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Volta às aulas: 9 dicas para a adaptação em 2022

A volta às aulas é sempre um período de adaptação para as crianças, mesmo para as “veteranas”. Sair da rotina de viagem, ficar em casa brincando, tendo mais tempo com os pais não é fácil. Em 2022, o desafio é maior, já que os pequenos passaram muito tempo em EAD e o mundo ainda não voltou ao “normal” – ainda devemos usar máscara, manter distanciamento e tomar todos os cuidados. Confira aqui algumas dicas:

Foto: Karolina Grabowska no Pexels

Como falar sobre a pandemia na volta às aulas

Explicar para os pequenos sobre a pandemia e a nova dinâmica na escola é essencial. Tanto para que eles se preparem para as novas regras quanto para facilitar a adaptação nessa rotina. Veja alguns pontos importantes:

Máscara

O uso correto da máscara talvez seja um dos maiores desafios. Se a criança passa a maior parte do tempo em casa, sem máscara, vale você dar passeios onde o pequeno vai precisar usar a máscara por mais tempo.

É durante o uso que podem surgir dúvidas e conversas importantes sobre a importância da máscara. Esses “passeios teste” também podem ajudar a encontrar a máscara que seu filho se adapta melhor: as de pano ou as cirúrgicas descartáveis. Cada pessoa se sente melhor com um tipo e é importante ver qual incomoda menos a sua criança.

Outra forma de levantar a conversa e dar exemplos táteis é usar uma boneca ou boneco para demonstrar o uso da máscara. Dentro de casa, vocês podem passear e viajar com a imaginação e, dentro da brincadeira, ir incluindo as regras do bom uso das máscaras.

As conversas diretas são necessárias, mas usar o lúdico e as pequenas vivências do dia a dia como exemplo e incentivo também é importante. E funciona!

volta às aulas

Foto: Julia M Cameron no Pexels

Distanciamento social

Esse talvez seja o ponto mais difícil de todos. Como explicar para os pequenos para não se tocarem, quando muito do seu desenvolvimento e aprendizado vem do toque?

Não é fácil, mas vale explicar que eles devem evitar algumas situações, como, por exemplo, ficar próximo ao colega quando um dos dois (ou os dois) estiverem sem máscara. Você pode, inclusive, fazer um pequeno teatro em casa onde vocês dois contracenam situações que ele pode vivenciar e como deve agir. Usando o mundo do faz de conta, você consegue deixar a situação menos assustadora e ainda passar a informação que precisa.

Converse com a escola sobre as regras do distanciamento para entender quais cenários podem acontecer. Por exemplo: as crianças sentam separadas na hora do lanche? Se sim, você pode trabalhar esse cenário. Se não, você pode mandar dar algumas dicas para amenizar a situação – não compartilhar comidas e bebidas, não falar próximo do rosto um do outro, entre outras.

Para crianças bem pequenas, esse é um dos pontos mais complicados. Vale conversar com os cuidadores na escola para achar formas de, em conjunto, auxiliarem os pequenos nessa fase.

Álcool em gel e higiene das mãos

As regras de higiene das mãos que são aplicadas nas escolas podem ser aplicadas em casa também! Então vale adicionar, aos poucos, essas regras na rotina de vocês como um costume caseiro. Assim, na escola, passar álcool em gel e lavar as mãos deixa de ser algo incomum e não natural.

Hoje é possível encontrar álcool em gel com cheirinho e também em potes divertidos. Esses pequenos estímulos podem ajudar na adaptação do uso do álcool.

Foto: William Fortunato no Pexels

Como oferecer apoio para adaptação

Por conta da pandemia, o período de adaptação pode ser difícil não só para as crianças que estão indo pela primeira vez. Crianças que já iam para a escola podem ter um momento difícil nessa volta. Por isso, as dicas valem tanto para os pequenos em sua primeira jornada escolar quanto para os veteranos que já viveram a experiência. Confira:

1. Muita conversa em casa

Converse com a criança sobre ir para a escola. Fale sobre situações que ela vai viver – aprender, brincar, conversar com coleguinhas – e como isso é interessante. Vale também comentar sobre a nova rotina, narrando os fatos na ordem dos acontecimentos. Do café da manhã até a hora de buscá-lo na escola.

