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Os benefícios da shantala para o bebê

Quando fizemos o No Ninho com a Livia Colucci, da WhiteHall, ela nos contou que o presente que mais gostou de receber foi um curso de shantala, da Shantala Neles. A gente achou curiosa a lembrança, e foi conversar com a professora Patricia Lomonaco, para entender melhor o que é a shantala, como funciona e os benefícios para os bebês. Vem ver as explicações dela:

Patricia com seu pequeno, o Bernardo (Foto: Fernanda Bozza)

Patricia com seu pequeno, o Bernardo (Foto: Fernanda Bozza)

O QUE É A SHANTALA E PARA O QUE ELA SERVE?

A Shantala é uma massagem feita por pais em seus bebês. Trata-se de uma massagem indiana muito antiga que foi divulgada no ocidente por um médico francês na década de 1970. Esta tem vários benefícios: melhora cólica e alivia os gases, melhora qualidade do sono, alonga, fortalece o sistema imunológico, proporciona consciência corporal e aumenta o vínculo dos pais com o bebê.

QUALQUER PESSOA PODE PRATICAR A TÉCNICA?

Na teoria qualquer pessoa pode shantalar um bebê, entretanto, sempre mais gostoso que eles recebam dos pais. Como disse acima, este momento aumenta o vínculo, é um momento de intimidade, troca profunda de olhares, risadas, falas… É uma oportunidade de conhecer melhor este bebê, suas preferências e características, tudo através da linguagem corporal.

QUALQUER BEBÊ PODE RECEBER A SHANTALA? A PARTIR DE QUANTO TEMPO É RECOMENDADO E ATÉ QUE IDADE?

De maneira geral, os bebês que nascem com mais de 37 semanas podem receber a massagem depois de 30 dias. Saibam que 15 minutos de massagem para um bebê com esta idade é bastante coisa, então deve ser introduzido aos pouquinhos, para que o pequeno vá se acostumando com o novo estímulo. Mas atenção, não é indicado fazer massagem quando o bebê estiver doentinho, sempre consulte o pediatra nesses casos, ou caso o pequeno tenha algum outro tipo específico de restrição.

E QUAIS OS BENEFÍCIOS DA SHANTALA PARA A MAMÃE?

O momento Shantala não deixa de ser um momento relaxante. Ela também vai estar em um ambiente calmo, sentindo o cheiro calmante do óleo, e massageando o bebê – massagear a pele deles é delicioso, pele lisinha e suave! Mas, outro benefício significativo é do ponto de vista psicológico, pois é um momento muito organizador para a puérpera, onde ela vai interagir de maneira saudável e positiva com seu bebê.

COMO A SHANTALA AJUDA NA CÓLICA DO BEBÊ?

Os movimentos da barriguinha são os que mais ajudam a aliviar as cólicas. A cólica é muito comum entre os recém-nascidos, que de maneira geral reflete uma imaturidade do intestino ao digerir o leite. A massagem na barriguinha (sempre de cima para baixo e no sentido horário) colabora com os movimentos peristálticos e os movimentos de “bicicletinha” (que não são da sequência original, mas que eu ensino nos cursos) aliviam muito os gases. E um detalhe importante, a massagem é uma medida preventiva, para evitar a cólica, e deve ser iniciada em um momento que o bebê esteja acordadinho e bem!

A SHANTALA MELHOR O SISTEMA IMUNOLÓGICO DE QUE MANEIRA?

Ela reduz o estresse através da diminuição do hormônio do estresse (cortisol), equilibrando assim o sistema imunológico. Ou seja, quanto menor o nível de estresse, mais fortalecido o sistema imunológico fica. O interessante é que para a medicina Ayurvédica (medicina indiana), a shantala vai liberar o fluxo energético do organismo e o bebê vai readquirir o equilíbrio.

POR QUE ELA É TÃO RECOMENDADA PARA BEBÊS PREMATUROS?

