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Como dar banho de toalha em recém-nascidos

Hoje, vou falar de um tema que talvez seja um pouco polêmico: o banho de toalha em recém-nascidos. Não sei vocês, mas eu fiquei muito insegura nos primeiros banhos do Luis Felipe. Eu ainda não tanta segurança para “manejar” um bebê tão pequeninho, tinha medo que ele escorregasse das minhas mãos, tinha medo que entrasse água no ouvido…  e mesmo com a enfermeira (experiente) dando o banho, ele chorou muito nas duas primeiras vezes. Ele ficava com aqueles bracinhos estendidos tremendo, como se estivesse com uma sensação de estar caindo, me deu muita aflição por ele.

Se eu fiquei aflita com o banho de banheira do Luis Felipe, o que dizer da minha mãe? Vovó ficou horrorizada! Para ela, aquilo foi uma sessão de tortura com um ser totalmente indefeso! No dia seguinte, no segundo banho em casa, ela começou a esbravejar: “Mas para que fazer ele passar por essa agressão de novo? Você não está vendo que ele está sofrendo? Ele não se sujou de ontem para hoje, vai lavar o cabelo de novo?”

Bom, daí perguntei para a pediatra “Você acha imprescindível que o bebê tome banho todos os dias ou pode tomar um dia sim, um dia não?”. Ela foi categórica, na opinião dela, tinha que tomar banho todo dia. Já a Associação Americana de Pediatra recomenda que se dê banho no bebê três vezes por semana – mas higienizando muito bem as partes íntimas diariamente – para não ressecar a pele do bebê. Sei que a questão do banho difere muito no Brasil x EUA/Europa… por isso disse que o tema do post poderia ser polêmico aqui.

Independentemente da quantidade de banhos por semana, queria encontrar uma maneira gentil de banhá-lo para que o Luis Felipe apreciasse esse momento (ou, pelo menos, não sofresse). Fui então para o YouTube procurar por mais vídeos de banhos em recém-nascidos. E foi em meio a essa pesquisa que descobri a opção da qual nunca tinha ouvido falar antes: o banho de toalha em recém nascidos!

banho de toalha

Crédito: FreePik

Em inglês, eles chamam de “sponge bath“, mas como nos vídeos o banho era dado com uma toalhinha, traduzi como “banho de toalha”. Testei em casa e fiquei maravilhada! Dava o banho de toalha no trocador, com o quarto bem quentinho e uma música relaxante. O Luis Felipe ficava super calminho, eu conseguia interagir melhor com ele, conversava, podia passar a toalhinha nele com toda a delicadeza… tudo na maior paz! Fiquei tão aliviada com essa solução que não sei nem explicar!

Pesquisei mais um pouco a respeito e vi que a Associação Americana de Pediatria recomenda o banho de toalha até que caia o coto umbilical. Nem consultei a pediatra, porque imaginei que ela fosse ser contra… me senti segura de seguir a recomendação da Academia Americana de Pediatria – e assim fiz. Dei banho de toalha nele diariamente por 10 dias (até cair o coto umbilical) e ele está vivo e saudável, então diria que correu tudo bem! rs

Quando o coto umbilical caiu, ele voltou a tomar banho de banheira. Mas aí eu já estava mais preparada. Seguindo a recomendação de uma amiga, comprei uma almofada de banho, à qual ele se adaptou muito bem. Não ficou mais com aqueles bracinhos estendidos tremendo, porque a almofada passou segurança a ele. Não é todo bebê que gosta da almofada, mas, por sorte, funcionou aqui em casa. A partir de então, ele começou a gostar do banho… e hoje, AMA!