Narrar os fatos em ordem ajuda a criança a ter uma ideia do que vai acontecer e como vai acontecer. Isso pode diminuir a ansiedade de estar vivendo o desconhecido.

Abra espaço para a criança falar sobre seus medos, ansiedades, desejos e inseguranças. Não desmereça ou diminua esses sentimentos. Acolha seu filho, diga a ele que entende o desafio e mostre caminhos para superar esses sentimentos sem invalidá-los. Nesses momentos, você pode descobrir dúvidas e receios que talvez nem cogitou que a criança teria. Esteja aberta ao diálogo.

2. Crie uma rotina antes da escola

Rotina é sempre importante para diminuir a ansiedade e ir preparando os pequenos. Funciona bem na hora de dormir e também na volta às aulas. Durante cada passo da rotina, você pode falar sobre algo que vai acontecer na escola – vale até contar histórias suas na escolinha, o que você gostava de fazer e etc.

O ideal é começar essa rotina um tempo antes da volta às aulas e dizer para a criança sobre como vai ser quando a escola entrar na rotina: nesse horário a gente iria para a escolinha / nesse horário eu iria te buscar. Mantenha essa rotina mesmo depois da adaptação!

3. Acolha e respire

Os primeiros dias podem ser difíceis. A criança pode chorar, se negar a ficar na escola e até apresentar mudanças de comportamento em casa. Aqui, vale acolher, conversar e respirar fundo para não deixar seus sentimentos influenciarem nesse momento.

Cada escola tem suas regras sobre adaptação, mas é importante que pelo menos nos primeiros dias os pais ou responsáveis levem e busquem os pequenos. Isso pode acalmá-los!

Foto: Cottonbro no Pexels

4. Leia livros sobre os temas que podem surgir

Livros são grandes aliados para conversarmos sobre sentimentos e situações com os pequenos. Você pode buscar histórias que falem sobre escola, higiene, medo e outros temas que surgem nesse período.

A leitura ajuda os pequenos a entender pontos e abre espaço para diálogos importantes!

5. Inclua a criança no processo

Deixe que a criança ajude a comprar e organizar o material escolar, arrumar a mochila e escolher o lanche da lancheira. Cada processo pode vir com incentivos das aventuras que a criança pode viver e o quanto vai se divertir com aqueles itens.

6. Não force os limites da criança

Se você forçar a criança a passar o dia inteiro na escola quando ela demonstra claros sinais de que não está pronta, a escola se torna um local de castigo – e a adaptação fica ainda mais desafiadora.

Prepare-se para que, nos primeiros dias, ele não fique o horário completo na escola. É uma possibilidade. Acolha a criança, converse e tente entender os sentimentos que a fizeram sentir que era impossível continuar ali. Se você entender os gatilhos que levam a esses sentimentos, pode ajudar o pequeno a encontrar ferramentas para lidar com esses sentimentos.

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Leia mais: Escola sustentável: 12 atitudes para analisar e sugerir na volta às aulas

Veja também: Material escolar sustentável: como reusar e comprar de forma consciente

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Como criar uma criança livre de preconceitos por Alexandra Loras

Durante essa semana, por conta do Dia da Consciência Negra, nós trouxemos diversos posts abordando a temática. Falamos sobre como conversar sobre racismo com as crianças e indicamos livros, filmes e desenhos com protagonistas negros. Para acrescentar mais riqueza a essa conversa, compartilhamos aqui nesse post o vídeo da ativista e consultora de lideranças femininas, Alexandra Loras, sobre como criar uma criança livre de preconceitos. Confira:

https://www.instagram.com/tv/CAnh2yyA68A/?utm_medium=copy_link

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Leia mais: Como escolher a escolinha ou creche?

