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Como resistir a tanto chocolate?

Existe coisa mais tentadora e mais deliciosa que chocolate, principalmente na Páscoa? Há duas semanas, ouço queixas dos meus pacientes de quão grande será o desafio de se controlarem com tanta oferta de chocolate nessa época do ano.

Para as mães, não há como resistir àquelas carinhas morrendo de vontade de comer ovo de Páscoa. Mas tenha bom senso, o chocolate é um alimento bem calórico (100 g de chocolate ao leite fornece em média 517 calorias) e pode ainda prejudicar o apetite do seu filho – ainda mais na fase inicial da introdução de alimentos sólidos, entre 6 meses e 1 ano.

O ideal é que uma criança só experimente chocolate a partir de 2 anos e, ainda assim, em pequenas quantidades. Rico em gordura e, em geral, com leite e açúcar na sua composição, o chocolate poderá provocar diarreia e até obesidade se for consumido em excesso.

É preciso ficar de olho ainda em possíveis reações, já que algumas crianças podem ser alérgicas a algum dos ingredientes da fórmula como leite, amendoim ou castanha. Na dúvida, dê um pedacinho inicial junto com alimentos que já fazem parte da dieta do seu filho.

Além disso, o chocolate contém substâncias estimulantes e com poder viciante, tais como a cafeína e teobromina. Ou seja, se o seu bebê provou um dia chocolate, nunca mais deixará de pedir.

O lado bom e bem conhecido de todos nós é que o chocolate, depois de ser metabolizado, causa uma sensação gostosa de bem- estar, devido à liberação de neurotransmissores, como a endorfina e a serotonina.  Contém, ainda, substâncias antioxidantes (que combatem os radicais livres e, assim, diminuem o risco de certas doenças), vitaminas e minerais como magnésio, cobre, zinco, potássio e manganês. Chocolates amargos são os mais saudáveis e recomendados por terem uma menor quantidade de açúcar e leite e serem ricos em substâncias antioxidantes.

Como na Páscoa o consumo de chocolate aumenta muito, a pergunta que vem à tona é: O que fazer quando a criança ganha muitos chocolates e ovos de Páscoa, principalmente se ela estiver com excesso de peso?

Minha resposta nessas ocasiões é sempre usar o bom senso e a criatividade. Acredito que o que faz valer a pena não são só as guloseimas, mas o espírito verdadeiro de tal festividade.

Quantidades pequenas de chocolate não causam nenhum mal. Portanto, aqui vão algumas dicas:

– Negocie com seu filho a troca de alguns ovos de Páscoa por outros presentes (brinquedos, coelhinhos de pelúcia ou qualquer outra coisa que seja do interesse).

– Peça para os familiares, principalmente, avós, tios e tias, darem ovinhos menores.

Faça atividades lúdicas, como pintar casquinhas de ovos e desenhos e decorar uma linda mesa de páscoa com cenourinhas.

Dessa maneira, tenho certeza que mesmo com pouco chocolate a Páscoa de seu filho será mais saudável e a alegria não irá faltar.

Feliz Páscoa a todos!

Heloísa Tavares é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em pediatria clínica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, graduada em pedagogia na Faculdade de Educação da USP e atua há mais de 10 anos em consultório junto à Clínica Len de Pediatria.
Nutrição em família

3 Comentários

  1. michele 21 de março de 2013

    Excelente matéria, adorei!!!!!!!
    E já postei no meu facebook, vale a pena todos refletir sobre o assunto.
    Sou super contra a uma única criança ganhar mais que 2 ou 3 ovinhos, que já seria muito. hehe

  2. Helo Tavares 21 de março de 2013

    Michele,
    Fico feliz em saber que você gostou da matéria.
    Sou suspeita, mas compartilho da mesma opinião.

  3. Katia 21 de março de 2013

    Otima ideia!!! Outra opcao eh nos pais ajudarmos a reduzir o estoque de ovos e estimular a doacao a criancas carentes!

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