguntando às nossas seguidoras no Instagram que amamentaram menos do que gostariam, um dos motivos mais citados do desmame precoce foi “meu bebê perdeu o interesse pelo peito“.

O bebê “negar” ou se afastar do peito durante as mamadas preocupa muitas mães, que ficam com medo de os pequenos ficarem com fome ou de ter que oferecer o leite por outros meios. Se isso estiver acontecendo com você, saiba que existe solução para a “perda de interesse” pelo peito. E essa falta de foco na mamada não quer dizer que o bebê não queira mais o leite materno.

Por isso, é importante entender os motivos que podem levar a esse aparente desinteresse e o que se pode fazer para contornar a situação! Para colaborar com essa conversa, entrevistamos a enfermeira e consultora em amamentação, Marianne Freire.

Meu filho perdeu o interesse pelo peito. E agora?

Foto: Shutterstock

Por que os bebês perdem o interesse pelo peito?

A “perda de interesse” pode ter diversas causas. A principal delas é a confusão de bico/fluxo, causada por bicos de silicone, chupetas, mamadeiras, copos de transição e afins, que pode surgir em qualquer fase. Até bebês já crescidos, que mamavam super bem, podem passar a recusar o peito por conta da confusão de bico/fluxo de uma hora para a outra.

O uso de chupetas, bico de silicone e outros bicos artificiais causa a confusão de bico por conta das sucções diferentes que o bebê tem que fazer em cada bico. Esses estímulos diferentes, principalmente nos primeiros meses de vida do bebê, atrapalham a pega correta nos seios. A dificuldade em sugar o peito leva ao desmame precoce. Esse tipo de confusão pode surgir em qualquer idade, mas se a introdução de bicos artificiais acontecer nas primeiras semanas, as chances da amamentação não se estabelecer são altas. Vale lembrar que chupetas não são recomendadas por outros motivos também, como atrapalhar o bom desenvolvimento das estruturas da boca (o que prejudica o crescimento dos dentes e a fala, por exemplo). Mas, caso a família opte pelo uso da chupeta, a recomendação é que ela, pelo menos, não seja introduzida até que a amamentação esteja bem estabelecida e que, após essa fase, seu uso seja feito de forma pontual.

A confusão de fluxo acontece quando o bebê recebe leite materno/ fórmula/ chá/ suco/ água ou qualquer outro líquido na mamadeira ou copos de transição. O fluxo do líquido na mamadeira é muito maior que o do leite no seio, o que torna a sucção mais “fácil”. Quando essa criança volta a mamar no peito, o esforço para sugar é muito maior e o fluxo menor, o que leva à rejeição ao peito. Mesmo quando a mamadeira é oferecida raras vezes ou uma vez na semana, corre-se o risco de causar confusão de fluxo. Se esse é o caso, é preciso ensinar o pequeno a voltar para o peito com muita paciência. Quando for ofertar o leite ou fórmula, use métodos mais seguros, como a colher dosadora e o copo aberto.

Uma ponto importante no “desinteresse” pelo peito é que, principalmente, a partir dos 3 meses, muitos bebês acabam ficando distraídos nas mamadas. Algumas ações comuns são: afastar o peito, se movimentar muito (e acabar largando o peito), querer levantar/sair sem concluir a mamada. Esse comportamento é esperado a partir dessa idade já que os pequenos estão com melhor visão e coordenação motora. Esse comportamento, entretanto, não significa que eles não queiram mais o peito ou leite materno! “Eles começam a enxergar e entender melhor o ambiente, têm mais força no tronco e no pescoço. É normal que eles se distraiam mais nessa fase”, explica Marianne, “A mãe muito distraída também pode levar o bebê a se distrair ou a tentar chamar sua atenção. Nesses casos, o bebê fica agitado e até morde para se fazer notado”.

Outro momento que leva algumas mães a crerem que houve um “desinteresse” pelo peito é a fase da Introdução Alimentar, quando alguns bebês passam a mamar menos e a produção de leite se regula para atender a demanda. Mesmo mamando com menor frequência do que antes, não quer dizer que o bebê não queira ou não precise mais do leite materno!

O que fazer quando o bebê “perde interesse” pelo peito?

É importante avaliar qual o motivo do desinteresse e qual a frequência. Se em toda mamada o bebê afasta o seio ou não foca, é importante conversar com sua pediatra e sua consultora de amamentação para checar se está tudo fluindo bem. No entanto, se a distração não é a regra, tudo bem! Quando o bebê não mamou bem em uma das mamadas, ele vai “compensar” na próxima. O importante é, no fim do dia, seu filho ter conseguido mamar bem – mesmo que não em todas as mamadas do dia.

Descartada a possibilidade de confusão de bico/fluxo (derivada de chupeta, mamadeira, copo de transição), há algumas técnicas que você pode aplicar para ajudar o bebê a focar no peito! Confira:

  • Ambiente tranquilo

Quando o pequeno estiver agitado, vale a pena procurar um ambiente tranquilo e esperar o bebê se acalmar. Às vezes, só mudar de cômodo é suficiente. Se você estiver fora de casa, pode tentar amamentar no carro, por exemplo. Em casa, desligar a TV e sons altos pode ajudar. Colocar ruído branco colaboram muito para acalmar o bebê e isolar outros sons!

