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Dentinho de Leite

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Qual a melhor idade para usar aparelho nos dentes?

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A melhor resposta para a melhor idade para usar aparelho nos dentes é a que as mães menos gostam de ouvir…depende! É comum ouvirmos pessoas dizendo que não acreditam em tratamento ortodôntico quando a criança ainda tem dentes de leite. Isso não faz sentido, pois os aparelhos dentários não corrigem apenas a posição dos dentes. Eles intervêm também no crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e por isso alguns deles são chamados de aparelhos ortopédicos (embora você dificilmente tenha ouvido este nome, a maioria daqueles aparelhos móveis e também alguns dispositivos fixos são assim classificados).

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Desta forma, se logo cedo alguma alteração for diagnosticada, já há indicação para o uso. Isso pode ocorrer a partir dos 4 ou 5 anos de idade, sendo que a troca de dentes termina somente por volta dos 12 anos. É claro que a indicação também depende da maturidade e aceitação da criança, pois para o uso de qualquer aparelho na infância há a necessidade de colaboração.

Estas alterações no tamanho ou proporção dos ossos da face são bastante comuns e geralmente fazem parte de mais uma das heranças que passam de pai para filho. Mas há alguns fatores, como o hábito de chupar dedo ou chupeta por tempo prolongado, como já falamos aqui, a perda de algum dente de leite antes da hora certa, muitas vezes por trauma ou por cárie e, principalmente, problemas respiratórios, que podem também ocasionar estas alterações ósseas.. No entanto, elas podem ser devidamente corrigidas, ou até evitadas, se houver intervenção precoce. Isso acontece porque o osso da criança é bem mais “maleável” do que o do adulto, possibilitando assim corrigir problemas que seriam impossíveis de ser corrigidos no adulto ou que seriam corrigidos apenas mais tardiamente com cirurgia, as chamadas cirurgias ortognáticas.

Sendo assim, é interessante aproveitar o fato de as crianças em menor idade serem geralmente muito mais motivadas para fazer o tratamento em duas etapas mais simples e proveitosas. Tratando o tamanho e posicionamento das arcadas na época certa, o correto posicionamento dos dentes torna-se muito mais favorável posteriormente. E é principalmente para este fim que são utilizados os conhecidos aparelhos fixos. Este sim é colocado geralmente mais tardiamente, próximo do final da troca de todos os dentes de leite, na adolescência ou até na fase adulta, cabendo ao dentista, junto com o paciente, escolher a melhor época.

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Veja também: Meu filho nasceu com dente, e agora? 

E mais: Seu filho range os dentes enquanto dorme? 

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.

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Meu filho já nasceu com dentinho, e agora?

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Talvez algumas mães e outras leitoras já tenham conhecido algum bebê que nasceu com dentinho, ou que os dentinhos nascem logo nas primeiras semanas de vida. Como já falamos em um post anterior, a idade média esperada para o aparecimento dos primeiros dentes de leite, que ficam no arco inferior, é por volta dos 6 meses de idade. Porém, existem alguns casos em que estes já estão presentes no nascimento ou que aparecem antes do primeiro mês de vida do bebê, sendo denominados dentes natais ou neonatais, no segundo caso.

Não há muito consenso sobre a causa do dente natal, no entanto a teoria mais bem aceita é a de que o dente começa a se formar numa posição muito superficial lá dentro do osso, predispondo à erupção dentária precoce. Lembrando que este dentinho começa a se formar quando o bebê ainda está na barriga da mãe. Além disso, algumas situações, como a existência de síndromes ou da fissura labial, por exemplo, também estão associadas ao aparecimento do dente natal.

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Vamos às principais dúvidas sobre o assunto:

1. Estes dentes são os próprios dentes de leite do bebê?

Sim, na grande maioria das vezes (95%). Em alguns casos mais raros (5%) podem ser dentes que chamamos de supranumerários, ou seja, dentes a mais que se desenvolveram, estando os dentes da série normal guardadinhos ainda dentro do osso. Só podemos fazer este diagnóstico por meio do exame radiográfico.

2. Existe algum risco para o bebê que nasce com dente?

Existe sim, e é por isso que alguns pediatras já indicam ou fazem a remoção destes dentes na própria maternidade, o que nem sempre é a melhor conduta. Esta atitude se dá pelo fato de haver chances do dente natal, pelo fato de erupcionar precocemente, não estar ainda totalmente formado. Desta forma, ele pode apresentar certa mobilidade, trazendo o risco de aspiração ou deglutição pelo bebê, o que pode acarretar transtornos maiores.