COMO DAR BANHO DE TOALHA EM RECÉM-NASCIDOS

Vou deixar aqui o vídeo que me inspirou, mas se quiserem procurar por outros no YouTube, tem aos montes:

Você vai precisar de:

  • uma superfície segura para colocar o bebê
  • uma toalha grande para cobrí-lo enquanto dá o banho
  • duas toalhinhas para dar o banho
  • algodão para limpar os olhinhos
  • uma bacia com água morna
  • shampoo/sabonete líquido é opcional (eu usava)
  • cotonete e álcool para a higienização do coto umbilical após o banho
  • fralda e pomada para a troca

O banho:

Deixe tudo à mão. Tire a roupinha do bebê, mantendo a fralda. Cubra o bebê com a toalha, para ele se sentir protegidinho. Comece pelo rosto. No vídeo, ela limpa os olhinhos com a toalhinha umedecida, eu limpava com algodão umedecido, como haviam ensinado na maternidade… Depois, limpe as perninhas e braços. Vá cobrindo cada parte novamente em seguida. Vire-o de costas e limpe as costas. Como eu usava sabonete, passava primeiro a toalhinha umedecida com bem pouquinho de sabonete e, depois, uma só com água. Por fim, tire a fralda e higienize a parte íntima. Depois, coloca-se a fralda e faz-se a higienização do coto umbilical com álcool. No vídeo, a moça lava o cabelo ao fim. Não me lembro mais, mas acho que eu lavava no começo (com ele ainda empacotadinho), mas não todos os dias.

Toalhas:

As minhas toalhas preferidas são as da Carter’s, super macias e, na minha opinião, dispensam o uso de fraldinha de pano mesmo para recém-nascidos. A toalha de pintinho vem acompanhada de 3 washcloths, as toalhinhas que usei para dar banho. Já a toalha de ursinho vem acompanhada de uma outra toalha, macia também, sem capuz.

banho de toalha em recém-nascidos

Toalhas de bebê da Carter’s

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Veja também: 5 mães contam quais os itens que elas mais usaram no enxoval

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Saúde

A importância do vérnix para o recém-nascido

Já ouviu falar de vérnix caseoso e sua relação com o primeiro banho do bebê recém-nascido? Após o nascimento, em algumas maternidades, a mãe é questionada se pode ou não dar banho imediatamente no bebê ou se este será postergado. Para poder escolher entre ‘sim’ e ‘não’, antes, é preciso entender as implicações:

vérnix

Mas o que é o vérnix?

O vérnix é uma substância composta por água, lipídios e proteínas que é produzido durante o último trimestre da gestação pelas glândulas sebáceas do feto. É uma substância esbranquiçada e graxenta, gordurosa, com textura parecida com a de queijo, que forma um biofilme protetor na pele do recém-nascido.

Conforme a gestação vai evoluindo, a substância se desprende da pele e é diluída no líquido amniótico. Por essa razão, bebês prematuros (que nascem antes do tempo) ou bebês que nascem após 40 semanas, costumam apresentar menor quantidade de vérnix.  

E qual a sua função? Como ele pode ser benéfico para o bebê?

O vérnix age formando uma capa protetora à prova de água (no caso, do líquido amniótico) a fim de permitir o fortalecimento e a maturação da pele. Além disso, ele ainda confere um sistema de defesa poderoso ao proteger a pele do bebê de bactérias. Alguns estudos sugerem que a ausência de vérnix foi associada à presença de eritema tóxico neonatal e presença de ressecamento e descamação cutânea.

E aí, vale ou não a pena esperar para dar o primeiro banho no recém-nascido?

Além de ser importante durante a gestação, ele também é benéfico após o nascimento graças às suas propriedades protetoras de hidratação, termorregulação e cicatrização de feridas do recém-nascido, principalmente nas dobras, que é o local onde ele fica mais concentrado. Em poucos dias, o vérnix vai se desgrudando sozinho e é absorvido pela pele espontaneamente, então não só não é necessário, como é contra indicado esfregar a pele do bebê no banho.

Em função dos seus benefícios, o ideal é que o vérnix não seja removido nas primeiras horas (exceto se houver risco de transmissão de doenças maternas ou se houver mecônio no parto). A OMS recomenda aguardar 24 horas para dar o primeiro banho no bebê. Se não for possível, é recomendado o intervalo mínimo de 6 horas.