  • Prepare o bebê para a mamada

Para quem faz livre demanda, essa missão pode ser um pouco complicada – mas é possível. Você pode ter um pequeno ritual antes de colocar o pequeno no peito, nem que seja um momento de conversa e olho no olho, um carinho ou algo que acalme e gere conexão entre vocês. Esses rituais antes das atividades comuns do dia a dia ajudam muito o bebê a entender o que vai acontecer em seguida. Com isso, eles tendem a ficar mais calmos e cooperar mais.

  • Gere conexão durante a mamada

O bebê está olhando para a mãe durante todo o tempo, então a conexão é um ponto chave para manter o foco dos pequenos. Como a mamada pode durar muito, é normal que a mãe se distraia ou use esse tempo para alguma outra atividade. O importante é lembrar de olhar nos olhos do seu bebê, conversar com ele e fazer um carinho durante esse tempo, para que ele não se sinta ignorado.

Se o bebê já está distraído, gerar conexão é essencial. Traga a atenção dele para você, conversando, cantando e olhando nos olhos. Pode demorar uns minutinhos, mas costuma funcionar bem!

  • Tenha um objeto para o bebê focar

Um recurso para o bebê ter uma atividade enquanto mama e não se sinta “entediado” é ter um objeto preso na sua roupa ou um colar de brinquedos/de amamentação. É importante que seja algo chamativo e que o bebê possa tocar e puxar. Uma dica é que esse objeto esteja preso na mãe, evitando que ele caia no chão ou saia da linha de visão da criança.

O bebê não focou e “perdeu” a mamada. O que fazer?

Você tentou aplicar as técnicas, mas mesmo assim o bebê não focou e rejeitou o peito – tudo bem! Insistir muito pode deixar o pequeno estressado e levar a um ciclo negativo. Se o bebê não está focando, vale a pena parar e esperar até a próxima mamada. Como já comentamos, ele provavelmente vai “compensar” mamando mais depois.

Um ponto de atenção é não deixar o peito cheio. Se o bebê não mamou e você está com os seios cheios, vale a pena fazer a ordenha – manual ou com bomba. Pular mamadas pode afetar a produção de leite, principalmente para mães que não fazem livre demanda. Então, fique atenta!

O importante é saber que nem sempre seu bebê vai colaborar. Assim como nós, adultos, nem sempre estamos dispostos a comer ou a colaborar. Com fome, ele não fica – quando sentir a necessidade, vai pedir!

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Leia mais: Meu leite é insuficiente para o meu bebê. O que posso fazer?

Veja também: A amamentação depois do primeiro mês

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Enxoval da amamentação: o que comprar e o que evitar

Estamos no Agosto Dourado, mês de incentivo a amamentação, e não podemos deixar de falar dos itens que ajudam – e até salvam! – esse processo. O enxoval da amamentação não é obrigatório, mas algumas peças ajudam no sucesso do aleitamento materno – e algumas peças podem ser adaptadas com o que você já tem em casa!

Confira os itens que vale a pena comprar e quais você deve evitar:

ALMOFADA DE AMAMENTAÇÃO

Enxoval da amamentação

Almofada de amamentação na Amazon

A almofada é um alívio para as longas mamadas, garantindo o conforto da mãe e do bebê. Elas ajudam a mãe, principalmente nos primeiros meses a manter uma boa postura e a não sentir dores nos braços e nas costas por ficar segurando os pequenos por muito tempo. E podem ser boas aliadas para variar as posições do bebê – o que é recomendado para que todas as glândulas mamárias trabalhem igualmente, evitando o acúmulo de leite em algumas delas e uma consequente mastite. 

Existe uma almofada que seja boa para todo mundo? Não. Depende da altura da mãe, da poltrona usada, da rigidez ou maciez da almofada… o ideal seria fazer um “test drive” antes, tentando simular as posições de amamentação no cantinho escolhido na casa para isso.

Não quero comprar uma almofada” Você pode até usar um travesseiro… mas o formato em U da almofada facilita o manuseio dela e do bebê. 

SILVERETTE

Enxoval da amamentação

As conchas de prata da SilveretteFornecedoresSILVERETTE®Enxoval do Bebê Enxoval do BebêSão Paulo, São Paulo (Capital) São Paulo, São Paulo (Capital)Leia mais são consideradas milagrosas por muitas mães, como já contamos aqui. Como são de prata pura, têm ação ​​antimicrobiana, antifúngica e antibacteriano natural, além de conter agentes antiinflamatórios. Por isso, ajudam a curar cortes, feridas e rachaduras em poucos dias de uso. E a ação antifúngica ajuda a prevenir a candidíase mamária

Não conhecia as conchas quando passei pela fase mais difícil da amamentação, mas, quando contei meu relato, recebi muitas mensagens de mães no Instagram recomendando as conchas, dizendo que eu tinha que comprar (mesmo já não tendo mais feridas!rs), porque eram milagrosas e haviam sido o melhor investimento que fizeram!

