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Nutrição em família

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Alergia alimentar na infância

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Atualmente, ouço muitos pais falarem que seus filhos são alérgicos ao leite ou ao trigo. Mas será que seu filho é realmente alérgico ou apresenta apenas uma intolerância a determinado alimento?

Foi pensando nisso que preparei para vocês uma série de matérias sobre alergias alimentares, a fim de tentar desmitificar e diferenciar alergia e intolerância alimentar.

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Então, Vamos aos fatos:

Usualmente os termos “alergia’’ e ‘’intolerância’’ são utilizados de maneira errônea, como sinônimos para indicar uma situação orgânica adversa a determinados alimentos.

Alergia alimentar: é uma resposta excessiva ou uma hipersensibilidade do sistema imunológico a determinada substância estranha ao nosso organismo, sendo o alimento o agente desencadeador dessa reação. A pessoa alérgica quando ingere determinado alimento alérgeno (que causa alergia, como por exemplo: leite, amendoim, trigo, soja, ovo etc), ativa o sistema imunológico que produz anticorpos para destruir a substância que desencadeou a alergia. Portanto, a causa das alergias alimentares está relacionada à produção de Imunoglobulinas E (Ig E) que provoca alergia a determinado alimento.

Intolerância alimentar: é uma resposta anormal a determinado alimento ou aditivo, sem a ativação dos mecanismos imunes. As reações que ocorrem na intolerância podem ser causadas por toxinas produzidas por fungos, bactérias, fungos e a frutos do mar (ostra e camarão); agentes farmacológicos com cafeína (café, chá preto e cacau), histamina (peixe, vinho, cerveja, chocolate, e queijos) , teobromina (chocolate, chá), tiramina (queijo, abacate, laranja, banana, tomate), erros metabólicos por deficiência de produção de enzimas (lactase); idiossincráticas a um alimento ou uma substância química presentes na composição do alimento como corantes, principalmente tartrazina (corante amarelo) e intensificadores de sabor (glutamato monossódico).

Os 7 alimentos mais alergênicos

Podemos afirmar que qualquer alimento pode causar uma reação alérgica, mas alguns deles causam com mais frequência e acabam se tornando os grandes vilões. Entre eles podemos destacar:

Leite

– Ovos

– Trigo

– Amendoim

– Frutos de mar (camarão, ostras, lagosta)

– Soja

– Frutas Secas

Vale ressaltar que a alergia a esses alimentos começa na infância, mas isso não quer dizer que não ocorrerá em adultos. Felizmente, muitas crianças se livrarão das alergias ao leite, ovos, trigo e soja quando tiverem cinco anos de idade. Isso se evitarem esses alimentos antes dessa idade. As alergias a amendoim, frutas secas e frutos do mar tendem a persistir a vida toda.

Principais sintomas

Os sintomas de uma alergia alimentar geralmente aparecem imediatamente, em até duas horas depois que a criança ingeriu o alimento. Em casos raros, os sintomas podem demorar mais tempo para aparecerem.

Os sintomas mais comuns que podem ocorrer, são:

– Dores abdominais

– Diarreia

– Dificuldade para deglutir

– Irritação na boca, na garganta, no olhos, na pele ou em qualquer região

– Congestão nasal

– Náusea

– Manchas escamosas com coceira (dermatite atópica)

– Descamação de pele ou bolhas

– Inchaço, principalmente nas pálpebras, face, lábios e língua

– Falta de ar

– Cólicas

– Vômito

Diagnóstico

Os testes mais utilizados para o diagnóstico de alergia alimentar são os testes cutâneos e exames de sangue. Outro método utilizado são as dietas de eliminação. O indivíduo deixa de consumir o alimento suspeito de causar alergia até que os sintomas desapareçam. Posteriormente, o alimento é introduzido na dieta para verificar se ele causa uma reação alérgica.

E existe também o teste de provocação, na qual o indivíduo, sob a supervisão de um médico, se submete a ingerir quantidades do alérgeno alimentar suspeito. Esse tipo de teste pode causar reações alérgicas graves e inesperadas.

Tratamento

Atualmente, o único tratamento comprovado para uma alergia alimentar é a retirada total do alimento supostamente alergênico da dieta. Outros tratamentos, incluindo injeções contra alergia e probióticos, ainda não têm eficácia comprovada pela ciência.

Dica da nutricionista

Caso você tenha alguma desconfiança de que seu filho é alérgico a determinado alimento, o melhor a fazer é consultar um médico alergologista e um profissional nutricionista. Além disso, caso o quadro de alergia alimentar seja diagnosticado, é importante que pais e responsáveis fiquem atentos a todo e qualquer rótulo de alimentos.

Espero que eu tenha conseguido esclarecer as dúvidas mais comuns. Na minha próxima matéria, falarei sobre intolerância à lactose. Até lá!

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria. Contato: helotavares@terra.com.br.

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Preparando uma lancheira saudável

Ultimamente, a maior dúvida que ouço dos pais que frequentam meu consultório é a de como montar uma lancheira saudável para os seus filhos. Confesso a vocês que não é uma missão muito fácil, já que os alimentos preferidos das crianças são justamente aqueles que não podem estar frequentemente presentes dentro da lancheiras.

Os lanches, também chamados de refeições intermediárias, são de extrema importância para o desenvolvimento e crescimento das crianças. Se ela ficar muito tempo sem se alimentar entre as refeições ou não se o fizer de uma maneira correta, ela poderá ficar cansada, perder peso e até sentir tontura. Por isso, um lanche saudável se torna imprescindível.

Quanto mais completo for o lanche da criança, mais nutritiva será a alimentação da mesma. Sendo assim, a regra é fácil. Um lanche equilibrado deverá ser, principalmente, com baixos teores de açúcar, sal e gordura. Veja logo abaixo como montar uma lancheira saudável:

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Importante salientar que alimentos que são perecíveis (queijos, iogurtes, leite fermentado, frios e sucos naturais) deverão ser acondicionados em lancheiras térmicas, principalmente em dias de temperatura muito alta. Além disso, pelo menos uma vez por semana, as lancheiras deverão ser higienizadas com detergente e hipoclorito.

Preparei um cardápio diversificado e prático com sugestões de lanches para 15 dias. Espero que aproveitem a dica!

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Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
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Picolé de fruta

Com essas temperaturas tão altas em todo território brasileiro, nada melhor do que se refrescar com um delicioso picolé. Mas, será que os picolés fazem mal para a saúde dos nossos pequenos?

A resposta para essa pergunta é bem fácil. Não, se não houver exageros e se optarmos por um bom picolé de fruta e de boa procedência.

Ricos em vitaminas e minerais, os picolés de frutas são menos gordurosos que os cremosos, não possuem lactose (para os pequenos que são intolerantes à lactose) e não possuem gordura trans. Além disso, são poucos calóricos (em média, não ultrapassam 60 calorias) e são importantes fontes de hidratação.

Sem exageros, os picolés de fruta são sempre uma boa opção para os lanches e podem ser utilizados como opção de sobremesas. Mas é sempre bom optarmos por marcas conhecidas. Dessa forma, não se corre o risco de oferecer às crianças um picolé que seja feito com água contaminada.

E por que não preparar picolés caseiros? Eles trazem muitos benefícios, já que podemos utilizar  água de boa qualidade e tratada, frutas frescas, iogurte, entre outros alimentos que fazem parte de uma alimentação saudável. O legal  disso tudo é que nos permite acrescentar o que quisermos e na quantidade desejada.

O açúcar, por exemplo, pode ser ou não utilizado. Quanto menor a quantidade de açúcar, mais saudável será o picolé –  principalmente para as crianças que possuem alguma restrição quanto ao consumo de açúcar.

Além de escolher bons alimentos para fazer um picolé saudável, você pode contar com a ajuda do seu filho na hora de preparar. Foi pensando nisso que preparei uma receitinha de um delicioso picolé de frutas! Espero que gostem e se refresquem!