Até a próxima coluna,

Dra. Gabi Ochoa

Pós-graduada em Emergências Pediátricas pelo Hospital Albert Einsten; Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine e Nutrição Materno Infantil pela FAPES; e consultora de amamentação e sono; a médica pediatra Gabriela Ochoa tira todas as dúvidas das mães sobre o bem estar dos bebês e das crianças na coluna “Saúde dos Pequenos”.
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O que é Golden Hour, a "hora dourado" do parto, e quais os benefícios?

Hoje é dia de estreia aqui no site! Sob o comando do ginecologista e obstetra Jorge Elias Farah Neto (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), a coluna GESTAR irá responder todas as dúvidas que recebemos com frequência sobre o assunto. E é por isso que sua participação é super importante nos comentários aqui do site ou no nosso Instagram (@babies_cz). Para o debut, o dr. Jorge falará sobre a Golden Hour, tema que também fez parte do primeiro episódio do nosso Especial Amamentação no IGTV, com a consultora em amamentação Natália Rodrigues (quem não assistiu ao vídeo, clica neste link).

Vamos à coluna!

Olá pessoal!
Hoje a conversa é sobre o grande e esperado momento, a Golden Hour.
Vocês já ouviram falar ou conhecem?

( Foto: reprodução / Shutterstock )

O QUE É A GOLDEN HOUR?

Golden Hour (hora dourada) ou Magic Hour (hora mágica), momento de extrema importância para o bebê, é o período que vai desde o nascimento até completar os primeiros 60 minutos de vida do recém-nascido junto da mãe. Ele merece toda atenção sob aspectos familiar, emocional, psicológico e físico. Nesta fase é fundamental oferecer uma transição mais humanizada e leve para o bebê. Afinal, um momento muito esperado, lindo e aguardado durante os nove meses para finalmente conhecer o filho (a) merece todo cuidado e humanização da equipe assistente.

O que se faz nesta primeira hora?

O recém-nascido, em condições adequadas de saúde, deverá ser colocado de imediato, ou o quanto antes possível, em contato íntimo com a pele da mãe (tórax ou abdômen), a fim de reforçar o vínculo materno-fetal iniciado na gestação e que traz inúmeros benefícios.

Ela dura exatamente uma hora?

Não necessariamente. A Golden Hour é “dentro da primeira hora”. O mais importante é respeitar a primeira hora, tempo em que o bebê está mais desperto, mas não necessariamente o tem que ficar com a mãe durante 60 minutos. No entanto, quanto maior for esse tempo, maior estímulo ao vínculo materno-fetal.

OS BENEFÍCIOS DA GOLDEN HOUR PARA AS MÃES

Os benefícios vão da esfera física à emocional. Primeiro, a liberação do hormônio ocitocina (hormônio do amor), que ocasiona entre outras coisas a contração do útero, diminuindo o sangramento, facilitando a descida do leite, reduzindo o estresse e provocando a liberação da prolactina (hormônio responsável pela produção do leite). Em segundo lugar, mas não menos importante, dentre os benefícios emocionais está a redução do risco de depressão pós-parto e abandono do recém-nascido.

OS BENEFÍCIOS DA GOLDEN HOUR PARA OS BEBÊS

Entre eles, a melhora no desenvolvimento e crescimento da criança; facilitação da amamentação exclusiva nos seis primeiros meses; diminuição das infecções; melhora na adaptação ao meio extra-uterino; além da redução da mortalidade no primeiro ano de vida.

Incentivar o início da amamentação dentro da primeira hora de vida oferece maior tranquilidade a esse bebê. O colostro – aquela primeira secreção mais líquida e amarelada em sua maioria, rica em vitaminas, proteínas, carboidratos, anti-microbianos e anti-nflamatório – proporciona defesa em geral ao bebê (considerada a primeira vacina), além de facilitar o funcionamento do intestino.