Veja também: O que aprendi sobre educação e respeito às crianças com Daniela Nogueira

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Como falar sobre racismo com as crianças

No dia 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra – data criada para conscientizar a população sobre racismo, igualdade racial e outras pautas. No entanto, essas questões devem ser discutidas e trabalhadas todos os dias! Pensando nisso, reunimos várias dicas para ajudar pais e mães a conversarem sobre racismo com seus filhos – e assim, juntos, ajudarmos a criar um futuro inclusivo e respeitoso! Confira:

Foto: Emma Bauso no Pexels

Prepare-se para conversar sobre racismo

Enquanto pais, cuidadores e educadores é nossa obrigação ler e estudar mais sobre as pautas raciais. Não só para ter informações para orientar e educar os pequenos, como também para rever nossos próprios comportamentos – afinal, nós somos exemplos das crianças e nossas falas e atitudes têm um peso enorme!

Então, é essencial que haja estudo e escuta. Ouvir, conversar e consumir conteúdos – vídeos, livros, palestras… – de pessoas negras é um dos passos importantes que nós, enquanto adultos, devemos tomar.

Como falar sobre racismo com as crianças

Não espere seu filho crescer

Diversidade e igualdade racial são temas que não podem esperar – a conversa tem que começar desde o primeiro dia! E aqui, quando falamos de conversa, não estamos falando apenas de palavras. Qual a cor dos brinquedos dos seus filhos? Quais as referências que ele tem de pessoas negras? Qual o contato dele com pessoas negras? Todos esses detalhes fazem parte da conversa sobre diversidade e igualdade.

Quem são as pessoas negras ao seu redor?

Com quantas pessoas negras seu filho terá contato, direta ou indiretamente? Qual a profissão ou papel dessas pessoas na vida do seu filho? Como já comentamos, conversar, ouvir e aprender com pessoas negras – não só sobre racismo, mas sobre os mais diversos temas – é essencial.

É o contato com a pluralidade que gera conversas importantes e mostra para a criança que a pluralidade – de cores, ideias, gostos, etc – existem. Se você não tem essas pessoas ao redor, busque-as.

A presença de referências negras também é importante para as crianças negras. A representatividade é essencial para o fortalecimento da autoestima e autoconfiança dos pequenos!

Foto: Vanessa Loring no Pexels

Exija a presença de pessoas negras

Você já ouviu falar sobre privilégio branco? Na sociedade brasileira, e em muitas outras sociedades ao redor do mundo, ser branco abre portas. E o que você pode fazer com esse privilégio? Ajudar a abrir portas para pessoas negras, que não têm os mesmos acessos ou facilidades.

Quantas professoras negras trabalham na escola do seu filho? Quantas pessoas negras estão em cargos de chefia na escola, na natação, no inglês, etc? Questione as escolas sobre isso. Mas não só sobre a presença de negros em cargos de trabalho, mas também usufruindo dos serviços: afinal, quantos colegas negros seu filho tem na creche ou na escola? Existe alguma política da escola para apoiar o acesso de crianças negras?

Se não houver questionamentos, cobranças e exigências, o cenário não muda. E isso faz parte do diálogo que você tem com seu filho: não só de conversar sobre a importância de pensar nesses cenários, como também garantindo que ele tenha contato com pessoas negras através dessas presenças.

Ofereça referências negras

Desenhos, brinquedos, filmes, música, amigos… As crianças precisam, assim como os adultos, ter referências. Ouvir, ver e conviver com pessoas negras colabora para ampliar a visão de mundo do seu filho, além de torná-lo mais empático e aberto a conviver com diferenças.

É preciso que exista contato para que a criança crie laços afetivos e um entendimento sobre cultura, convivência e respeito na prática. Para as crianças negras, as referências são ainda mais importantes, já que refletem não só a questão da representatividade, como também colaboram com a construção do respeito e conhecimento do passado, da cultura, religiões e tradições.

Foto: Cottonbro no Pexels

Converse abertamente

Muitos pais acreditam que não conversar sobre um assunto faz com que ele não exista – o que não é verdade. Seu filho pode ter contato com racismo na escolinha, na casa do amiguinho, no parque… E mais do que crianças não-racistas, nós precisamos criar crianças anti-racistas.

Bate-papos sinceros podem instruir seu filho a reconhecer uma cena de racismo e ajudar um colega negro, por exemplo. Ele pode identificar o racismo na fala de um colega e ter conversas importantes. Já as crianças negras precisam entender como reagir e se defender durante essas situações – e mais, elas devem entender que podem contar e conversar com a família sobre isso, o que evita que sofram caladas esses tipos de agressão. É por isso que não podemos “poupar” as crianças de conversas difíceis.