Por isso, é importante a avaliação do odontopediatra: há que se ver o grau de formação da raiz do dente, o seu grau de mobilidade e se este dente é da série normal ou é um supranumerário. Sendo da série normal, se houver condições de deixá-lo na boca do bebê esta é a melhor opção, pois removê-lo pode significar que a criança ficará sem o dentinho até os 6 anos de idade (idade esperada para o nascimento do dente sucessor permanente), o que pode trazer outros problemas estéticos e funcionais. Caso não haja condições, a extração deve ser mesmo realizada ainda enquanto recém-nascido.

Outro problema que geralmente acompanha os bebezinhos com dente natal é a formação de feridas seio materno, ou mesmo na base de sua língua, devido à força durante a amamentação. Estas feridas, que possuem o nome de Doença de Riga-Fede, são bastante dolorosas e podem prejudicar a nutrição do bebê. No entanto, somente a presença deles não é um indicativo para a extração, pois há maneiras de deixar o dentinho num formato mais arredondado para que não machuque a mãe ou o bebê.

3. Estes dentinhos também estão sujeitos à cárie?

Estão sim! E podemos dizer que estão ainda mais sujeitos do que os dentes normais, pelo fato de nascerem ainda não totalmente formados, ou seja, desprotegidos. Por isso, é importante que já se inicie a escovação deles o quanto antes! O odontopediatra irá ensinar a técnica correta.

4. Meu filho ter nascido com dente significa que os próximos também virão mais cedo?

Não necessariamente! Não há indícios para esta relação entre o dente natal e os próximos dentinhos de leite, mas isso dependerá muito da causa de seu aparecimento.

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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Saúde bucal: O que é selante dental?

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Os selantes são materiais aplicados à superfície dos dentes com o intuito de penetrar e aderir aos seus sulcos e rugosidades, tornando-os menos profundos e, portanto, dificultando que restos de alimentos fiquem ali retidos. Desta forma, dificulta-se também o aparecimento da cárie. Os selantes geralmente são aplicados nos dentes lá do fundo, uma vez que eles são os que possuem mais fissuras, sendo assim os mais difíceis de limpar e os mais propícios a acumularem restos de alimentos, mesmo após a escovação.

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Quais dentes devem sofrer a aplicação do selante?

Apenas em casos bem específicos aplicamos o selante nos dentes de leite, uma vez que devido a sua anatomia, eles não possuem tantas fissuras como os permanentes. A maior indicação para a aplicação do selante é no primeiro molar permanente, que aparece por volta dos 6 anos de idade. Este dente nasce lá no fundo, atrás do último dentinho de leite (são 4, um de cada lado), sem que nenhum outro caia antes e, geralmente, os pais acham que é mais um dente de leite. No entanto, ele possui muito mais sulcos e demora bastante para atingir a altura dos outros dentes, por isso a escova muitas vezes nem passa por ele. Junta-se a estes, o fato de que aos 6 anos as crianças ainda não terem autonomia suficiente para fazer uma boa escovação, mas também não gostam que os pais a façam…..por isso este é o dente mais susceptível à cárie! De acordo com a avaliação do dentista, ele pode achar que outros dentes também precisem de selante.

Todas a crianças precisam de selantes?

Nem todas! Na realidade, somente aquelas que apresentam risco moderado ou alto de desenvolver lesões de cárie, e isso é o dentista quem vai poder avaliar. Depende bastante da frequência de ingestão de açúcar, da quantidade de placa bacteriana no momento da avaliação, da frequência da aplicação de flúor e principalmente do histórico de cárie da criança. Crianças que nunca desenvolveram lesões e que tem boa higiene não precisam de selantes!

Os selantes duram para sempre?

Depende do material a ser utilizado, hoje em dia existem diversos. Há aqueles bem resistentes, colocados para durarem no longo prazo e outros e outros menos resistentes, cuja intenção é que durem apenas por um tempo até que passe a fase mais crítica para o desenvolvimento das lesões. O interessante é que se utilize materiais que liberam flúor para aumentar ainda mais o efeito preventivo.

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP),  atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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Erosão dentária em crianças

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Olá! A coluna de hoje é sobre um assunto que passa um pouco despercebido por muitas mães: o desgaste dos dentes por causa do excesso de ingestão de bebidas ácidas, como sucos e refrigerantes.

Tanto os dentes de leite quanto os permanentes são formados por um tecido vivo, a polpa, coberto por dois outros tecidos mineralizados, a dentina e esmalte. Este último pode ser considerado o tecido mais duro e resistente do nosso corpo, no entanto sua grande quantidade de minerais pode sofrer perdas quando em contato com substâncias ácidas. A este processo damos o nome de erosão dentária.