Outro benefício deste contato entre mãe e filho é o favorecimento de uma melhor transição do comportamento do bebê ao sair do ambiente intrauterino (mais aquecido) quando colocado pele a pele, oferecendo assim um melhor ajuste dos batimentos cardíacos, uma manutenção da temperatura corporal e uma melhora da estabilização da glicemia fetal, reduzindo hipoglicemia entre outras complicações. Sentir o cheiro da mãe e estar em contato acalma esse bebê, reduzindo inclusive o choro.

Por que alguns bebês vão para o colo ainda com o cordão umbilical  ligado à mãe e outros não?

O ato de clampear e seccionar o cordão umbilical só deve ser feito após o término dos batimentos do mesmo, que normalmente ocorre entre 1 e 5 minutos após o nascimento. Isso oferece menor risco de anemia e carência de ferro na infância. E como estamos “correndo contra o tempo” para garantir uma Golden Hour completa, o bebê pode. sim, ir ao encontro do mãe com o cordão ainda intacto.

COMO GARANTIR QUE A GOLDEN HOUR ACONTEÇA NO SEU PARTO

Diante de todos os benefícios, a Golden Hour deveria ser uma rotina de toda equipe, porém não é. Algumas equipes e maternidades fazem, outras não. Com certeza o parto sendo realizado pela mesma equipe/médico do pré-natal, todos os passos são orientados durante as consultas, fazendo parte da continuidade da assistência.

Os pais precisam combinar com a maternidade? E em casos em que o parto é feito pelo plantonista do hospital?

Não depende de alinhamento com a maternidade, e sim com o médico. O único fator determinante é o bebê nascer bem e saudável, porque todos os hospitais hoje têm estrutura para realizar o procedimento, independente do tipo de parto, vaginal ou cesariana. Caso o parto seja feito pelo “plantão” (equipe médica do hospital) e não pela equipe de pré-natal, esse período talvez não seja tão “mágico” assim pela falta ou pouco vínculo junto da equipe de plantão!

Os exames de praxe podem ser feitos após a “hora dourada”?

Tudo isso depende de como o bebê nascer. Nascendo bem, respirando sem dificuldades e estando corado, ele deverá, sim, ser colocado diretamente no colo materno, e só depois a neonatologista o examinará. Quem define esse passo é sempre a neonatologista, porém todos esses sinais (respirando bem, estar corado, com bom tônus, frequência cardíaca adequada) já são avaliados de imediato pela equipe obstétrica no nascimento e pela neonatologista (são sinais clínicos que observamos, e que não precisam de nenhum aparelho).

Este fluxo, no entanto, não ocorre em todas as maternidades. Nos hospitais “amigos” da criança são onde mais ocorre. Por isso, muitas famílias acabam não tendo a Golden Hour adequada ou da forma que esperavam. Hospitais com grandes volumes de partos, carência de funcionários, pouca estrutura, equipes não bem treinadas terão menores índices de sucesso da tão esperada Golden Hour, deixando de oferecer todos os benefícios inerentes a este período.

E é importante salientar também que tudo o que foi falado se refere a partos em condições normais. Bebês prematuros, partos de urgência, entre outras variáveis, sempre deverão ser avaliadas primeiramente pela neonatologista por motivo de segurança. Isso não é uma escolha, mas sim excelente conduta.

O que pode tornar a Golden Hour ainda mais mágica?

Muitas maternidades dispõe de Wi-Fi e bluetooth nas salas de parto. O paciente, junto da equipe médica, pode escolher sua playlist. Sou a favor também da redução das luzes, pelo menos no momento do nascimento, permitindo uma transição mais amenizada da saída do ventre materno. E quem define esse passo é o médico obstetra.

É POSSÍVEL TER GOLDEN HOUR EM CESÁREA?

Tanto parto vaginal (normal ou fórceps) quanto parto cesárea ou cesáreo podem proporcionar a Golden Hour. Talvez, a grande diferença esteja naqueles partos vaginais naturais (espontâneo e sem anestesia) onde a mãe tem toda mobilidade preservada já que não foi anestesiada, facilitando ainda mais esse momento.

