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Respirar pela boca é mesmo tão ruim?

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Respirar pela boca é um hábito bastante frequente ao qual muitas vezes não é dada a devida importância, afinal é muito fácil associá-la a um resfriado ou qualquer outro tipo de congestão nasal passageira.

Suas causas podem ser as mais diversas, mas estão sempre relacionadas a algum tipo de obstrução nasal, seja ela física (como acontece no caso amígdalas ou adenoides hipertrofiadas ou do desvio do septo nasal), alérgica (como no caso da rinite) ou mesmo funcional, quando a criança não apresenta nenhuma obstrução, mas por algum motivo habituou-se a ficar de boca aberta.

Porém, o que muitas mães não sabem é que em médio ou longo prazo ela poderá acarretar prejuízos às vezes irreparáveis quando ocorre durante a fase de crescimento, comprometendo o desenvolvimento da face e, consequentemente, das arcadas dentárias. Além disso, a criança que respira a maior parte do tempo pela boca não dorme nem come bem, fica doente com mais frequência, tem menor rendimento físico e maior dificuldade de concentração.

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Mas por que tudo isso ocorre?

A respiração nasal é responsável por proporcionar a filtragem, o aquecimento e a umidificação do ar para que este chegue aos pulmões em boas condições. Além disso, a dilatação do pulmões traz para a criança uma sensação de bem estar que é difícil de se obter respirando pela boca.

O ato de respirar pela boca provoca desconforto durante o dia e prejudica o sono, provocando inclusive episódios de ronco e apneia (interrupção momentânea da respiração). Como o sono não é reparador, o resultado pode ser o cansaço constante, atrapalhando o rendimento escolar e as atividades físicas. A criança também não come bem, pois é difícil respirar com a boca cheia.

O crescimento e desenvolvimento principalmente da arcada superior da criança só ocorre da maneira correta quando há o repouso da língua sobre o céu da boca e quando há a passagem constante do ar pelo nariz e pelos seios maxilares, o que não ocorre se ela fica com a boca aberta a maior parte do tempo. O tratamento ortodôntico torna-se, portanto, praticamente inevitável.

Sendo assim, é comum que nas crianças com respiração bucal se observe postura inadequada da língua, face alongada e músculos da bochecha pouco desenvolvidos, olheiras e respiração ruidosa. Mas há tratamento! E vale a pena que ele seja o mais precoce possível, envolvendo o pediatra, otorrinolaringologista, dentista e muitas vezes também o fonoaudiólogo.

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.

Veja também: A importância do aleitamento materno na saúde bucal

E mais: Qual a melhor idade para usar aparelho nos dentes

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