Picolé de frutas vermelhas com coco

INGREDIENTES:

– 500 ml de água de coco
– 500 ml de suco de morango natural
– 2 colheres (sopa) de açúcar
– 1 xícara (chá) de morangos frescos picados
– 1 xícara (chá) de framboesas frescas
– 1 xícara (chá) de bluberry

(**) se a criança for diabética ou estiver em uma dieta restritiva, substitua o açúcar por sucralose ou stévia.

MODO DE FAZER:

  1. Misture no copo do liquidificador o suco de morango com a água de coco e com açúcar. Bata até obter um suco homogêneo. Reserve.
  2. Em forminhas próprias para fazer picolé (caso você não tenha as forminhas, utilize copinhos de água descartáveis), distribua de maneira uniforme as frutas frescas.
  3. Em seguida, complete as forminhas com o suco reservado. Distribua os palitinhos e leve ao congelador por 5 horas ou até estar completamente congelado. Desenforme  e sirva em seguida.
Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
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Suco, néctar ou refresco?

Eba, o verão chegou! Nada melhor, com todo esse calor, do que nos refrescarmos com um bom suco de frutas. Mas você ainda tem dúvidas sobre qual suco é a melhor opção para oferecer para os nossos pequenos? Qual a diferença, afinal, entre suco, refresco, néctar e suco de caixinha? Você acha que é tudo igual? Foi pensando nisso que resolvi desmistificar a diferença entre eles.

Na maioria das vezes, a palavra “suco” é utilizada popularmente para se referir a toda bebida que é feita de frutas. Mas, na verdade, o que poucos sabem é que há muitas diferenças entre essas bebidas. Como podemos perceber logo abaixo:

– Suco Natural

É o líquido resultante do esmagamento da fruta. De acordo com a legislação brasileira, os sucos são aqueles que possuem apenas fruta em sua composição, sem adição de água, açúcar, corantes ou conservantes. Por esses motivos, além de ser ricos em vitaminas, do ponto de vista nutricional o suco é sempre o campeão e a melhor opção. Mas devemos ter cuidado ao oferecer em quantidades muito grandes, pois por serem concentrados podem ter o valor calórico maior e algumas frutas, tais como uva, melancia e laranja, têm índice glicêmico alto, o que dificulta o controle da glicemia em crianças diabéticas.

– Néctar

Já ouviu a expressão “néctar dos deuses”? Ela tem um sentido muito positivo e acaba confundindo os consumidores na hora da compra. Por esse motivo, o governo já estuda outra nomenclatura para classificar este tipo de bebida, já que o nome sugere que o néctar é superior ao suco, o que não é verdade. Néctar significa doce. É uma bebida que já vem adoçada e diluída em água, pronta para o consumo. Nesse tipo de bebida coloca-se de 20% a 30% de suco e o resto é água e açúcar. Dica: se for optar por  um néctar, sempre escolha frutas que sejam menos ácidas e que precisem de menor quatidade de açúcar.

– Bebida de fruta (em caixinha)

Bebida de fruta ou também encontrada no mercado com o nome de refresco de fruta. É a bebida com a menor concentração de fruta da categoria. Nesse tipo de bebida coloca-se apenas 8% de suco de frutas.  Nesta versão está liberado o uso de corantes artificiais – substâncias proibidas tanto no suco como no néctar. Alguns são especialmente nocivos para as crianças, pois podem provocar alergias alimentares.

Polpa congelada

Nada mais é do que o suco ou néctar de fruta congeladas, vendida em porções individuais em saquinhos. Em geral, é batida com água no liquidificador. “Se não tiver açúcar acaba sendo uma boa opção para quem está em dietas para perda de peso. Apenas temos que nos preocupar com a qualidade de água adicionada na hora do preparo.

Desidratado

Conhecido como suco de pozinho para diluição em água, embora não devesse ser chamado de suco. É bastante artificial. Para cada 100g de produto seco (pó) há só 1g de polpa de fruta. Além disso, muito deles vêm com uma quantidade muito grande de açúcar.

