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Qual a idade ideal para a primeira consulta odontológica?

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Olá, mamães!

Sempre recebo perguntas sobre qual o momento certo da primeira consulta ao dentista. Mas, o que muitas não sabem, é que o acompanhamento odontológico deve começar ainda antes do parto. Diversas instituições médicas recomendam o que chamamos de Pré-natal Odontológico, isto porque os cuidados com a saúde bucal das mães podem influenciar na saúde geral da criança. Por esse motivo, é recomendado que elas procurem o dentista durante a gestação, apesar do grande receio da maioria das gestantes em fazer qualquer tipo de tratamento nesta fase.

primeira consulta odontológica

Foto: reprodução

Benefícios do Pré-Natal Odontológico

Alguns estudos demonstram haver associação entre a disseminação de bactérias bucais para o resto do organismo e a ocorrência de complicações obstétricas como a prematuridade, o baixo peso no nascimento e a pré-eclâmpsia (hipertensão artéria acompanhada de perda de proteína na urina durante a gestação), o que justifica o cuidado das mamães durante este período. Devemos considerar também que, durante a gestação, uma série de mudanças hormonais ocorre e muitas delas têm influência no desenvolvimento de doenças bucais, como o sangramento gengival, por exemplo. Sendo assim, postergar a procura pelo dentista para proteger o bebê pode parecer a escolha mais óbvia, no entanto ela não é necessariamente a mais segura.

E quem já teve o bebê?

Para as mamães dos pequenos que já vieram ao mundo, o recomendado pelas academias de Pediatria e Odontopediatria é que a primeira consulta ocorra no primeiro ano de vida do bebê, motivo pelo qual os pediatras costumam fazer o encaminhamento ao odontopediatra. Isso porque o início da vida tem grande influência nas futuras condições de saúde e esta é uma fase repleta de mudanças e de grande desenvolvimento – lembrando também que a idade média para o aparecimento dos primeiros dentinhos é aos 6 meses.

Mas o que o odontopediatra pode fazer pela saúde bucal dos bebês? Além de avaliá-los para checar se está tudo de acordo com o esperado para esta fase, a primeira consulta pode determinar grandes mudanças: como escovar os primeiros dentes do bebê, qual tipo de pasta e escova de dente utilizar, o que fazer caso a criança sofra com aparecimento dos primeiros dentes ou em caso de traumas, quais alimentos devem ser evitados ou incentivados pensando no desenvolvimento facial e da doença cárie, a importância do aleitamento materno e como lidar com a questão dos hábitos como o uso da chupeta e da mamadeira.

Até mais!

Dra Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.

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Leia mais: Mitos e verdades sobre a saúde bucal das crianças

Veja também: Colar de âmbar para a erupção dos dentes do bebê

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Colar de âmbar para a erupção dos dentes do bebê

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Olá Mamães!

Muitas de vocês já devem ter visto por aí ou até mesmo usado em seus bebês o colar de âmbar, afinal para alguns deles a fase de erupção dos primeiros dentes é acompanhada de grande incômodo e irritação. No entanto, é importante saber que as Sociedades Brasileiras de Odontopediatria e também a de Pediatria, são contra o uso deste acessório. Vamos entender o porquê.

O que é e como funciona o colar?

O âmbar é uma resina vegetal fossilizada há aproximadamente 50 milhões de anos, encontrada principalmente na região dos Bálticos (isso significa que as propriedades do colar só funcionariam quando ele é feito da resina vinda verdadeiramente desta região, o que é difícil de ser comprovado – primeira consideração importante). Em contato com a pele na forma de colar, o aquecimento do âmbar seria responsável pela liberação do ácido succínico, composto com efeito analgésico e antinflamatório.

Por esse motivo, muitas mães recorrem a este adereço durante a fase de erupção dos dentes, que pode trazer bastante indisposição ao bebê, atrapalhando principalmente os momentos de sono e a alimentação. De fato, há muitos relatos por aí de que o colar realmente funciona, porém….não há se quer um estudo científico provando qualquer efeito do âmbar para este fim. Mais do que isso, os especialistas não enxergam nenhum mecanismo biológico pelo qual o efeito deste colar poderia ser exercido sobre os sintomas da erupção.

