Casamentos Casa & Decor 15 anos
Topo

Diabete gestacional

Na gravidez, o corpo da mulher passa por inúmeras modificações hormonais que podem trazer algumas disfunções para o organismo, como a diabete gestacional. Trata-se de uma condição de intolerância aos carboidratos, com graus de intensidade variados. Normalmente, é detectado no início da gestação, podendo ou não persistir após o parto, quando se deve fazer nova avaliação. Veja abaixo como detectar a doença e evitar consequências para o bebê:

Segundo o dr. Alex Leite, endocrinologista do Hospital e Maternidade São Luiz, a glândula endócrina localizada no pâncreas, responsável pela produção de insulina, tem como função controlar a quantidade de açúcar no sangue. “Devido às mudanças que ocorrem no organismo da gestante, alguns hormônios podem prejudicar a ação da insulina, dificultando a entrada de glicose nas células. O corpo compensa esse desequilíbrio aumentando a fabricação de insulina, mas quando há uma diminuição desta produção, eleva-se a taxa de açúcar sanguíneo e surge o diabetes gestacional”, afirma o especialista.

Fatores de Risco

– Idade materna superior a 25 anos;
– Baixa estatura;
– Presença de hipertensão arterial;
– Gordura de localização abdominal;
– Presença de parentes de 1º grau com diabete;
– Gestações anteriores com bebês muito grandes ou com má-formação;
– Aumento excessivo de peso na gravidez atual;
– Altura uterina maior do que a esperada para a idade da gestação;
– Crescimento acentuado do feto;
– Presença de grande quantidade de líquido amniótico.

Como detectar:

Nas primeiras consultas do pré-natal, a gestante será submetida a um exame de sangue e nele será feita a medição da glicemia de jejum. Se o médico considerar o resultado alterado, pode pedir um novo exame, o teste de tolerância à glicose, em que a grávida tem de tomar um líquido doce e, uma hora depois, colher sangue para dosar a glicemia. No caso de o primeiro resultado ser normal, mas o obstetra considerar que seu risco de ter diabete gestacional é mais elevado, ele pode pedir um novo exame de glicemia de jejum na segunda metade da gravidez.

Consequências:

O principal problema do excesso de açúcar no sangue é que ele atravessa a placenta e chega ao bebê, o que pode fazer com que ele cresça demais. Um bebê muito grande pode dificultar o parto, além de aumentar a probabilidade de a gestante precisar de uma cesariana. “O recém-nascido fica mais propenso a ter icterícia e hipoglicemia após o parto. Ele também pode apresentar problemas respiratórios e o volume de líquido amniótico pode aumentar demais”, diz o endocrinologista.

Quando a mulher já era diabética antes da gravidez, há um risco maior de o bebê apresentar problemas de saúde, especialmente se a diabete pré-gestacional não estava sendo controlada. “Um dos motivos para a recomendação de a mulher se submeter a um novo exame de glicemia de jejum, cerca de um mês e meio depois do parto, é que pode acontecer de só descobrir que é diabética nos exames do pré-natal”, afirma dr. Alex Leite.

Tratamento:

Para algumas mulheres, se a diabete gestacional for considerada grave e não responder apenas ao controle pela alimentação e pelas atividades físicas, os médicos podem prescrever injeções de insulina. “A gestante poderá aplicar a injeção sozinha. A agulha é bem pequena, mas, precisando ou não de insulina, é importante ter um acompanhamento mais frequente da gestação, com a realização de mais ultra-sons para verificar o crescimento do bebê e o volume de líquido amniótico”.

GestantesSaúde gestante

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *