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Descubra os cuidados necessários com bebês na praia

As férias de verão estão prestes a começar, e nada melhor que aproveitar os dias ensolarados na praia, ao lado da família e amigos. Para os pais de primeira viagem, os cuidados com bebês na praia são indispensáveis para evitar complicações sérias para a saúde do pequeno. Para esclarecer todas as dúvidas e pegar dicas valiosas, conversamos com a médica pediatra dra. Gabriela Ochoa. Vem ver:

Cuidados com bebês na praia, Verão

A PARTIR DE QUE IDADE OS BEBÊS PODEM IR PARA PRAIA?

Não existe protocolo sobre a idade ideal para levar os pequenos à praia, vai depender da conduta e opinião de cada pediatra. Na minha opinião, o bebê está relativamente apto a partir dos 6 meses de vida, quando ele já tomou a primeira “leva” de vacinas e está mais desenvolvido do ponto de vista neuropsicomotor.

QUANTO TEMPO UM BEBÊ PODE FICAR NA PRAIA?

Como ele ainda não irá aproveitar totalmente o passeio, limite a permanência na praia para curtos períodos do dia, o ideal é que não ultrapasse uma hora. Dos 3 aos 6 meses, somente no carrinho para um breve passeio à beira-mar, com proteção e nos horários adequados.

QUAIS HORÁRIOS SÃO RECOMENDADOS E QUAIS DEVEM SER EVITADOS?

Evite exposição solar entre 10 e 16 horas (até as 17 no horário de verão) devido ao calor intenso e a ação nociva dos raios ultravioletas à pele. Essa dica vale para qualquer faixa etária. O horário mais recomendado para os bebês é pela manhã, entre 7 e 9 horas, onde a temperatura e o calor estarão mais amenos e a praia mais vazia.

ELE PODE TER CONTATO COM O SAL DO MAR? E COM A AREIA?

Sim. Pode levá-lo até o mar para molhar o pezinho e brincar na areia, mas o ideal é que seja por pouco tempo e que o bebê não seja colocado com o corpo inteiro no mar e nem diretamente na areia. Deixe a criança no colo ou em uma toalha. Após o contato, lave-o com água doce ou mineral, para diminuir o risco de irritação (na pele e nos olhos) e de doenças. Atente-se para as mãozinhas, que são super-rápidas e que com certeza serão levadas à boca a todo momento.

AS PISCINAS INFLÁVEIS SÃO RECOMENDADAS?

São sim. Os pais podem deixar na areia e encher com água doce. Mas é preciso ficar de olho o tempo inteiro e colocar água em pouca quantidade para evitar acidentes.

QUE TIPO DE FILTRO SOLAR DEVE SER USADO?

O filtro solar irá depender da idade da criança:

  • Menores de 6 meses: Para os bebês mais novinhos não era permitido o uso de nenhum protetor solar, porém, recentemente a Mustela lançou um protetor adequado, que pode ser usado desde o nascimento (Protetor solar infantil Mustela muito alta proteção).
  • 6 meses – 2 anos: Nesta faixa etária deverá ser utilizado o bloqueador solar, nos quais os filtros formam uma barreira física contra a radiação. O fator de proteção deve ser sempre > 30, ou > 40 para os mais branquinhos.
  • Maiores de 2 anos: o protetor solar indicado deve levar em consideração as características da pele da criança. No geral, são os “kids”, “infantil” ou “criança”. Dê preferência aos hipoalergênicos e resistentes à água.

ALGUMA DICA DE APLICAÇÃO?

O filtro solar deve ser aplicado cerca de 30 minutos antes de a criança ser exposta ao ar livre (mesmo nos dias nublados ou com mormaço) e reaplicado a cada 2 horas ou sempre que se molhar. É importante que nenhuma região fique sem protetor. Atentar-se para a cabeça e couro cabeludo (já que o cabelo é muito fino ou muitas vezes nem está presente), atrás das orelhas, mãos e pés. Uma coisa importante que nem todos fazem é testar o protetor solar antes de expor a criança ao sol. Aplique pouca quantidade na parte de dentro do braço do bebê ou da criança e observe durante 20 minutos. Se ela desenvolver alguma manifestação alérgica suspenda o uso e procure um profissional. O teste é importante porque se a criança for alérgica, a manifestação cutânea irá se agravar com a exposição solar.

ALGUMA CONSIDERAÇÃO IMPORTANTE COM RELAÇÃO AS ROUPAS?

Sempre recomendo bonés ou chapéus, camisetas claras, roupas leves e frescas, e, de preferência, de algodão. Para os bebês, fraldas próprias para água, lenço umedecido e trocador de plástico ou impermeável.

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A ALIMENTAÇÃO NA PRAIA PRECISA SER DIFERENTE? O QUE PODE E O QUE NÃO PODE COMER?

É necessário que a criança ingira líquidos em grande quantidade e várias vezes ao dia, para manter a hidratação adequada e evitar complicações como a desidratação. O mais seguro é levar todos os alimentos e líquidos de casa (ou do hotel). Dê preferência a alimentos leves, como frutas, legumes cortados em tiras, como a cenoura e o pepino, bolacha de água e sal, água de coco, e outros alimentos que já tenham sido permitidos pelo pediatra. Lembre-se de conservar adequadamente, em bolsas térmicas para evitar deterioração e contaminação. É importante que se mantenha a rotina da criança, seguindo seus horários de alimentação. Não deixe que a criança fique beliscando o dia todo e não faça refeições adequadas, como muitas vezes os adultos fazem. Imponha horários para os lanches e para o almoço.

ASSIM QUE CHEGAR EM CASA, É DIRETO PARA O BANHO? QUAL A TEMPERATURA DA ÁGUA?

Sim, com certeza. Ao chegar em casa o banho é necessário para eliminar qualquer vestígio de areia ou sal do mar, além de ser revigorante e ainda restaurar a temperatura do corpo. No geral, a temperatura recomendada para água do banho é entre 36 e 37 graus, porém, se o dia estiver muito quente, deixe um pouco mais fresca, entre 35 e 36 graus. Se não tiver um termômetro, coloque a ponta do cotovelo ou a face anterior do antebraço para sentir se a água está agradável.

(Fotos: reprodução)

Veja também: Como proteger seu filho das mudanças de temperatura

E mais: Dicas alimentares valiosas para curtir a praia com os pequenos

Saúde

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