Orgânico

São bebidas feitas a partir de frutas cultivadas sem agrotóxicos. Para crianças, mais sensíveis aos agrotóxicos, são os mais recomendados. Como não levam conservantes, tendem a durar menos que itens tradicionais e costumam ser mais caros

Portanto, queridos leitores, para saber qual produto é o mais indicado para seus filhos, o mais importante é ler os rótulos. Na parte frontal das embalagens das bebidas, os fabricantes são obrigados, por legislação, a trazer a referência e informações sobre esta classificação que menciono acima. Os sucos têm a indicação de “100% fruta” ou “integrais”, enquanto para as bebidas com menor porcentagem de fruta são denominadas nos rótulos como néctar ou refresco, seguido pelo sabor da fruta.

Outro ponto importante para salientar é a lista de ingredientes dos rótulos. Eles aparecem em ordem decrescente, ou seja, os primeiros são aqueles presentes em maior quantidade no produto. Por isso, fique atento aos produtos que o açúcar aparece entre os primeiros ingredientes. É recomendado dar prioridade para aqueles em que a fruta ou o suco de fruta aparecem logo no começo da lista.

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
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Crianças x fast food

Para começar nossa conversa de hoje, precisamos entender o que é realmente fast food.

Fast food, em inglês, significa comida rápida. É um tipo de comida geralmente servida na forma de lanches, para pessoas que não dispõem de tempo para fazer suas refeições e acabam optando por alimentos que fiquem prontos rapidamente. Normalmente, esses alimentos possuem um alto valor calórico.

A alimentação infantil é sempre uma preocupação para pais e responsáveis. Conforme a criança vai crescendo, ela começa a descobrir novos cheiros, cores, texturas e sabores. E, em algum momento, será despertada pelo “mundo encantado” do fast food. Assim, é inevitável que ela sinta vontade de experimentar refrigerante, hambúrguer, batata frita etc. É nessa hora que surge na cabeça dos pais o grande dilema: deixar a criança comer fast food ou proibir?

Costumo dizer que proibir não vai adiantar em nada. Mesmo que vocês pais não queiram levá-la aos locais que vendam fast food, a criança vai insistir até vencer pelo cansaço. Mas, por outro lado, o fast food não pode se tornar um hábito frequente. Então, a melhor solução é chegar a um equilíbrio, como levar a criança para comer em fast food a cada quinze dias ou uma vez por mês.

Outra maneira bastante eficiente para contornar tal situação é oferecer à criança alternativas de alimentos mais saudáveis. Por exemplo, na luta dos refrigerantes contra os sucos naturais, comece a preparar sucos variados e naturais no lar. Peça a ajuda da criança no preparo, assim ela interage em todo o processo; depois tome o suco junto com ela e, se possível, coloque o suco em um copo atraente e com canudo. Dessa forma, ela começa a valorizar o alimento natural e, talvez na próxima saída, escolha o suco em vez do refrigerante. Se não conseguir convencê-la da troca, pelo menos, compre o menor volume possível de refrigerante.

Quanto à batata frita, outra vedete do fast food, procure prepará-la em casa de outras formas (assada, purê, sauté) para que a criança veja que há outras maneiras de comer batata, e não só a frita!

Junto com o refrigerante e a batata frita, vem o sanduíche, geralmente hambúrguer, que também faz muito sucesso. Assim como sugerido para o suco, procure preparar os sanduíches em casa, contando com a ajuda da criança. Escolha alimentos saudáveis, como alface, tomate, cenoura ralada, beterraba ralada, queijo branco, pão integral, junto com o hambúrguer caseiro grelhado (que pode ser de carne bovina, frango ou peixe), e monte com ela o sanduíche. Dessa forma, ela entenderá que dá para fazer sanduíches gostosos também em casa.

Com uma boa alimentação em casa, percebemos que, esporadicamente, o consumo de fast food não fará mal, desde que não seja constantamente subtituído por refeições. Oferecer novas alternativas de lanches saudáveis e fazer educação alimentar em nossos lares é uma maneira efetiva para que a criança possa ser mais saudável, sem que a mesma seja privada do prazer de um bom fast food.

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
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