Porque muitas vezes passaram por cuidados intensivos ou semi intensivos, nos quais apesar de todo cuidado e carinho da equipe médica, eles são manipulados e muitas vezes com procedimentos invasivos, como por exemplo picadinhas para tirar sangue. Então, ao massagear o bebê, além de ter todos os benefícios que já falamos, este vai entender o toque como algo gostoso e positivo. Com calma e muito carinho, eles vão se acostumar e amar. Mas atenção, nesses casos os bebês devem ter ao menos 4 kilos – antes disso perdem peso com muita facilidade – e estarem liberados pelo pediatra, que conhece o bebê pessoalmente e suas possíveis restrições.

PODE ENSINAR ALGUM EXERCÍCIO PARA AS MAMÃES QUE AINDA NÃO CONHECEM A SHANTALA?

Claro. Os bebês costumam amar massagem nas perninhas e pezinho. Primeiro passe o óleo, espalhe nas mãos e comece deslizando as mãos da coxa esquerda do pequeno até os pezinhos. Depois massageie a planta do pé esquerdo do bebê com seu dedão. Percorra todo pezinho! Em seguida, pegue dedo por dedo com o indicador e o dedão e faça uma leve pressão da base até a pontinha do dedo. Depois que fizer na perna, pé e dedos do pé esquerdo, repita os movimentos do lado direito.

PARA FINALIZAR, COMO FUNCIONAM OS CURSOS?

Ministro cursos em domicílio, depois que os babies nascem, e cursos em grupo na maternidade São Luiz do Itaim para casais gestantes. Os cursos em grupo são bacanas pois os pais podem se preparar para as tantas mudanças que virão. Já o em domicílio é interessante pois fazemos a parte prática já no baby ao invés de fazer em uma boneca.

(Foto: Fernanda Bozza)

Veja também: Os benefícios da yoga para as crianças

E mais: Os benefícios da acupuntura para os bebês

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A importância do pré-natal e os exames obrigatórios

A gestação é um momento de muitas mudanças para a mamãe. Sejam físicas ou emocionais, as transformações precisam de um acompanhamento médico. E é ai que começa o pré-natal. A rotina de visitas ao médico e realizações de exames não é apenas para verificar a saúde do bebê, mas também para contribuir para que a gestante possa dar à luz uma criança saudável preservando sua saúde do começo ao fim da gravidez. Para entender melhor a importância do pré-natal, conversamos com o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez, que explicou cada etapa e os exames obrigatórios. Vem ver:

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QUANDO DEVE COMEÇAR O PRÉ-NATAL? 

Idealmente deveria começar com uma consulta pré-concepcional, na qual o obstetra procura identificar problemas e fatores de risco que possam ser corrigidos antes mesmo da gravidez acontecer. Infelizmente, nem todas as mulheres tem acesso a este tipo de consulta e neste caso o pré-natal deve ser iniciado tão cedo ela perceba que está gestante.

QUANTAS CONSULTAS SÃO RECOMENDADAS? 

O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde preconizam pelo menos 6 consultas de pré-natal para considerar que uma mulher tenha tido uma assistência adequada. Geralmente, indicamos que a mulher tenha uma consulta por mês até o sétimo ou oitavo mês. A partir daí, uma consulta quinzenal até o nono mês, quando as consultas passam a ser semanais. Desta maneira, se considerarmos uma mulher que iniciou seu pré-natal com 6 semanas de gravidez ela deveria ter em média de 10 a 12 consultas.

QUAIS OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS/AÇÕES DO PRIMEIRO TRIMESTRE DA GRAVIDEZ? 

No início da gestação devemos tentar ajudar a gestante a reduzir os sintomas clássicos de gravidez como: os enjoos, vômitos e sono; mas o maior receio de toda a gestante neste período costuma ser o medo de ocorrer um abortamento.

E NO SEGUNDO?

O segundo trimestre costuma ser um momento de calmaria. Os sintomas do começo da gravidez já costumam ter passado, a barriga aparece e a mulher já consegue sentir os movimentos do bebê.

TERCEIRO? 

Com a barriga maior, alguns desconfortos podem aparecer. Cuidados com alterações do final da gravidez devem ser tomados como maior chance de pressão alta, diabetes e cuidado com o crescimento do bebê. Com a proximidade do parto, a ansiedade e os medos do que tem por vir começam a aparecer e devem ser abordados no pré-natal para tranquilizar a gestante.

