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Soja na alimentação infantil

Muitos pais têm dúvidas em relação à inserção de soja na alimentação infantil. Por isso, conversamos com especialistas para saber os mitos e verdades sobre o tema.

A partir de que idade a soja pode ser inserida na alimentação infantil?

De acordo com a Dra. Alessandra Cavalcante, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, a soja pode ser inserida na alimentação dos pequenos, teoricamente, a partir dos 2 anos, de preferência com a orientação do pediatra. Isso porque a soja possui substâncias que podem causar alergias, então quanto mais tardio o consumo, melhor.

Os especialistas da Unilever Health Institute atentam para o fato de que o grão de soja possui muitas propriedades nutritivas importantes para adultos e crianças (rico em proteínas, ácidos graxos mono e poliinsaturados, minerais – como cálcio, ferro, cobre, fósforo e zinco –, vitaminas – principalmente as do complexo B –, além de fornecer biotivos, como é o caso da proteína de soja e das isoflavonas, conhecidas como funcionais). Após o primeiro ano de vida, a alimentação da criança passa a ser mais próxima da alimentação da família, porém ela ainda tem necessidades nutricionais específicas e que devem ser observadas. O consumo do produto por crianças com menos de 3 anos de idade deve ser discutido com o pediatra ou nutricionista.

*É importante lembrar que o Ministério da Saúde recomenda que o bebê se alimente exclusivamente com o leite materno até os seis meses de idade.

Qual a diferença entre as fórmulas infantis de soja e as bebidas de soja que são comumente encontradas nos mercados?

É importante não confundir um e outro. “A fórmula infantil de soja (leite de soja) é balanceada e preparada com a quantidade ideal de nutrientes que a criança necessita (rica em cálcio, proteínas, calorias etc). As bebidas de soja não substituem perfeitamente o leite como as fórmulas”, afirma a Dra. Alessandra Cavalcante.

As fórmulas de soja são uma opção para crianças que apresentam intolerância ao leite de vaca?

De acordo com a Dra. Alessandra, elas são muito usadas nesses casos, mas é provável que a criança também tenha intolerância ao leite de soja. “A primeira opção de escolha são outros leites, chamados comercialmente de “alfaré”, mais indicados que a soja”, completa.

Para os especialistas da Unilever Health Institute, “a bebida de soja pode ser uma alternativa ao leite de vaca para pessoas com alergia à proteína do leite ou com intolerância à lactose, desde que haja orientação clínica e nutricional em relação à adequada necessidade calórica e ingestão de todos os nutrientes para o desenvolvimento e manutenção da saúde”.

Quando alimentos feitos com soja devem ser evitados?

Segundo a Unilever Health Institute, “basicamente, duas situações devem levar a que os alimentos à base de soja sejam evitados. Uma delas é a intolerância individual, ou seja, se a criança sentir desconforto, este deve ser respeitado, da mesma forma como ocorreria com qualquer outro alimento. A outra situação, essa sim de maior gravidade, seriam os casos de alergia à soja, evento possível de ocorrer uma vez que se trata de alimento constituído de fração proteica potencialmente alergênica”.

Qual é a ingestão de soja recomendada para crianças?

“Não existe recomendação formal sobre o consumo de soja na infância. Quando ela é considerada dentro do contexto dos grupos alimentares, para o Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, a soja se enquadra entre os feijões e recomenda-se o consumo de 1 porção desse grupo por dia, entre seis meses e 20 anos de idade. Nos Guias Alimentares para a População Brasileira, a soja encontra-se no grupo das leguminosas e recomenda-se 1 porção ao dia até os 2 anos de idade e 2 porções ao dia para crianças mais velhas”, afirma o Unilever Health Institute.

Alimentos à base de soja podem fazer parte do lanche infantil?

Ainda segundo o Unilever Health Institute, “alimentos à base de soja podem ser destacados como candidatos a compor o lanche escolar. O primeiro deles são os néctares de frutas acrescidos de soja. Por conterem açúcar em sua composição, esses produtos não podem ser considerados dentro do grupo das frutas, mas sim como um “alimento de consumo ocasional”, em que a recomendação é de 1 porção ao dia. Assim, optando-se pela sua inclusão no lanche escolar, a família deve evitar que outros alimentos desse grupo, tais como balas, chocolates, refrigerantes etc. sejam consumidos no restante do dia. Um aspecto que deve ser ressaltado é que, apesar de não serem considerados dentro do grupo das frutas, os néctares acrescidos de soja apresenta a vantagem, quando comparados aos néctares de fruta simples, de terem proteína em sua composição, o que melhora seu valor nutricional. Além disso, possuem ácidos graxos poli-insaturados das famílias Ômega-6 e Ômega-3”.

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2 Comentários

  1. Ligia Erbereli 25 de outubro de 2012

    O que infelizmente muitas pessoas desconhecem, inclusive médicos, é que a maior parte da soja consumida no Brasil é transgênica, e a maioria das empresas não informa isso no rótulo dos produtos, pois apesar de exisitir uma lei no país que obriga a isso, não há fiscalização. E ainda não se sabe os danos que os alimentos transgênicos podem causar à saúde. Se desejar posso enviar um artigo que escrevi pra uma disciplina do Mestrado em saúde pública que fala sobre o assunto.

  2. Bruno Marugan 13 de junho de 2014

    É uma pena que a soja seja transgênica. Mas de qualquer forma vocês sabem me dizer se um suco AdeS, por exemplo, pode ser dada para um criança sem problemas?

    Obrigado pelas informações e parabéns pelo blog!!

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