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O teste da Linguinha do ponto de vista do odontopediatra

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Olá, mamães!

Este mês gostaria de falar com vocês à respeito do Teste da Linguinha, já que em junho fez um ano da aprovação da Lei que o tornou obrigatório em todas os hospitais e maternidades do Brasil.

Sim, agora além do teste do pezinho e da orelhinha, temos também o teste da linguinha como protocolo para avaliação do recém-nascido! Ele é simples de ser feito e pode evitar diversas dificuldades futuras. Vamos entender um pouco mais?

A chamada “língua presa” (anquiloglossia) ocorre quando o tecido que liga a língua ao assoalho da boca, que deveria desaparecer espontaneamente durante a gestação, permanece até o nascimento do bebê, trazendo limitações ao seu movimento. Muitos acham que pode haver regressão deste tecido conforme o crescimento do bebê, porém isso não é verdade. A sua detecção é importante, pois o freio persistente pode impedir ou dificultar a amamentação, fazendo com que muitas mães desistam deste processo tão importante, às vezes sem nem saber exatamente por que o bebê não está conseguindo mamar. E é por este motivo que o exame deve ser feito ainda na maternidade.

DENTINHO DE LEITE

O teste é padronizado, baseia-se num sistema de scores, e pode ser feito pelo odontopediatra, médico ou fonoaudiólogo, não havendo contraindicações. Além de verificar sua inserção e espessura, o profissional deve observar o bebê chorando e sugando. Quando a anomalia é evidente, a cirurgia já está indicada, porém em alguns casos mais duvidosos é feito um reteste em aproximadamente 30 dias para que a função possa ser melhor avaliada (tempo necessário para que mãe e bebê já estejam mais adaptados ao processo de amamentação).

A amamentação é o primeiro problema a ser enfrentado, porém movimentos da língua aparentemente simples podem ser difíceis para a criança com anquiloglossia, a começar pela fonação. Sabemos, por exemplo, que o correto desenvolvimento da maxila se dá pela posição certa da língua repousando na cavidade bucal, isto é, com sua ponta tocando o céu da boca, logo atrás dos dentes da frente. Isso é praticamente impossível quando se tem a língua presa, podendo causar alterações tanto de conformação facial quanto de posicionamento dentário.

É importante saber que nem todo bebê com dificuldade de amamentação possui anquiloglossia e vice-versa, daí a importância do correto diagnóstico. Da mesma forma, nem sempre há a indicação cirúrgica, mas se for o caso, ela certamente trará enormes benefícios. Não é preciso que ela seja feita em hospital, mas é utilizada anestesia local, afinal o recém-nascido sente dor assim como qualquer criança. Geralmente ocorre também pouco sangramento e a cicatrização é rápida, não havendo necessidade de pontos.

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.

*Quer saber mais sobre o teste da linguinha? Clique aqui!

SaúdeDentinho de Leite

2 Comentários

  1. Camila 7 de julho de 2015

    É MT importante mesmo este teste. Não foi feito na minha filha e não consegui amamentar. Tenho pouco bico e a amamentação não era eficiente. Ela começou a emagrecer e em 20 dias estava mais magra do que o peso de saída do hospital…ganhei 2 mastites de presentes TB…como já foi identificado tarde não consegui amamentar depois…introduzi mamadeira e além disso TB tive muitos problemas com o leite de vaca com minha filha…como alergia a proteína. Pensei q isto era uma coisa básica… O pediatra na ocasião, depois q foi identificado, falou q a Lingüinha presa não atrapalhava em nada. Muito triste isso.

    • Dra Camila Guglielmi 13 de julho de 2015

      Olá Camila, infelizmente já ouvi muitos relatos semelhantes ao seu…geralmente é o que acontece: as mães se esforçam enormemente (assim como o bebê) para conseguir amamentar e acabam desmotivadas por não conseguirem, sem saber o que está acontecendo de errado. Que o seu relato sirva de exemplo para as futuras mães e profissionais da saúde perceberem a importância deste teste que é simples e rápido, podendo prevenir enormes transtornos nesta fase tão importante. Espero que sua filha esteja muito bem agora!

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