Assim e diante de todas essas afirmações positivas baseadas em evidências e recomendado tanto pela OMS (Organização Mundial de Saúde) quanto pela AAP (Associação Americana de Pediatria), não há dúvidas de que toda equipe multidisciplinar de assistência ao parto deverá oferecer à parturiente e família o atendimento mais humanizado possível.

Se ainda ficou com alguma dúvida, deixe aqui nos comentários que responderei o quanto antes.

Até a próxima coluna,

Dr. Jorge Farah Neto

Ginecologista e obstetra, o Dr. Jorge Elias Farah (CRM 126.525 | RQE 59579 | TEGO 184/2011), da Clínica Ginevra, aborda na coluna GESTAR os mitos e verdades da gestação e do parto, e responde as principais dúvidas das mães.
PartoColunasGestar

7 alternativas para o bem-nascido clássico

Assim como o bem-casado é uma lembrancinha clássica nos casamentos, o bem-nascido se tornou um hit na maternidade. Porém, alternativas para o doce clássico não faltam. Para te inspirar, separamos 7 opções deliciosas para você surpreender os amigos e familiares. Vem ver:

A Give a Gift se tornou expert em desenvolver docinhos diferentes. Um dos mais famosos é o bem-nascido de churros com doce de leite:

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Mais há também no cardápio da Give a Gift o blondies, que é um brownie de chocolate branco com lâminas de amêndoas:

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A Ghillia Dolce Atelier tem essas caixinhas de mini brownies personalizadas

Brigadeiro sempre faz sucesso. E a Ghillia Dolce Atelier tem duas opções: caixinhas com quatro de diferentes sabores...

… e panelinhas de brigadeiro:

Direto de Curitiba, o Beneditos é um clássico! A receita ultra secreta mistura biscoitos ao leite recheados com creme de cacau:

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O bolo de rolo, tão tradicional em Recife ganhou o Brasil! Sua versão mini é uma charmosa lembrancinha. Estes são da Piece of Cake:

lembrancinha-de-casamento-mini-bolo-de-rolo-piece-of-cake

(Fotos: Divulgação)

Veja também: 11 lembrancinhas comestíveis

E mais: 6 lembrancinhas para convidar a madrinha de batismo

FestasLembrancinhas

Ensaio newborn: tudo o que você precisa saber para escolher um bom profissional

Cada vez mais encontramos – e temos acesso – a novas tecnologias de fotografia, o que aumenta ainda mais o desejo de registrar todos os momentos dos pequenos. Porém, quando o assunto é recém-nascidos, todo cuidado é poucos. Ensaios newborn, como são chamados, devem ser feitos por profissionais devidamente treinados. Para entender melhor como funciona uma sessão de fotos deste tipo, bem como os cuidados, conversamos com a fotógrafa expert no assunto Vivi Guimarães. Dá uma olhada nas orientações que ela deu para os papais:

– O que é considerado um ensaio newborn?

É uma sessão de fotos na qual o bebê é fotografado no seu primeiro mês de vida. Os ensaios podem ser realizados em estúdios, devidamente preparados para receber os bebês, ou na própria residência da família. Uma das características deste tipo de ensaio é clicar o bebê em seus primeiros dias de vida. Os registros são feitos sem roupinhas ou com acessórios próprios para recém-nascidos. É necessário também que o bebê esteja em sono profundo, para permanecer nas poses e passar a tranquilidade do momento nas imagens.

– Com quantos dias é recomendado o ensaio?

Para o newborn clássico, indico fazer o ensaio até 15 dias de vida. Nesse período, os bebês são mais maleáveis e ficam confortáveis por maior tempo nas poses que lembram a posição que eles ficavam no útero materno. As cólicas geralmente começam a partir de 21 dias e para colocar os bebês nas poses desejadas o ideal é que eles estejam em sono profundo, o que geralmente fica um pouco mais difícil depois desse período. Já o estilo lifestyle, por ser um ensaio sem poses e no qual não manipulo quase nada o bebê, até 40-60 dias.

– Existe alguma regulamentação para um profissional fazer esse tipo de ensaio?