Explique ao seu filho que algumas pessoas tratam mal outras por causa da cor da pele – e que isso é errado. Deixe claro que a diferença física de outra pessoa jamais pode ser usada como forma de deboche, “brincadeira” ou ataque: seja cor de pele, deficiência, gênero, etc. Reforce que todos devem ser tratados com respeito, gentileza e educação.

Ensine os pequenos a como reagir, como buscar ajuda e deixe claro que o diálogo sobre o tema é sempre aberto dentro de casa.

Sejamos anti-racistas

Como já citamos, seu filho pode ajudar um colega que está sofrendo racismo – para isso, ele precisa entender o que é racismo e saber como agir nesses casos! Cabe aos pais explicar o que os pequenos podem fazer:

  • Chamar um adulto ou responsável e explicar a situação;
  • Pontuar o racismo nas falas e atitudes da pessoa;
  • Proteger e apoiar a pessoa negra.

E mais uma vez, aqui cabe o exemplo: se você presenciar uma cena de racismo, não se cale. Racismo é crime e deve ser denunciado! Preste apoio à vítima.

 

 

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Como escolher a escolinha ou a creche?

Semana passada, a Dani Nogueira, colunista da Pais em Ação, compartilhou sua opinião sobre a (difícil) questão de creche, escolinha ou babá. No texto, a psicóloga e educadora defende a importância de respeitar o tempo e as necessidades dos bebês. Afinal, na pressa de darmos o melhor para os pequenos, podemos acabar atrapalhando fases importantes do seu desenvolvimento. Compartilhei o texto no nosso Instagram e comentei com nossas seguidoras que estou na fase dessa difícil escolha. Perguntei a elas quais haviam sido os critérios de escolha da escolinha e recebi tantas respostas que achei melhor reuni-las em um post aqui. Para complementar, peguei ainda dicas de especialistas sobre as perguntas você deve fazer antes de matricular seu filho em uma escolinha ou creche. Confira:

como escolher a escolinha

Foto: Yan Krukov no Pexels

Escolinha, creche ou babá: a visão das leitoras

Vocês mandaram dezenas de mensagens contando suas experiências pessoais. Foi possível encontrar relatos sobre as três opções e como isso funcionou para cada família. Veja um resumo da visão das leitoras sobre cada uma delas aqui:

Escolinha ou creche

Colocar os pequenos em uma instituição de ensino não é uma decisão fácil para muitas famílias. Afinal, é uma grande mudança na rotina dos pequenos e da família. No entanto, a maioria opta por esse caminho pelos mesmos motivos. São eles:

  • Maior interação com outras crianças;
  • Mais estímulos para desenvolvimento;
  • Aprender a se comportar convivendo com pessoas que não são da família;
  • Aprender algumas habilidades específicas (como outro idioma).

A maioria das famílias relatou estar feliz com a escolha. O único alerta foi para a escolha da instituição – segundo as mães, é preciso ter claro quais suas necessidades e expectativas para uma escolha assertiva.

Babá

Ter uma babá ainda é uma escolha entre famílias que não querem introduzir os pequenos em instituição de ensino nos primeiros anos. Para essas famílias, o conforto e a segurança do lar são importantes para o bom desenvolvimento das crianças e os estímulos de desenvolvimento podem ser dados pela cuidadora. E a interação com outras crianças pode ser feita em espaços de convivência – como parquinhos, pracinhas ou o play do prédio.

Outro ponto levantado por algumas mães é o das doenças. É comum que as crianças fiquem doentes com certa frequência quando estão na escolinha, já que existe um maior contato com outras crianças e o sistema imunológico ainda está em formação.

como escolher a escolinha

Foto: Lukas para Pexels

Quais os critérios para escolher a escolinha – segundo as mães

Na caixinha de perguntas do Instagram, vocês deixaram uma série de exigências para escolher o local que seus filhos vão estudar. Cada mãe tem seu filtro, mas muitos foram parecidos – então, reunimos aqui os critérios mais comuns entre vocês.