No entanto, estudos científicos relatando riscos pelo uso do acessório existem: colonização de bactérias, possibilidade de causar alergia, relato de estrangulamento (felizmente sem fatalidade), entre outros. Sendo assim, não recomendamos o seu uso: o risco de estrangulamento supera largamente os eventuais benefícios.

Alguns sugerem como alternativa utilizar as pedras como pulseira ou tornozeleira para minimizar o risco de estrangulamento. Mas ainda assim, há grandes chances de a criança levar o objeto a boca e engasgar com as pedrinhas que podem se soltar.

A erupção dentária é um processo fisiológico e natural, que dura em média dos 6 meses aos 3 anos. Converse com um Odontopediatra para discutir a melhor forma de aliviar seus sintomas caso seu bebê esteja sofrendo com eles!

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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Mitos e verdades sobre a saúde bucal das crianças

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Olá mamães!

Aqui estão, com suas devidas explicações, alguns mitos e verdades sobre a saúde bucal das crianças que sempre geram dúvidas.

1) Atualmente é recomendado que bebês e crianças utilizem pasta de dentes com flúor

VERDADE! Embora há alguns anos a recomendação fosse que crianças não utilizassem pasta de dente fluoretada até os 6 anos de idade, essa informação está hoje desatualizada. O flúor da pasta de dente (mais do que aquele existente na água ou o que se aplica no consultório) tem papel fundamental na prevenção contra o desenvolvimento da cárie dentária, doença que pode ser facilmente prevenida, porém ainda bastante comum. Portanto o flúor hoje é indicado a partir da erupção dos primeiros dentes. Este conceito mudou quando percebeu-se que não valia a pena que as crianças corressem o risco de ter cárie apenas para evitar que não tivessem a fluorose, que são manchinhas esbranquiçadas as quais podem aparecer nos dentes permanente quando há GRANDE ingestão de flúor na infância, pelo fato de eles estarem se formando nesta fase da vida.

“Mas meu filho engole toda a pasta enquanto escova, não tem problema?” Essa é a grande chave da questão, não há problema com tanto que seja utilizada a quantidade correta de pasta. Ela deve ser utilizada APENAS 2 vezes por dia, não mais do que isso, em quantidade muito pequena, equivalente a um grão de arroz para crianças menores de 3 anos e um grão de ervilha para crianças maiores de 3 anos. Desta forma, mesmo que a criança degluta tudo o que foi colocado na escova, não há risco de desenvolvimento da fluorose e ela estará protegida contra a cárie.

2) Leite materno não causa cárie

MITO! O leite materno é indiscutivelmente o melhor alimento para o bebê, porém ele não é isento de açucares que podem sim causar o desenvolvimento da cárie dentária, juntamente com todos os nutrientes tão essenciais. Portanto, se o aleitamento se prolongar até a fase de erupção dos dentes, é necessário redobrar os cuidados com a higiene, caso contrário pode ocorrer o que chamamos de “cárie de acometimento precoce”. A partir da erupção dos primeiros dentes, as dedeiras não estão mais recomendadas, deve ser utilizada a escova de dentes mesmo.

3) A erupção dos primeiros dentinhos pode causar febre alta

MITO! Esta é uma associação que as mães costumam jurar que acontece…sempre que aparece algum dentinho, sua erupção é precedida de febre. Porém, cientificamente não há nada que prove esta relação, pois a erupção dentária é um processo totalmente fisiológico. Alguns sintomas como febre baixa, diarreia leve e aumento da salivação são mesmo comuns nesta fase. Porém, nem sempre eles estão diretamente relacionados ao aparecimento do dente, mas sim ao fato de esta ser uma época repleta de mudanças: introdução de novos alimentos, início da escolinha e do contato com outras crianças, maturação das glândulas salivares e, o que acontecesse com bastante frequência, o hábito de levar a mão ou outros objetos diferentes à boca, justamente como forma de alívio. Por este motivo, o contato com patógenos acaba sendo aumentado, e esta é a explicação para as mudanças citadas.