Não existe uma “regulamentação”, porém, há a Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém- Nascidos, a ABFRN, que não só orienta os profissionais com atualizações, assim como possuí diversas indicações para os pais.

– E qual é a sua formação para ser expert em ensaios newborn?

Fiz cursos de fotografia no exterior com as melhores profissionais da área, para aprender sobre a fisiologia dos bebês e me aprimorar nesse assunto. Estou sempre estudando e tento, pelo menos uma vez por ano, me reciclar com workshops fora do Brasil. Faço parte do conselho da FHOX, que é uma das maiores feiras de fotografia do Brasil, na qual buscamos conhecimentos e profissionais para trazer para o Brasil.  O intuito é que possamos sempre melhorar o nível profissional nessa área tão específica da fotografia.

– Seus ensaios trazem uma veia mais lifestyle, com menos poses armadas e mais naturalidade do bebê. Algum motivo especial por optar por esta linha ou são sempre pedidos das mães?

Costumo dizer que o intuito do ensaio é que daqui a 20 anos, quando os pais forem olhar o álbum, que além de se emocionarem, não achem que está “fora de moda”. Por isso, prefiro sempre apostar em um ensaio mais clean e atemporal, fugindo um pouco do modismo. E acaba que minhas clientes se identificam com esse meu estilo, gosto e olhar.

– Quais os cuidados básicos que se devem ser tomados?

Segurança, conforto e bem-estar do bebê têm sempre que estar primeiro lugar!! Antes de uma foto bonita, zelo por esses fatores. Um ambiente preparado para atender os pequenos clientes (com temperatura, iluminação e acessórios certos) e um profissional competente e capacitado são os pontos de partida. Outro ponto MUITO importante é que no dia do ensaio ninguém pode estar doente – nem os pais, e muito menos a fotógrafa. Para mim, isso é respeito e cuidado!!

– Quais são as condições mínimas que um estúdio precisa ter?

Controle de temperatura e umidade. A temperatura do ambiente deve estar entre 26 a 30 graus. Essa poderá variar conforme o bebê sentir frio ou calor. O ambiente e todos os acessórios e equipamentos usados devem estar devidamente higienizados e as mãos devem ser constantemente limpas com álcool gel durante a sessão.

– Por quanto tempo um bebê pode ficar na mesma posição?

Não existe uma regra de “um tempo determinado” para cada pose, porém, cabe ao profissional que conheça as limitações e os riscos envolvidos em cada uma das poses que o bebê se encontra.  É de responsabilidade do profissional garantir essa segurança e conforto do fotografado.

– Por que os pais não devem tentar repetir as posições em casa?

Existem muitas técnicas para manusear e fotografar um bebê, e todo cuidado é pouco. Diferente dos pais, um fotógrafo newborn estudou, além de técnicas de fotografia, a fisiologia do bebê. Outro ponto importante é a segurança do que se está fazendo. Qualquer insegurança, que é normal os pais terem neste começo, pode prejudicar e machucar o bebê.

– Quanto tempo deve demorar um ensaio?

Geralmente entre três e quatro horas. Tudo é feito com muita calma, respeitando sempre o bebê, suas necessidades e rotina, como mamar, trocar fraldas… Nunca peço para que mudem a rotina do bebê no dia das fotos, principalmente no que se refere aos horários das mamadas. Quem se adapta a ele sou eu, e não o contrário. Interrompo a sessão quantas vezes forem necessárias para que o bebê esteja bem e confortável.

– Algum cuidado ou atenção especial aos acessórios decorativos?

Sim!! Tudo deve ser higienizado constantemente. Jamais deixe o fotógrafo usar acessórios pontiagudos ou de vidro. Tudo que entrar em contato com o bebê, como mantas e gorrinhos, além de serem higienizados com produtos próprios para recém-nascidos, devem ser antialérgicos para que não causem nenhum tipo de alergia em contato com a pele. No meu caso, uso tudo do meu acervo, pois tenho certeza da higiene e segurança.

(Fotos: Vivi Guimarães)

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