Proximidade de casa

Uma das questões mais abordadas pelas mães nas caixinhas foi a proximidade da escolinha ou creche com a casa. Esse ponto é importante por vários motivos: menor tempo de deslocamento, economia, maior facilidade para buscar a criança no período de adaptação ou caso ocorra algum problema, entre outros.

Acolhimento

Um ponto presente em quase todas as caixinhas é o acolhimento e carinho com as crianças. Como a Dani Nogueira citou em sua coluna, esse é um ponto importantíssimo para as crianças, principalmente até os três anos. No entanto, nem sempre é possível ter certeza desse fato apenas com uma visita agendada ao local.

Por isso, se esse ponto também é importante na sua escolha, veja algumas dicas das mães:

  • Converse com outros pais que têm filhos matriculados no local;
  • Pergunte aos profissionais quais atitudes são tomadas frente a situações comuns, como “manha” e não querer compartilhar um brinquedo;
  • Observe o comportamento das crianças durante sua visita e a relação delas com os funcionários;
  • Se a escola permitir visita não agendada, vá em momentos diferentes do dia para observar.

Número de crianças por cuidador

Esse critério é essencial para garantir que o acolhimento seja uma realidade. Afinal, como os cuidadores vão conseguir acolher e cuidar com atenção se estão sobrecarregados com o número de crianças? Quanto menor o número de crianças por cuidador, maior a chance do cuidado ser mais humano e acolhedor.

Fique atenta se o número de cuidadores é constante: em alguns locais, existem “monitores” que só atuam com as crianças em certos momentos, como na hora da refeição. No entanto, ao longo do dia, elas não trabalham junto com os cuidadores. Portanto, não devem entrar na conta de cuidador por criança.

* Segundo especialistas, o ideal para crianças de até 18 meses é de 1 cuidador para até 3 crianças. Para maiores de 18 meses, a relação é de 1 cuidador para 4 crianças.

Linha pedagógica

Um ponto destacado por muitas leitoras foi a linha pedagógica seguida pela escola. Esse fator é determinante para você saber qual a postura dos cuidadores para com as crianças, a rotina dela, quais estímulos serão apresentados e como isso será feito.

Estrutura da escola

A estrutura da escola foi apontada por diversas leitoras. A grande maioria disse que prefere locais menores e sem “aparência de escola”. Veja alguns critérios usados para analisar os locais:

  • Ventilação;
  • Natureza;
  • Espaço para brincadeiras ao ar livre;
  • Cozinha limpa e bem equipada.

Alimentação

Algumas escolinhas e creches fornecem as refeições e, nesses casos, ela também se torna um fator de escolha. O cardápio oferecido, a procedência dos alimentos (orgânicos ou não?), a cozinha onde os alimentos são preparados, como a comida é oferecida para os pequenos… Todos esses pontos são levados em conta na hora de selecionar.

Ensino bilíngue

A introdução de um segundo idioma – normalmente, o inglês – desde a primeira infância é um ideal de muitos pais.

como escolher a escolinha

Foto: Yan Krukov no Pexels

O que perguntar e avaliar na escolinha – segundo especialistas

Para complementar os conselhos das mães, reunimos as dicas de dois especialistas: Dani Nogueira, nossa colunista, e Daniel Becker, pediatra e sanitarista.

Separamos algumas perguntas-chave que os dois especialistas recomendam. Vamos separá-las em dois blocos: as que se referem ao cuidado com as crianças e as de estrutura e higiene.

Perguntas sobre cuidado, acolhimento e interações

Dani Nogueira, psicóloga e educadora, apontou algumas questões que devem ser feitas antes de fechar a matrícula em qualquer instituição. São elas:

  • Posso ver a agenda escolar/planner das aulas de vocês?

Avaliando o planner das aulas você consegue saber como é, de fato, dividido o tempo entre tarefas, tempo livre, brincadeiras ao ar livre e etc. Peça para ver o planner, já que nem sempre o que é dito é aplicado.

  • Gostaria de ver a rotina diária da turma do meu filho. Pode me mostrar a atual ou a do ano passado?

Essa é outra forma de avaliar como as atividades são distribuídas, os horários dados a cada uma, etc. Assim você pode avaliar, por exemplo, quantas horas de brincadeiras o seu filho tem disponível na agenda dessa escola.