COLHER DOSADORA OU COPINHO AMERICANO

Enxoval da amamentação

Colher dosadora Buba na Amazon

Se em algum momento você precisar oferecer leite materno fora dos seios ou até mesmo fórmula, não precisa recorrer à mamadeira. O mais indicado pelas consultoras de amamentação é que o leite seja oferecido nas colheres dosadoras ou nos famosos copinhos americanos (ou “de pinga”), que a maioria das pessoas tem em casa. Dessa forma, diminui-se as chances de confusão de bicos ou confusão de fluxo, que levam ao desmame precoce.

Meu filho tomou fórmula no copinho na maternidade e, em casa, dei algumas vezes na colher dosadora quando estava com fortes dores nos seios e quis dar um descanso para os mamilos feridos, tirando leite na bomba (próximo item da lista).

BOMBA DE LEITE E POTES DE ARMAZENAMENTO

Bomba dupla elétrica da Medela da Amazon

A bomba de leite não serve apenas para mães que trabalham ou vão dar leite materno na mamadeira. Elas podem ajudar também a aumentar a produção de leite, aliviar os seios cheios e a criar um estoque de leite materno.

Ter seu armazenamento de leite é recomendável, pois se, em algum momento, você precisar se ausentar ou tiver que parar de oferecer o peito (por conta de uma medicação, por exemplo), terá leite materno para oferecer de outras formas. 

Entre a bomba manual e a elétrica, a segunda opção é, sem dúvida nenhuma, a mais prática! Seguindo a recomendação de amigas, escolhi uma bomba dupla para que a extração fosse mais rápida.

Já ouvi falar de serviços de aluguel de bomba. Pode ser uma opção para não fazer um alto investimento de cara.

SUTIÃS DE ALGODÃO

Sutiãs de amamentação 92% algodão na Amazon

Os sutiãs da lactante devem ser confortáveis e permitir que a pele respire. Por isso, devem ser de algodão, sem aro ou bojo e com boa sustentação. Hoje em dia, é difícil achar modelos 100% algodão, mas procure os que têm as maiores porcentagens em sua composição.

Mas preciso mesmo comprar aqueles sutiãs horrendos de amamentação?” Bom, tem uns que não são tão feios assim… rs Você pode até não comprar modelos específicos de amamentação (que abrem o triangulinho) – eu, por exemplo, tive poucos assim -, mas você provavelmente vai precisar de um novo jogo de sutiãs de tamanho maior do que costumava usar antes da gestação.

“Quantos comprar?” Depende de quantas vezes por semana irão para a máquina de lavar. É preciso ter alguns sutiãs na gaveta, já que devem ser trocados constantemente. Isso porque os seios podem vazar e a região não pode ficar úmida, para se evitar candidíase mamária. Então, tenha em mente que as trocas devem ser frequentes, todos os dias. Muitos sites recomendam 5, mas eu comprei mais e não me arrependo.

SLING

Sling Wrap na Amazon

O sling é um acessório que dá liberdade à mãe, ao mesmo tempo que traz aconchego para o bebê. Com as mãos livres, você pode fazer muitas coisas enquanto passeia com o bebê ou faz alguma atividade em casa (não esportiva, claro). O bebê pode ficar no sling para dormir, passear, ficar aninhado acordado e até mamar. Deixo aqui um link com dicas e cuidados que se deve tomar para que o bebê possa mamar e dormir em segurança no sling.

A vantagem do sling em relação ao canguru, principalmente nos primeiros meses, é que oferece diferentes amarrações e posições variadas e confortáveis para o bebê.  

QUE ITENS EVITAR? 

Muitos itens famosos nas listas de enxoval não são indicados pelas consultoras de amamentação, por contribuírem para o desmame precoce ou até mesmo por desencadearem problemas de saúde para a mãe. Separamos aqui alguns deles:

  • Conchas de silicone e absorventes de seios: sufocam os seios e criam o ambiente perfeito para desenvolver candidíase mamária;
  • Bicos de silicone: não são indicados pelas consultoras de amamentação, pois atrapalham a pega e podem agravar feridas;
  • Pomadas para os mamilos: se usadas de forma incorreta (o que é comum), podem atrapalhar a pega do bebê, o que agrava feridas;
  • Mamadeiras: podem causar a confusão de bico e fluxo, que faz com que o bebê se desinteresse pelo peito. Por isso, o indicado é a colher dosadora ou copo americano (indicados anteriormente) no lugar da mamadeira. 

Se você estiver com dificuldades para amamentar, vale a pena procurar uma consultora de amamentação. O serviço pode ser contratado inclusive antes do nascimento, para preparar a mãe e/ou para assistência imediata no pós-parto. 

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Leia mais: 8 coisas sobre amamentação que você precisa saber

Veja também: Tudo o que você precisa saber sobre apojadura e pega

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