4) Aparelho dentário só pode ser usado depois da troca de todos os dentes de leite pelos permanentes

MITO! Esse pensamente parece bastante lógico, uma vez que se a criança irá trocar ainda os dentes de leite parece não haver necessidade de corrigi-los antes que isso aconteça. No entanto, existem vários tipos de aparelhos e a maioria daqueles utilizados em crianças corrigem muito mais do que a posição dos dentes, eles interferem também no crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e isso é feito de maneira muito mais efetiva antes que a fase de puberdade chegue.

Sendo assim, se alguma alteração for diagnosticada e houver indicação para o uso de aparelho (o que depende também da maturidade da criança), o tratamento pode ser iniciado tão logo o dentista, juntamente com os pais, considerem que é o momento certo. Isso pode ocorrer por volta dos 5 anos de idade, sendo que a troca dos dentes só termina por volta dos 12 anos. Intervindo nas dimensões e no posicionamento das arcadas na época adequada, o correto posicionamento dos dentes torna-se muito mais fácil posteriormente.

5) Não há necessidade de higienizar a boquinha do bebê sem dentes

VERDADE! Só é recomendado higienizar a boca do bebê antes de nascerem os primeiros dentinhos quando ele não mama exclusivamente no seio materno, caso contrário não existe esta necessidade, principalmente nos 2 primeiros meses de vida. Nesta fase, a saburra do leite materno, aquela camada branca que fica depositada sobre a língua, assim como a saliva, possuem anticorpos que defendem o organismo do bebê, ainda com sistema imunológico imaturo. Caso o bebê tenha outras fontes de alimentação, como o leite em pó, a higienização pode ser feita com gaze ou fralda limpa e umedecida em água filtrada, dedeiras de silicone ou lencinhos umedecidos específicos para este fim. No entanto, assim que aparecerem os primeiros dentinhos já é hora de trocar pela escova com dentifrício adequado, como foi explicado aqui , ok?

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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Respirar pela boca é mesmo tão ruim?

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Respirar pela boca é um hábito bastante frequente ao qual muitas vezes não é dada a devida importância, afinal é muito fácil associá-la a um resfriado ou qualquer outro tipo de congestão nasal passageira.

Suas causas podem ser as mais diversas, mas estão sempre relacionadas a algum tipo de obstrução nasal, seja ela física (como acontece no caso amígdalas ou adenoides hipertrofiadas ou do desvio do septo nasal), alérgica (como no caso da rinite) ou mesmo funcional, quando a criança não apresenta nenhuma obstrução, mas por algum motivo habituou-se a ficar de boca aberta.

Porém, o que muitas mães não sabem é que em médio ou longo prazo ela poderá acarretar prejuízos às vezes irreparáveis quando ocorre durante a fase de crescimento, comprometendo o desenvolvimento da face e, consequentemente, das arcadas dentárias. Além disso, a criança que respira a maior parte do tempo pela boca não dorme nem come bem, fica doente com mais frequência, tem menor rendimento físico e maior dificuldade de concentração.

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Mas por que tudo isso ocorre?

A respiração nasal é responsável por proporcionar a filtragem, o aquecimento e a umidificação do ar para que este chegue aos pulmões em boas condições. Além disso, a dilatação do pulmões traz para a criança uma sensação de bem estar que é difícil de se obter respirando pela boca.

O ato de respirar pela boca provoca desconforto durante o dia e prejudica o sono, provocando inclusive episódios de ronco e apneia (interrupção momentânea da respiração). Como o sono não é reparador, o resultado pode ser o cansaço constante, atrapalhando o rendimento escolar e as atividades físicas. A criança também não come bem, pois é difícil respirar com a boca cheia.

O crescimento e desenvolvimento principalmente da arcada superior da criança só ocorre da maneira correta quando há o repouso da língua sobre o céu da boca e quando há a passagem constante do ar pelo nariz e pelos seios maxilares, o que não ocorre se ela fica com a boca aberta a maior parte do tempo. O tratamento ortodôntico torna-se, portanto, praticamente inevitável.