  • Como é feito o uso de telas?

Durante a fase crítica da pandemia, as telas foram aliadas. No entanto, com o controle da doença e volta às atividades presenciais, o uso da tela, principalmente com as crianças menores, é desnecessário. Avalie se elas são usadas e veja se você concorda com essa dinâmica.

  • Qual a conduta da escola quando um aluno não está pronto ou não quer fazer uma das atividades propostas? Qual é o treinamento que vocês dão às professoras nesses casos?
  • Qual é o posicionamento que vocês recomendam para os cuidadores quando há conflitos, disputas de brinquedos e mordidas?
  • O que é feito se a criança faz birra? O que é feito se a criança descumpre uma regra? 

Todas essas perguntas são referentes à postura dos cuidadores frente a desafios comuns no cuidado com as crianças. Avalie se as respostas condizem com a forma que você escolheu educar seu filho.

Foto: Yan Krukov no Pexels

Perguntas sobre estrutura e higiene

No seu Instagram, o pediatra Daniel Becker compartilha diversas dicas para mães, pais e cuidadores. Separamos aqui algumas questões referentes ao ambiente escolar:

Higiene e alimentação

  • Há janelas amplas nos ambientes e se elas ficam abertas para boa circulação do ar?
  • Professores e funcionários usam PFF2?
  • Há álcool em gel disponível em todos os ambientes?
  • Qual o procedimento caso algum aluno, professor ou funcionário tenha sintomas de COVID-19 ou outra doença transmissível?
  • Avalie a limpeza de banheiros e da cozinha.
  • Onde são armazenados os alimentos?
  • Qual o cardápio das refeições?
  • É oferecido açúcar? Industrializados? É necessário avaliar tudo que pode ser oferecido, não só nas refeições principais, mas também nos lanches.

Estrutura e segurança

  • Há redes em todas as janelas e escadas?
  • O piso é antiderrapante?
  • Objetos pesados ou perigosos ficam fora do alcance?
  • Cozinha e áreas de risco para os pequenos ficam isoladas com portas adequadas?
  • Há extintores, plano de evacuação e preparação para incêndios?
  • Como é o chão embaixo dos balanços, trepadores e gangorras?
  • Os brinquedos estão em bom estado? É feita alguma manutenção?
  • O que é feito no caso de emergência ou acidente?
Como escolher a escolinha

Foto: Naomi Shi no Pexels

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Leia mais: O que aprendi com a Daniela Nogueira sobre infância, educação e respeito às crianças

Veja também: Coluna Pais em Ação: Creche, escola ou babá?

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O que aprendi com a Daniela Nogueira sobre infância, educação e respeito às crianças

Vez ou outra eu reposto no Instagram os Stories da Daniela Nogueira, que comanda o @pais.em.acao, mas a verdade é que a minha vontade era de repostar o conteúdo dela todo santo dia! Sigo o perfil dela há muito tempo, bem antes de engravidar, porque educação é um tema que me toca. Mas, naturalmente, o conteúdo dela passou a fazer muito mais sentido para mim depois que me tornei mãe. 

Já fiz aconselhamentos com a Daniela, já fiz workshops online e sigo religiosamente as postagens. Para mim, os ensinamentos dela foram transformadores! E eu sou imensamente grata a ela por ter aberto a minha cabeça e os meus olhos. Por isso, pedi à Dani autorização para compartilhar alguns textos dela aqui no site, semanalmente.

Aproveitei o Dia das Crianças para dividir com vocês, no IGTV, como a Daniela TRANSFORMOU a minha visão sobre infância, educação e respeito. Agora, compartilho esse conteúdo com vocês aqui no site também.

Como diz a Magda Gerber, educadora que é uma das referências da Daniela, “muito dano foi feito em nome do amor, mas nenhum dano pode ser feito em nome do respeito”. Confira os 7 aprendizados que tive com a Daniela Nogueira:

Crédito: Vlada Karpovich

1 – A IMATURIDADE DAS CRIANÇAS

Acho que esse é um ponto crucial para a compreensão do que é uma criança: é um ser humano pequeno e indefeso, com muita inteligência, mas pouca maturidade. Entender que choros, teimosias ou “birras” não são um ataque pessoal, não são uma forma de manipulação, não são uma demonstração explícita de malcriação, nos ajuda a encarar as situações de outra forma, com muito mais paciência e maturidade.