Atualmente, alguns estudos vêm demonstrando um aumento da sua frequência em crianças. Isso acontece porque houve também uma mudança no padrão de consumo de bebidas ingeridas por elas, no qual refrigerantes e suco de frutas são cada vez mais frequentes. Os sucos de laranja e uva, por exemplo, estão entre os preferidos pelas crianças e geralmente são vistos como opções saudáveis pelas mães.

No entanto, o seu consumo frequente traz riscos não só pela quantidade de açúcar (principalmente no caso dos sucos artificiais), que predispõe ao aparecimento da cárie, quanto também pela sua acidez, que pode levar a erosão dentária. O mesmo pode ser dito dos refrigerantes, que são ainda mais ácidos.

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Os sinais iniciais da erosão dificilmente são detectados pelas mães, mas durante o exame clínico, o dentista pode avaliá-los. Os sinais e sintomas mais evidentes são a perda quase que total do esmalte dentário, manchamento, bordas transparentes, sensibilidade, diminuição da espessura do dente e facilidade de sofrer fraturas. Como a partir dos 6 anos já começam a surgir os dentes permanentes, os danos a partir desta fase podem ser mais preocupantes.

É importante saber também que existe uma outra forma de erosão, que chamamos de intrínseca, sendo causada pelo próprio ácido gástrico no caso de refluxo ou regurgitação frequentes decorrentes de problemas médicos ou até psicológicos. A saliva tem um importante papel na remineralização dos dentes, ou seja, ela ajuda a neutralizar o ambiente bucal e devolve aos dentes o mineral perdido. No entanto, caso a presença de ácidos seja muito frequente, não há tempo suficiente para que ela realize esta função.

A perda visível de estrutura causada pela erosão dentária não pode ser recuperada e pouco pode ser feito para evitar sua ação além da mudança de hábitos. Por isso, a informação é sempre a melhor forma de preveni-la!

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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Seu filho range os dentes enquanto dorme?

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Você é uma das muitas mães que tem reparado que seu filho range os dentes enquanto dorme? O bruxismo, como chamamos este ato, tem ocorrido cada vez mais em crianças, sendo motivo de preocupação para muitas mamães atualmente, principalmente pelo barulho que os dentes fazem quando raspam um no outro.

Ele ocorre com maior frequência durante o sono e em períodos de estresse e excitação, embora possa também ocorrer durante o dia. É um ato inconsciente, sendo caracterizado por contrações rítmicas dos músculos da mastigação. Embora a ciência indique que o surgimento desta disfunção motora esteja relacionado ao sistema nervoso central, o seu sinal mais evidentes aparece na boca: o desgaste dos dentes, que pode ser suficiente para afetar diversas funções bucais e até trazer dor naquela articulação que fica perto do ouvido, que sentimos mexendo quando abrimos e fechamos a boca.

Apesar de ser difícil encontrar uma causa específica, os estudos mostram que alguns fatores estão associados à ocorrência do bruxismo: genética (sempre ela!), refluxo, estresse emocional, problemas respiratórios (bronquite, asma, obstruções nasais, rinite), sono não reparador, Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), dores de cabeça e também algumas síndromes (o bruxismo é bastante comum em pacientes especiais).

seu filho range os dentes enquanto dorme?

Uma característica do bruxismo em crianças é que ele tende a ser flutuante, isto é, ele vai e volta de acordo com a fase pela qual a criança está passando. Mas a boa notícia é que ele tende a diminuir com a idade, não necessariamente crianças com bruxismo se tornam adultos com bruxismo também. Ah, e não podemos confundir com os movimentos mandibulares que os bebês tendem a fazer na fase de erupção dos dentes de leite (até os 3 anos). Esses movimentos estão muito mais ligados ao descobrimento dos novos dentinhos nascendo ou à falta de uma posição certinha para encaixar a mandíbula, já que nem todos os dentinhos estão ainda presentes. O bruxismo verdadeiro costuma aparecer a partir dos 4 anos.

O tratamento consiste em uma abrangência multidisciplinar, já que diversos podem ser os motivos desencadeadores. O papel do odontopediatra nessas situações, além do diagnóstico, é restaurar e proteger a estrutura dental, o que em muitos casos pode ser feito com o uso de placas de mordida durante a noite. Mas é preciso avaliar o quanto está havendo de desgaste, se este chegou a uma fase prejudicial e também associar o tratamento à cronologia de perda dos dentes de leite e surgimento dos dentes permanentes.

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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