QUAIS OS EXAMES OBRIGATÓRIOS DURANTE O PRÉ-NATAL?

No começo da gravidez temos os seguintes exames que são fundamentais:

  • Hemograma: feito para identificar principalmente a presença de anemia, condição frequente na gravidez por aumento da diluição do sangue. Este exame avalia ainda as células de defesa do corpo (glóbulos brancos) e as de coagulação do sangue (plaquetas).
  • Tipagem sanguínea e fator Rh: determina o tipo de sangue da mulher e nos casos da gestante que tem o fator Rh negativo, cuidados específicos devem ser tomados durante o pré-natal.
  • Glicemia de jejum: Visa identificar principalmente mulheres com diabetes no início da gestação.
  • Testes para identificar alguma infecções que podem comprometer de alguma maneira a mãe e o bebê e podem ter alguma maneira de evitar seu contágio, transmissão ou de tratar como: a sífilis, HIV, toxoplasmose, hepatite B e hepatite C.
  • Exame de urina e urocultura: Busca mesmo que sem sintomas a identificação de bactérias na urina que se presentes e não tratadas podem evoluir para uma infecção urinária.
  • Durante o pré-natal alguns exames precisam ser repetidos como a sorologia de toxoplasmose, para garantir que a mulher não tenha tido a infecção durante a gravidez.

Exames de ultrassom também fazem parte da rotina do pré-natal. Os mais importantes costumam ser os morfológicos. O primeiro que é realizado de 11 a 14 semanas, que tem como objetivo identificar bebês com maior risco de ter a síndrome de Down e o segundo entre 20 e 24 semanas que estuda se o desenvolvimento do bebê está perfeito.

Entre 24 e 28 semanas toda gestante deve fazer uma curva glicêmica (dosagem do açúcar no sangue após tomar uma dose alta de glicose) para diagnosticar diabetes gestacional.

Entre 35 e 37 semanas toda gestante deve fazer a pesquisa de uma bactéria chamada Estreptococos do grupo B através da coleta de material com um cotonete na entrada da vagina e do ânus. Esta bactéria, se não tratada, na minoria dos casos pode causar uma infecção respiratória grave no recém-nascido e por isso precisa ser identificada e tratada no momento do parto.

Vale lembrar que alguns exames e períodos em que eles são realizados podem variar de acordo com a instituição de saúde e da gestante.

(Foto: Reprodução)

Veja também: Mitos e verdades sobre a gravidez de gêmeos

E mais: Descubra se você e seu bebê sofrem de incompatibilidade sanguínea

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3 opções de café da manhã infantil por idade

Na hora de preparar o café da manhã dos pequenos, diversos fatores precisam ser levados em conta. Entre eles, faixa etária e fase de desenvolvimento são dois dos principais. A nutricionista da Mãe Terra, Tatiana Barão, compartilhou com a gente três opções saudáveis de café da manhã infantil por idade. Vem ver como deixar as manhãs dos pequenos balanceadas e mais saborosas:

PARA CRIANÇAS DE 3 ANOS

1 copo pequeno de suco do Hulk (maracujá, laranja, limão, couve, castanha do pará) + 1 tigela pequena de creme de frutas vermelhas com extrato de soja (banana, morango, amora) + 2 colheres de sopa de granola infantil de cacau.

O suco do Hulk é uma forma saborosa e lúdica de acrescentar vegetais e castanhas na alimentação da criança. Os cremes de frutas são ótimas alternativas aos iogurtes industrializados, e por conterem o extrato de soja, fornecem proteínas, ferro, cálcio e ômega-3. São práticos de fazer e adequados para crianças menores, por serem cremosos, coloridos e fáceis de comer. A granola estimula a mastigação e garante fibras, vitaminas e minerais ao café da manhã, fornecendo menos açúcar em comparação aos cereais matinais convencionais.

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PARA CRIANÇAS DE 5 ANOS

1 copo de leite vegetal (aveia, castanha, quinua, soja ou coco) batido com banana, sementes de girassol e cacau em pó + 1 tigela média de frutas picadas (morango, mamão e manga) + ½ xícara de chá de granola infantil original.