“Mas a criança precisa aprender a se controlar!” Claro! E esse é o nosso papel! Ensinar a criança a reconhecer seus sentimentos e a se auto-regular. Afinal, ninguém quer que seu filho se torne um adulto que parte para a agressão física ou verbal em vez de dialogar, não é mesmo? Só que existe um processo até que a criança aprenda isso e existe um tempo para o cérebro amadurecer, neurologicamente falando. 

Então, a gente tem que entender que crianças choram, que crianças têm explosões emocionais, que isso é da natureza humanaE tem duas maneiras de se educar. Uma é à base do medo, com o famoso “engole o choro” ou “vai pro cantinho do pensamento”, e a outra é à base do acolhimento. 

 

2- DISCIPLINA E RESPEITO PODEM COEXISTIR

E é isso o que muitas pessoas não entendem, e eu mesma demorei um bom tempo para entender, é que dá para educar, ensinar valores, ensinar os códigos de comportamento da sociedade, ensinar os deveres e as responsabilidades, ensinar tudo isso e, ao mesmo tempo, ter respeito pela criança

Uma educação acolhedora não significa que seja permissiva. A criança chorar é uma forma de protesto natural diante de um ‘não’ indesejado, por exemplo. Permissivo seria se os pais cedessem diante do choro e voltassem atrás no ‘não’. A disciplina está em se manter firma nas regras. O acolhimento está em não calar o choro, em estar ao lado da criança para ajudá-la na auto-regulação. 

 

3- BEBÊS E CRIANÇAS MERECEM O MESMO RESPEITO QUE ADULTOS 

Quando temos dúvidas sobre o que significa respeito para com bebês e crianças, é só tentar se colocar no lugar delas: “você gostaria que fizessem o mesmo com você?”. Vou dar alguns exemplos: você gostaria postassem na internet um vídeo em que você foi tratado como objeto ou ridicularizado? Você gostaria que alguém te pegasse no meio de uma atividade na qual está entretido sem aviso prévio, sem te  falar o porquê ou pra onde vão te levar? Você gostaria que ficassem tentando enfiar uma colher de comida à força na sua boca quando você já sinalizou que não quer mais comer? Você gostaria que mandassem você engolir o choro quando você precisa extravasar um sentimento? 

O que aprendi com a Daniela é que o respeito com o bebê começa no dia 1. Está na maneira como a gente cuida dele, na troca de fraldas, no banho, em como falamos ele. Hoje, quando vejo os vídeos que viralizam nas redes sociais por serem supostamente engraçados, mas que na verdade são desrespeitosos com bebês, sinto um desconforto enorme! E eu já fui uma pessoa que achou graça e repostou alguns deles. 

A Daniela tem nos Destaques dela duas séries de Stories intituladas “Viralizou” e “Fofo?”, onde ela analisa minuciosamente esses vídeos. Mostra as reações de medo, de desconforto dos bebês, entre outras coisas. Vale a pena assistir!  

 

4- OS SENTIMENTOS SÃO A BÚSSOLA DA VIDA

Essa frase ouvi da minha psicóloga semana passada e só reafirmou o que eu aprendi com a Daniela. Como podemos nos relacionar com o mundo se não reconhecemos nossos sentimentos? Se fomos ensinados a calar os sentimentos?

Sempre acreditei que a disciplina à moda antiga fosse a única maneira de se ter filhos bem educados. E nunca tinha parado para pensar na importância que foi ter uma mãe super hiper mega acolhedora. A sabedoria dela e o acolhimento foram FUNDAMENTAIS para me ajudar a navegar em momentos difíceis mantendo certa estabilidade emocional. 

Hoje, entendo que o nosso papel como pais não é só o da educação de modos, valores e conhecimento, mas também o da educação emocional, se é que posso chamar assim. Ajudá-los a reconhecer e a lidar com toda sorte de sentimentos que são humanos – da alegria à frustração, ao luto. Isso também prepara a pessoa para a vida adulta.