Sendo assim, é comum que nas crianças com respiração bucal se observe postura inadequada da língua, face alongada e músculos da bochecha pouco desenvolvidos, olheiras e respiração ruidosa. Mas há tratamento! E vale a pena que ele seja o mais precoce possível, envolvendo o pediatra, otorrinolaringologista, dentista e muitas vezes também o fonoaudiólogo.

Até mais!

Dra. Camila Guglielmi

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.

Veja também: A importância do aleitamento materno na saúde bucal

E mais: Qual a melhor idade para usar aparelho nos dentes

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A importância do aleitamento materno para a saúde bucal

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Olá,

No início do mês de Agosto, entre os dias 01 a 07, ocorreu a semana mundial do aleitamento materno, um movimento que foi criado em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e no Brasil tem o apoio do Ministério da saúde desde 1999.

Como a maioria das mães já sabem, o leite materno é o alimento ideal para o bebê, contendo todos os nutrientes a ele necessários nos primeiros 6 meses de vida. Outros benefícios como a proteção contra doenças, o estímulo do desenvolvimento intelectual, o aumento do laço afetivo entre a mãe e a criança e a maior facilidade de digestão do leite materno também são conhecidos, sem contar as diversas vantagens também para a mãe que amamenta.

Em homenagem ao movimento e com o intuito incentivar a amamentação e, com isso, a saúde das crianças, a seguir algumas dúvidas sobre a importância do aleitamento materno para a saúde bucal.

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1. Até que idade devo amamentar meu filho?

O aleitamento materno deve ser a única fonte de alimentação do bebê até os 6 meses de vida, podendo ser continuado até os 2 anos de vida (ou mais), se a mãe e a criança assim desejarem. A continuidade deste ato dependerá muito da disponibilidade da mãe, dos hábitos familiares e da rotina do bebê, devendo ser sempre encorajado.

2. O leite materno pode causar cárie em bebês que já tem dentinhos mas ainda mamam?

Sim, o leite materno, apesar de todos os seus benefícios, também possui em sua composição substâncias capazes de ocasionar o aparecimento da cárie dentária, portanto, a partir da erupção dos primeiros dentes já há necessidade de fazer a escovação com a pasta indicada (atualmente o mais indicado é que já seja utilizada pasta de dente fluoretada desde os primeiros dentes, porém da forma correta, como ensinamos aqui). Caso contrário, é comum que aconteça o que chamamos de “cárie de acometimento precoce”. Não há necessidade de que se faça a escovação após cada mamada, mas este hábito precisa ser no mínimo diário e preferencialmente de 2 a 3 vezes ao dia.

3. É verdade que crianças que não mamam no peito são mais propensas ao desenvolvimento de hábitos como chupar chupeta ou dedo?

Sim, alguns estudos já demonstraram esta relação. O que acontece é que os movimentos de sucção do peito requerem muito mais esforço do que sugar a mamadeira. Sendo assim, a falta da fadiga muscular e da sensação de satisfação, ambas promovidas pelo ato de mamar no peito, acabam sendo supridas com o desenvolvimento de outros hábitos bucais.

4. Por que as crianças que mamam no peito apresentam menos problemas de posicionamento dentário?

A amamentação é primordial para a correta maturação e crescimento das estruturas oro-faciais, guiando e estimulando o desenvolvimento muscular e esquelético da face. Está intimamente relacionada ao desenvolvimento do correto padrão de sucção, mastigação, deglutição, fonação e, principalmente, respiração. Estas funções são dependentes umas das outras e todas elas contribuem para o melhor desenvolvimento e formato das arcadas e posicionamento dos dentes.

Até mais,

Dra. Camila Guglielmi

(Foto: reprodução)

Veja também: Qual a melhor idade para usar aparelho? 

E mais: Meu filho já nasceu com dentinho, e agora? 

Dra. Camila Guglielmi é graduada em odontologia. Especialista, Mestre e Doutora em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP), atua em consultório junto à Clínica Biella Odontologia. Aqui, ela abordará mitos e verdades sobre a dentição das crianças e responderá as principais dúvidas das mães.
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