O cacau em pó fornece ferro, fibras e proteínas, além de conferir o sabor e aroma de chocolate tão apreciado pelos pequenos. A semente de girassol é concentrada em minerais, como magnésio, zinco e ferro, e pode ser acrescentada ao leite vegetal sem que a criança perceba e rejeite. A granola contém uma variedade de grãos integrais que concentram nutrientes importantes, como ferro, magnésio, fósforo, cobre e zinco, além de vitaminas do complexo B.

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PARA CRIANÇAS DE 8 ANOS

1 copo de leite vegetal (aveia, castanha, quinua, soja ou coco) batido com morango e farinha de linhaça + 2 unidades de pão de mandioquinha + 1 tigela de mamão e uvas verdes com 1 colher de sopa de aveia em flocos.

ou

1 copo de leite vegetal (aveia, castanha, quinua, soja ou coco) batido com morango e farinha de linhaça + 1 fatia de pão integral multigrãos + 1 colher de sopa rasa de geleia de frutas sem açúcar (100% fruta) ou pasta cremosa de tofu + 1 tigela de uvas verdes com 1 colher de sopa de aveia em flocos

O morango é fonte de antioxidantes e vitamina C, que fortalece o sistema imunológico da criança. A farinha de linhaça é fonte de ômega-3, gordura considerada primordial para o funcionamento do sistema nervoso central e para o processo de aprendizagem, fibras e minerais, como magnésio, ferro e zinco. O pão de mandioquinha é uma alternativa sem leite e queijo ao pão de queijo convencional, possuindo baixo teor de gorduras saturadas e sódio. Pela sua semelhança ao pão de queijo, tende a ser muito aceito pelas crianças.

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Considerações finais: todas as opções podem ser consumidas por idades variadas, devendo-se ajudar as quantidades e consistência. A granola pode ser consumida a partir de 1,5 ou 2 anos, de acordo com o desenvolvimento individual da criança.

(Fotos: Divulgação)

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Coca-cola, PepsiCo e Ambev param de vender refrigerantes para escolas

Tem novidade boa para os papais e mamães que lutam pela saúde de seus pequenos. A Coca-Cola, a PepsiCo e a Ambev (fabricante do Guaraná Antártica, Soda e Sukita) anunciaram na última semana que vão deixar de vender refrigerantes para escolas com alunos de até 12 anos de idade. A iniciativa, segundo as empresas, tem como objetivo combater a obesidade infantil, e começa a valer a partir de agosto deste ano.

No comunicado oficial distribuído à imprensa, tal decisão foi justificada pelo fato de que, no recreio, os pequenos vão à cantina sem orientação ou supervisão correta e podem consumir açúcares em excesso, prejudicando assim o seu bem estar.

No lugar do refrigerante, serão vendidos nas cantinas escolares apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas. E para não perder uma parcela lucrativa das vendas, as três fabricantes pretendem lançar produtos que respeitem aos critérios nutricionais específicos e recomendados para as crianças.

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Leia o comunicado na íntegra: 

“A obesidade é um problema complexo, causado por muitos fatores, e as empresas de bebidas reconhecem seu papel de ser parte da solução. A partir de agosto, a Coca-Cola Brasil, a Ambev e a PepsiCo Brasil vão ajustar o portfólio de bebidas vendidas diretamente às cantinas de escolas no país. A principal mudança é que as empresas venderão às escolas para crianças de até 12 anos (ou com maioria de crianças de até essa idade) apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos. O novo portfólio tem como referência diretrizes de associações internacionais de bebidas. Novos produtos lançados pelas empresas poderão ser incluídos, no futuro, seguindo essas referências.

No momento do recreio, os alunos têm acesso às cantinas escolares sem a orientação e a companhia de pais e responsáveis, e crianças abaixo de 12 anos ainda não têm maturidade suficiente para tomar decisões de consumo. Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil entendem que devem auxiliar os pais ou responsáveis a moldar um ambiente em escolas que facilite escolhas mais adequadas para crianças em idade escolar, assim como estimular a hidratação e a nutrição, contribuindo para uma alimentação mais equilibrada.