 

5- O CHORO ESCONDE SEGREDOS

Falando em sentimentos, não tem como não lembrar do vídeo maravilhoso que a Dani intitulou como “O choro que parece à toa… guarda segredos dentro dos soluços”. Nele, ela conta um episódio em que a filha começou a chorar porque fez alguma coisa “errada” na cozinha… uma reação que parecia exagerada diante do problema, mas que aos poucos foi revelando o que estava lá no fundo: inseguranças e medos que a filhinha dela carregava no peito e que nada tinham a ver com o ocorrido na cozinha. 

Talvez seja porque eu fui e continuo sendo muito chorona – tanto em momentos de felicidade, como nos de tristeza -, mas me identifiquei demais com o vídeo da Daniela e me lembrei de quantas vezes o meu choro esteve relacionado a dores mais profundas na infância. 

A gente precisa ter um outro olhar para o choro dos pequenos. 

 

6- EDUCAR DÁ TRABALHO

Quando a Daniela posta certas coisas, algumas pessoas dizem  “Ah, falando assim parece até que é fácil”. Ao que ela costuma responder “Não, eu não falei que era fácil”.  

Educar dá trabalho! Educar é trabalho físico, intelectual e emocional! E a educação baseada no respeito consome muito mais do que a baseada no medo. Por exemplo, enquanto o pai que coloca de castigo fica “livre” para fazer as suas coisas, o que fica ao lado do filho enquanto ele atravessa as explosões emocionais “perde seu tempo”. Toma mais tempo, requer mais paciência… mas, curiosamente, a sociedade acha que o pai que coloca de castigo é o único que está educando, que está fazendo o seu trabalho. O outro é visto como mole. 

Quando o Luis Felipe começou a vocalizar, ele ficava gritando bem alto a toda hora, e eu fiquei com medo de aquilo ser um sinal de que ele seria uma criança barulhenta em espaços públicos. E então conversei sobre isso com a Daniela em um dos aconselhamentos. 

Ela me contou como foi o processo de “iniciação” a restaurantes com os filhos. Ela começou levando-os a uma padaria para comer lanche (que normalmente é servido mais rápido que uma refeição completa), sentando-se nas mesas da calçada (onde era mais fácil acolher um eventual choro, incomodaria menos pessoas). Foi um processo gradual para ensiná-los a esperar sem o recurso de telas, para ensiná-los a se portar, até que pudessem frequentar restaurantes. Isso é só um exemplo, porque tudo na educação é um processo. A gente não pode esperar que só porque a gente falou uma coisa, a criança vá assimilar automaticamente e se comportar perfeitamente. 

E foi por isso que a Dani colocou o nome no insta dela de “pais em ação”, porque nós, pais, temos que agir muito, e não só falar, ordenar. Temos que colocar a mão na massa na educação

 

7- “FUI CRIADA ASSIM E SOBREVIVI”

O que muita gente pensa, e eu me incluo nisso novamente, é que pelo fato de a gente ter recebido uma educação baseada no medo e ter sobrevivido, claro, que está tudo bem.

Mas como a Dani diz, a que custo? Que marcas internas ficaram que a gente levou pra vida adulta? Quanta gente precisa de anos de terapia para curar feridas da infância? 

E mais, será que obediência pura e simples vem sempre acompanhada de real aprendizado? É aquela coisa, a mãe ordena que a criança peça desculpas, e ela o faz, mas muitas vezes é da boca pra fora. Não é porque ela falou “desculpa” que necessariamente sentiu o remorso ou que entendeu por que aquela atitude não foi respeitosa, só para dar um exemplo.  

Bom, como todo mundo sabe, filho não vem com manual. Mas tem muita informação boa à nossa disposição, baseada em estudos mais recentes, que não haviam na época dos nossos pais e avós.

E das tantas coisas que eu vejo e leio, a Daniela Nogueira, para mim, é uma voz muito sensata! Meu sonho é que essa ideia do respeito à criança se espalhe, que atinja o maior número de pessoas possível. Por isso, a partir da semana que vem teremos a coluna do Pais em Ação no nosso site. 

Eu acredito que um novo olhar para a primeira infância tem o poder de mudar a sociedade e o mundo para melhor.

Veja também: 10 atividades para fazer com as crianças em casa

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