A escolha do portfólio no Brasil também foi baseada em conversas com especialistas em saúde pública, alimentação e nutrição, além de profissionais e instituições ligadas aos direitos das crianças. A política valerá para as cantinas que compram diretamente das fabricantes e de seus distribuidores. Em relação às demais, aquelas que se abastecem em outros pontos de venda (supermercados, redes de atacados e adegas, por exemplo), haverá uma ação de sensibilização desses comerciantes por meio da qual todos serão convidados a se unir à iniciativa.

As três companhias também estão trabalhando com a ABIR (Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) para que essas diretrizes de venda de bebidas a escolas sejam um compromisso de todo o setor.”

(Foto: Reprodução)

Veja também: Mitos e verdades da doação de leite

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SaúdeAlimentação

Incompatibilidade sanguínea: descubra se você e seu bebê correm este risco

Existem dois tipos de incompatibilidade sanguínea. A ABO, quando a mãe tem o tipo sanguíneo A e o bebê B; mãe B e o bebê A; mãe O e o bebê A; ou mãe B e o bebê AB. Já a outra incompatibilidade está ligada ou fator Rh, e é a mais grave. Ela ocorre quando a mãe tem o Rh negativo e o bebê Rh positivo. Neste caso, o organismo da mulher começa a produzir anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado um “intruso”. Para entender como isto ocorre, as precauções e riscos para a gestante e bebê, conversamos com o médico e mestre em obstetrícia e ginecologia pela USP Dr. Wagner Hernandez.

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POR QUE OCORRE INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA? 

Durante a gravidez e parto, existe contato do sangue fetal e materno. Este contato quando ocorre entre mães e bebês que tem tipos de sangue diferentes, podem deflagrar uma reação imunológica (como em uma pessoa que recebe um transplante de órgão e o rejeita). Felizmente este problema só ocorre em mulheres que tem o tipo de sangue negativo e o pai do bebê sangue positivo, o que permite que o feto tenha o sangue positivo também. Nesta situação, grávidas com o sangue negativo podem reconhecer as hemácias (células do sangue responsáveis por carregar o oxigênio para os órgãos) positivas do seu bebê como um “intruso” e neste momento o sistema imunológico pode aprender a fazer células para destruir este invasor.

QUAIS OS RISCOS PARA A GESTANTE? 

Para a gestante, não há riscos. Os riscos são exclusivamente para o bebê.

E QUAIS SÃO ESTES RISCOS PARA O BEBÊ? 

Para o bebê, a possível destruição das suas hemácias pode causar anemia gravíssima ainda dentro do útero, o que chamamos de aloimunização ou também conhecida como eritroblastose fetal. Nos casos mais graves podem ser necessárias transfusões de sangue dentro do útero para salvar estes bebês. Por se tratar de uma doença gravíssima, a melhor estratégia é não deixar que ela ocorra.

COMO NÃO DEIXAR QUE ISTO ACONTEÇA? QUAIS CUIDADOS PRECISAM SER TOMADOS DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO E PÓS-PARTO? 

A prevenção para mulheres com fator Rh negativo é não permitir que aconteça esta sensibilização. Neste intuito, devemos administrar uma “vacina” para que em um eventual contato do sangue fetal positivo ela faça a captura dessas células antes que o sistema imunológico consiga identificar estas hemácias e criar os anticorpos. Esta “vacina” é chamada de imunoglobulina anti D. Usamos durante a gravidez nos períodos onde existe a maior chance de contato entre o sangue materno e fetal, que são: sangramentos vaginais, procedimentos invasivos como punções no feto, grandes traumas e durante o terceiro trimestre. O parto é o momento de maior contato entre o sangue materno e fetal, e de acordo com a tipagem sanguínea do bebê pode ser necessária nova dose.

O EVENTO PODE OCORRER EM UMA SEGUNDA GRAVIDEZ?

Essa “sensibilização” não costuma ser um problema para a gravidez atual, mas sim para as futuras. Após um primeiro contato, o sistema imune aprende a preparar um exército de células imunológicas se acontecer uma nova “invasão”, no caso, uma nova gravidez com um feto Rh positivo.

Veja também: Mitos e verdades sobre a gravidez de gêmeos

E mais: As principais diferenças entre os partos normal e humanizado

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